10 de abril de 2014

Memórias do Pé Pequeno - II




Por
Carlos Frederico March
(Freddy)










Eis uma foto de nossa rua, numa época bem remota, creio que mais ou menos em 1955. Como já disse no post anterior, ela era de terra, inclusive a maioria das calçadas. Uma de nossas brincadeiras até ela vir eventualmente a ser asfaltada, além dos eternos  futebol  e bola de gude, era fazer barreiras à maneira de castores quando chovia, aproveitando a água que escorria ladeira abaixo. Lembro-me que nossos pais nos alertavam para eventual contaminação por esgoto, mas nunca ficamos doentes por termos brincado nessa água barrenta!

Rua Itaocara, meados dos anos 50

Na imagem aparece em primeiro plano nosso “poderoso” Ford 1941. Atrás dele, o Citroën de meu tio Gui  (ou Antogui, apelido de Antonio Guilherme Barroso March) e o Ford 1946 de meu tio Luiz (Luiz Felipe Barroso March).  

Intervalo autopromocional (rs rs). Tanto meu pai José Frederico como tio Gui, ambos tinham uma boa veia literária, do qual herdamos, eu e Paulo, parte da habilidade de escrever. Chegaram a editar algo. De meu pai José Frederico temos o livreto  “Nascer, viver e morrer com pão, amor e fantasia”, uma coleção de pequenos ditos e poemas.  

“Vendo o moço abatido

Dizer-se velho aos quarenta

Disse o senhor decidido:

Sou um moço de sessenta” 

Tio Gui investiu mais e fez até um evento no Espaço Cultural Carlos Magno (Campo de S. Bento, Niterói)  para divulgar suas obras. Sobre a Fazenda do Colégio, parte de nossa história em Campos dos Goytacazes e tombada pelo Patrimônio Histórico (e durante um tempo abandonada pelo poder público), ele escreveu  “ Verde Planície, Velho Solar” além de um livreto com um libelo a favor de sua manutenção. Sobre nosso bisavô, o famoso médico homeopata Dr. Guilherme March (uma das grandes referências do espiritismo no Brasil), tio Gui editou o livro “Dr. March - médico & apóstolo”.



 Já minha mãe (D. Flora, como era conhecida), antes de ficar cega, desenhava com uma facilidade impressionante vestidos e moda em geral. Não raro era chamada a desenhar para as amigas, sendo que ela própria desenhou e costurou (com a ajuda de minha avó Carolina) seu vestido de casamento. Eu também dela herdei a habilidade no desenho, que não levei à frente. 

Voltando ao Pé Pequeno, as antigas casas da Rua Itaocara acima da nossa podem ser vistas na foto mostrada, lado par. São todas altas porque se situam na encosta da Rua Maricá, a tal que sobe o morro sobre a lateral leste do vale. O portão de automóvel à frente é o da casa 140, onde moravam Seu Peri e Dona Glória, cuja cadela Fúria (pastora alemã) é uma das lembranças remanescentes daquele tempo.

A casa mais acima (144) era de um casal de velhinhos: Seu Hugo e D. Filomena. Tinham o hábito de ouvir ópera em alto volume, prática rara numa época em que quase ninguém tinha som em casa. Mais tarde, com o falecimento dos mesmos e abandono da casa, ela quase ruiu, com a base dos alicerces sendo paulatinamente carcomida por imensos formigueiros de saúva. Deu lugar, mais tarde, a um casarão.  

As saúvas formam boa parte de minhas lembranças infantis, pois que eu criei verdadeiro ódio delas! Durante um tempo, eu quis fazer uma horta no jardim de minha casa, e plantei feijão! Sim, é uma das plantas que dão uma noção de como a natureza age numa base de tempo rápida o suficiente para atrair a atenção de uma criança. Só que, quando os pezinhos de feijão chegavam a cerca de um palmo de altura, amanheciam tosados! As saúvas tinham visitado meu jardim e cortado todas as folhas!  

Então passei a ser um ferrenho adversário delas. Jogava bombinhas de S. João nas aberturas do formigueiro principal no muro da casa de Seu Hugo, seguia a linha delas pela sarjeta até o barranco e matava o que podia, com fogo, pedra, chinelo, o que tivesse à mão.  

Mais tarde eu formei a consciência de como era extenso o problema na região. Todo ano tinha a época das tanajuras (içás), que nada mais são que as saúvas do tipo cortadeira aladas, em fase de procriação para disseminação das colônias.  Não, nunca comi farofa de bunda de tanajura!  


Tanajura ou Içá

E já que falei em tanajuras, como esquecer as andorinhas? O dia da revoada das tanajuras era uma festa para elas! O bairro, naquela época remota, era habitado principalmente por pardais e andorinhas. As demais espécies ocorriam mui raramente, dizem os entendidos que expulsadas pelos pardais.  

O Barranco, citado e mostrado no mapa do Google do post anterior, aparece como um monte de mato a seguir à casa 144. Seu platô se situava mais ou menos na altura do telhado das casas vizinhas. Subir o barranco era uma das brincadeiras dos garotos, pois requeria habilidade e uma certa dose de coragem. Principalmente para descer...  

A seguir ao barranco vinha a casa de um garoto que a gente chamava de Ricardinho, depois a de uma senhora alemã, alvo de muitas das brincadeiras sádicas da nossa turma. Adiantando-me a Riva, contarei o que faziam com ela (e com outros vizinhos menos simpáticos).  

Houve um período de racionamento de energia por volta de 1958 ou 59, se não me engano. As luzes se apagavam de 18 às 20 ou algo parecido. Todo mundo ia para as calçadas bater papo até que a luz voltasse, pois era verão e a temperatura no cair da tarde bem amena. Época boa, hein? Nada de ladrões, bandidos, só famílias confraternizando, as comadres trocando fofocas. 

Vez por outra, acobertados pela escuridão, um pequeno bando de arruaceiros circulava o bairro com rolos de esparadrapo e colava os botões das campainhas das casas, de modo que, quando a luz voltava... O problema da idosa senhora é que a campainha ficava lá embaixo! Ela tinha de descer uma boa quantidade de degraus para poder retirar o adesivo e calar a sirene...  

Outra lembrança que remonta a agosto de 1958 foi a explosão dos paióis de munição do Exército em Deodoro. O chão estremeceu no Pé Pequeno, os vidrinhos passeavam sobre o criado mudo do quarto de nossos pais com a vibração do solo! No dia seguinte, vários vizinhos e até colegas da Escola Marília Mattoso, onde nós estudávamos, comentaram situação similar em suas casas!  

Lá em cima da Itaocara, na curva da Mangueira (consultar mapa do post anterior), ficava a casa de minha primeira professora de piano, D. Helda (mãe de Rosane). Comecei com 8 anos de idade, tendo em paralelo estudado teoria musical com D. Lourdes Drumond, que veio a ser dona de uma Escola de Música que ainda existe na R. Presidente Backer.  

Com efeito, para alguns antigos moradores da Rua Itaocara e adjacências, creio que uma das lembranças pode ser o meu piano, já que era obrigado a estudar diariamente e o som se propagava. Quando não de nossa banda de rock (The Lightnings, por volta de 1966/8, não deu em nada), cujos ensaios na varanda deram até polícia na porta!   

Há quem vá se lembrar também do belo som do violão do Seu Lelé, Sr. Mário Lécio, pai de meu amigo de infância Mário Guilherme, irmão da Maria Luísa (Malula) e mais tarde do temporão Luís Henrique. 

Essa casa, a de número 132, foi um dos marcos de minha infância e adolescência, dado que era de onde eu soltava cafifa a maior parte das vezes. Mário Guilherme, apesar da diferença de idade, era meu parceiro para fazer balões (ih, me adiantei...). Malula não conviveu conosco, certamente se relacionava apenas com suas outras turmas. Seu Lelé tocava solando e acompanhando sem cantar, e seu violão era, se não me falha a memória, um antigo e valioso Del Vecchio dinâmico. O som ia longe!


Violão Del Vecchio dinâmico

Falei tanto do lado par da rua Itaocara, quando eu mesmo morava do lado ímpar. Bem, no primeiro post falei por alto de nossas vizinhas do 133. Uma delas, D. Hilda, era doceira. Confeccionava principalmente bolos de aniversário e casamento, mas também fazia docinhos e salgados para festa. 

Jamais vou me esquecer de quando tive caxumba, cujo período incluiu o Natal. No meu aniversário (1º de janeiro de 1963) ainda estava em convalescença... Como só podia mover lentamente o maxilar e adorava empadas, uma das soluções para saciar meu apetite e o estresse de ver todo mundo se esbaldando foi pedir a D. Hilda para me presentear com um tabuleiro de 50 empadas de camarão, que eu comi praticamente inteiro ao longo de vários dias, com um pouquinho de arroz macio! 

Descendo a rua do lado ímpar, tinha a casa da família Grandelli, mas como a idade deles era um tanto diferente da nossa e naquela época a gente custava a se relacionar com faixas etárias muito diferentes, a gente só se cumprimentava. Por desígnios do destino, a Rosana Grandelli veio a se casar com o que hoje é nosso clínico geral, Dr. Ricardo Carneiro Ramos. Reformaram a casa e ainda lá residem.  

Abaixo vinha a casa de Valdomiro e Dinho, também com idade superior à nossa. Na curva, a família Loureiro, com a qual a gente se esbarrava na rua mas não tínhamos intimidades. Foi uma família bastante atribulada pelo destino.  

A seguir da curva, descendo, morava  a família Bastos, cuja filha mais velha Tânia fez parte de nossa turma de adolescentes. Sua irmã Vânia veio a se casar com um de nossos amigos da Rua Itaperuna, o Inimá (de Almeida Siqueira Filho), durante um bom tempo meu parceiro de projetos de aeromodelos e foguetes, nenhum dos quais saiu do papel.  

Inimá sofreu, no início de 1968, um acidente curioso, quase trágico. Numa enchente do Largo do Marrão, ele caiu num bueiro e cortou profundamente o joelho, precisando ficar engessado por semanas. Foi por pura sorte que ele não foi tragado pelas águas.  

Pouco depois foi minha vez, num acidente caseiro que encerrou minha carreira de pianista clássico, pois cortei 11 tendões, 2 nervos e 1 artéria da mão direita, não ficando totalmente aleijado por sorte e competência do Dr. Paulo César Schott e seu assistente Dr. Sérgio Viana, ambos ortopedistas que chegaram a ser muito conhecidos em Niterói. Continuei tocando piano e violão, mas com movimentos limitados. Por exemplo, não consigo segurar uma palheta de guitarra, pois não a sinto entre os dedos.  

Inimá ainda chegou a sofrer outro acidente, desta vez por imprudência: fica uma lição para todos. Assim que conseguiu comprar uma pequena moto de 50cc, vivia mexendo nela, regulando, essas coisas. Determinado dia, apenas para testar uma modificação, resolveu dar UMA volta no quarteirão. Era coisa rápida, nem colocou capacete. Na curva em frente à casa dos Loureiro a moto derrapou e ele bateu com a cabeça (desprotegida) na sarjeta. Ficou desacordado e teve sorte em não morrer. Use capacete SEMPRE! 

A família Bastos não dava festas e não permitia que garotos de uma maneira geral frequentassem sua casa, apesar das meninas participarem dos bailinhos que havia no bairro, muitos por sinal. Numa única vez, Seu Bastos abriu a casa para receber a turma. Deixarei a cargo de Riva relatar, se quiser, o que aconteceu com o melro...  

Vizinho de Tânia e Vânia era meu amigo baloeiro Rubinho, que tinha um irmão mais novo chamado Átila. Rubinho era da mesma faixa etária de Mário Guilherme, e ambos se tornaram parceiros na lida de montar os balões que a gente preparava desde abril para soltar em junho, ano após ano (um dos assuntos do próximo post). Mais tarde foram morar em Rio do Ouro, bairro afastado limítrofe a São Gonçalo, num grande sítio.  

Outra de nossas amigas era Sylvia Christina, moradora na época do edifício na esquina de Itaocara com Macaé. Para desespero dos moradores, essa esquina foi durante muitos anos ponto de encontro da turma, que se sentava no muro do pequeno edifício e ali conversava até altas horas, caso não houvesse nenhum programa melhor para fazer.  Chegaram a fazer uma reforma no muro para impedir que sentássemos, mas a gente se reunia de pé mesmo! Mais tarde Sylvia se mudou para uma casa na Rua Itaperuna, onde demos algumas festinhas. 

Numa casa em frente a esse prédio de esquina morava outro grande amigo, o Octávio (Bonvini Lopes), apelidado de Tavinho, parceiro de cafifas, balões, projetos de eletrônica e música (rock progressivo). Cheguei a comentar no post anterior que a casa de Tavinho tem uma parreira, que vez por outra atraía gambás. Depois de casado montou uma casa em Camboinhas, onde mora. A última vez que eu me encontrei com ele foi pouco antes da tragédia na serra fluminense (12/01/2011), pois tem um grande sítio em Albuquerque, distrito de Teresópolis. Graças ao bom Deus, sua casa não foi atingida pela tromba d’água.  

Mudando nossa atenção para rua acima, lado ímpar, minhas referências pessoais ganham bastante vulto. Por isso prefiro falar sobre elas no próximo texto.  

Terminarei esse post falando de mais uma lembrança musical. Era bastante conhecido no bairro um professor de canto, que infelizmente não conheci pelo nome. Sua casa ficava no início da Rua Itaocara, pouco abaixo da subida da Rua Maricá. A gente passava lá e ouvia os alunos e alunas, às vezes o próprio, solfejando em alto e bom som! Lembrança marcante, essa!



Créditos de imagens

Violão Del Vecchio e tanajura: obtidas no Google

Rua Itaocara e livros: acervo do autor 

Adendo:

Para mais informações sobre a Fazenda do Colégio em Campos dos Goytacazes, uma das origens de nossa família, consultem o link abaixo, que contém até um pequeno vídeo que percorre dependências do casarão. 


Para mais informações sobre o Dr. Guilherme March, benemérito reconhecido por sua obra caridosa, tendo sido homenageado com o nome de uma rua no bairro do Barreto, em Niterói, acessem por exemplo: 

13 comentários:

Jorge Carrano disse...

Também eu, caro Freddy, lembro dos nomes de muitos vizinhos da Rua São Diogo, onde morei parte da infância. Alguns já foram citados aqui neste espaço virtual.
Agora, morando em apartamento e encontrando vizinhos no elevador, pois moramos empilhados uns sobre os outros, só sei o nome da síndica e de um casal do andar de baixo ao que resido, isto porque a senhora é companheira de caminhada de minha mulher de segunda a sexta-feira.

Jorge Carrano disse...

Os carros de sua família mostrados no post, remeteram-me ao primeiro carro de meu pai, um Buick 1938, no qual aprendi a dirigir.
Com meu pai ao lado, preocupado e atento, eu ficava girando ao redor da pracinha que tem entre as ruas São Diogo e Santa Clara onde havia um acesso, também, à Vila Pereira Carneiro.
Só podia andar em segunda marcha por duas razões básicas: para meu pai, passar a terceira marcha já significava estar "correndo" muito. A outra razão é que o entorno da pracinha, como de resto toda a rua São Diogo, era de terra batida, com muitos buracos e o carro sacolejava de forma desagradável.

Freddy disse...

Taí! Uso de carro da família: mais "causos" para Riva relatar, se for do agrado dele!

Aproveitando os ganchos dos comentários:

1) Um de meus colegas de Liceu também estudou depois na PUC-RJ, só que eu cursei engenharia e ele física. Chegamos a estudar juntos na casa um do outro na adolescência. Eis que, já casado e morando na Gavião Peixoto 343/1607, um dia a porta do elevador se abre e dou de cara com ele, em meu andar!
"- Você por aqui?"
"- Sim, eu moro aqui há 2 anos!"
"- Onde?"
"- No 1606"
Ele morava no apartamento ao lado do meu e nunca nos esbarramos!

2)Em 1970 ganhei de meu pai um Fusca 64 azul. 1200cc, bateria de 6v... Quando o devolvi ao "velho" para ser vendido ou jogado fora,em 1974, jurei a mim mesmo que, a menos que a vida desse muitas voltas negativas, jamais teria novamente um Fusca!

Antes que alguém faça contas e me questione sobre datas, eu fui um privilegiado, confesso. Comecei a trabalhar apenas após formado, em fevereiro de 1974. Só fui comprar carro próprio em março de 1975, de modo que eventualmente usei o Willys Itamaraty 68 de meu velho entre a devolução do Fusca e a compra da Brasília zero.
<:o)
Freddy

Ana Maria disse...

Louvo a memória de vocês. Lembro de uns poucos vizinhos - apenas os que de uma forma ou outra - participaram de minha vida.

Riva disse...

No Rio tem um bairro chamado Peixoto, encravado em Copacabana.

Alguns poucos amigos dizem que era o Pé Pequeno de lá, nos anos 50-60, apesar dos edifícios no bairro, o que simplesmente não existia no Pé Pequeno, cujos prédios tinham n máximo 5 pavimentos. Mas era igual socialmente, as reuniões das turmas, os bailes, as brincadeiras de rua, o comércio, etc.

O post II está muito grande, e por isso é difícil comentar, pois preciso ficar abrindo e fechando o comentário para ler algum trecho. Então, do que lembro ter lido .... rsrs :

Fiz parte do que Freddy chamou de "bando de arruaceiros", colocando esparadrapo nas campainhas das casas, durante o corte de energia. E por isso acho que foi um pouco mais tarde, talvez 60-61-62.

Aproveitávamos a escuridão também para dar chutes nos portões de garage de algumas casas, de moradores que não gostávamos - principalmente na "casa dos alemães", 2 irmãos que moravam na rua Macaé, e que não jogavam bola nem brincavam conosco.

Interessante : tinha a alemã, que era casada com um alemão, ambos bem idosos, acima da casa do Ricardinho, cujo pai era alemão também. E tinha esses alemães da rua Macaé ..... Hmmmmmm .... interessante isso !!

Veja como faz diferença sair do circuito Niterói-Rio.
Freddy não vê Octavio Bonvini há 3 anos, e eu o vejo (via) quase toda semana no catamarã. Sylvia também, que inclusive trabalha no mesmo prédio que eu trabalhei, na rua da Quitanda. Ricardo Grandelle também frequenta o catamarã Charitas.João Mariano do Pé Pequeno e sua irmã Lucia, idem... Renato, irmão gêmeo do Ricardo, mora ali pertinho também.

Se você sentar para tomar uma cerveja ali no bar da estação Charitas, umas 17:30h, vai rever muitos amigos que talvez não veja há muito tempo, chegando do Rio !

Mas voltando ao Little Foot ... o melro do Seu Bastos, o "Careca" : seu trágico falecimento já foi relatado em post/comentário anterior.

Engraçado, não lembro com que idade comecei a comer camarão .... mas com certeza foi bem tarde !!

Jorge Carrano disse...

Pelo visto o Riva era bad boy.
Esparadrapo nas campainhas, chutes nos portões, o melro do Seu Bastos...
Por falar em Riva, como será que está o coração dele? Daqui a pouco tem Fluminense pela Taça do Brasil.

Jorge Carrano disse...

Agora me dou conta que a Ana Maria, que fez comentário ai em cima,também é tricolor.

Riva disse...

Ana Maria, realmente era um bairro especial, só de casas, com as ruas principais em forma de ferradura, e por isso fechado ao tráfego normal no dia a dia.

Só passavam carros de moradores ...às vezes vinha a Carrocinha de Cachorros, odiada por todos nós, pois nossos cães viviam soltos pela rua.

Todos se conheciam (pais, avós e filhos), era uma espécie de grande família, com amizades, fofocas, invejas, ciúmes, muito namoro e brincadeiras. E por isso tudo marcou-nos a ferro e fogo.

Há uns 6 anos fizemos uma tentativa de reunião, e vc pode imaginar a dificuldade que foi tentar reunir essa galera .... chegou a um ponto tal que eu e um dos amigos (Ricardo) chegamos a nos dar por satisfeitos se conseguíssemos juntar umas 10 pessoas num quiosque das Charitas.

Sabe qual foi o resultado ? 56 pessoas presentes, no salão alugado em cima do Fernando Milhão, atrás do Instituto Abel. Foi simplesmente sensacional !!!

Freddy disse...

Boa sugestão, essa de ficar tomando uma cerveja na saída do catamarã a partir das 17:30. Tem por do sol, podemos eventualmente encontrar alguém conhecido. Depois posso encontrar Flávia (minha filha) e Felipe (seu marido) e ainda estender a noite no apto deles, ou do Marco Aurélio, ali mesmo em Charitas.

Quanto à reunião de reencontro, é citada no final do 4º post - a ser publicado.
<:o)
Freddy

Anônimo disse...

Boa a comparação com o bairro Peixoto. Morei lá e conheço o Pé Pequeno porque tive comércio no Largo do Marrão.

Anônimo disse...

Está no google
http://www.espirito.org.br/portal/biografias/guilherme-taylor.html

Freddy disse...

Algumas das páginas que eu conheço sobre George March, fundador de Teresópolis e Dr. Guilherme March, o grande benemérito (além das já citadas por mim e pelo anônimo):

http://visaoespiritabr.com.br/cura/dr-march-uma-vida-dedicada-a-caridade

http://embuscadopassadoperdido.blogspot.com.br/2013/08/george-march-precursor-da-fundacao-de.html

A obra de meu tio Antogui citada no texto é muito mais que uma página de Internet. É um livro. Não sei se ainda está em catálogo, mas para quem se interessa pelo Dr. March é uma boa referência.
Abraço
Freddy

Jorge Carrano disse...

Anônimo, seja lá quem for, obrigado pelo link, que nos leva a informações sobre Guilherme March e também por confirmar a comparação do Riva entre Pé Pequeno e Bairro Peixoto.
Pensei que os irmãos iriam explorar mais seu comentário.
Abraço