9 de dezembro de 2014

Revisões, resgates, reconsiderações, mudanças, consertos

Que confusão no título, não? Falta de inspiração para sintetizar o que quero abordar hoje. Ao fim e ao cabo, espero, tudo ficará mais claro.

Em 1951, Hollywood  produziu um filme enaltecendo a figura de Erwin Johannes Rommel, general alemão, comandante  da Afrika  Korps, enaltecendo sua figura de grande estrategista, e que poderia até mesmo descumprir ordens do Füerer.

Este filme se chama, em português “A Raposa do Deserto”


Acho que ressaltar as qualidades de um general alemão, logo após o final do conflito mundial,  não repercutiu bem. Imagino que houve pressão e os estúdios tiveram que produzir, dois anos depois (1953) um outro filme no qual Erwin Hommel não fosse tão competente, sagaz e vitorioso.

Ai lançaram o filme aqui intitulado de “Ratos do Deserto".


Rommel foi interpretado,  nos dois filmes, pelo bom ator James Mason.

Paulinho da Viola compôs um samba bem bacana ressaltando as virtudes da Mangueira. Ora, membro da ala de compositores da Portela, ficou de saia justa ao enaltecer a célebre rival. Vejam alguns versos:
“Em Mangueira a poesia fez um mar, se alastrou
E a beleza do lugar, pra se entender
Tem que se achar
Que a vida não é só isso que se vê
É um pouco mais
Que os olhos não conseguem perceber...
....................................................”

Não houve jeito, ficou compelido a provar que não virou casaca e continuava portelense de coração. Ai compôs o formidável  samba abaixo sintetizado:
“Porem! Ai porém
Há um caso diferente
Que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de carnaval
Carragava um tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém
Que não me lembro anunciou
Portela. Portela!
O samba trazendo alvorada meu coração conquistou...
.............................................”

Camilo Castelo Branco, romancista português, também escreveu duas versões para o amor. Não que as obras sejam contraditórias, antes pelo contrário poderiam até ser consideradas continuação. Num intervalo de dois anos escreveu “Amor de Perdição” em 1862 e  “Amor de Salvação”, em 1864.


Não, definitivamente não lembro bem das obras. Estavam no rol dos romances que deveríamos ler para a prova de vestibular em 1962, como já noticiei aqui, publicando até o programa.

Nem sei porque  resolvi escrever sobre isto hoje. Não estou com vontade de fazer revisão nos meus valores ou nas minhas ideias. 

Acho que foi por achar que se estivermos unidos pressionando o congresso e a imprensa adesista, eles poderão mudar de lado e apoiar a verdadeira democracia, e não a democradura social-populista do PT.

Nota do editor: programa de português, do vestibular de 1962, está em 

5 comentários:

Anônimo disse...

Isso é exibição de cultura de bolso. Só isso.

Jorge Carrano disse...

Tem razão, Anônimo. E o bolso agora está vazio. Esgotei tudo neste post.
Mas tenho atitude mental favorável ao aprendizado e enriquecimento cultural. Compartilhe conosco sua sabedoria. Esmague-nos com o peso de sua cultura de container.
E obrigado, volte sempre.

Riva disse...

kkkkkkkkkkk esse blog não tem paralelo !

Jorge Carrano disse...

Nem paralelo e nem caixa 2, aqui é tudo oficial(KKKKK).
Valeu, Riva.

Paulo Bouhid disse...

"Às vezes, quando nós criticamos o outro de forma muito corrosiva, e a crítica passa a ser um ataque, nós estamos falando muito mais de nós mesmos, do que do outro."