8 de dezembro de 2022

Este blog também é cultura

Já me aventurei, em outras oportunidades, no universo de palavras e/ou expressões linguísticas inusuais. Sempre admitindo minha ignorância.

Foi assim com esgargalado, glabro e atoarda, entre outras, com as quais me deparei em José Saramago e Chico Buarque.

A palavra da vez, um neologismo, é aporofobia.

Apurei, pesquisando, que se trata de um termo criado pela escritora e filósofa espanhola Adela Cortina para designar a aversão aos pobres e suas implicações na democracia. “É um neologismo que remete etimologicamente às palavras gregas á-poros (pobre,desvalido) e phobos (medo, aversão)”. 

Segundo a filósofa, é uma fobia contra o pobre, que leva a rechaçar pessoas, raças e etnias que habitualmente não têm recursos e, portanto, não podem oferecer nada, ou parece que não o podem.

É um termo novo no debate acadêmico e que aborda pensamentos, atitudes, práticas e políticas presentes nas relações sociais que desprezam uma pessoa devido à sua condição puramente socioeconômica. 

Não foi exatamente o caso, mais apropriado seria falar em desumanidade, insensibilidade, com ranço de radicalização política, o que fizeram os senadores eleitos pelo Estado do Rio, ontem, no Senado Federal, na votação da chamada PEC da Transição: VOTARAM CONTRA.

Estranhar esta atitude do Flávio Bolsonaro implicaria em vestir a carapuça de idiota.

Mas do ex-jogador Romário, que nasceu em comunidade pobre, é mais um caso triste no qual o autor (artista) fica muito distante, sem a altura de sua obra.

3 comentários:

Jorge Carrano disse...


Romário que já mereceu muitos aplausos quando nos gramados; merece estrepitosas vaias atuando no senado.

Jorge Carrano disse...


Há controvérsia quanto ao voto do Romário. Estou me baseando no site:

https://congressoemfoco.uol.com.br/area/congresso-nacional/pec-da-transicao-veja-como-cada-senador-votou/

RIVA disse...

PEC da TRANSIÇÃO é uma permissão para roubar mais, sem nenhum controle das rubricas. É a raposa gerindo o galinheiro. Uma desculpa de cunho social, hipócrita, nojenta, para permitir a roubalheira.

Um Brasil fodido, corrupto, sem controles, sem governança corporativa, sem ética, sem moral.

O discurso da M Tatcher resumiu tudo, anos atrás.

Fui ali vomitar.