Torcedores de outros clubes, no Rio de Janeiro, tiram sarro,
sacaneiam, fazem troça com os vascaínos pelo fato do clube Gigante da Colina
terminar competições como vice-campeão.
Atribuem ao clube que teve, nas décadas de 40 e 50, o
Expresso da Vitória, terminar na segunda colocação (sempre, segundo eles) as várias
competições de que participava.
Ora, seria preferível ficar com a pecha de ser vice-campeão
do que flertar com a zona de rebaixamento e, pior, ter três quedas para a
segunda divisão num intervalo de 9 anos:
2008, 2013 e 2105.
Alguns torcedores ficavam brabos com as chacotas dos
adversários, com os vices, mas muito pior é ser rebaixado de categoria como já
aconteceu. Ou não é?
Até porque num balanço feito com isenção seguramente o Vasco
não será o maior vice-campeão do Estado.
Nem em meus pesadelos mais tenebrosos, terríveis ou assustadores,
alguma vez o Vasco foi rebaixado.
Assim como de resto foi inimaginável o Brasil perder num jogo
de Copa do Mundo (2014), em casa, por 7X1.
Isso depois do dissabor de perder uma final, também em casa,
no Maracanã. Tendo uma equipe repleta de jogadores excepcionais.
Ou Zizinho não foi um dos maiores jogadores de futebol de
todos os tempos? Só quem não viu o “Mestre Ziza” jogando pode duvidar disto.
Jair da Rosa Pinto não teria sido jogador fora de série, de
desequilibrar as partidas? E ser protagonista de acirramento de rivalidade
entre Vasco e Flamengo?
Ademir Menezes foi ou não foi um goleador excepcional, a ponto
de um técnico (Gentil Cardoso) haver afirmado “deêm-me Ademir e lhes darei o campeonato”. O clube
contratou Ademir e ele levou o Fluminense ao campeonato carioca de 1946.
E Danilo “o príncipe”? Center-half clássico jogava de cabeça
em pé, observando o gramado todo para então lançar a bola ao companheiro melhor colocado. Deu nome a um corte de cabelo que foi moda durante muito tempo.
Enfim, tínhamos um esquadrão e ao final foram lágrimas e
ranger de dentes, como diria Humberto Kopf, meu professor de química no Liceu, se lá estivesse.
Nada é tão ruim que não possa piorar. Pior, muito pior, do
que ser eterno vice-campeão (se fosse verdade) é cair para a segunda
divisão.
E estamos, de novo, em data de hoje, a um passo (três pontos)
da área de degola.
3 comentários:
Conforme postei anteriormente, estou em um doloroso processo de desapego ao futebol (leia-se FLUMINENSE).
Da seleção brasileira já desapeguei há muito tempo. A última em que me senti representado como torcedor brasileiro foi a de 1982, traumatizante .... de lá para cá, e depois dos fatos impublicáveis de 1998 na França, acabou tudo para mim. Não reconheço esses times como um Brasil de chuteiras. Acabou.
Nunca imaginei gostar de ver jogos da liga inglesa, para mim hoje dispardo os melhores. Na Espanha só tem graça ver quando o jogo é Real x Barça. Na França não curto nenhum time, tampouco na Itália e na Alemanha.
E aqui, tentando sofrer menos, ter minha vida pessoal menos influenciada pelo FLU. Está muito difícil, mas houve progresso rsrsrsrs.
Estão tentando me levar ao New Maraca amanhã para FLU x Vasco - 0800. Não sei ....
Há muitos anos acompanho a Premier League.
Pela organização. Pela qualidade dos elencos, até mesmo dos clubes de menor expressão. Todos têm seus estádios, maiores ou menores, mas todos muito bem cuidados e com gramados onde é possível jogar futebol.
O sistema de rateio das receitas (e é muito dinheiro) é favorável ao clubes menores.Todos têm bons elencos.
Existem rivalidades históricas em nível nacional e regional: os dois Manchester; Liverpool e Everton. Sempre que há um derby as torcidas dividem os estádios em duas cores distintas.
E na capital, em especial Arsenal e Tottenham, pela proximidade, ambos na zona norte da cidade. O Chelsea tem história de sucesso relativamente ha pouco tempo.
Bem, como o futebol jogado lá é altamente competitivo, é prazeroso assistir.
Tenho até um time de preferência, que é o Arsenal.
Curiosidades: Arsène Wenger, técnico do Arsenal está há 20 anos no clube, mesmo não tendo grandes resultados nos últimos anos.
E "Sir" Alex Ferguson esteve 22 anos comandando o Manchester United até recentemente. Nenhum dos dois ingleses: um francês e o outro escocês.
Chega a ser engraçado o nível de rivalidade entre Arsenal e Tottenham.
O Emirates, estádio do Arsenal, tem capacidade para 60 mil e poucos torcedores.
O Tottenham está construindo o seu novo com capacidade para 61 mil torcedores, só para ficar acima do rival.
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