Durante anos associei a palavra à prática de contorcionismo. Além de não saber qual seria a grafia correta, ou mais correta: ioga ou yoga? E a pronúncia, com a letra "o" de som fechado (como em ovo) ou aberto, como em óvulo?
Cogitei praticar quando apareceram no Brasil os primeiros telefones celulares. A gente precisava adotar as posições mais estranhas, se contorcendo, para obter sinal e ficar audível para o interlocutor.
Com o tempo minha desinformação foi sofrendo erosão até assumir contornos de quase doutorado na matéria, porque chegaram em minha família, pela ordem, primeiro a filosofia budista, com um de meus filhos e nora recepcionando um monge (de verdade), e frequentando palestras; depois com o outro casal (de filho e nora) se aproximando da milenar prática meditativa do título.
Não foi, entretanto, uma aproximação amadorística, pontual. Não! Eles resolveram estudar e deixar a condição de praticantes diletantes, para o ensinamento profissional. Diplomados ao cabo de um longo curso, de alguns meses de duração intermitente, ministrado por mestres da arte, em São Paulo, agora transmitirão o que aprenderam em um espaço bem equipado, e de fácil acesso, em Icaraí.
A palavra, de origem sânscrita, significa, união. E designa uma prática física e MENTAL, destinada a buscar equilíbrio e paz.
Grifei a prática mental, como busca de equilíbrio interior, para deixar claro que ninguém precisa ficar de cabeça para baixo (plantando bananeira) ou de ponta cabeça, como dizem os paulistas, para alcançar a paz tão necessária neste mundo conturbado em que vivemos.
Aprendi que algumas histórias e inúmeras lendas sobre yoga, são distorcidas e errôneas. Mas fica bem próximo da verdade quem diz que se trata de uma escola, um estilo de interpretação dos Vedas, conjunto de escritos em sânscrito que foram visualizados e interpretados por antigos sábios, estilo esse que prioriza a mente, ao invés de rituais e orações.
Claro que a partir da inauguração do espaço que será dirigido por nora e filho, os amigos aqui do blog serão convidados para uma aula experimental, sem ônus, e que certamente desfrutarão de desconto especial no valor a ser pago.
Os mais idosos ou com dificuldades motoras exercitarão suas mentes em posições confortáveis, até sentados, porque ninguém precisa sofrer para alcançar paz e tranquilidade.
Aguardem para muito breve: local, dias e horários, e os diferentes pacotes de preços que poderão ser pagos com cartão, parceladamente.
14 comentários:
Hum. Niterói está ficando interessante. Vou pensar na possibilidade de voltar para a Cidade Sorriso.
Trânsito irritante, riscos de assaltos e inflação alta, tudo isto exige realmente muita concentração mental, para não pirar.
A ideia não é ruim. Vou aguardar a inauguração e fazer a aula grátis. Como nunca pratiquei vou experimentar. Depois decido se continuo ou não.
Seu primeiro parágrafo, Gusmão, foi um balde de água fria no meu entusiasmo. Continuo em Teresópolis mesmo.
Aqui em Niterói, Ana Maria, você teria o convívio com irmão, cunhada e sobrinhos.
E ficaria Zen, com sessões de Yoga, sem contar, vez ou outra, com o pão de batata da Wanda e aquele empadão de camarão que sabemos ser uma de suas preferências gastronômicas.
Se eu não me adaptar a Yoga, mudo para Teresópolis (he he he he).
O aluguel aí é muito caro?
Antes do final da olimpíada e antes do julgamento de Dilma o espaço estará inaugurado e em funcionamento.
Assim estaremos mentalmente instrumentados para resultados imprevisíveis, como a vitória do Brasil sobre os Estados Unidos no basquete masculino e a absolvição da Dilma no Senado.
Qual tipo de YOGA eles vão praticar com seus clientes ? Existem inúmeros tipos.
Espero que seja perto lá de casa ... rs
http://www.casadoyoga.com.br/artigo_tipos_de_yoga.html
Riva,
Quanto ao tipo aguarde o material promocional.
Quanto a localização, não poderia ser mais cômoda. Por pouco seria no prédio onde você mora (rsrsrs). Mas irá à pé, pois serão duas quadras.
Só para você (e quem mais estiver lendo) adianto que será na Gavião Peixoto.
Consultamos um dos professores sobre a pergunta do Riva e obtivemos a seguinte resposta:
"Bem, essa é uma questão controversa. A rigor, existe apenas YOGA, que é o caminho do autoconhecimento. É buscarmos perceber que não somos separados da natureza, dos outros seres vivos, dos demais. Imagine uma grande montanha, e vários alpinistas tentando escalar. Cada um vai por um caminho diferente, e para isso usa equipamentos diferentes, roupas diferentes, vai num ritmo diferente com o mesmo objetivo de chegar ao topo.
No caso dos "estilos" de Yoga, é a mesma coisa. Alguns vão pelo lado devocional (bhakti), outros pelo conhecimento (jnana) outros pela ação (karma) e por aí vai. Mas todos os estilos têm um pouco dos demais.
Todos os estilos que usam o corpo como um elemento para buscar essa "conexão" com o Divino, com nossa alma, lado espiritual etc são necessariamente derivados do Hatha Yoga, que é o estilo mais praticado do mundo.
Então veja que é uma discussão boba, que inclusive só acontece no Ocidente. São apenas rótulos.
No nosso caso, sem dúvida, ensinamos Hatha Yoga, no estilo tradicional, cuja origem está nos Vedas (que são as escrituras mais antigas que a humanidade conhece) com toques de Yoga Integral no sentido de buscar que a atividade de Yoga esteja presente no nosso cotidiano, e não apenas durante a sessão feita em cima do tapete."
Ok, mas se são apenas rótulos, por que vc mencionou no seu comentário Hatha Yoga e Yoga Integral ?
O comentário, Riva, é de um dos professores. Terá professora também. Se bem entendi, ele disse que todos os estilos são derivados do Hatha Yoga, que é o mais praticado no mundo. No caso deles, ensinarão Hatha Yoga, o tradicional. Mas todos os estilos têm um pouco dos demais.
Eu sei que é um dos professores. Essa questão sempre me confundiu muito.
Já naveguei muito pelas "praias" dos Upanishads, comentários sobre os Vedas, mas até hoje me confunde muito essa diversidade de tipos de Yogas, embora eu tenha (quase) certeza que a essência é a mesma em todos eles.
Na Wikipedia se reconhece diversos estilos/ramos da Yoga.
Continuo confuso, se tiver que escolher um deles.
Fiquei outra vez motivada a trocar a serra pelo mar visto que Jorge usou argumentos gastronômicos importantes. Logo depois o Gusmão comenta que poderia pensar em inverter a direção e me pergunta sobre preço de aluguel. Aí me embananei de vez. Teresópolis é uma bela cidade com trânsito complicando devido a falta de visão dos governantes. Nosso índice de criminalidade é pequeno em relação a Niterói, o que propicia uma vida mais tranquila. Os alugueis estão altos. O mercado imobiliário sofreu uma alta absurda a partir de 2011 em decorrência do grande número de casas interditadas ou destruídas com a catástrofe que atingiu o município. Depois disso, a insegurança de pequenos investidores fez com que houvesse uma corrida para aquisição de imóveis. Estão caros, Gusmão. Porém ainda assim com preços inferiores aps praticados em Niterói. Portanto voltei à estaca zero. Continuo em Terê sem empadão de camarão e pão de batata. Vida dura esta.
Ana Maria, aguente por aí até não aguentar mais. Niterói está muito insegura.
Escolhas = perdas = ganhos
Postar um comentário