Sei que muitas donzelas, adolescentes como nós marmanjos, curtiam ler e principalmente ver as ilustrações nas revistas eróticas, não pornográficas, que circulavam de mão em mão, de forma restrita.
O autor era desconhecido, até que sua identidade acabou por ser revelada. Mas não fazia, para nós ávidos e vorazes leitores (?), a menor diferença.
Assim como as suecas que aqui aportavam vez ou outra.
No vídeo a seguir, vocês que são de gerações mais modernas, que tiveram a disposição as "Playboy" e "Status" da vida e a maior liberdade nas telas de cinema e até TV, não avaliam o quanto para nós as revistinhas do Carlos Zéfiro eram valiosas e esquentavam namoros.
Nesta época a inocência, a curiosidade juvenil por atos sexuais, eram como retratado no belo filme "Verão de 42", que além de tudo tem uma das mais bela músicas incluídas ou compostas para filmes.
Nota: Carlos Zéfiro era um pouco conhecido funcionário do Ministério do Trabalho - Alcides Caminha - que teve sua identidade revelada um ano antes de ser falecimento em 1992.
4 comentários:
Verdade, mas tempos incomparáveis, não é ?
Lembro a enorme dificuldade para obter alguma sueca, colorida. E hoje vc tem tudo à disposição na web, categorizado, etc...
De vez em quando me pego pensando ... como reagiria um cidadão do século 18 desembarcando hoje por aqui ? Falo em termos de costumes, tecnologia, conhecimento.
Da mesma forma fico imensamente impressionado como no século 16 os caras pegavam uma caravela e saíam por aí navegando. Descendo a costa era até compreensível, mas atravessando o Oceano para uma margem que talvez não existisse (rsrsrs) !!
As revistinhas de sacanagem fizeram parte da nosso vida sexual, sem dúvida. Meus pais nunca conversaram comigo sobre o tema. E o de vocês ?
PS1: estamos em Friburgo desde 5ª feira, no momento 21°, já caiu uma chuvinha. Isolados como em Nikity. Só saímos para o essencial - alguns mantimentos. Refeições por delivery ou "homemade".
PS2: e o VAR entrou em ação novamente a serviço do Coisa Ruim. Inter deu sopa para o "azar". Não VAR ser mole !! E o VASCO foi operado em São Janú, sem anestesia.
Riva,
Acho que já relatei sucintamente aqui no blog.
Mas a história vale repeteco.
Por razões políticas, mas também por lazer, houve uma época em que a família, eu aos 16 anos de idade, mais minhas irmãs mais jovens, viajávamos muito para lugares como Barão de Javarí, onde meu pai alugava uma casa à beira do lago, ou Miguel Pereira, então distrito do município de Vassouras, onde ficávamos hospedados no hotel do Quinzinho, correligionário político.
Na época Miguel Pereira buscava a emancipação política e o supramencionado Quinzinho seria candidato e prefeito.
Havia ainda um negro simpático, cheio de histórias para contar, motorista e um dos dois taxis da cidades, que veio a ser eleito vereador tão logo Miguel Pereira virou município.
Certa manhã, depois de uma conversa politica da qual não participava, o Evaristo (este era o nome do taxista) veio até mim e avisou que à tarde viria me pegar para um passeio. Estranhei e perguntei onde iríamos julgando ser um passeio da família toda.
Ele sorriu e falou que seríamos só nos dois. E completou: teu pai tá sabendo.
Por volta das 15 horas ele apareceu no hotel para me pegar, e fomos a um casarão, nos arredores da cidade, num centro de terreiro.
Era uma casa grande, construída em dois pisos. Mal conservada.
Ao entrarmos é que me dei contra do local onde estávamos: um puteiro. Ou casa das primas no dizer do Evaristo.
As mulheres faziam as unhas uma das outras; outras jogavam dominó.
Como o Evaristo me disse para ficar a vontade, refeito do susto resolvi sentar na pequena mesa quadrada onde jogavam dominó, porque nela estava a mulher que me pareceu mais, digamos, menos baranga. A expressão que pensei não foi essa; a palavra que pensei foi bagulhenta.
E deu-se a melódia. Perguntei meio acanhado se ela fazia questão de jogar ou se poderíamos conversar. Claro ela me levou para um dos quartos acima e fizemos, de forma meio canhestra, um papai e mamãe de curta duração.
Afinal era a minha primeira experiência profissional.
Na volta para casa foi que o Evaristo abriu o jogo: teu pai me pediu para trazer você e já pagou tudo.
Quando chegamos ao hotel ele disse para meu pai: acho que o menino foi bem. Meu pai sequer me encarou, mas pareceu aliviado.
Antes deste episódio, caro Riva, jamais meu pai havia conversado comigo sobre sexo.
Acho que por falta de tato para abordar tal tema, preferiu a ação do que a palavra.
Quanto ao futebol não assisti aos jogos. Não tenho vocação para masoquista.
As chamadas revistas masculinas quase se transformaram em ginecológicas tais eram as poses publicadas.
Por pouco poderíamos ver o útero das mulheres clicadas.
Quem clicou no vídeo teve oportunidade de ouvir, na voz da Bethânia, uma letra sensacional : A flor e o espinho.
O Autor da letra é Alcides Caminha, parceiro de Nelson Cavaquinho autor da música, que resultou num samba antológico.
Ou seja, o Zéfiro vinha a ser o Alcides Caminha, já consagrado no reino da música.
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