7 de julho de 2021

Batalhas ao longo da vida

 


Em umas venci, em outras aprendi.

A frase não é minha, e desculpo-me com o autor por não lembrar e citar seu nome, e por me apoderar da ideia por empréstimo.

Quando a li, não sei mais onde, tive vontade de me colocar no aforismo. Dito e feito; foi e tem sido assim comigo. Exemplos de experiências pessoais tenho-as aos montes.

Depois de um período desempregado fui indicado por um amigo, ex-colega de trabalho na Siderúrgica Hime, para uma vaga na Klabin Cerâmica.

Ainda no chamado período de experiência, com o cargo de gerente administrativo, pedi demissão. Tudo porque não me conformei com a postura do diretor ao qual reportava, um pusilânime.

Atitude tomada em nome da dignidade mas absolutamente irresponsável, extemporânea, posto que nada tendo encaminhado, uma alterativa de ocupação, voltei ao mercado.

O mundo girou, a Lusitana rodou, e vi-me em São Paulo, num laboratório de produtos farmacêuticos fitoterápicos, do gênero OTC, indicado por outro amigo de fé, irmão camarada, de nome Mário Castelar.

Em meus primeiros meses no aludido laboratório sofri muito. Eram tantos e tão desagradáveis os problemas que durante vários dias considerei a hipótese de pedir o boné e voltar para Niterói.

Não vou, pelo menos agora, enumerar a guisa de exemplo, o que me incomodava. Vou direto e reto ao ponto central do tema desta postagem

Aguentei firme, por conta da experiência desastrosa na Klabin que me levou a angústia de voltar ao mercado sem horizonte.

Esta postura de reação ao impulso de agradecer a oportunidade e apresentar minha demissão valeu-me, ao cabo de poucos anos, a ser convidado para assumir cargo de direção. E como os estatutos sociais da sociedade (não mencionei que se tratava de uma sociedade anônima), estabeleciam que os cargos na diretoria somente poderiam ser exercidos por acionistas, fui distinguido com a doação de ações, por parte do presidente que era  também o acionista  majoritário.

De insatisfeito, angustiado, tornei-me acionista e diretor do laboratório, eleito em assembleia geral de acionistas.

Aprendi a lição de que é preciso reprimir impulsos, analisar o contexto e mirar o futuro.

Fruto de aprendizado. Experiência na veia. Uma circunstância desconfortável, triste, teve resultado positivo: aprendi.


3 comentários:

Jorge Carrano disse...


Oi, Fernando, posso sim mencionar o laboratório:
Laboratório Hepacholan S.A.
Seu carro-chefe na linha de produção, era o Regulador Xavier.
O Hepacholan no nome da empresa era um protetor hepático.

Riva disse...

Só passei a reprimir o impulso e mirar o futuro há pouco tempo. Tendo como exemplo o mercado de trabalho, estou beirando os 70, e além disso numa crise histórica.

Nada como ser jovem, mas tem que ser competente também no que faz.

Certa vez saindo de casa avisei à família que se preparassem para me receber desempregado à noite. E cheguei. Em outra oportunidade avisei o diretor da empresa que trabalhava que ia mandar o meu chefe TNC. Ele me disse para não fazer isso, pois teria que me demitir... teve que me demitir.

Também já demiti a empresa onde trabalhava durante muitos anos, pois ela não cumpria suas obrigações trabalhistas. Rescisão Indireta.

Só citei exemplos trabalhistas ...

O ser humano não mudou, não mudará, as empresas não mudam, não mudarão. Eu tenho que mudar, me acalmar, me adequar. Não sei se consigo.

Jorge Carrano disse...


Melhorei, digamos, 50% com as experiências desastrosas.

Os filhos já haviam contribuído com 50%. Não queria ser exemplo ruim a ser seguido.

Hoje, por exemplo, só mando um cliente às favas se ele for muito intragável mesmo (rsrsrs).