Por
Carlos Frederico March
(Freddy)
Eis uma foto de nossa rua, numa época bem remota, creio que mais ou menos em 1955. Como já disse no post anterior, ela era de terra, inclusive a maioria das calçadas. Uma de nossas brincadeiras até ela vir eventualmente a ser asfaltada, além dos eternos futebol e bola de gude, era fazer barreiras à maneira de castores quando chovia, aproveitando a água que escorria ladeira abaixo. Lembro-me que nossos pais nos alertavam para eventual contaminação por esgoto, mas nunca ficamos doentes por termos brincado nessa água barrenta!
Rua Itaocara, meados dos anos 50 |
Na
imagem aparece em primeiro plano nosso “poderoso” Ford 1941. Atrás dele, o
Citroën de meu tio Gui (ou Antogui,
apelido de Antonio Guilherme Barroso March) e o Ford 1946 de meu tio Luiz (Luiz
Felipe Barroso March).
Intervalo
autopromocional (rs rs). Tanto meu pai José Frederico como tio Gui, ambos
tinham uma boa veia literária, do qual herdamos, eu e Paulo, parte da
habilidade de escrever. Chegaram a editar algo. De meu pai José Frederico temos
o livreto “Nascer, viver e morrer com pão,
amor e fantasia”, uma coleção de pequenos ditos e poemas.
“Vendo
o moço abatido
Dizer-se
velho aos quarenta
Disse
o senhor decidido:
Sou
um moço de sessenta”
Tio
Gui investiu mais e fez até um evento no Espaço Cultural Carlos Magno (Campo de
S. Bento, Niterói) para divulgar suas
obras. Sobre a Fazenda do Colégio, parte de nossa história em Campos dos
Goytacazes e tombada pelo Patrimônio Histórico (e durante um tempo abandonada
pelo poder público), ele escreveu “
Verde Planície, Velho Solar” além de um livreto com um libelo a favor de sua
manutenção. Sobre nosso bisavô, o famoso médico homeopata Dr. Guilherme March
(uma das grandes referências do espiritismo no Brasil), tio Gui editou o livro
“Dr. March - médico & apóstolo”.
Voltando
ao Pé Pequeno, as antigas casas da Rua Itaocara acima da nossa podem ser vistas
na foto mostrada, lado par. São todas altas porque se situam na encosta da Rua
Maricá, a tal que sobe o morro sobre a lateral leste do vale. O portão de
automóvel à frente é o da casa 140, onde moravam Seu Peri e Dona Glória, cuja
cadela Fúria (pastora alemã) é uma das lembranças remanescentes daquele tempo.
A
casa mais acima (144) era de um casal de velhinhos: Seu Hugo e D. Filomena.
Tinham o hábito de ouvir ópera em alto volume, prática rara numa época em que
quase ninguém tinha som em casa. Mais tarde, com o falecimento dos mesmos e
abandono da casa, ela quase ruiu, com a base dos alicerces sendo paulatinamente
carcomida por imensos formigueiros de saúva. Deu lugar, mais tarde, a um
casarão.
As
saúvas formam boa parte de minhas lembranças infantis, pois que eu criei
verdadeiro ódio delas! Durante um tempo, eu quis fazer uma horta no jardim de
minha casa, e plantei feijão! Sim, é uma das plantas que dão uma noção de como
a natureza age numa base de tempo rápida o suficiente para atrair a atenção de
uma criança. Só que, quando os pezinhos de feijão chegavam a cerca de um palmo
de altura, amanheciam tosados! As saúvas tinham visitado meu jardim e cortado
todas as folhas!
Então
passei a ser um ferrenho adversário delas. Jogava bombinhas de S. João nas aberturas
do formigueiro principal no muro da casa de Seu Hugo, seguia a linha delas pela
sarjeta até o barranco e matava o que podia, com fogo, pedra, chinelo, o que
tivesse à mão.
Mais
tarde eu formei a consciência de como era extenso o problema na região. Todo
ano tinha a época das tanajuras (içás), que nada mais são que as saúvas do tipo
cortadeira aladas, em fase de procriação para disseminação das colônias. Não, nunca comi farofa de bunda de tanajura!
Tanajura ou Içá |
E
já que falei em tanajuras, como esquecer as andorinhas? O dia da revoada das
tanajuras era uma festa para elas! O bairro, naquela época remota, era habitado
principalmente por pardais e andorinhas. As demais espécies ocorriam mui
raramente, dizem os entendidos que expulsadas pelos pardais.
O
Barranco, citado e mostrado no mapa do Google do post anterior, aparece como um
monte de mato a seguir à casa 144. Seu platô se situava mais ou menos na altura
do telhado das casas vizinhas. Subir o barranco era uma das brincadeiras dos
garotos, pois requeria habilidade e uma certa dose de coragem. Principalmente
para descer...
A
seguir ao barranco vinha a casa de um garoto que a gente chamava de Ricardinho,
depois a de uma senhora alemã, alvo de muitas das brincadeiras sádicas da nossa
turma. Adiantando-me a Riva, contarei o que faziam com ela (e com outros
vizinhos menos simpáticos).
Houve
um período de racionamento de energia por volta de 1958 ou 59, se não me
engano. As luzes se apagavam de 18 às 20 ou algo parecido. Todo mundo ia para
as calçadas bater papo até que a luz voltasse, pois era verão e a temperatura
no cair da tarde bem amena. Época boa, hein? Nada de ladrões, bandidos, só
famílias confraternizando, as comadres trocando fofocas.
Vez
por outra, acobertados pela escuridão, um pequeno bando de arruaceiros
circulava o bairro com rolos de esparadrapo e colava os botões das campainhas
das casas, de modo que, quando a luz voltava... O problema da idosa senhora é
que a campainha ficava lá embaixo! Ela tinha de descer uma boa quantidade de
degraus para poder retirar o adesivo e calar a sirene...
Outra
lembrança que remonta a agosto de 1958 foi a explosão dos paióis de munição do
Exército em Deodoro. O chão estremeceu no Pé Pequeno, os vidrinhos passeavam sobre
o criado mudo do quarto de nossos pais com a vibração do solo! No dia seguinte,
vários vizinhos e até colegas da Escola Marília Mattoso, onde nós estudávamos,
comentaram situação similar em suas casas!
Lá
em cima da Itaocara, na curva da Mangueira (consultar mapa do post anterior),
ficava a casa de minha primeira professora de piano, D. Helda (mãe de Rosane).
Comecei com 8 anos de idade, tendo em paralelo estudado teoria musical com D.
Lourdes Drumond, que veio a ser dona de uma Escola de Música que ainda existe
na R. Presidente Backer.
Com
efeito, para alguns antigos moradores da Rua Itaocara e adjacências, creio que
uma das lembranças pode ser o meu piano, já que era obrigado a estudar
diariamente e o som se propagava. Quando não de nossa banda de rock (The
Lightnings, por volta de 1966/8, não deu em nada), cujos ensaios na varanda
deram até polícia na porta!
Há
quem vá se lembrar também do belo som do violão do Seu Lelé, Sr. Mário Lécio,
pai de meu amigo de infância Mário Guilherme, irmão da Maria Luísa (Malula) e
mais tarde do temporão Luís Henrique.
Essa
casa, a de número 132, foi um dos marcos de minha infância e adolescência, dado
que era de onde eu soltava cafifa a maior parte das vezes. Mário Guilherme,
apesar da diferença de idade, era meu parceiro para fazer balões (ih, me
adiantei...). Malula não conviveu conosco, certamente se relacionava apenas com
suas outras turmas. Seu Lelé tocava solando e acompanhando sem cantar, e seu
violão era, se não me falha a memória, um antigo e valioso Del Vecchio dinâmico.
O som ia longe!
Violão Del Vecchio dinâmico |
Falei
tanto do lado par da rua Itaocara, quando eu mesmo morava do lado ímpar. Bem,
no primeiro post falei por alto de nossas vizinhas do 133. Uma delas, D. Hilda,
era doceira. Confeccionava principalmente bolos de aniversário e casamento, mas
também fazia docinhos e salgados para festa.
Jamais
vou me esquecer de quando tive caxumba, cujo período incluiu o Natal. No meu
aniversário (1º de janeiro de 1963) ainda estava em convalescença... Como só
podia mover lentamente o maxilar e adorava empadas, uma das soluções para saciar
meu apetite e o estresse de ver todo mundo se esbaldando foi pedir a D. Hilda para
me presentear com um tabuleiro de 50 empadas de camarão, que eu comi praticamente
inteiro ao longo de vários dias, com um pouquinho de arroz macio!
Descendo
a rua do lado ímpar, tinha a casa da família Grandelli, mas como a idade deles
era um tanto diferente da nossa e naquela época a gente custava a se relacionar
com faixas etárias muito diferentes, a gente só se cumprimentava. Por desígnios
do destino, a Rosana Grandelli veio a se casar com o que hoje é nosso clínico
geral, Dr. Ricardo Carneiro Ramos. Reformaram a casa e ainda lá residem.
Abaixo
vinha a casa de Valdomiro e Dinho, também com idade superior à nossa. Na curva,
a família Loureiro, com a qual a gente se esbarrava na rua mas não tínhamos
intimidades. Foi uma família bastante atribulada pelo destino.
A
seguir da curva, descendo, morava a
família Bastos, cuja filha mais velha Tânia fez parte de nossa turma de
adolescentes. Sua irmã Vânia veio a se casar com um de nossos amigos da Rua
Itaperuna, o Inimá (de Almeida Siqueira Filho), durante um bom tempo meu
parceiro de projetos de aeromodelos e foguetes, nenhum dos quais saiu do papel.
Inimá
sofreu, no início de 1968, um acidente curioso, quase trágico. Numa enchente do
Largo do Marrão, ele caiu num bueiro e cortou profundamente o joelho,
precisando ficar engessado por semanas. Foi por pura sorte que ele não foi tragado
pelas águas.
Pouco
depois foi minha vez, num acidente caseiro que encerrou minha carreira de
pianista clássico, pois cortei 11 tendões, 2 nervos e 1 artéria da mão direita,
não ficando totalmente aleijado por sorte e competência do Dr. Paulo César
Schott e seu assistente Dr. Sérgio Viana, ambos ortopedistas que chegaram a ser
muito conhecidos em Niterói. Continuei tocando piano e violão, mas com
movimentos limitados. Por exemplo, não consigo segurar uma palheta de guitarra,
pois não a sinto entre os dedos.
Inimá
ainda chegou a sofrer outro acidente, desta vez por imprudência: fica uma lição
para todos. Assim que conseguiu comprar uma pequena moto de 50cc, vivia mexendo
nela, regulando, essas coisas. Determinado dia, apenas para testar uma modificação,
resolveu dar UMA volta no quarteirão. Era coisa rápida, nem colocou capacete.
Na curva em frente à casa dos Loureiro a moto derrapou e ele bateu com a cabeça
(desprotegida) na sarjeta. Ficou desacordado e teve sorte em não morrer. Use
capacete SEMPRE!
A
família Bastos não dava festas e não permitia que garotos de uma maneira geral
frequentassem sua casa, apesar das meninas participarem dos bailinhos que havia
no bairro, muitos por sinal. Numa única vez, Seu Bastos abriu a casa para
receber a turma. Deixarei a cargo de Riva relatar, se quiser, o que aconteceu
com o melro...
Vizinho
de Tânia e Vânia era meu amigo baloeiro Rubinho, que tinha um irmão mais novo
chamado Átila. Rubinho era da mesma faixa etária de Mário Guilherme, e ambos se
tornaram parceiros na lida de montar os balões que a gente preparava desde
abril para soltar em junho, ano após ano (um dos assuntos do próximo post). Mais
tarde foram morar em Rio do Ouro, bairro afastado limítrofe a São Gonçalo, num
grande sítio.
Outra
de nossas amigas era Sylvia Christina, moradora na época do edifício na esquina
de Itaocara com Macaé. Para desespero dos moradores, essa esquina foi durante
muitos anos ponto de encontro da turma, que se sentava no muro do pequeno
edifício e ali conversava até altas horas, caso não houvesse nenhum programa
melhor para fazer. Chegaram a fazer uma
reforma no muro para impedir que sentássemos, mas a gente se reunia de pé
mesmo! Mais tarde Sylvia se mudou para uma casa na Rua Itaperuna, onde demos
algumas festinhas.
Numa
casa em frente a esse prédio de esquina morava outro grande amigo, o Octávio
(Bonvini Lopes), apelidado de Tavinho, parceiro de cafifas, balões, projetos de
eletrônica e música (rock progressivo). Cheguei a comentar no post anterior que
a casa de Tavinho tem uma parreira, que vez por outra atraía gambás. Depois de
casado montou uma casa em Camboinhas, onde mora. A última vez que eu me
encontrei com ele foi pouco antes da tragédia na serra fluminense (12/01/2011),
pois tem um grande sítio em Albuquerque, distrito de Teresópolis. Graças ao bom
Deus, sua casa não foi atingida pela tromba d’água.
Mudando
nossa atenção para rua acima, lado ímpar, minhas referências pessoais ganham
bastante vulto. Por isso prefiro falar sobre elas no próximo texto.
Terminarei
esse post falando de mais uma lembrança musical. Era bastante conhecido no
bairro um professor de canto, que infelizmente não conheci pelo nome. Sua casa
ficava no início da Rua Itaocara, pouco abaixo da subida da Rua Maricá. A gente
passava lá e ouvia os alunos e alunas, às vezes o próprio, solfejando em alto e
bom som! Lembrança marcante, essa!
Créditos de imagens
Violão Del Vecchio e tanajura: obtidas
no Google
Rua Itaocara e livros: acervo do autor
Adendo:
Para mais informações sobre a Fazenda do
Colégio em Campos dos Goytacazes, uma das origens de nossa família, consultem o
link abaixo, que contém até um pequeno vídeo que percorre dependências do
casarão.
Para mais informações sobre o Dr.
Guilherme March, benemérito reconhecido por sua obra caridosa, tendo sido
homenageado com o nome de uma rua no bairro do Barreto, em Niterói, acessem por
exemplo:
13 comentários:
Também eu, caro Freddy, lembro dos nomes de muitos vizinhos da Rua São Diogo, onde morei parte da infância. Alguns já foram citados aqui neste espaço virtual.
Agora, morando em apartamento e encontrando vizinhos no elevador, pois moramos empilhados uns sobre os outros, só sei o nome da síndica e de um casal do andar de baixo ao que resido, isto porque a senhora é companheira de caminhada de minha mulher de segunda a sexta-feira.
Os carros de sua família mostrados no post, remeteram-me ao primeiro carro de meu pai, um Buick 1938, no qual aprendi a dirigir.
Com meu pai ao lado, preocupado e atento, eu ficava girando ao redor da pracinha que tem entre as ruas São Diogo e Santa Clara onde havia um acesso, também, à Vila Pereira Carneiro.
Só podia andar em segunda marcha por duas razões básicas: para meu pai, passar a terceira marcha já significava estar "correndo" muito. A outra razão é que o entorno da pracinha, como de resto toda a rua São Diogo, era de terra batida, com muitos buracos e o carro sacolejava de forma desagradável.
Taí! Uso de carro da família: mais "causos" para Riva relatar, se for do agrado dele!
Aproveitando os ganchos dos comentários:
1) Um de meus colegas de Liceu também estudou depois na PUC-RJ, só que eu cursei engenharia e ele física. Chegamos a estudar juntos na casa um do outro na adolescência. Eis que, já casado e morando na Gavião Peixoto 343/1607, um dia a porta do elevador se abre e dou de cara com ele, em meu andar!
"- Você por aqui?"
"- Sim, eu moro aqui há 2 anos!"
"- Onde?"
"- No 1606"
Ele morava no apartamento ao lado do meu e nunca nos esbarramos!
2)Em 1970 ganhei de meu pai um Fusca 64 azul. 1200cc, bateria de 6v... Quando o devolvi ao "velho" para ser vendido ou jogado fora,em 1974, jurei a mim mesmo que, a menos que a vida desse muitas voltas negativas, jamais teria novamente um Fusca!
Antes que alguém faça contas e me questione sobre datas, eu fui um privilegiado, confesso. Comecei a trabalhar apenas após formado, em fevereiro de 1974. Só fui comprar carro próprio em março de 1975, de modo que eventualmente usei o Willys Itamaraty 68 de meu velho entre a devolução do Fusca e a compra da Brasília zero.
<:o)
Freddy
Louvo a memória de vocês. Lembro de uns poucos vizinhos - apenas os que de uma forma ou outra - participaram de minha vida.
No Rio tem um bairro chamado Peixoto, encravado em Copacabana.
Alguns poucos amigos dizem que era o Pé Pequeno de lá, nos anos 50-60, apesar dos edifícios no bairro, o que simplesmente não existia no Pé Pequeno, cujos prédios tinham n máximo 5 pavimentos. Mas era igual socialmente, as reuniões das turmas, os bailes, as brincadeiras de rua, o comércio, etc.
O post II está muito grande, e por isso é difícil comentar, pois preciso ficar abrindo e fechando o comentário para ler algum trecho. Então, do que lembro ter lido .... rsrs :
Fiz parte do que Freddy chamou de "bando de arruaceiros", colocando esparadrapo nas campainhas das casas, durante o corte de energia. E por isso acho que foi um pouco mais tarde, talvez 60-61-62.
Aproveitávamos a escuridão também para dar chutes nos portões de garage de algumas casas, de moradores que não gostávamos - principalmente na "casa dos alemães", 2 irmãos que moravam na rua Macaé, e que não jogavam bola nem brincavam conosco.
Interessante : tinha a alemã, que era casada com um alemão, ambos bem idosos, acima da casa do Ricardinho, cujo pai era alemão também. E tinha esses alemães da rua Macaé ..... Hmmmmmm .... interessante isso !!
Veja como faz diferença sair do circuito Niterói-Rio.
Freddy não vê Octavio Bonvini há 3 anos, e eu o vejo (via) quase toda semana no catamarã. Sylvia também, que inclusive trabalha no mesmo prédio que eu trabalhei, na rua da Quitanda. Ricardo Grandelle também frequenta o catamarã Charitas.João Mariano do Pé Pequeno e sua irmã Lucia, idem... Renato, irmão gêmeo do Ricardo, mora ali pertinho também.
Se você sentar para tomar uma cerveja ali no bar da estação Charitas, umas 17:30h, vai rever muitos amigos que talvez não veja há muito tempo, chegando do Rio !
Mas voltando ao Little Foot ... o melro do Seu Bastos, o "Careca" : seu trágico falecimento já foi relatado em post/comentário anterior.
Engraçado, não lembro com que idade comecei a comer camarão .... mas com certeza foi bem tarde !!
Pelo visto o Riva era bad boy.
Esparadrapo nas campainhas, chutes nos portões, o melro do Seu Bastos...
Por falar em Riva, como será que está o coração dele? Daqui a pouco tem Fluminense pela Taça do Brasil.
Agora me dou conta que a Ana Maria, que fez comentário ai em cima,também é tricolor.
Ana Maria, realmente era um bairro especial, só de casas, com as ruas principais em forma de ferradura, e por isso fechado ao tráfego normal no dia a dia.
Só passavam carros de moradores ...às vezes vinha a Carrocinha de Cachorros, odiada por todos nós, pois nossos cães viviam soltos pela rua.
Todos se conheciam (pais, avós e filhos), era uma espécie de grande família, com amizades, fofocas, invejas, ciúmes, muito namoro e brincadeiras. E por isso tudo marcou-nos a ferro e fogo.
Há uns 6 anos fizemos uma tentativa de reunião, e vc pode imaginar a dificuldade que foi tentar reunir essa galera .... chegou a um ponto tal que eu e um dos amigos (Ricardo) chegamos a nos dar por satisfeitos se conseguíssemos juntar umas 10 pessoas num quiosque das Charitas.
Sabe qual foi o resultado ? 56 pessoas presentes, no salão alugado em cima do Fernando Milhão, atrás do Instituto Abel. Foi simplesmente sensacional !!!
Boa sugestão, essa de ficar tomando uma cerveja na saída do catamarã a partir das 17:30. Tem por do sol, podemos eventualmente encontrar alguém conhecido. Depois posso encontrar Flávia (minha filha) e Felipe (seu marido) e ainda estender a noite no apto deles, ou do Marco Aurélio, ali mesmo em Charitas.
Quanto à reunião de reencontro, é citada no final do 4º post - a ser publicado.
<:o)
Freddy
Boa a comparação com o bairro Peixoto. Morei lá e conheço o Pé Pequeno porque tive comércio no Largo do Marrão.
Está no google
http://www.espirito.org.br/portal/biografias/guilherme-taylor.html
Algumas das páginas que eu conheço sobre George March, fundador de Teresópolis e Dr. Guilherme March, o grande benemérito (além das já citadas por mim e pelo anônimo):
http://visaoespiritabr.com.br/cura/dr-march-uma-vida-dedicada-a-caridade
http://embuscadopassadoperdido.blogspot.com.br/2013/08/george-march-precursor-da-fundacao-de.html
A obra de meu tio Antogui citada no texto é muito mais que uma página de Internet. É um livro. Não sei se ainda está em catálogo, mas para quem se interessa pelo Dr. March é uma boa referência.
Abraço
Freddy
Anônimo, seja lá quem for, obrigado pelo link, que nos leva a informações sobre Guilherme March e também por confirmar a comparação do Riva entre Pé Pequeno e Bairro Peixoto.
Pensei que os irmãos iriam explorar mais seu comentário.
Abraço
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