Noventa e nove por cento dos posts deste blog, sejam de autoria do próprio blogueiro, sejam
de autoria de colaboradores, valorosos e frequentes, ou mesmo eventuais, podem
ser colocados num dos qualificativos do título.
Por vezes o post transita, em sua abordagem, por mais de um
destes nichos. Assim, o assunto pode ser esporte, mas resvalar para cultura.
Pode ser – o post – meramente informativo, mas tangenciar a diversão. E assim
por diante. Acontece mesmo do post poder ser enquadrado como de entretenimento,
cultura e informação.
Toda esta tergiversação foi para explicar o fato de ter
enfiado no post sobre candidatos ao título de campeão mundial de seleções em
2014, uma síntese sobre a criação e o desmembramento da República da Iugoslávia.
A curiosidade era que dois países que se originaram nas lutas pela desvinculação e independência
em relação ao antigo reino iugoslavo,
acabaram por conquistar vagas para disputa da Copa. A Croácia mais de uma vez,
e agora o Bósnia pela vez primeira.
Tal fato me levou a conjecturas, meras abstrações, sem nenhum
contato com desejo, expectativa ou receio. E se o Brasil se desmembrasse, e tivéssemos,
por exemplo, entre outros países independentes, dois muito importantes sob o
ponto de vista da economia?
Por exemplo, um país
fruto da união dos estados do sul, com São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e
Santa Catarina, outro reunindo Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espirito Santo e
Bahia?
Alguém tem dúvidas de que estes dois novos países se
classificariam nas eliminatórias sul-americanas? Nas vagas de Equador e Colômbia, por exemplo?
Tenho certeza que os dois estariam classificados e iriam a
Copa com chance de título.
É bem verdade que os tempos eram outros. O Brasil era
realmente o país do futebol, um dos melhores do mundo indiscutivelmente, e o
êxodo de jogadores para a Europa era inexpressivo, mas lembro muito bem da Copa
de 1966, disputada na Inglaterra.
Naquele ano o Brasil convocou e formou três seleções. E sobraram
bons jogadores. Houve um dia, e eu estava lá, que jogaram no Maracanã duas seleções
brasileiras, uma contra o Peru e a outra contra a Polônia. Até os reservas das
duas eram diferentes.
E tem mais, neste mesmo dia, um domingo, jogaram no Pacaembu,
em São Paulo, uma seleção paulista contra o selecionado o húngaro que se
preparava para a Copa.
Evidentemente que fizemos vergonha na Copa, eliminados que
fomos logo na fase de grupos. Claro que foi um erro de planejamento
imperdoável. Alguns jogadores foram convocados e foram à Copa, apenas pelo
nome, pelo passado, mas que não tinham nenhuma condição técnica ou física para a
disputa.
Como vínhamos de dois títulos consecutivos, obtidos em 1958 e
1962, foi necessário, por injunções políticas, e também em respeito e homenagem
as suas atuações nas copas anteriores, acomodar um contingente enorme de jogadores.
E era uma copa fácil para ganhar, tanto que a Inglaterra foi
campeã.
E se fossem criados estes dois novos países? Onde eu gostaria
de morar? Onde não houvesse o PT, porque vão ser incompetentes assim no mato.
Sem contar a aproximação com gente da pior espécie, tanto internamente quanto
no exterior.
Para não correr risco, optaria pela Inglaterra mesmo.
Um comentário:
Educada sua versão, esquecendo a 3ª parte do hipotético Brasil desmembrado. Eu teria sido mais contundente, dizendo que do Espírito Santo pra cima o Brasil não me interessa.
Eu também teria escolhido outro país para morar, mas não sei se seria a Inglaterra. Adoro a Europa (principalmente a continental), todos que me leem sabem, mas fica difícil optar... Apesar de tudo que tenho dito e falado, EUA não seria caso de se desprezar. Muito conforto e comodidade é tudo que quero a essa altura da vida, e lá tem.
=8-/ Freddy
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