Numa fala de 20 minutos, o presidente americano transformou uma das democracias mais importantes e sólidas do mundo numa piada universal.
Memes, mundo a fora, ridicularizam o país por causa de Trump.
A acusação feita pelo topetudo de que há fraude, há manipulação no processo eleitoral, sem provas cabais e incontestes, foi leviana, irresponsável e até criminosa, em face dos danos causados à imagem dos EEUU.
Sua fala descontentou até mesmo republicanos históricos, ilustres e portanto influentes.
Leviano é pouco, tangencia a idiotice, como acontece com o mandatário de um pais aqui do nosso continente que conhecemos muito bem.
Acusou algumas cidades de serem antros de fraudadores, citando entre outras Detroit. Imaginem o grau de desrespeito às autoridade destas cidades mencionadas expressamente.
Trump ameaça judicializar a apuração, e exigir recontagem (o que é legal em certas circunstâncias), o que levará o resultado final para dezembro, porque pode ser que este aforamento chegue até mesmo até a Suprema Corte.
E mais feio, indecoroso, vergonhoso, é a ameaça de não reconhecer a vitória do oponente, através de uma ligação telefônica, o que embora não sendo um protocolo escrito, é uma tradição.
Claro que até este momento não há um eleito, o que só acontecerá no dia 14 de dezembro na reunião do Colégio Litoral. A tendência, nas projeções, é que Biden vencerá na votação pública, o que irá lhe assegurar um maior número de delegados.
Precisará dos votos de 270, dos 538 delegados que comparecerão no colégio eleitoral.
A vitória de Biden terá o condão de redirecionar a diplomacia brasileira, que terá que abandonar a ideologia e adotar a histórica posição pragmática.
Este é um ensinamento dos próprios americanos. Lembram da célebre frase de John Foster Dulles, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos "Os americanos não têm amigos, têm interesses".
A vitória de Joseph Robinette Biden Jr. fará um bem a democracia.
Joe Biden |
Em 2022 teremos oportunidade de fazer o mesmo no Brasil. Só falta o candidato ...
5 comentários:
Todas as tentativas do Trump de melar as eleições estão frustradas. Nem houve mobilização popular - e ele chamou os republicanos às ruas - e não logrou êxito, até o momento, no Judiciário e vai ficar no chororô.
São 22:30h e Joe Biden está praticamente eleito. Quatro estados onde ainda há apuração, definirão o resultado final oficial.
Os estados seriam Pensilvânia, Georgia, Nevada e Arizona.
Se Biden vencer na Pensilvânia que terá 20 delegados, já garante sua vitória.
E ele lidera por enquanto.
Aqui para nós, que coisa arcaica, o processo americano de eleições.
Cada um dos 50 Estados tem suas regras. Em um Estado, pelo menos, as cédulas eram duas páginas frente e verso porque além de votação para a presidência, os leitores votava para juízes estaduais, associações escolares, etc.
É possível votar pelos correios; aliás em alguns estados só é possível votar pelos correios.
Quantos imbróglios estão surgindo, como data de recebimento dos votos via correios, votos com divergência de dados, votos de eleitores fora de seus domicílios (que precisam ser validados), enfim uma casa de "mãe joana", que ao final acaba dando certo.
Tudo em cédula em papel e sem um TSE e TREs.
A Justiça comum decide e eventualmente a Suprema Corte.
Acompanhei passo a passo os canais CNN e Globo News.
Estou feliz com a derrota, eminente, do Trump.
Quem sabe servirá de exemplo para nós em 2022?
Trump semeou a discórdia, pessoalmente e através de apaniguados disseminou fake news e desacreditou o sistema eleitoral e a própria demcracia americana diante do olhos e ouvidos do mundo.
Chegou a ser bizarra a boataria sobre a anulação de votos de eleitores que utilizaram certa marca de canetas.
Está esperneando e recorrendo ao Judiciário à exaustão como fizeram e fazem aqui Lula e Flávio Bolsonaro, por exemplo.
Por falar em Bolsonaro, deixo consignado que estou pegando o Trump para Judas porque aqui se critico o Bozo, alguns amigos e parentes ficam revoltados comigo.
Como são farinha de um mesmo saco, o que digo de um estou dizendo do outro.
Pelo meu zap e por minha caixa de entrada de e-mails circularam muitas mensagens com fake news sobre o Biden e muitas sobre a pobre da Kamala Harris.
Fico estarrecido como algumas pessoas ficam cegas, surdas e incapazes de pensar com suas próprias cabeças utilizando seus neurônios.
O Trump tido e havido como milionário está pedindo doações para obter recursos que lhe permitam espernear no Judiciário em diferentes condados, estados e até na Corte Suprema. E tem paspalhos que o fazem. Ou são idiotas ou estão com privilégios que não querem perder.
Como acreditar num negacionista (Covid é uma gripezinhs), garoto propaganda da cloroquina (que o Bozo comprou), cuja meta principal enquanto candidato eleito em 2016, era construi uma enorme muralha na fronteira com o México?
Separou milhares de mães de seus filhos com sua política obtusa de imigração, não levando em conta que o país dele deve a imigrantes o poderio, o sucesso e o respeito que conquistou.
E aqui há quem pense que os EEUU estão preocupados conosco, que ele e seus filhos são amigos do brasileiro que sabe fazer hamburguer, aquele que queria ser embaixador.
Na visão do Trump nos estados em que ele venceu não houve frade, bom como não há reclamação quanto ao resultado da eleição para o Congresso (câmara e senado).
No país da Microsoft, da NASA e do Grupo Disney, ainda não modernizaram o processo eleitoral que segue em cédula de papel e contagem manual.
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