24 de outubro de 2017

FILÓSOFOS

Eles são filósofos, professores universitários, escritores, palestrantes, brasileiros e bem-humorados.

Pondé
Karnal
Cortella




                    





Devem ser lidos e ouvidos (YouTube), porque são cultos, inteligentes e podem nos ajudar a refletir sobre religião, política, moral e ética, entre outras coisas.

Os três têm (bons) livros publicados.

Se não os conhece, comece por vê-los e ouvi-los em vídeos disponíveis na rede. Colocarei aqui alguns para facilitar.

O primeiro é do Leandro Karnal, aqui neste vídeo sendo entrevistado pelo Jô Soares, por ocasião do lançamento de seu livro "Pecar e Perdoar", que li, gostei e recomendo.



                            


Este a seguir é do Mário Sergio Cortella.



                         


O próximo é do Luiz Felipe Pondé.




                      



No vídeo a seguir, os três estão num mesmo programa, debatendo. Avalie.







Encerro com um fato real, ocorrido em São Paulo (capital), na década de 1970 (72/79), quando para lá mudei pela primeira vez. Reincidente específico, passados alguns poucos anos voltei a trabalhar e morar na capital paulista (87/95).

Vou omitir nomes para não constranger os que podem estar ainda vivos. Um deles sei que não está mais entre nós.

Eramos quatro e tomávamos cerveja. Dois publicitários, um professor e um executivo em ascensão. Todos jovens, com menos de quarenta anos de idade.

A conversa enveredou por um assunto polêmico, na época. As opiniões se dividiam. E as posições, controversas, foram se radicalizando.

Às folhas tantas um dos participantes da conversa decretou: - eu estou com Aristóteles, a virtude está no meio, portanto eu nem sou contra e nem a favor.

O mais questionador de nós, e já com uns três copos de cerveja evaporados enevoando o pensamento, atalhou  no ato: - e desde quando você entende de filosofia?

Ao que o adepto do princípio aristotélico sobre virtude explicou, calmamente: - conheço muito mais do que você imagina, estou à frente deles porque eu li Sócrates, Platão, Aristóteles e outros. E eles não leram nada de minha autoria, sobre meu pensamento.

Apresso-me a informar que ele não estava pilheriando.

A tese dele era que se nós, alguns de nós, que já lemos os pensamentos, métodos e princípios de grandes filósofos, em tese sabemos mais do que eles sobre filosofia.

Sabemos um pouco sobre Friedrich Nietzsche, Immanuel Kant, Blaise Pascal e outros respeitados e reverenciados pensadores.

Eles nada souberam sobre nós, nunca leram uma frase nossa, um aforismo, um conceito nosso. Isto nos torna superiores a eles? 

Só na filosofia do nosso conviva.Filosofia?

Pedi a conta para pagar minha parte no rateio. Atingi meu limite, inclusive da bebida.  Eles continuaram filosofando.

Amanhã abrirei o coração para voltar à filosofia e aos filósofos. Não chegarei ao limite já alcançado por alguém que decretou que a filosofia é uma chave que abre muitas portas, atrás das quais não se encontra nada.

Mas vou tangenciar.


Nota do autor: já escrevi sobre alguns dos filósofos do t em:
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2016/10/minha-estante.html

4 comentários:

Jorge Carrano disse...

Mensagem recebida da Ordem dos Gregários:

Três são os maiores objetivos do Homem:
1º) Adquirir conhecimento;
2º) Adquirir riqueza;
3º) Abrir mão dos dois primeiros.

Riva disse...

Atualizando para o século XXI, o maiores objetivos do Homem são :

- imortalidade
- felicidade
- divindade

Jorge Carrano disse...

"Zombar da filosofia é, na realidade, filosofar".

Obrigado, Pascal.

Jorge Carrano disse...


Concepção da alma

http://biografiaecuriosidade.blogspot.com.br/2016/01/biografia-de-alcmeon-de-crotona.html


"- Por um lado, afirma-se que a alma é imortal e que possui a qualidade, do mesmo modo que os corpos celestes, de estar sempre em movimento circular.
- Por outro lado, afirma-se que os homens são mortais porque são incapazes de juntar o princípio com o fim. Isto é, neles existiria um alma que permite realizar o movimento do corpo, mas não realizar um movimento circular contínuo.

Em resumo, enquanto os corpos celestes são imortais e eternos, já que têm a propriedade de realizar um movimento circular contínuo; no caso do homem, este seria mortal já que não teria a capacidade de unir o princípio com o fim, isto é, realizar um movimento de tipo circular contínuo. Esta curiosa doutrina nos lembra Heráclito quando afirma que num círculo o início e o fim são o mesmo. Também Platão, no Timeu (diálogo), fala sobre os círculos giratórios da alma, dando a impressão de ter certa relação com esta teoria."