17 de julho de 2014

Impressões de Viajante: Petrópolis 3 - Hora da Cerveja






Por
Carlos Frederico March
(Freddy)









Petrópolis é uma cidade que sedia algumas cervejarias interessantes. O Grupo Petrópolis nasceu da Cervejaria Petrópolis e é responsável pela fabricação de uma série de rótulos tais como Petra, Itaipava, Lokal, Crystal, Black Princess e Weltenburger Kloster, esta sob supervisão da matriz alemã. A WK já foi alvo de uma série de 3 posts em setembro de 2012 aqui no Generalidades Especializadas (links no final do texto).

Além dessas, destaco a Cervejaria Cidade Imperial (fundada por membros da família Orleans e Bragança), que produz as excelentes Pilsen, Helles e Dunkel e o carro chefe da cidade, a famosa Cervejaria Bohemia, fundada em 1853 por Henrique Kremer, colono de origem alemã e hoje controlada pelo poderosíssimo grupo multinacional Anheuser-InBev.

Ambas (Cidade Imperial e Bohemia) estiveram bem representadas na Bauernfest com seus quiosques sempre repletos de visitantes.  Não vi em canto algum nada sobre cervejas do Grupo Petrópolis, talvez porque hoje suas fábricas se distribuem por outros municípios.

A CERVEJARIA BOHEMIA

Seguindo em nosso passeio a pé pela Av. Koeler, em continuidade a relato iniciado nos dois posts anteriores desta série, chegamos à Praça da Liberdade. Ao redor dela podemos, por exemplo, encontrar o Restaurante Luigi e sua pizzaria anexa, admirar o relógio de flores da PUC ou visitar a exótica Casa de Santos Dumont, todos já nossos conhecidos de viagens anteriores. Numa das calçadas em torno, temos a pequena Praça 14-Bis, onde há uma réplica do famoso aeroplano.

Nosso objetivo, no entanto, era seguir pelas margens do Rio Piabanha desde a Av. Koeler, dobrando à direita na Av. Roberto Silveira para então acessar a já citada Rua Alfredo Pachá, onde estava montada a Bauernfest. Vale lembrar que a festa só começava às 17 horas. Em sendo meio-dia, nossa intenção era outra: fazer a visita guiada ao interior da Cervejaria Bohemia, recomendação expressa de nossos amigos petropolitanos e também de minha filha Renata, que já o havia realizado.

Nossa impressão foi a melhor possível. Em minha exaltação, chego a afirmar que é coisa de primeiro mundo! Várias alas, iluminação perfeita dos nichos e ambientes, diversas TVs de LCD com tela de toque proporcionando experiências interativas, um desbunde!
 
Corredor inicial da visitação

Mary junto a telas interativas

Uma das telas de painel interativo sobre tipos de cerveja

Grãos de cevada, colhidos num dos stands

O autor num dos salões do tour guiado

Havia guias prontos a lhe dar explicações personalizadas sobre o que você quisesse saber e ao fim de tudo a esperada degustação. Qual cerveja é servida depende do dia e da disponibilidade no cronograma  de fabricação. As de hoje eram  o refrescante chopp Pilsen geladérrimo numa linda canequinha e uma taça de cerveja Bohemia Escura na temperatura correta - ou seja, nem tão gelada.


Sala de degustação: chopp pilsen

A última sala é onde a gente pode fazer a escolha de fotos que fomos selecionando ao longo do passeio nas telas interativas para postar em redes sociais, mandar por e-mail, etc. Não sei exatamente como funciona porque não usei o recurso disponibilizado, mas é interessante.


Sala multimídia na saída
O passeio terminou, como de costume, numa loja de lembranças, que fica anexa ao bar térreo. Depois de visitar a loja e decidir que o bar não tinha o que queríamos petiscar, retornamos ao restaurante do terraço, que tem muito mais opções, além de ser mais requintado.  

 
Imperdíveis croquetes de carne, chopp Imperial

Não custa ressaltar que esse restaurante serve a produção da Bohemia na versão chopp em vez de cerveja engarrafada (exceção da Chocolatier, novidade da Bohemia no mercado). É uma diferença capital, dado que é mais fresco e contém menos conservantes. A desvantagem é que nem sempre há todas as modalidades disponíveis, depende do cronograma de produção da fábrica. Como bônus, tinha  chopp Royale, que não é comercializado em garrafa!


A NOITE

Para terminar o dia saímos novamente com nossos amigos e fomos ao restaurante Bordeaux, que fica anexo a um casarão dito mal-assombrado, com um acesso típico das antigas mansões imperiais: aquele enorme caminho circular ajardinado que leva à escadaria principal da mansão. O restaurante fica numa construção à parte, bem ao lado do casarão.

Casarão do Bordeaux

Restaurante e adega Bordeaux

Como além de restaurante é uma adega para varejo, não esqueça de perguntar aos garçons quais são as promoções do dia. Poderá ficar surpreso com a relação custo x beneficio dos itens sugeridos. A comida é boa e os ambientes internos e o externo são bastante agradáveis.  Recomendo sem compromisso.



Créditos:
Imagens de propriedade do autor.

Posts sobre a cervejaria Weltenburger Kloster:
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/09/weltenburger-kloster-parte-1.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/09/weltenburger-kloster-parte-2.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/09/weltenburger-kloster-parte-3.html

2 comentários:

Freddy disse...

Por mero acaso dei de cara hoje com a edição do Guia 4 Rodas Brasil de 2013. O Museu da Cerveja dentro da Cervejaria Bohemia, objeto do relatado passeio guiado, foi considerado pelos organizadores do Guia como a "novidade do ano 2013".
Essa citação, que corresponde a um prêmio dentro dos critérios desse renomado guia, dá noção do quanto a criação do museu foi considerada importante para o turismo brasileiro.

Ainda em Petrópolis, a edição 2013 elegeu o Grande Hotel de Petrópolis, bem em frente ao obelisco da cidade e reaberto ao público totalmente reformado, como o "Hotel do Ano".

É Petrópolis bombando no circuito turístico nacional!
Abraços
Freddy

Freddy disse...

Fui alertado para um discreto senão. A sigla correta da faculdade citada no texto como PUC, a do relógio no jardim florido, é UCP (Universidade Católica de Petrópolis).
Obrigado, Bento.
<:o)
Freddy