Foi Borges (Jorge Luís) que me despertou para a realidade que
ler é muito mais gratificante, prazeroso
e enriquecedor do que escrever. Certa feita declarou que se jactava mais de que
lera do que o que escrevera. E convenhamos que é vasta e rica sua produção literária.
Por dever de ofício escrevo bastante. São petições,
arrazoados, recursos e pareceres que emito em minha agonizante atividade
profissional, quase no estado terminal. Mas ainda respiro e vivo dela.
E ainda por cima mantenho a petulância, a vaidade, a
pretensão de ter um blog para perpetrar minhas ideias, memórias e pensamentos.
Haja inspiração, haja assunto, haja talento, haja vocação,
quesitos que são raros em meus escritos. Reconheço e me penitencio.
Existem dias em que acordo com disposição para escrever, mas
cadê a inspiração? Por vezes tenho uma
ideia, mas como abordá-la, como desenvolver?
Aqui no blog, se não esgotei, e certamente não, já abordei
uma infinita gama de temas. Sem considerar que amigos, parentes e convidados já
me alegraram enviando textos para publicação, com os mais variados assuntos.
Já contei particularidades de minha vida familiar. Falei de
meu primogênito que só veio a conhecer a fruta tamarindo aos 50 anos de idade.
Não me ocorreu contar, ainda dele mesmo, coisa mais inusitada e risível, que
agora me veio a memória de forma espontânea.
Fomos a Cachoeiro de Itapemirim visitar meus sogros, cunhados e cunhadas. Ele não tinha mais do que 10 anos de idade e disse para
tios e primos, durante uma refeição, que estava doido para subir num pé de
cana. Isso mesmo, cana. Não tinha a menor noção de como seria um pé e cana,
embora já soubesse que daquela fruta deriva o açúcar que consumia.
Até hoje, passados tantos anos, isso é motivo de piadas feitas pelos tios e
tias ainda vivos.
Roller - vermelho |
Contei inclusive sobre o aprisionamento, no alçapão da gaiola onde eu mantinha um canário-da-terra, de uma fêmea da espécie, que pertencia a um vizinho de nome Décio, da mesma idade. Deu-se que ele tinha um casal numa mesma gaiola e por descuido deixou-os escapar.
Gaiola com alçapão |
Contei sobre meu drama de consciência se deveria, ou não, devolve-la ao Décio, eis que naquela fase estávamos brigados (de mal), como sói
acontecer entre crianças e pelos motivos mais sem sentido.
Coleiro do brejo |
Agradava-me, igualmente, ouvir os duetos entre o avinhado e o coleiro-do-brejo. Na verdade verdadeiros desafios, cada qual querendo exibir suas qualidades canoras.
Carapicus |
Com caniço convencional (sem molinete), e anzol mosquitinho, pescava
grande quantidade e formava grandes fieiras.
Que mais? Sim, já falei, e muito, sobre literatura. Enalteci
Saramago. Já falei de cinema citando bastante Woody Allen. Já escrevi sobre
futebol e minha torcida pelo Vasco, desde os nove anos de idade. Saudade de
Ademir, Ipojucan, Friaça, Danilo e outros integrantes das grandes equipes dos
anos 1940/1950.
Também já me atrevi a falar de jazz, não abordando harmonia,
melodia e ritmo. Disso não entendo, mas falando do quanto me agradam e emocionam
alguns standards, executados por gênios, com absoluto domínio de sues instrumentos
musicais e/ou vocais.
Remuage |
Mas já comentei que fiz um curso básico na ABS (Associação Brasileira de Sommeliers), apenas para não cometer gafes imperdoáveis como desconhecer que existe vinho verde tinto e que vinho tranquilo é o que não é espumante, cujo processo de vinificação é diferente.
Enfim, ao longo dos 2.111 posts publicados até hoje, dezenas de assuntos foram comentados, foram feitos relatos de experiências e aventuras, foram feitas criticas, foram feitos elogios e informados fatos e acontecimentos.
Política foi um tema abordado à exaustão. Colaboradores
falaram de drones, agricultura orgânica, astronomia, poesia, e outros motes.
Bem, estava sem inspiração para escrever hoje, mas acabei por
cumprir a tarefa e ter uma postagem para publicar.
Nota do autor: fotos colhidas na internet/wikipédia
Nota do autor: fotos colhidas na internet/wikipédia
2 comentários:
Não é uma questão de tirar o pneu, mas o que está havendo por aqui ?
As mulheres simplesmente evaporaram ....
Seria o impacto da separação Fátima x Bonner ?
Seria a intensa procura por quem é o pivô dessa separação ?
Sim, porque no Twitter esse assunto bomba mais do que Madre Tereza, que o Temer, que a Dilma, que o G20, que a fronteira da Turquia com a Síria, que as Parampíadas, que os rombos dos fundos.
Well, no Twitter fala-se que Bonner está fora de casa há 2 meses, e que as hipóteses são :
- Maju
- Poeta
- Incógnita
Aguardemos então, essa importante matéria.
Carrano,
Vou enviar, provavelmente ainda hoje, um post para sua apreciação. Fruto de imaginação enquanto tomava um chopp.
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