15 de julho de 2015

PASSADO, PRESENTE & FUTURO




Por
RIVA







ETAPA PASSADO
Quando criança e adolescente, vivia desenhando. Carros, cães, árvores, paisagens, lances de gol em futebol e aviões. Uma das coisas que mais gostava de fazer era sentar na calçada da nossa casa encostado no muro, caderno e lápis na mão, e desenhava a fachada das casas vizinhas, em detalhes, e até com uma certa perspectiva.

E com essa característica forte, não sei o que me levou a querer ser engenheiro civil. Talvez tenha sido o fato de acompanhar a longa reforma da nossa casa em detalhes, ou talvez tenha sido para sacanear minha mãe, que por já ter escolhido a profissão de engenheiro para o primogênito, dizia para mim e para todos que eu seria médico. Ela teria um filho engenheiro e um médico !

Em 1969, quando cursava o pré-vestibular (não consigo retirar o hífen, desculpe Profª Rachel) para Engenharia, meu pai me propôs entrar para o Banco do Brasil. Não lembro como era na época o processo de ingresso no BB, mas meu pai insistiu muito nisso, me falando que seria uma carreira que eu ia gostar, e que ao final, teria uma bela aposentadoria. Lembro também de várias vezes dizer para ele : “Pirou ? Você acha que eu do jeito que sou vou aguentar um emprego desses ? Eu quero ser engenheiro civil !”.

Obs: para quem estiver estranhando o termo “você”, devo dizer que NUNCA chamei meu pai de senhor nem minha mãe de senhora. Nunca me foi exigido isso em casa. O respeito era natural, em atitudes.

E segui minha vontade, formando em engenharia, trabalhando na construção civil por 23 anos e depois ingressando no mercado de gestão, onde estou há 20 anos, e aposentado há 8 anos. Na perícia que realizei consegui grau máximo de insalubridade no ambiente de trabalho, o que aumentou consideravelmente meu tempo de trabalho.

ETAPA PRESENTE
Por que não ouvi meu pai ? Vai ser rebelde assim no raio que o parta !


Estaria aposentado pelo BB há uns 15 anos, com uma belíssima aposentadoria, muito provavelmente trabalhando ainda em alguma atividade, e curtindo muito mais o belo planeta Azul.

Minha geração não pegou a tal previdência privada  como as gerações de 90 para cá. A exceção fica por conta de quem trabalhava em empresas que criaram seus fundos. O produto previdência privada quando surgiu para nós era caríssimo para nossas pretensões. Lembro das minhas consultas aos bancos na época. E desisti.

Conclusão : não posso parar de trabalhar. E aos sessenta e poucos anos, as dificuldades são enormes. No mercado de gestão as grandes oportunidades (consultoria ou emprego) estão em São Paulo, e na construção civil estou há muito tempo fora do mercado, e também não consigo mais me imaginar dentro de uma obra em andamento.


Procuro novas atividades, principalmente que me permitam não atravessar a Ponte para o Rio. É insano e desumano ! Passei por isso de setembro a março agora.

ETAPA FUTURO
Ninguém sabe, certo ?  Muitos acreditam que Deus sabe ... olha a isca ! rs.

No momento vou ter que aceitar o que surgir, porque ninguém paga minhas contas. E espero ter tempo para continuar minha busca por uma nova atividade que me tire da cama cedo com inspiração e tesão !


Todo esse sacrifício fazemos para .... ter grana para pagar as contas e bancar alguma qualidade na reta final.

Enquanto isso, os bilhões voam pra lá e pra cá em Brasília.


Nota do editor: estamos aproveitando a disposição do Riva e publicando suas colaborações de carreirinha. Não é comum receber suas matérias por atacado. E vai que ele dá o azar de arranjar um emprego ... e ter que trabalhar? Sou testemunha, porque trabalho pelas mesmas razões, que é melhor do que estar na situação do Freddy. Não falarei mais sobre a situação dele - Freddy - para não despertar o interesse de assaltantes, de Niterói. Dos de Brasilia ele não escapa mesmo.

8 comentários:

Jorge Carrano disse...

Sou mais velho do que você e dou testemunho de que já na minha adolescência os pais ambicionavam que seus filhos fossem médicos ou engenheiros. Não sendo possível, a carreira militar era a mais cobiçada.
Tirante estas boas opções, o Banco do Brasil e a possibilidade de ter futuro garantido era uma alternativa muito interessante.
Seus pais eram pontos na curva.

Jorge Carrano disse...

Real Madrid continua como o clube mais valioso do mundo. Leiam:

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Resultados/noticia/2015/07/real-madrid-e-o-clube-mais-valioso-do-mundo-pelo-3-ano-seguido-diz-revista.html

Nos Jogos Pan Americanos estou surpreso com a participação da Colômbia. Muito bons resultados, com alguns atletas de ótimo nível.

Também no remo o Vasco é vice. A Beltrame ficou com a prata (rsrsrs). Melhor eu brincar do que os mulambeiros.

Riva disse...

Foi tão surpreendente a minha remessa de posts que vc esqueceu de mencionar o autor no título ...AH, só pode ser do Riva !! kkkkkkkkkkkkkk

PS : Freddy massacrando no Facebook com fotos gastronômicas de Campos do Jordão ... rsrs

Jorge Carrano disse...

Sorry, Riva.
Falha já corrigida. Como expliquei no e-mail, em resposta, alterei a programação às carreiras (gostou Rachel?) porque queria publicar o seu post hoje.
Foi tudo na corrida e por isso a falta do crédito da autoria. Se você não alerta agora ia ficar por isso mesmo (rsrsrs). Nem notei!

Jorge Carrano disse...

Tá vendo? É o que digo. Freddy está na sombra. Porque o sol nasce para todos, mas a sombra é para alguns poucos escolhidos (rsrsrs).
Nós outros, pobres mortais, teremos que nos contentar com as fotos gastronômicas no post que ele enviará na volta. Bem, esperamos que ele compartilhe pelo menos as fotos.

Riva disse...

Sábias palavras ..... a sombra é para poucos ! kkkkkkkkkkkkkk

Hoje fui ao Rio, no Centro, no meu dentista.

Escapei do mega engarrafamento da Ponte devido a um acidente cedo, e escapei por 30 minutos da batida da barca Boa Viagem no pier da Pça. XV.

A secretária do meu dentista estava nessa barca e contou detalhes. Para quem estava dentro, sabendo que iam bater sem desacelerar (avisaram antes) foi um horror. O piloto/mestre escolheu o muro de pedras centenário para a colisão, para evitar colidir com os cais (Profª Rachel, qual plural de cais ?) existentes da CCR Barcas.

Quem mora em Niterói ou São Gonçalo não tem mais condições de trabalhar no Rio. E aí ? Fazer o que ?

Jorge Carrano disse...

A agência reguladora que controla o transporte quer aplicar multa de 400 mil na CCR Barcas. E aí eu pergunto, como no post de ontem, para onde irá esta multa se, de fato, for aplicada e a empresa não recorrer.

http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2015/07/quem-sabe-informar.html

Riva disse...

Mestre Carrano, eu DUVIDO que essas multas sejam pagas. TODAS, de qqer segmento ! Devem virar jabá dividido por N pessoas !

E eu ralando aos 63 anos para conseguir um trabalho que me permita pelo menos, pagar minhas contas.

O grande lance ainda acho que é convencer a matriarca vascaína a jogar TUDO para o alto, e terminar nossos dias na Nova Zelândia. Mando a cx postal depois.

QUE SE FODA (como diz o Calvin) a AMIL, a SKY, os seguros, a OI, os IPTUs,as taxas de incêndio,os condomínios, impostos escrotos do Brazil, etc ....

VIDA NOVA aos 60 !!