Além de inúteis, dispendiosas e focos de corrupção, estas siglas
a seguir, de agências reguladoras, são o que poderíamos chamar de redundantes,
ou bis in idem numa interpretação bem
extensiva. Licença poética.
Isto porque todas as áreas de atuação das chamadas agências
reguladoras, têm ministérios que poderiam e deveriam baixar normas, controlar o
cumprimento e penalizar.
Quando muito poderiam ter secretarias, no organograma
ministerial, para atuação específica na regulação de mercado.
Vamos as siglas, com um desafio ao caro leitor, para que tente
identificar, sem consulta a que áreas se referem: ANAC, ANTT,
ANTAQ, ANEEL, ANATEL, ANS, ANVISA, ANP.
É possível que existam outras, vai saber. Não acompanho porque tenho que trabalhar, mesmo aposentado, porque o governo gasta mal o que arrecada, e preciso manter plano de saúde, por exemplo, porque a rede pública é uma avergonha, o báratro.
As agências reguladoras mais desregulam do que regulam, e são verdadeiros cabides de emprego, com as posições sendo ocupadas por
indicação política, e loteadas entre os partidos.
Um piadista, diretor da ANS, em alto e bom som, como se estivesse
pregando para incultos cidadãos que não têm noção do papel da Agência Nacional
de Saúde, lecionou: ‘A gente não é um órgão de defesa do consumidor”.
Sabemos que não é mesmo, antes pelo contrário seu papel tem
sido, historicamente, muito mais próximo do empresariado e sindicatos patronais que
congregam as empresas operadoras de planos e seguro de saúde.
Diga aí o que faz a ANATEL? As operadoras de telefonia, aliás
todas as empresas da área de telecomunicações pintam e bordam.
Lideram o ranking de reclamações nos PROCONs e Juizados Especiais.
Lideram o ranking de reclamações nos PROCONs e Juizados Especiais.
As agências alardeiam aplicação de multas, que nunca
saberemos se foram pagas e muito menos a sua destinação.
Quem tem mais poder? O ministro da saúde ou o presidente da
ANS?
Temos atualmente, 39 ministérios se incluídos 10 secretarias
e 5 órgãos ligados a presidência, com status de ministério.
Pensem bem. É racional, é producente ter 39 ministérios? Pode um presidente despachar com 39 ministros, para decisões e instruções programáticas?
Pensem bem. É racional, é producente ter 39 ministérios? Pode um presidente despachar com 39 ministros, para decisões e instruções programáticas?
Isso é risível. Vamos desconsiderar estas secretarias e demais
órgãos com status ministerial. Sobram 24 ministérios mesmo. Todos com pesadas
estruturas operacionais. Haja impostos para pagar essa gente.
Os ministros, assim como os presidentes ou CEOs das agências
reguladoras são apaniguados de partidos que assegurem votos no Congresso, ou
parlamentares que lideram bancadas (da saúde, da agricultura, etc).
Outro antro que me causa engulho é o Congresso Nacional.
Outro antro que me causa engulho é o Congresso Nacional.
Não há chance do próximo presidente a ser eleito poder
alterar o status quo. Mesmo que tivéssemos um nome confiável, competente, respeitado e respeitável, o que ele faria contra os feudos, os clãs instalados no poder?
Se o Congresso não for radicalmente modificado em sua
composição, seja quem for o novo presidente terá que fazer concessões, acordos
escusos, compadrios e lotear o governo.
Radicalizando: precisamos de congresso? Leis temos a dar com pau. Não precisamos de mais legislação, precisamos é de controle e fiscalização.
2 comentários:
A solução não passa por nada 100% constitucional, ou acenando lencinhos brancos, ou manifestações públicas.
BOLSONARO neles !
A ANS revoga absurda resolução, depois que a ministra Carme Lúcia julgou a matéria.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-07/ans-revoga-resolucao-sobre-franquia-e-coparticipacao-em-plano-de-saude
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