21 de julho de 2015

http://www.carrano.adv.br

Fui, seguramente, um dos primeiros (senão o primeiro) advogados em Niterói a ter sua própria homepage. Rapidamente se transformou num website através do qual cheguei a responder consultas, a custo zero (tipo 0800, rsrsrs). Era de certo modo uma maneira de promover meu escritório.

O site continha, ainda, links para os sites das Universidades e para os insipientes sites da Justiça Estadual, da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho, assim como para os tribunais superiores – STF, STJ e TST.

Podia-se, no meu site, consultar a Constituição Federal e o Código Civil, cujos textos eu mantinha atualizados.

Mantinha, também, tanto quanto possível, atualizados os Pré-julgados e as Sumulas.

Consideradas as páginas de apresentação (meu perfil), áreas de atuação, respostas de consultas, matérias doutrinárias (fazia comentários aos dispositivos do código civil), links, etc, eram 15 páginas, classificadas num índice na “home”.

Hoje, se acessado o endereço do titulo, sem os já desnecessários http://www , bastando o carrano.adv.br, cairão numa fria página de despedida criada há pouco mais de dois anos, quando eu pretendia deixar a advocacia contenciosa e me dedicar exclusivamente aos trabalhos extrajudiciais.

Esse pioneirismo foi possível graças ao meu filho caçula que sempre foi apaixonado por informática, desde o tempo em que lhe dei um TK85, com um velho televisor de 17 polegadas servindo de monitor, no início da década de 1980. Resolveu cursar  engenharia de telecomunicações e, ainda formando, foi contratado pelo investidor para instalar (montagem) o primeiro provedor da cidade – NitNet.

Por isso, com um suporte técnico deste nível foi fácil ter minha homepage.

Mais tarde registrei o domínio carrano na extensão adv (carrano.adv.br), e entrei no espaço virtual com toda corda. 

Teve, claro, o problema da manutenção do site depois, quando cresceu e com muita frequência precisava de atualizações (leis, consultas, etc). Este problema foi resolvido de uma maneira peculiar.

A primeira mulher cliente da NitNet, e hoje minha nora, acabou por conhecer meu filho (por causa do suporte) e começaram a namorar. O namoro virou casamento e a Erika passou a ser minha consultora para assuntos virtuais e do ciberespaço.

Foi  fácil para mim. Foi também a Erika que construiu para mim este blog onde me divirto e registro um pouco de minha vida, desde 2009. Aprendi os rudimentos de edição para poder criar e publicar meus posts e de amigos convidados.

Bem, minha nora tem sua atividade profissional voltada para decoração de interiores e meu filho, agora doutor,  é professor universitário na faculdade de engenharia da UFF. 

Por causa desta vocação de meu caçula para a informática, o mais velho acabou sócio-fundador e presidente de uma agência de comunicação virtual, também pioneira em Niterói, a TAU VIRTUAL (http://www.tauvirtual.com.br/pt/).


Notas do editor: programas utilizados nos primórdios:
Windows 3.11
Eudora 1.4.4
Word 2.0
Netscape Navigator
Internet Explorer 4.01
Trumpet Winsock 3.0 (para acesso discado a rede)



29 comentários:

Freddy disse...

Conheci o Netscape Navigator em seus primórdios, já que o primeiro nó de internet no Brasil foi na Embratel.

Quando comprei meu primeiro computador pessoal útil passei a usar o IE e meu editor de e-mails era o Eudora gratuito. Usava também o Windows 3.11 mas acho que meu primeiro Word já foi o 6.0

Obs.: tive um CP500 através de consórcio na Embratel, o Projeto Ciranda, destinado a fomentar a informática entre os empregados. Contudo, não me serviu. Vendi-o quase imediatamente após contemplado e com a grana comprei um quarto inteiro (armário embutido de 6 portas, cômoda, 2 criados mudos, cama com 4 gavetões).

Obs 2: tive um MSX da Gradiente, que também não me serviu de nada.
Só com um Pentium 100 é que minha experiência com computadores e redes começou de fato.

Freddy disse...

Um fato engraçado envolvendo o Eudora gratuito.
Ele tinha uma tela de edição pequena em relação ao todo, e era ladeado por uma grossa coluna de anúncios. Quando a gente "espertamente" abria alguma janela no Windows tapando aqueles anúncios, o Eudora mandava um recado curto e grosso:

"Você está tapando os anúncios. Eles são os responsáveis por você estar usando o Eudora gratuitamente. Por favor, destape-os!"

E só voltava a funcionar se você destapasse os malditos anúncios!
<:O)

Jorge Carrano disse...

Freddy,
Usei um CP500 no SENAC, onde, acredite, fiz um curso de linguagem Basic. Tenho o certificado. Não me pergunte para que.

Freddy disse...

Durante o curto período em que fiquei com o CP500, foi Renata (que tinha 4 anos na época) quem mais se aproveitou dele. Na Embratel era "febre" e todas as seções tinham ao menos um, com a secretária. A Embratel desenvolveu programas utilitários de edição de texto (CIRTEXTO) e de planilha de cálculos (CIRCALC), ambos direcionados ao Projeto Ciranda.

Sobre linguagens de computador, eu nunca fui muito bom nelas. Tinha (tenho) grande dificuldade em absorver conceitos de informática sem alguém que, pacientemente, me explique. E paciência é o que mais falta em quem habitualmente lida com programação. Exceções deve haver, claro...
=8-)

Paulo Bouhid disse...

Passei por tudo isso... sou do tempo do cartão perfurado!!! Tb usei o Eudora e, caso vcs não saibam, seu autor escolheu esse estranho nome pq era o nome de uma antiga professora... uma homenagem.

Com o surgimento dos micros, tivemos (empresa) que passar por aquela estúpida "reserva de mercado" que nos atrasou por 10 anos, no mínimo. Éramos obrigados a adquirir micros produzidos aqui e, pior, softwares tb daqui, tipo "Samba" (uma cópia escarrada e "piorizada" do Lótus 1-2-3 que eu usava escondido na empresa), e o "Carta certa" para edição de textos, quando o mundo inteiro já se utilizava do Word. Base de dados: Dialog!!!

E vai por aí...

Apenas um reparo numa observação do Freddy: por ter começado minha carreira na Informática trabalhando na IBM, como Analista de Sistemas, não concordo quando ele diz que "paciência é o que mais falta em quem habitualmente lida com programação". A atividade de programação, na época do Assembler, Cobol, Fortran, etc... para ser bem sucedida, exigia como prerequisito, não paciência, ou apenas conhecimento da sintaxe da linguagem que vc usava, mas um perfeito raciocínio lógico... de que vc faz uso em várias atividades de sua vida - profissionais ou não.

Até mesmo o Jorge, como advogado, não pode prescindir desse perfeito raciocínio na elaboração de suas petições ou contestações...

Jorge Carrano disse...

Paulo,
Acredita que aprendi a fazer fluxograma (simples)? Utilizando retângulos e losangos? Se não me engano no losango, que sempre tinha duas saídas, colocávamos as decisões alternativas (decisões lógicas?).
Caramba! Por que me lembrei disto agora?

Paulo Bouhid disse...

Tb fiz muito isso, Jorge. E vc está certo: o losango era utilizado para tomada de decisão tipo "sim" ou "não" (raramente mais). O fluxograma (na verdade, "diagrama de blocos") era a primeira etapa da programação. Após desenhado, bastava seguir seus caminhos para "codificação do programa" (na linguagem-fonte que vc estivesse utilizando - Assembler, Cobol, Fortran, Basic,...), e que eram as instruções que o programa deveria seguir. E vai por aí...

Como sempre gostei de jogos, volta e meia programava um jogo conhecido para alguém jogar contra o computador. Para enviar sua jogada, o cara usava o teclado-console do computador (que ocupava metade uma sala!!).

Freddy disse...

Acho que não me expressei bem: paciência para ensinar aos outros é o que falta aos profissionais de informática. Acham que você vai aprender com a primeira explicação, como se fosse óbvio. E a maioria gosta de se jactar por dominar algo que aos outros parece grego.
Sempre há exceções, mas eu lidei com uma penca de gente assim.
=8-/

PS.: não excluo esse comportamento altivo em outras profissões, com destaque para a medicina. Quando eu discuto com médicos (porque posso ser leigo no assunto mas não sou burro), é o maior desacerto! Eles não se conformam de jeito algum que você os peite.

Riva disse...

Lembro de FORTRAN, matéria do básico da Engenharia ... com aqueles cartões perfurados ... estou falando de 1971.

Eram 3 provas no semestre, e tirei ZERO na primeira, porque inauguraram um Tobogã em São Conrado no horário da prova, e fomos todos para o Tobogã, ao invés de ir para a sala de aula fazer a maldita prova !

Paulo Bouhid disse...

Riva, esse teu ZERO em Fortran me lembrou como passei em Descritiva, que só era dada no primeiro semestre do 1º ano. Por não ter estudado essa matéria onde fiz o Científico (Teresópolis), encarei enormes dificuldades. Assim, minhas 3 notas no semestre foram: ZERO, 5 e 7. Média 4... dependência! Como a grita foi geral, o prof. (Rangel) decidiu que a menor nota das 3 seria excluída. Fiquei com 5 e 7... média 6... prova final. A grita continuou e mais uma vez ele se vergou e decidiu duplicar a maior nota. Fiquei com 5, 7 e 7... média 6,3...prova final. Numa última "grita", ele aceitou excluir a menor das 3 notas. Fiquei com 7 e 7... e passei por média!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Freddy disse...

Também fui agraciado com um zero num teste de cálculo numérico, que na PUC era ensinado baseado em FORTRAN, que eu até sabia um pouco. Na verdade, o mestre corrigiu errado uma das questões e era para eu ter tirado um, mas não pedi revisão porque achei zero mais simpático, dava a impressão de que eu não fizera a prova (!).

Alguém aí já entregou na escola uma pilha de cartões para impressão de páginas em branco pela área de apoio de informática, que davam um excelente bloco de rascunho? Às vezes a gente disfarçava e mandava imprimir uma longa senoide, que disfarçava a intenção e dava para usar o verso das folhas!
<:o)

Jorge Carrano disse...

ATENÇÃO internautas descuidados que caíram aqui no blog, não se trata de reunião no CREA/RJ.

É que o blog está "infestado" de engenheiros (KKKKKK). Podem continuar navegando até que cheguem a um sitio onde encontrem conversa de comissárias de bordo, por exemplo (KKKKKK).

Freddy disse...

E eu nem comecei ainda a falar da teoria da relatividade de Einsten... Ei, isso não é nada de novo, é do início do século passado! Quando aconteceu o crack da bolsa de 1929 os físicos já viajavam na maionese faz tempo!
Ah, sim, foi um dos tópicos de Estrutura da Matéria I no 5º período da PUC.
<:O)

Riva disse...

Xará, já contei aqui : tb tirei Zero em Descritiva no vestibular da CICE, e a prova era diferente de zero !! Fui desclassificado. Não consegui nem colocar a maldita Linha Neutra numa das questões rsrsrsrs

Jorge Carrano disse...

E eles insistem. Perdão,leitores!

Jorge Carrano disse...

Assim as coisas funcional em pais civilizado, onde as leis são cumpridas:

http://espn.uol.com.br/noticia/529382_torcedores-do-chelsea-que-cometeram-ato-racista-sao-banidos-do-futebol-por-5-anos

Paulo Bouhid disse...

Xará, no vestibular que fiz pra UFRJ (antiga ENE da UB), após a prova eliminatória (100 questões, 40 de Matemática, 30 de Física e 30 de Química), na qual teríamos que acertar, no mínimo 40%, vieram as provas "individuais", e nenhuma delas poderia ser zerada: 1 de Matemática, 1 de Física, 1 de Química e 1 de Descritiva. Embora eu me garantisse em Mat & Fis, e beliscasse alguma coisa em Quim, não podia zerar em Descritiva. Eram 5 questões, com pontuação variada. Escolhi a que valia 1 ponto e levei 4 horas pra resolvê-la!!! Comecei, obviamente, traçando a "linha neutra" (encontro dos planos H e V) e parti pra famosa "épura"...

Amanhã abordaremos o tema "E se a Terra parasse subitamente de girar?"

Jorge Carrano disse...

Já não me bastavam os petistas e os flamenguistas e agora me aparecem estes engenheiros azucrinando no blog. Perdão, leitores, aditarei algumas providências.

Freddy disse...

Tira os engenheiros e você ganha um ZERO em participação nos comentários!
Aliás, aqui é chamado de PNEU !
<:o)

Jorge Carrano disse...

KKKKKK
Estão acompanhando caros leitores e queridas leitoras? Agora apareceu um lobby de engenheiros. E são chantagistas, fazendo ameaças de sabotar o blog.
Socorro!!!

Freddy disse...

Esse Trumpet Winsock saiu do fundo do baú, hein?
Já nem me lembrava mais dele!
<:o)

Jorge Carrano disse...

Freddy,
Sou do tempo do acesso discado. Só não peguei a fase da internet à lenha (rsrsrs).

Riva disse...

KKKKKKKKKKkkkkkkkkkkkkkk fui ai comentar tudo isso com meu inseparável consultor, Johnnie, the Walker !

Xará, arrego para a Descritiva. Nunca precisei em toda a minha vida profissional rsrsrrs.

Paulo Bouhid disse...

Xará, não me soou bem a expressão "linha neutra" e fui relembrar. Chama-se "linha de terra".
Tb nunca precisei de Descritiva, assim como não precisei de química, nem de uma matéria dada tb no primeiro semestre do 1º ano, e da qual não me lembro nem mesmo o nome... tratava das pedras, rochas, blá, blá, blá...

Internet... tb peguei o acesso discado, depois de passar pela internet a manivela...

Jorge Carrano disse...

E precisou dos afluentes do Amazonas na margem esquerda? (rsrsrs)

Freddy disse...

Essa conversa vai descambar...
Existe duas correntes de educadores:
- uma defende que a pessoa só deve ser treinada naquilo que vai utilizar durante a vida ou, para ser mais explícito, durante a carreira.
- outra defende a cultura geral, ensinando a pessoa a conhecer um pouco de tudo e a vencer desafios quando eles aparecerem, já que na vida o amanhã é imprevisível.

Eu prefiro a segunda. Tenho só a agradecer ter estudado (e sido cobrado na escola) um pouco de latim, inglês, francês, biologia (anatomia e botânica), descritiva com instrumentos e a mão livre (na PUC), história, geografia, resistência dos materiais, mecânica dos fluidos, teoria da relatividade, mecânica quântica, física, química geral e orgânica, eletrônica analógica e digital, antenas, geradores e máquinas elétricas, canto orfeônico (no Liceu), entre outros. Na PUC tive de cursar matérias abordando casamento, divórcio, aborto, psicodinâmica familiar, teologia...

Nenhuma delas usei diretamente na minha vida profissional, toda ela direcionada para engenharia de telecomunicações na área de telefonia e telex. Desde que comecei na Embratel já tive de entrar em cursos internos de equipamentos específicos. Garanto porém que nada do que me foi solicitado aprender (à exceção de informática - rs rs) apresentou grandes dificuldades, pois tive um currículo absolutamente extenso, amplo e aprendi, antes de tudo, a estudar.
=8-)

Jorge Carrano disse...

Os sites dos órgãos do Judiciário e das serventias judiciais eram, como escrevi, insipientes, mas devo registrar que eram também incipientes.

Relendo agora dei-me conta de não haver feito o registro devido.

Jorge Carrano disse...

A TAU Virtual, que se transformou numa agência de publicidade e de comunicação digital, encerrou suas atividade em 2017.

Jorge Carrano disse...

Alguém sabe me dizer o que aconteceu com o Linux, sistema operacional que iria concorrer e superar o Windows ?

O programa do pinguim, sumiu sem deixar recado.