25 de fevereiro de 2021

"Exército" de Stédile X Milicianos bolsonaristas

 

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Sabedoria popular. 

Está registrado inclusive em imagens, Lula ameaçando convocar o que ele chamou de "exército", do João Pedro Stédile, líder do MST, para defender seus ideais; Bolsonaro apoia, prestigia, reforça e arma as milícias, para consecução de seus planos de poder.

Agora vejam que belo cenário pode se desenhar daqui a dois anos. Hipótese? Sim! Mas verossímil, factível, possível neste país que navega à matroca.

Sim, navega à deriva não por falta de timão, mas de quem tenha competência, equilíbrio, para assumi-lo e nos fazer navegar por mares tranquilos.

Mas volto ao ambiente político que pode estar à espreita em 2022, ou antes.

A ambição, o item primeiro das prioridades do presidente, é se reeleger em 2022. Inclusive já pavimenta movimento contra as urnas eletrônicas para poder arguir fraude, questionar sua derrota, e incentivar uma marcha contra o nosso "Capitólio", como fez seu mentor intelectual derrotado nos USA. Bem, o TSE vai capitular primeiro, pela força.

E suas milícias - do capitão - estarão amadas e aparelhadas. 

Na outra via, em sentido oposto, Lula tem (não dividem) a chance de serem revistas suas punições, tais como a perda de direitos políticos, e entrar na disputa pela presidência.

Como são farinha do mesmo saco, com um (dos sacos) colocado à direita e com o outro à esquerda; e com o Exército Brasileiro (oficial)  sem prestígio, sem respeitabilidade, sem moral e compostura para atuar no cumprimento de uma de suas missões constitucionais, uma guerra civil poderá nos levar ao caos total e absoluto.

Lula elegeu o Jair, e agora é possível que o capitão Jair eleja o Lula. Esperem acontecer e se arrependerão.

Só os profetas enxergam o óbvio, decretou Nelson Rodrigues. Peço vênia para acrescentar que os que pensam, estudam, ponderam e não se deixam dominar por pressões, venham de onde vierem também.

8 comentários:

Jorge Carrano disse...


Imaginem os Sem Terra podendo trocar as enxadas e foices por fuzis, pistolas e revólveres.

Agora será fácil a aquisição, e fora de controle.

Jorge Carrano disse...


Isso não vai dar certo. Não tem como.

Bolsonaro se apoia e conta com as força armadas pera se manter. No modelo Chávez nomeia generais para os ministérios e estatais.
Falta nomear o "general da banda", do Blecaute (grafado assim mesmo), que os de minha geração hão de lembrar.

Ao mesmo tempo, no Congresso, aliou-se ao "centrão", que demonizava enquanto candidato. É dando que se recebe.

As milícias, agora associadas ao sindicato do crime, já o apoiam desde sempre.

E agora chega ao extremo de afastar um executivo competente, que administra a Petrobrás dentro do figurino, adotando política de preços alinhada com o mercado internacional, para colocar outro general (pau mandado).

A legação, risível, é que o presidente da estatal trabalha no regime de home office. E ganha muito dinheiro. Ou seja, coloca o profissional na berlinda, desmerecendo-o, desvalorizando-o, para justificar sua atitude de intervenção para controle de preços, nos moldes da Dilma, que levou a petrolífera quase à falência.

Querem saber a verdade sobre a troca no comando da estatal? O Jair foi para a cama com Emílio Dalçoquio uma das lideranças entre os caminhoneiros, e que paralisou o país.
Passaram o carnaval juntos, em Santa Catarina, e para agrada-lo o capitão resolveu intervir na política de preços da Petrobrás, repito, já levada a cabo pelo governo petista de Dilma, e que deu no que deu.

Até quando vocês acham que ele vai se equilibrar neste emaranhado de apoios, em especial dos fisiologistas.

E com o mercado de armas aberto indistintamente.

Kennedy flertou com a máfia (as milícias usam práticas e protocolos semelhantes) e acabou baleado na cabeça.

Apoiar-se na contravenção, no crime. é como se associar ao demônio. Numa determinada hora ele quer sua alma.

Jorge Carrano disse...


Refrescando a memória, sobre a Petrobras, no governo petista, que a propósito está aplaudindo a decisão do Jair de trocar a presidência.

Priorizar o papel social de uma empresa multinacional, com papeis negociados em bolsa (inclusive estrangeiras) é um prato requentado que já azedou e já tivemos que digerir.

A estratégia de usar o caixa da Petrobras para subsidiar os combustíveis custou à estatal cerca de US$ 40 bilhões, segundo dados do mercado, o equivalente a duas refinarias de porte, e o quadruplo do prejuízo causado pelos desvios do chamado petrolão, aquela roubalheira do PT e apaniguados.

Tal fato levou a petroleira a ter que recorrer a empréstimos, até alcançar a maior dívida corporativa do planeta, em 2015, no importe de de R$ 500 bilhões, em outras palavras à beira da falência.

Se esquerda e direita radical estão de acordo em algo, pode apostar que a conta virá para nós.

Calfilho disse...

Perfeitas suas observações,Carrano. Agora, é só marcar dia e hora e comprar ingressos para o duelo no "OK Corral"...

RIVA disse...

Acrescenta aí a PEC de imunidade parlamentar que não passou pela CCJ. Mais de 300 votos dos deputados !!

Em tempo, não é imunidade contra covid 19 não, é contra assassinatos, extorsão, roubo, etc...

PS: palpites pra hoje :

Inter 1x1 Corinthians
Flu 1x1 Fortaleza
São Paulo 1x1 Coisa Ruim

Vasco não adianta palpitar .... infelizmente, MV.

Jorge Carrano disse...


Prefiro a versão com Burt Lancaster no papel de Wyatt Earp e Kirk Douglas no de Doc Holliday, entre as diversas filmagens deste episódio real.

Clássico do faroeste.

Jorge Carrano disse...


Jair mandou proposta de privatização da Eletrobrás, certamente porque nesta área não é necessária a preocupação com o papel social.

Pagamos tarifas baixas e as elétricas são muito rentáveis.

Pretender coerência do Jair é como pedir que generais voem de flor em flor como borboletas. Coisa que o reizinho do minúsculo planeta visitado pelo Pequeno Príncipe, não fez.

Calfilho disse...

Eu também...