10 de julho de 2015

O que me der na telha

Isto significa, aqui neste post, dizer (escrever) o que me vier a cabeça (memória), sem preocupação com lógica, interligação de assuntos, coerência, continuidade de pensamento, racionalidade.

Antes de iniciar a escrita ocorreu-me utilizar esta sentença que ouvia muito em meus tempos de criança (parece que foi ontem – rsrsrs), de meus parentes de origem lusitana: “Faço o que me der na telha”.

Mas precisava validar a locução e fui ao Google para saber se alguém mais a utiliza ou conhece. Encontrei menções e links para blogs. E nome de canção de autoria de  Marcos Valle, da qual extraio alguns versos que vão abaixo:
“Penso durante um segundo
Tento não ser egoísta
Isso é o meu mundo
Essa é a minha vida
Não sou uma pessoa rebelde
Ninguém me aconselha
Só não quero ser um modelo
Faço o que der na telha
Der na telha”

Achei também um blog de onde pincei a imagem a seguir.

Ver link em nota do editor

Bem, acho que está mais ou menos claro o que quis dizer no título. 

Então vamos ao que me dá na telha neste momento, que já não é o que tinha em mente ao planejar escrever aleatoriamente.

Com as contratações recentes, a equipe do Chelsea, de Londres, pela qual minha nora Erika tem simpatia (por causa da cor do uniforme), o número de brasileiros na equipe será maior do que o de ingleses. Vejam em :

A flexibilidade na contratação de estrangeiros, associada ao artifício da cidadania obtida em pais da comunidade europeia, provocou uma invasão de sul-americanos, africanos e até asiáticos nas equipes da Premier League.

Chelsea : faltam na foto  Kennedy e Nathan, recentemente contratados

Essa miscigenação futebolística melhorou em muito o padrão e o estilo do futebol praticado no velho continente. Haja vista que Espanha e Alemanha, para falar de seleções recentes, ganharam títulos mundiais (2010 e 2014), causando boa impressão.

O Arsenal, meu time na terra da rainha, teve um jogo, há algum tempo, em que os onze em campo, e mais seis dos sete no banco, não eram ingleses. Ou eram alienígenas genuínos ou, na melhor hipótese, britânicos (Escócia e Pais de Gales).

Penso com meus botões que deveriam apresentar um projeto de lei obrigando laboratórios de análises clínicas a devolver o sangue que colheram para exames.

A pedido da cardiologista tive que fazer exame recentemente e eram tantos os itens e níveis  a serem medidos, que a quantidade de sangue colhido encheu alguns tubinhos daqueles onde armazenam o precioso líquido.

Ora, faz falta. Não, as fezes colhidas para o mesmo fim, ou a urina, devem mesmo ser descartados (KKKKK).

A educação, o respeito, e a cidadania dos londrinos de nascimento ou adoção, deixam-me humilhado. Em todas as ocasiões em que são prestadas homenagens a heróis, ou são reverenciadas vítimas de catástrofes ou guerras, e faz parte da homenagem respeito ao silêncio, toda a cidade, em todos os lugares fazem silêncio tumular, como ocorreu na semana passada, no aniversário de dez anos dos atentados terroristas na cidade.

Outro exemplo que daria é o Remembrance Day, quando comemoram o final da 1ª Guerra Mundial. Foi na décima primeira hora do dia 11 de novembro de 1918, que foi assinado o armistício.

No ano seguinte o rei George V declarou  que o dia 11 de novembro seria dedicado à lembrança daqueles que tombaram na grande guerra.

Por isso, nesta data, ou no domingo mais próximo, são respeitados dois minutos de silêncio em homenagem não só as vitimas da guerra, mas também a todos que tombaram defendendo a nação britânica.

Como acompanho, desde há muito, o campeonato inglês de futebol ,tive oportunidade de presenciar, via TV, mesmo nos campos de futebol o respeito do público e dos atletas, inclusive daqueles que nem são britânicos.

Silêncio total e absoluto e quase imobilidade durante o tempo de duração (cronometrado). E todos ostentam na lapela ou presa a camisa a flor símbolo da homenagem feita em tecido.

Flor símbolo

Há uma cerimônia oficial presidida tradicionalmente pela rainha.

No Brasil vaiamos o minuto de silêncio que, diga-se, em geral não passa de trinta segundos, podem observar. E as pessoas riem, acenam para as câmeras, os atletas se exercitam e o murmurinho é enorme nas arquibancadas.

Estou com vontade de falar de Dilma, ex-guerrilheira que presidiu durante anos o Conselho de Administração da maior empresa nacional, orgulho da nação e, não obstante, não soube da roubalheira que acontecia lá na Petrobrás.

Vai ser distraída ou leniente assim no mato.

Essa vontade de critica-la veio de um e-mail há pouco recebido, com links de um discurso absolutamente ininteligível e de uma montagem divertida e procedente.

Acessem, é divertido ver como o raciocínio fica turvo e ela tropeça nas palavras:





Nota do editor: com os links será possível saber mais sobre o Remembrance Day,  e chegar ao blog do que me der na telha.



16 comentários:

Jorge Carrano disse...

No meio do caminho tinha uma pedreira (perdão poeta), não apenas uma pedra. Ontem Sharapova foi eliminada na semifinal de Wimbledon, de novo perdendo para Serena Williams.

Jorge Carrano disse...

Até segunda-feira tem post garantido e com publicação programada. A partir de terça, sem colaborações, sei não...

Riva disse...

Acho que, independente do recebimento de matérias para publicação, você pode sim manter suas publicações, mas tipo às 4as feiras, ou às 4as e domingos no máximo - 1 ou 2x por semana.

Estou subindo a serra daki a pouco, e lá geralmente me inspiro para algum assunto.

Obs: Profª Rachel, "daqui" se escreve "daki" no Twitter. É uma forma atual de abreviar a escrita, largamente utilizada pelas novas gerações. Outros exemplos :

kd = cadê
qqer = qualquer
q = que
ñ = não
sqn = só que não
gte= gente
pq = por que e porque
info = informação
vlw = valeu !
ST = saudações tricolores
VTNC = .......
VSF = .......
PQP = ...... já utilizada há algumas gerações
c = com
tá = está
vc = você
vcs = vocês
s = sem
aki = aqui
kct = cacete

etc, etc, etc

Jorge Carrano disse...

Deus do céu!!!
Nova tentativa de criar o esperanto tupiniquim ? Ou reinventar a escrita cuneiforme? Ou hieróglifos? Prefiro estudar sânscrito e aramaico (rs).

Jorge Carrano disse...


A Petrobrás na justiça americana:

http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/07/acao-coletiva-contra-petrobras-nos-eua-avanca-para-etapa-probatoria.html

Jorge Carrano disse...

Riva,
Refletindo sobre sua sugestão de publicar dois posts semanais, às quartas e domingos, preocupa-me disputar leitores com os classificados de "O Fluminense", cujas edições nestes dias são mais recheadas de anúncios (rsrsrs).

Riva disse...

Ok, 3as e sábados então rsrsrsrs

Aki na Serra 19º

Riva pesquisando disse...

Em tempo :

A origem da expressão popular “dar na telha” deu-se pela analogia entre a anatomia do corpo humano e a anatomia de uma casa. Numa casa, o ponto mais alto é geralmente o seu telhado. No corpo humano, o ponto mais alto é a cabeça. Segundo o professor Ari Riboldi, telha, numa linguagem informal, pode significar cabeça ou mente. Além do significado informal, o professor afirma que testu, em latim, significa barro cozido, argila ou telha; testu posteriormente originou a palavra testa, designando um vaso de barro cozido. Sabe-se, também, que testa designa a caixa craniana que protege o cérebro humano. Daí a expressão: “Dar na telha”, ou seja, ocorrer um pensamento, imaginação ou sentimento momentâneo.

Riva disse...

Por falar em "dar na telha", deu-se na minha telha a possibilidade da não existência obrigatória de posts para comentários.

Se vcs perceberem, na maioria das vezes um post gera comentários que vão mudando de foco, de tema, e continuam, continuam.

Continuariam até onde, caso não aparecesse um novo post ? Como se fosse uma corrente, até ser quebrada (descontinuidade).

Sei lá, existem BLOGs assim, com essa estratégia ?

Freddy disse...

A linguagem abreviada do Twitter é decorrente da limitação de 140 caracteres por mensagem. Abreviando se transmite mais com menos.


Riva disse...

Freddy, o Twitter com certeza acelerou em muito essa tendência, uma sacada de quem o criou, percebendo o que a nova geração queria - rapidez em tudo.

Nos chats, Orkuts, Face, IQCs ou ICQs (??), emails, tudo está assim. Por enquanto só não vejo em correspondências entre empresas.

No Whatsapp, por exemplo, eu quase não teclo mais. Uso mensagem de voz (quando o outro pode receber assim), por preguiça de teclar e tempo dispendido na conversa.

#friodaporraaki #euejohnnieabraçados #nãosougay

Jorge Carrano disse...

Valeu, Riva, o trabalho de pesquisa sobre a origem de "dar na telha". Analogio consistente.
Outra expressão popular interessante é "fazer nas coxas". Você sabe porque?

Riva disse...

Embora tenha utilizado essa tática muitas vezes, por favor explique rsrsrs

PS : cade a Kayla ?

Jorge Carrano disse...

É mesmo, cadê a Kayla?

Riva, não é exatamente o que você pensou. Como falamos em "dar na telha", ocorreu-me o "fazer na coxas" por associação de ideias. Senão vejamos:
Esta expressão nasceu da fabricação de telhas tipo colonial. As escravas, nas olarias, moldavam as telhas em suas coxas. Claro que como não eram do mesmo tamanho, pois algumas eram mais magras e outras mais gordas, e com alturas também diferentes, as telhas não saiam rigorosamente iguais.
Por isso quando alguma coisa não está no padrão desejado ou esperado, ou foi feita de modo equivocado, diz-se feito nas coxas.

O Generalidades esecializadas também é cultura.

Aproveito para corrigir o comentário anterior, quando pretendi escrever que a analogia era consistente. Hoje, mais do que o habitual, estou brigando com o teclado (rsrsrs).

Riva disse...

sensacional essa do fazer nas coxas! não sabia !

Viva o GE !!

Jorge Carrano disse...

Eu não disse que este blog também é cultura? Rsrsrsrs