Comércio local - Ingá

 

Com o mesmo entusiasmo que elogio o Supermercado Pão de Açúcar, na primeira quadra da Rua Dr. Paulo Alves, no Ingá, pelo padrão de higiene, exposição das mercadorias, variedade e principalmente a qualidade destas; a educação e gentileza dos empregados (bem treinados), em suma padrão internacional;  reitero minhas críticas ao comércio que opera sob a denominação de Frutalha, na mesma rua, algumas quadras adiante.

A imagem abaixo, de ontem, dá uma pequena mostra - porque existem dias em que fica pior - do atravancamento que causa na calçada, dificultando o trânsito das pessoas.

Em geral a calçada fica cheia de lixo, com folhagens murchas, sem condições de venda, espalhadas no chão, juntamente com sacos  plásticos e outros detritos.

Se a firma cresceu, quer expandir seus negócios, ótimo! Mas deveriam procurar local de maior espaço para que não tenham que invadir a calçada com vascas, gôndolas e caixas expondo mercadorias à venda. Sim, fora da área da loja.

Mas o pior, além da apresentação dos empregados, que não usam uniformes,  é a qualidade dos produtos vendidos: xepa em geral. Lembram aqueles produtos vendidos ao final das feiras livres do passado.

Não se trata aqui de pinimba, de birra em relação ao estabelecimento. Ter lojas com produtos e  preços populares é necessário, claro.

Só que o popular não precisa ser necessariamente bagunçado, sujo.

Joãozinho Trinta, laureado carnavalesco do passado, tem uma frase que pouco mais ou menos define o que quero dizer:

“Quem gosta de pobreza é intelectual, o povo gosta de luxo”.

No caso não defendo luxo, senão limpeza e organização, que não são incompatíveis com ser popular.

Além do desleixo dos proprietários e da omissão das autoridades municipais, vejo com tristeza o silêncio dos consumidores e moradores do bairro, que não questionam, não reclamam, mesmo quando vítimas de dificuldade de transitar no calçamento.

NOTA: Na foto, alguns compradores ou meros transeuntes entram como Pilatos no Credo. A rua é de intenso movimento. São, as pessoas que aparecem, mera paisagem não tendo relação ou responsabilidade pelos problemas apontados no texto.