Em umas venci, em outras
aprendi.
A frase não é minha, e
desculpo-me com o autor por não lembrar e citar seu nome, e por me apoderar da
ideia por empréstimo.
Quando a li, não sei
mais onde, tive vontade de me colocar no aforismo. Dito e feito; foi e tem sido
assim comigo. Exemplos de experiências pessoais tenho-as aos montes.
Depois de um período
desempregado fui indicado por um amigo, ex-colega de trabalho na Siderúrgica
Hime, para uma vaga na Klabin Cerâmica.
Ainda no chamado período
de experiência, com o cargo de gerente administrativo, pedi demissão. Tudo
porque não me conformei com a postura do diretor ao qual reportava, um
pusilânime.
Atitude tomada em nome
da dignidade mas absolutamente irresponsável, extemporânea, posto que nada
tendo encaminhado, uma alterativa de ocupação, voltei ao mercado.
O mundo girou, a
Lusitana rodou, e vi-me em São Paulo, num laboratório de produtos farmacêuticos
fitoterápicos, do gênero OTC, indicado por outro amigo de fé, irmão camarada,
de nome Mário Castelar.
Em meus primeiros meses no
aludido laboratório sofri muito. Eram tantos e tão desagradáveis os problemas
que durante vários dias considerei a hipótese de pedir o boné e voltar para Niterói.
Não vou, pelo menos agora,
enumerar a guisa de exemplo, o que me incomodava. Vou direto e reto ao ponto
central do tema desta postagem
Aguentei firme, por
conta da experiência desastrosa na Klabin que me levou a angústia de voltar ao
mercado sem horizonte.
Esta postura de reação
ao impulso de agradecer a oportunidade e apresentar minha demissão valeu-me, ao
cabo de poucos anos, a ser convidado para assumir cargo de direção. E como os
estatutos sociais da sociedade (não mencionei que se tratava de uma sociedade
anônima), estabeleciam que os cargos na diretoria somente poderiam ser exercidos
por acionistas, fui distinguido com a doação de ações, por parte do presidente
que era também o acionista majoritário.
De insatisfeito, angustiado,
tornei-me acionista e diretor do laboratório, eleito em assembleia geral de acionistas.
Aprendi a lição de que
é preciso reprimir impulsos, analisar o contexto e mirar o futuro.
Fruto de aprendizado. Experiência na veia. Uma circunstância desconfortável, triste, teve resultado positivo: aprendi.
3 comentários:
Oi, Fernando, posso sim mencionar o laboratório:
Laboratório Hepacholan S.A.
Seu carro-chefe na linha de produção, era o Regulador Xavier.
O Hepacholan no nome da empresa era um protetor hepático.
Só passei a reprimir o impulso e mirar o futuro há pouco tempo. Tendo como exemplo o mercado de trabalho, estou beirando os 70, e além disso numa crise histórica.
Nada como ser jovem, mas tem que ser competente também no que faz.
Certa vez saindo de casa avisei à família que se preparassem para me receber desempregado à noite. E cheguei. Em outra oportunidade avisei o diretor da empresa que trabalhava que ia mandar o meu chefe TNC. Ele me disse para não fazer isso, pois teria que me demitir... teve que me demitir.
Também já demiti a empresa onde trabalhava durante muitos anos, pois ela não cumpria suas obrigações trabalhistas. Rescisão Indireta.
Só citei exemplos trabalhistas ...
O ser humano não mudou, não mudará, as empresas não mudam, não mudarão. Eu tenho que mudar, me acalmar, me adequar. Não sei se consigo.
Melhorei, digamos, 50% com as experiências desastrosas.
Os filhos já haviam contribuído com 50%. Não queria ser exemplo ruim a ser seguido.
Hoje, por exemplo, só mando um cliente às favas se ele for muito intragável mesmo (rsrsrs).
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