3 de setembro de 2016

É fácil identificar pequenas diferenças?

Você que pensa, não é. Mas algumas dicas ajudam a fazer a distinção entre pessoas semelhantes ou parecidas. Não há iguais.

Vejamos como é possível diferenciar os gêmeos univitelinos.  Depois de certa idade é só chamar pelo nome.  Chame Roberto e ele virá. Depois chame Ricardo e ele atenderá (rsrsrs).

Univitelinos
Porém não descarto a hipótese da mãe ter ensinado errado aos próprios filhos os seus nomes de batismo e certidões. Num período de desatenção começou a chamar de Roberto o filho gêmeo que registrara como Ricardo. E vice versa. Eles que nasceram com alguns poucos minutos de intervalo aprenderam de forma errada seus próprios nomes. Ficção? Pode ser. Isso fará diferença?

Para saber mais sobre univitelinos  clique no link  abaixo:

Algumas semelhanças de raças por vezes nos embaraçam. Há muitos anos minha irmã Ana Maria lecionou em Teresópolis. Um belo dia estando acompanhada de nossa mãe na Estação Rodoviária de Niterói, na hora do embarque deu-se o seguinte fato.

Alguns orientais embarcaram um pouco antes, e minha mãe em voz baixa, mas suficientemente alta para que um deles  ouvisse, comentou com a filha: “shíiii você vai viajar com japoneses”. Aquele que ouviu, o último embarcando, virou-se para trás e falou: “zaponês non, sinês né?”

Ora, o comentário de minha mãe não tinha nenhum objetivo específico. Nada que levasse a imaginar discriminação ou conotação pejorativa, foi uma mera observação com caráter piadista. Mas o chinês a deixou de sai justa.

Também há muitos anos, quando era gerente administrativo em uma siderúrgica em São Paulo, como minhas atribuições compreendiam a área de recursos humanos, programei para atender num sábado muitos candidatos a emprego, com experiência em laminação (fabricação de perfis). Eles estavam trabalhando e só poderiam num final de semana.

Foram recrutados por um antigo gerente com o qual trabalharam em outra empresa do ramo.

Pois bem, mais de oitenta por cento dos candidatos eram nordestinos. A cor da pele naturalmente bem morena, os sotaques e a conformação de suas cabeças denunciariam facilmente suas origens regionais.

No formulário a ser preenchido, após nome e filiação, era preciso informar a naturalidade.  Depois de ler os nomes das cidades e estados da federação dos primeiros candidatos, comecei a brincar, comigo mesmo, se na mera aproximação da mesa onde estava, acertaria se era norte-rio-grandense (potiguar), piauiense ou pernambucano.

Estes últimos, assim como os cearenses, são mais fáceis de identificar. Acertei vários e pensei comigo mesmo que era bom observador e detalhista.

Estando na cidade alemã de Desdren, tomando uma sopa quente por causa do frio que fazia, compartilhei a mesa com uma japonesa, bem idosa e risonha. A conversa derivou para a dificuldade que nós, ocidentais, temos para distinguir entre japoneses, chineses e coreanos, por exemplo. Ela nos deu (estava com minha mulher) umas dicas interessantes, que ela usava para o mesmo fim.

Fugindo um pouco do tema, mas para não perder a oportunidade, comento que ela era sobrevivente de Hiroshima (tinha 9 ou 10 anos). Algum tempo depois, com familiares veio para o Brasil. E contou para nós, e este é o ponto que não queria deixar passar em branco, que anualmente recebe passagens de ida e volta para se submeter a acompanhamento médico.


Naquele dia estava regressando ao Brasil para alguns dias depois embarcar para o Japão. Não surpreende isto num país em que o governante, assim como os samurais, não conseguem viver em desonra.

Ritual do haraquiri
Você sabe distinguir entre os nórdicos? É fácil notar diferenças entre dinamarquesas, suecas e norueguesas? Eu não consigo. Apenas ficava babando com qualquer delas diante de mim. Aos 76 anos já não babo, apenas suspiro. 

Norueguesas

3 comentários:

Riva Memories disse...

Lendo o post lembrei-me do jogo Portugal x Coréia na Copa do Mundo de Futebol de 66. Não sei se era do Sul ou do Norte - haviam sido divididas entre EUA e URSS em 1945, depois da rendição do Japão.

1º tempo um vareio de bola da Coréia m cima do timaço de Portugal, com Euzébio, Torres, Simões, Costa Pereira, etc ... 3x0 para os coreanos.

Se hoje já é complicado, imaginem em 1966 a FIFA garantir que os 11 coreanos que voltavam para jogar o 2º tempo eram os mesmos do 1º tempo.

Não sabemos até hoje se eram os mesmos.

Mas sabemos que Portugal meteu 5 gols nos caras e ganhou de 5x3. Ou eram os mesmos cansados do 1º tempo, ou eram 11 pernas de pau que entraram no 2º tempo kkkkkkkkkkkkkkk



Jorge Carrano disse...

Essa é muito boa.

Ana Maria disse...

1) O fato do chinês no ônibus se deu em 1965, quando ainda não se viam grupos de asiáticos em férias. Principalmente chineses.
2) Já ouvi alguns relatos de gêmeos que trocaram de lugar em provas e até em encontros. Logo, não adianta chamar pelo nome.
3) Por favor repasse as dicas da japonesa em Dresden. Só diferencio chineses e japoneses pela inclinação dos olhos. E os coreanos?
4)Boa lembrança Riva. rs