Por
Ana Maria Carrano
Toda minha vida, até aproximadamente o ano 2003, eu não tive contato nem simpatia por gatos. Eram animais que via ao longe e, como os pombos, procurava evitar.
Ana Maria Carrano
Toda minha vida, até aproximadamente o ano 2003, eu não tive contato nem simpatia por gatos. Eram animais que via ao longe e, como os pombos, procurava evitar.
Adquiri uma asma brônquica aos 12 anos e este fato serviu
como reforço da necessidade de afastamento.
Quis o destino, porém, que durante o tratamento de uma
moléstia grave, eu tenha ido morar no interior de São Paulo onde, durante algum
tempo, me hospedei em casa de uma amiga “gateira”.
Esta amiga já havia criado e convivido com diversos felinos
domésticos e apregoava sua predileção por este tipo de animal.
Certa ocasião em que estava sozinha em casa da amiga (que
havia viajado) descobri uma gatinha assustada, em cima do armário da área
externa. Apesar da falta de intimidade, não poderia deixar que o bichinho
ficasse sob a chuva, pois não aceito maus-tratos a qualquer animal. Portanto
fiz que não tinha visto e esperei que ela fosse embora pela manhã.
Não foi, porém o que aconteceu. A gata permaneceu encolhida,
no mesmo lugar, durante todo o dia. No dia seguinte sumiu, voltando horas
depois para o lugar que, creio, já havia escolhido como seu.
A volta da dona da casa me trouxe alívio por me tirar a
responsabilidade sobre o destino do bichano.
Mas a casa era de uma gateira que logo manteve contato com o
animal e após alguns dias mandou-o para uma clínica veterinária para check-up e
castração.
Em respeito a minha saúde a falta de carinho aos gatos a
situação continuou a mesma. A gata fora de casa, agora, porém com regalias como
berço, comedouro e bebedouro que minha consciência pesada me fizera comprar.
Ganhou um nome, a minha escolha. Chamei-a Amiguinha e logo abreviando para
Miguim.
Quando voltei ao Rio a
gatinha passou a dormir dentro da casa e, assim, quando retornei a São Paulo comecei
a conviver com a criaturinha de quatro patas, mais doce, inteligente e amiga
que já havia conhecido.
Basted |
Gatos são animais fantásticos. Sua domesticação remonta há
5.000 anos, no Egito. Era considerado animal sagrado. Uma das deusas locais -
Basted – tinha a forma de um gato e protegia a fecundidade. Matar um desses
animais era crime.
A partir do Egito, foram se espalhando pelo mundo levados
pelos fenícios e criou-se entre eles e os humanos uma relação de amor e ódio.
Enquanto algumas pessoas os associavam a companhia, a limpeza
energética e a sagacidade, outros os encaravam como malévolos e disseminadores
de doenças.
Consta que as curandeiras e curiosas que utilizavam ervam e
rezas em tratamentos de cura, utilizavam gatos como pontos de atração de energias
negativas.
Hoje em dia são os felinos os animais de criação que mais
crescem nos grandes centros, talvez devido à diminuição do espaço para
manutenção de pets.
Eu, cá por mim, me apaixonei por eles. Além da amiguinha
Miguim que deixei em Catanduva, convivo com quatro espécimes adoráveis que, sem
sombra de dúvida, são responsáveis por inúmeros sorrisos e incontáveis momentos
agradáveis no meu dia a dia.
Anitta e Obama |
Pensa que só eu os amo? Não. Eles são cantados louvados em
prosa e verso.
Por exemplo:
- “O índice Big Cat indica que quanto maior o número de gatos em um
país, mais rico ele é. Se compararmos os dados apresentados pela Abinpet, a
Alemanha tem 59% mais gatos que cachorros. São praticamente 44 mil felinos nas
casas dos europeus. Contudo, este número é facilmente invertido em países como
China, Colômbia e África do Sul que tem em média 200% cachorros a mais do que
gatos. - See more at:
http://www.petmag.com.br/13868/vida-moderna-acelera-aumento-da-populacao-de-felinos”
- “De todas as criaturas de Deus, somente uma não
pode ser castigada. Essa é o gato. Se fosse possível cruzar o homem com o gato,
melhoraria o homem, mas pioraria o gato. Mark Twain”
- “Vinicius de Moraes dedicou uma poesia musicada que
pode ser encontrada em http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/87215/
E por aí vai. Sem querer cansar quem ainda continua lendo, paro com uma
sugestão: observem e imitem os gatos. Espreguicem-se sempre que puderem
(alongamento); não obedeçam cegamente seus tutores; se não está sendo bem
tratado, procure outro lugar para morar.
Michel Teló |
Resumindo o que aprendi com eles diria que foi amor próprio, dignidade
e equilíbrio.
Créditos das imagens: gatinhos do álbum da autora; e deusa Basted obtida via Google.
Créditos das imagens: gatinhos do álbum da autora; e deusa Basted obtida via Google.
14 comentários:
As mulheres gostam de gatinhos, bípedes, sarados, abdome tanquinho. Pelo menos era assim que eram chamados os rapazes mais bem apessoados: gatos.
Sem se falar numa das melhores séries animadas de todos os tempos: "Top Cat", (aqui "O Manda Chuva")... Batatinha, Espeto, Xuxu, Bacana, Gênio e o guarda Belo (obrigado Google...)
Miau, miau, me pega no colo e me faz cafuné (hehehe).
Como comentei no post anterior, tudo são estereótipos e envolve preferências. Eu não gosto de gatos, prefiro cães. Contudo, trato-os muito bem, que o diga minha filha Flávia. Quando ela viaja somos eu e Mary que vamos visitar "El Maluco" (como eu o chamo) e cuidar dele diariamente.
Pena que aqui não possamos postar imagens. Tenho uma dele muito legal, deitado em cima do teclado de meu laptop, que às vezes levo para o apto de Flávia enquanto estamos pajeando o bichano. Costumo dizer que meu computador tem "mouse and cat" - rs rs
Além da piadinha - "mouse and cat" - você poderia escrever sobre o "El Maluco", começando por explicar o porquê do apelido. Ai então você poderá colocar a foto que gostaria.
Eu não sei porque não tenho afinidade com os bichanos. Na minha infância e adolescência nunca vi gatos nas casas dos meus amigos, sempre cachorros.
Quando comecei a frequentar a casa da minha esposa, ela tinha um gato lá, além dos cães. Eu o achava estranho, sem emoções ou carinho, acho que sempre o comparando com o comportamento dos cães. E isso me afastou cada vez mais dos bichanos.
Continuo assim até hoje, mas percebo um enorme aumento de gatos como animais domésticos no meio familiar.
Tenho um colega que tem 6 gatos em casa ... não consigo imaginar uma situação dessas. Uma vez perguntei a ele como faz para viajar com a esposa ... disse que não viajam ! Escravidão ...
Mas voltando ao foco do post, interessante a observação no último parágrafo. Nunca tinha refletido sobre isso. Hmmmmm ...
Teria de conseguir a história dele com minha filha.
Quem sabe?
Ora, ora. Pensei que a abordagem fosse apenas dos animais de quatro patas. Por isso nem citei os outros significados da palavra gato. Além do já citado, bofe, filé, TDB, temos o gatuno, o atleta com flexibilidade e até o "compartilhamento" de serviços públicos e privados.
É claro que me foquei nos pets. Os companheiros fieis, os amigos solidários.
Nada contra cachorros, mas esses já têm consolidada sua importância, sendo, inclusive, considerados os melhores amigos dos homens. Sua guarda entretanto, precisa de maior espaço físico, alguma distância entre as unidades residenciais para evitar reclamação de barulho e maior gasto com remédios e veterinários.
Gatos adoecem menos, comem menos, são menos barulhentos, precisam de pouco espaço, visto que se exercitam subindo em móveis, escalando cortinas e correndo atrás de bolinhas de papel. Bichamos vêm com função autolimpante, o que faz com que precisem de menos banhos.
Eu poderia indicar dezenas de vídeos com gatinhos em situação inusitadas, desde obediência a truques (como cães), defesa de crianças contra ataques de outros animais, convivência com outras espécies, mas não vou cansá-los. A quem interessar basta acessar o Google descobrir que gatos são TDB, assim como os galãs de novela.
Boa resposta ao Anônimo engraçadinho, Ana Maria. Inteligente, criativa e sutil.
Bj.
A resposta da Ana não foi somente para o Anônimo ... foi pra vc também, Carrano ! rsrsrsrs.
Quando soube que ia rolar o tema, foquei em quadrúpedes ou bípedes emplumados (êpa, vai confundir todo mundo ....) ... ok, cachorros e gatos de 4 patas.
Anônimo, e você, tem bichano ou cachorro, de 4 patas ?
Tá certo Riva, eu dei início a deturpação do tema (rsrsrs).
Eu não imaginava o que era viver com gatos. Tinha aquela imagem de gatos subindo nas coisas, derrubando tudo, fugindo por toda a eternidade...
Cresci ouvindo lendas sobre gato como: "ele vai embora quando o dono da casa morre" ou "se ele não gosta da comida, se manda" "gato não se educa" enfim, eu como sensível assumida, tinha muito receio de ter um bichano e perdê-lo na manhã seguinte.
Mas, minha opinião mudou radicalmente quando salvei um gatinho de uma árvore. É, era de rua, claro, mas bem educado. Procurei o dono dele (que não apareceu..) dei nome: Pacheco. Já tinha a Tuca (a cadelinha que me adotou, pois ela acha que é minha dona) e com medo do bichano fugir, aparecer mordido ou pior ainda por causa dela, uma vizinha que estava de mudança para o interior quis muito ele.
Lá se foi o gatinho. Mas ficou comigo a vontade de quero mais.
Então, arrumei uma gatinha. Marrry. Veio filhote pra mim. Sofreu muito na boca de Tuca, mas resistiu. Hoje moram juntas, mandam na casa e convivem muito bem. Esse amor tem 5 anos já. Marry nunca fugiu, já cansou de me presentear com passarinhos, lagartixas, borboletinhas, um doce de gatinha.Um doce de gatinha. Aprendeu a rosnar com as cadelas a ponto de se achar uma, pois se saio com as cadelas pra passear na rua, lá vai a gatinha se achando uma! Minha vida ficou mais alegre sim depois da entrada dos pets. Pra melhor.
Gata rosnando quero ver (rsrsrs)
Ana Maria, via e-mail, enviou links sobre gracinhas, artes, estrepolias e atos de heroísmo de gatos. Como sabem, aqui é preciso selecionar e colar os endereços na barra de seu navegador:
https://youtu.be/wyyOLLOqxwo - Gato massagenado cachorro
https://youtu.be/vp6vtguJHSk - Gato salva criança de ataque de cão.
https://youtu.be/UtWwdJBokRM - O gato como ele é.
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