A pergunta que me faço é porque nunca assisti competições de
Jogos Olímpicos de Inverno? Algumas provas são muito interessantes seja pelo aspecto
artístico, seja pelo ângulo da força e resistência física necessárias, seja
enfim pelos grandes riscos envolvidos em algumas modalidades.
Esportes que nunca me atraíram a atenção, em competições de qualquer
espécie (mundiais, olimpíadas, torneios europeus), como por exemplo o Ice
Hockey disputado por mulheres, prenderam meu interesse em uma partida inteira.
Jogavam Alemanha e a seleção anfitriã, e as alemãs saíram na
frente. Depois as russa viraram o placar até com certa facilidade. É um jogo de
muita intensidade, onde a resistência e o vigôr físico são fundamentais.
Aprendi que a partida é disputada em 3 tempos de vinte
minutos cada um. O disco está permanentemente em jogo, não tendo linhas
laterais delimitativas do espaço de jogo.
Portanto as trajetórias por trás dos gols são válidas e o uso das tabelas, para
fintar ou passar para a companheira.
É absurdo o domínio do disco com aqueles tacos esquisitos,
que lembram as foices medievais, que as competidoras conseguiam. E driblam na velocidade
com muito refinamento.
Antes de comentar qualquer outra modalidade, não posso deixar
de registrar que nossa musa foi um das atletas convidadas para conduzir a tocha
até o acendimento da pira. Foi ovacionada pelo público e aplaudida por mim
discretamente em casa. Wanda poderia acorrer a sala de TV para saber do que se
tratava.
Ei-la, linda como sempre.
Tem uma disputa incrível, na qual os atletas, deitados numa
espécie de trenó estreito, descem um tobogã de gelo em altíssima velocidade.
Aprendi que se chama “luge”. Ganha quem fizer a trajeto de descida em menos tempo.
É fantástica a disputa por frações de segundos de diferença.
E como é linda a patinação artística. Assisti à modalidade de
dupla mista. O que aqueles casais fazem
sobre patins, não conseguiria fazer no piso de uma quadra de basquete , com os pés apoiados no solo diretamente, mesmo
depois de 50 anos de treinamento.
A sincronia, a leveza, a postura corporal, as levantadas do
patinador erguendo sobre os ombros e cabeça a patinadora absolutamente entregue
e confiante. O ritmo da dança preciso no andamento do tema musical. Lindo de se
ver. E é preciso conhecer muito – como os
juízes – para diferenciar com notas as manobras de graus de dificuldades diferentes,
a perfeição dos gestos, posição de braços e pernas e mãos e os rodopios (que são muitos).
Ironia, mesmo, foi a primeira medalha de ouro ser conquistada por um americano, na prova de "snowboard". O presidente russo deve ter ficado Putin da vida.
Outra prova bem interessante, porque radical, é a de salto de
esqui. Vence aquele que salta maior distância, com esqui, a partir de uma
plataforma. O atleta toma impulso, ganha velocidade e, no ar, corpo na
horizontal em paralelo aos esquis, deve saltar à maior distância possível,
acima de 100 metros para os melhores classificados.
Vai ser dura a disputa no quadro de medalhas.
A Russia se esmerou, e gastou uma fábula na construção das instalações
desportivas. Foi muita grana mesmo. Mas o Putin acha que ficará um legado para
a população de Sochi em especial e o país no geral.
12 comentários:
Eu não vejo jogos de inverno. Talvez mais pelo meu desinteresse por TV (antecipando-me ao item 7 do post anterior) do que pelos jogos em si, já que eu gosto de neve.
Achei interessante que você tenha admirado algumas modalidades femininas. Quanto à patinação artística, sempre fui fã. Quando calha, eu assisto com bastante interesse.
Abraços
Freddy
E vai ter curling.
Depois de ver o goleiro do Vasco caçando borboleta numa bola cruzada na pequena área, bateu uma enorme saudade do Helton (recaída). Tomara que o Martin Silva seja o goleiro da seleção uruguaia na Copa.
Eu não desconfiei quando perguntado por mim, um taxista uruguaio me responde que “sim, o Martin é um bom goleiro, mas não é o nosso titular que se chama Muslera.”
Agora entendo a ressalva que o taxista fez.
Eu não assinei TV depois da mudança, estou apenas com canais diretos. Dei uma olhada na programação e parece que só terá resenha na madrugada, além de uma ou duas transmissões em horários que não afetem a programação global.
Sobre o Martín, nada a acrescentar. Não assisti nem segui o jogo todo, mas no tempo real do Globo toda hora aparecia "Zzzzz". Profissionais sem vontade de jogar contra um timeco daqueles não dá, certo? Se estamos assim contra o "New Iguazu", imagina contra Luverdense, Oeste e Boa...
=8-( Freddy
Depois de assistir a algumas poucas competições, confesso-me impressionado com alguns aspectos das chamadas olimpíadas de inverno.
Tem provas interessantes. Gente bonita nas disputas. Mulheres muito diferentes das nadadoras de costas largas e jogadoras de basquete de corpo disforme que participam das olimpíadas de verão. Umas gracinhas as holandesas, as finlandesas, as norueguesas e, porque não? , as russas.
A transmissão nos oferece um show de imagens. As instalações, pistas, rampas, ginásios, arenas, quadras, parecem excelentes.
Fiquei matutando o quanto o esporte, de maneira geral, contribui para alavancar a economia mundial. São vestimentas especiais, luvas, gorros, capacetes, roupas forradas, agasalhos, esquis, enfim um sem número de instrumentos e apetrechos utilizados nas diferentes provas (pedras do curling, tacos do hockey, etc.)
Espetáculos bonitos de ver. Principalmente aquelas montanhas de neve quando se está a 40 graus aqui no Brasil
Vi reprise da patinação no gelo, pela Band no YouTube. Pasmei com a estupidez da nossa comentarista, tentando descobrir pequenos erros na espetacular performance da adolescente russa, um verdadeiro fenômeno. Antes, claro, de saber o resultado (primeira colocada). Depois tentou consertar, mas já era!
<:o)
Freddy
Foi comovente a apresentação da menininha (15 anos) russa.
O comentário de minha mulher foi "coitadinha dela, não teve infância".
Atingir aquele nível de performance antes de debutar, certamente exigiu muita dedicação, entrega e renúncia às atividades infantis.
Foi quase impecável a menina russa.
Mas pessoalmente prefiro as duplas (casal).
Helga
A infância na Rússia, porque não incluir diversos países europeus, inclui atividades sérias como dança e música. Não é porque se dedicam a elas que devemos dizer "não teve infância". É como um brasileiro que se destaca no futebol por ter o dom e a partir daí treinar com afinco. Não foi forçado, faz porque gosta.
=8-)
Freddy
Aproveitando, há notícias de pouco público em algumas modalidades dos Jogos de Sochi...
=8-/
Freddy
Ficamos, eu e a Isa, super impressionados com as apresentações da menina e também do russo, que parece é campeão olímpico, um cara com 31 anos de idade, que patinou todo de preto. Foi impressionante mesmo.
Esporte é uma linguagem universal, sensacional. Uma pena não termos jogos de inverno por aqui .... talvez de Jogos do Inferno pudéssemos realizar, com algumas modalidades bastante interessantes ....a mais interessante seria um tipo de corrida para um trabalhador que mora em Saracuruna, chegar em Copacabana para o seu trabalho às 8h da manhã .... e outras diversas modalidades legais ....
Putz, olha eu saindo do comentário para não me deprimir ....
Sds !
O Riva ficou dez minutos dos muitos dias prometidos de afastamento de comentários políticos, para não se estressar.(rsrsrs) Não resistiu.
Mas foi muito feliz com o trocadilho dos "Jogos de Inferno".
Permito-me, caro Riva, aduzir que nosso país está se transformando num inferno, o que nos tornará (a todos aqui nascidos e criados) em verdadeiros atletas dos jogos.
Viver no Brasil passou a ser um esporte radical.
Postar um comentário