Já me aventurei, em outras oportunidades, no universo de palavras e/ou expressões linguísticas inusuais. Sempre admitindo minha ignorância.
Foi assim com esgargalado, glabro e atoarda, entre outras, com as quais me deparei em José Saramago e Chico Buarque.
A palavra da vez, um neologismo, é aporofobia.
Apurei, pesquisando, que se trata de um termo criado pela escritora e filósofa espanhola Adela Cortina para designar a aversão aos pobres e suas implicações na democracia. “É um neologismo que remete etimologicamente às palavras gregas á-poros (pobre,desvalido) e phobos (medo, aversão)”.
Segundo a filósofa, é uma fobia contra o pobre, que leva a rechaçar pessoas, raças e etnias que habitualmente não têm recursos e, portanto, não podem oferecer nada, ou parece que não o podem.
É um termo novo no debate acadêmico e que aborda pensamentos, atitudes, práticas e políticas presentes nas relações sociais que desprezam uma pessoa devido à sua condição puramente socioeconômica.
Não foi exatamente o caso, mais apropriado seria falar em desumanidade, insensibilidade, com ranço de radicalização política, o que fizeram os senadores eleitos pelo Estado do Rio, ontem, no Senado Federal, na votação da chamada PEC da Transição: VOTARAM CONTRA.
Estranhar esta atitude do Flávio Bolsonaro implicaria em vestir a carapuça de idiota.
Mas do ex-jogador Romário, que nasceu em comunidade pobre, é mais um caso triste no qual o autor (artista) fica muito distante, sem a altura de sua obra.
3 comentários:
Romário que já mereceu muitos aplausos quando nos gramados; merece estrepitosas vaias atuando no senado.
Há controvérsia quanto ao voto do Romário. Estou me baseando no site:
https://congressoemfoco.uol.com.br/area/congresso-nacional/pec-da-transicao-veja-como-cada-senador-votou/
PEC da TRANSIÇÃO é uma permissão para roubar mais, sem nenhum controle das rubricas. É a raposa gerindo o galinheiro. Uma desculpa de cunho social, hipócrita, nojenta, para permitir a roubalheira.
Um Brasil fodido, corrupto, sem controles, sem governança corporativa, sem ética, sem moral.
O discurso da M Tatcher resumiu tudo, anos atrás.
Fui ali vomitar.
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