31 de agosto de 2016

COMEMOREMOS

Não sou ingênuo a ponto de acreditar que o objetivo do poder (seja lá qual for sua ideologia ou forma), não é o poder. A manutenção do poder.

Mas quando este objetivo é colocado em frontal oposição aos interesses e necessidades da sociedade, então tem que ser defenestrado.

O que este maldito governo agora apeado do poder fez com a economia do país é caso de lesa-pátria. E seu alinhamento com o bolivarianismo, conjunto retrógrado  de doutrinas que pretendem que se alastre aqui no continente sul-americano, o que seria inteiramente contrário as nossas tradições e vocações políticas, merece nosso repúdio veemente.

Por isso o clima deve ser de alegria e consequentemente de comemoração.









Tenho todo o direito de comemorar. Cumpri minha parte neste momento histórico.Fui para as ruas portando cartazes, soprei apito, repeti palavras de ordem. Ajudei a distribuir adesivos.

Em casa, fui para a janela e bati panelas, soprei apito e badalei sino.

Escrevi para todas as seções de cartas dos maiores jornais e revistas do país, manifestando minha opinião.

Agora me sinto recompensado por ter trocado o comodismo das manhãs de domingo em desfrute do banho de mar, pelas caminhadas debaixo de sol, e eventualmente chuva, acompanhando a enorme marcha de insatisfeitos com o governo, principalmente a corrupção e o desvio de verbas públicas.

Estive presente em todas as manifestações públicas ocorridas em Niterói.

Agora comemoro, com esperança que doravante recuperaremos o otimismo, a confiança e a fé de que o Brasil reencontrará o caminho do crescimento econômico com verdadeira justiça social, não a praticada através de políticas populistas de bolsas indiscriminadas de fins eleitoreiros.

10 comentários:

Jorge Carrano disse...

Acaba de ser proclamado o resultado. Sessenta e um senadores votaram pela aprovação do impeachment, e vinte contra.

Elogiável o fato de nenhum dos senadores haver se omitido, faltado à sessão ou ter optado por abstenção do voto.

Até o Renan votou, e pela aprovação do impeachment.

Estou aliviado.

Ana Maria disse...

Agora é continuar a limpeza. Força para a operação Lava Jato.

Riva disse...

Agora é virar a página, e INJETAR GRANA para a recuperação do PIB.
Sem injetar grana, nada acontecerá.

PS1: ainda falta votar o afastamento dela de qqer coisa pública.

PS2: e continuar lavando a jato ! Pista livre para botar a mão nos chefes da roubalheira.

Riva disse...

Não deu pra entender .... não afastaram ela da coisa pública .... não extirparam o mal !

Brasil Bandido

Ana Maria disse...

Acabou em pizza. Permitir que a ex presidente continue a exercer cargo público é um acinte.Realmente não dá para confiar nestes senadores.
Ainda consegui a relação dos 16 senadores que permitiram este absurdo, mas vou descobrir.

Jorge Carrano disse...

O fatiamento proposto hoje na abertura dos trabalhos da sessão de julgamento, tem todas características de golpe.
Esta trama bem urdida, que resultou admitida pelo presidente da sessão (Ricardo Lewandowski), que também preside o STF (por enquanto), acabou por favorecer a ex-presidente Dilma, mas por extensão vai favorecer Eduardo Cunha que terá seu processo de impeachment julgado nos próximos dias. Por analogia poderá ter seu julgamento dividido em duas partes, e perderá (provavelmente) o mandato, mas não ficará inelegível podendo se candidatar já nas próximas eleições para o Congresso.
Esta estratégia, de colocar em julgamento separadamente as duas penas (associadas), de perda do mandato com inabilitação para exercício de cargo público pelo prazo de oito anos, permitiu ao PMDB votar pelo impeachment mas contra a aplicação da pena de inabilitação para exercício de funções públicas. Ou seja, o partido acendeu uma vela para Deus e outra para o Diabo. Fez uma afago na ex-presidente depois de votar pela perda do mandato dela.
Renan voltou a ser Renan.
Existe um viés jurídico que gostaria de tangenciar aqui e agora (quem sabe faço um post a respeito). Acho que foi afrontada a Constituição Federal, porque o dispositiva o Carta Magna não admite separação das sanções. A perda do mandato se dá COM a inabilitação para funções públicas. Não são penas autônomas elas estão associadas. Uma parte do senado não tem poderes para alterar norma constitucional.
Creio que se forem ao STF, partidos ou parlamentares obrigarão aquela Corte Constitucional a se posicionar.
Meu modesto entendimento, minha exegese, minha hermenêutica é de que o plenário do senado violou regra constitucional clara e expressa. Espero que seja revertida a decisão e Dilma fique inabilitada para exercício de quaisquer funções públicas.
No terreno político foi dada a ela munição e palanques para combater o governo Temer pelo Brasil afora, já que poderá se candidatar a cargo e função pública.
Tenho dúvidas se a chamada lei da ficha limpa se aplica ao presidente da república, já que quanto a este existe norma diferenciada na Constituição.
Em resumo, pode rolar água debaixo da ponte.
Vamos trabalhar e manter a serenidade.

Jorge Carrano disse...

Algumas republiquetas irão retirar seus embaixadores. Serão chamados de volta aos seus países, tipo Bolívia e Equador.
Ótimo, o Itamaraty economizará assentos em jantares oficiais e as bebidas que estes caras bebem.
Espero que só voltem ao Brasil quando seus países forem repúblicas realmente democratas com governos eleitos em votação transparente e livre, e abandonem a doutrina bolivariana que rejeitamos enfaticamente.

Jorge Carrano disse...

Vejam a armação previsível:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/08/1808892-para-maia-votacao-sobre-direitos-de-dilma-pode-beneficiar-cunha.shtml

Ana Maria disse...

Venezuela, Bolivia e Equador prometem chamar seus embaixadores e fechar a representação diplomática de seus países. Acho que vamos conseguir nos desligar do Forum de São Paulo.

Jorge Carrano disse...

Comentei isso lá acima.
Esses cocaleiros não nos farão falta alguma.