1 de novembro de 2014

Trânsito, Vasco, PT e outras mazelas

Riva vem se queixando, amargamente, do trânsito caótico no eixo Rio-Niterói. Não tenho esta experiência, mas tenho das Marginais, em São Paulo. Foram 7 anos morando no Brooklin Novo e trabalhando na Anhanguera (no Km. 13).

Trabalhava com pessoas de quem eu gostava, e gosto ainda (relaciono-me, via e-mail, com uma delas), ganhava relativamente bem, tinha os chamados fringe benefits (carro, plano de saúde TOP, passagens aéreas São Paulo-Rio, etc.) e um bom cargo (diretor). Morava razoavelmente bem, num apartamento alugado, já mobiliado, num bom local.

Por causa do trânsito deixei tudo para trás e voltei para Niterói onde não tinha nada, senão a família (claro que não é pouco) e um apartamento modesto. Bem, o trânsito levou a um estresse elevado e às consequências naturais.

O Vasco, bem o Vasco, é um caso patológico. Dirigido por um presidente que mais parece uma tartaruga paraplégica, com um técnico folclórico comandando uma equipe sem alma (duas ou três exceções), de jogadores emprestados, sem compromisso, sem futebol e sem pernas (muitos veteranos), faz um papel ridículo na série “B”.

Mas o elenco é de série  “C”. Não tem padrão de jogo, não tem disciplina tática e não tem disposição, gana, raça.

Nos meus cerca de 66 anos de torcedor (estou com 74 de idade), nunca vi um bando tão desqualificado tecnicamente e tão sem garra como este atual time, do que outrora foi o clube que tinha o Expresso da Vitória.

O PT, bem o PT, é o que todo mundo sabe. Alguns sabem, mas fingem que não porque não querem perder a boquinha, a mamata, que certamente têm.

Na caminhada matinal, hoje pela beira d’água, molhando os pés e fazendo “terra” para descarregar as energias negativas (existe isso engenheiros de plantão?) tinha que ter cuidado por onde andaria, dada a  grande quantidade de peixes morto, e não pisar em um deles.

Brinquei com minha mulher, que comentou que nunca vira tanto peixe morto assim, dizendo que não era verdade, pois que no Mercado São Pedro tem muito mais, e ela vez ou outra vai ao dito mercado.

O domingo está com um sol escaldante e as piadas são as de sempre: “um sol para cada um”, “maçarico ligado” e outras frases corriqueiras do gênero.

Nota do editor: depois colocarei imagens ilustrativas. Agora tenho compromisso fora de casa. Bom domingo para todos.

13 comentários:

Ana Maria disse...

O que importa o Vasco, o trânsito caótico, a realidade política - não culpo somente o PT, incluo a maioria de seus eleitores nessa súcia (Súcia: Agrupamento de pessoas de má índole e/ou mal-afamadas).
Hoje é dia de Todos os Santos, é sábado, tem sol, ainda somos livres,temos família e amigos e nos aguarda em casa um almoço feito com amor.
Pelo menos no fim de semana liguemos o "fuck yourself" e relaxemos.
Como disse Fernando Pessoa, "Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo."
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=dng61zqqSSg

Freddy disse...

Antes de me aposentar, o tempo no dia era dividido por mim entre trabalho e o que era importante. A parcela anterior à chegada no trabalho eu imputava a trabalho, como também a que demorava para chegar em casa. Sempre fiz o possível para maximizar o “meu” tempo, sem deixar de lado o atendimento às responsabilidades no trabalho, é bom frisar. Já trabalhei fora do expediente e varei madrugadas na empresa, quando necessário foi em trabalhos de expansão do equipamento.

Posso testemunhar que foi justamente o tempo gasto entre ir e vir que me motivou à aposentadoria antecipada (32 anos de serviço). Fosse a Embratel situada aqui em Icaraí e eu poderia estar nela trabalhando até hoje, sem muito estresse. O que lá acontecia, por mais agradável ou desagradável que fosse, não era importante. Importante era todo o resto.

Eu me desligava de tal maneira do trabalho que perdia a primeira meia hora de expediente para lembrar do que eu estava fazendo no dia anterior. Sem trauma, eu chegava bem cedo para escapar do trânsito pesado, podia perder essa meia hora diariamente. Quando ultrapassava a roleta no final do dia, já começava a esquecer tudo o que estava a fazer, concentrando-me no que era importante pra mim: o resto.

Os motivos que poderão alegar para o meu comportamento devem encher páginas. O principal é que nunca cheguei realmente a trabalhar no que eu gostava. O que eu gostava não dava para me manter nem à minha família, portanto tinha de encarar a Embratel e fim.

Assim sendo, se me perguntarem se perder diariamente horas no ir e vir à empresa é razoável, responderei que não. Pode ser inevitável para iniciantes, os que estão ralando para conseguir um lugar ao sol. Pode ser para quem está financeiramente arrebentado e precisa comer e sustentar a família. No mais, há que pensar e repensar. Depois de certa idade, o tal tempo para “o resto” (que para mim sempre foi o mais importante) é cada vez mais escasso e caro. Pior, não sabemos quanto é que nos resta de vida para balancear essas perdas e ganhos! Só sabemos que é pouco!
Abraços
Freddy

Riva disse...

Seu texto lembrou-me que em 2010 eu estava trabalhando há 5 meses em São Paulo, na torre do Santander, indo às 2as feiras e retornando às 5as ou às 6as feiras. Não aguentava mais ....

O trabalho estava praticamente concluído, e me fizeram uma proposta para continuar por lá, desta vez noos prédios Rochaverá. Mas eu tinha recebido uma proposta para ficar no Rio, ganhando 30% menos.

Aceitei a proposta do Rio, para voltar a ficar perto de casa, andar de motocicleta todo dia, etc.

No 2º dia de trabalho me mandaram para Curitiba, onde aguentei ficar por 10 meses ...... pedi para me mandarem embora !

Fica a eterna pergunta : onde é bom ? estamos sempre reclamando do que temos. Eu, há pouco tempo, reclamava demais de ir e vir pelas Barcas tradicionais entre Niterói e Rio, e hoje rezo para arranjar algum trabalho no Centro do Rio.

Confesso a vcs que, tenho saudades do tempo de desempregado ....

#panorápido

PS : e a carruagem começa a virar abóbora !As contas do "governo" começam a aparecer. Estou cada vez mais impressionado com amigos e colegas do BEM que votaram nesse ENGANO, nessa MENTIRA DESCARADA. Lamentável demais ....

Jorge Carrano disse...

Entretanto as amendoeiras estão lindas. Verdejantes, pois já trocaram a roupagem do outono. Os frutos começam a brotar.
O Natal se aproxima. É uma época que gosto muito, apesar das perdas naturais da vida.
E como diria o Humphrey Bogart "sempre teremos Paris" (O personagem Richard Blaine fala para Ilsa Lund no filme "Casablanca" - We'll always have Paris!)
Isso significa que a vida segue em frente, mas as boas lembranças sempre vão permanecer...

E Casablanca ainda tem:

AS TIME GOES BY
(Letra e Música de Herman Hupfield)

"You must remember this,
A kiss is still a kiss,
A sigh is just a sigh;
The fundamental things
[apply

As time goes by.
And when two lovers woo,
They still say, "I love you ",
0n that you can rely;
No manter what lhe future
[brings
As time goes by.

Moonlight and love songs,
[never out of date,
Hearts full of passion,
jealousy and hate;
Woman needs man, and
man must have his mate,
That no one can deny.

lt's still lhe same old story
A fight for lave and glory,
A case of do or die
The world will always
[welcome lovers
As time goes by."

Riva de Saco Cheio disse...

Freddy, não sabemos quanto nos resta de vida desde que nascemos. O fato é que não pensamos nisso quando jovens. Só compramos guarda-chuva quando começa a chover ....

Você pensava ?

Sou de uma geração que não usufruiu da previdência privada. Quando esse produto surgiu, já nos era muito caro para suprir nossas necessidades futuras. Então, o jeito era guardar a grana ....

Também não tive a sorte de usufruir de uma empresa que tivesse uma previdência própria, como a Embratel, embora me tenha sido oferecido um emprego show de bola em 1970, e eu recusei ...VOU SER ENGENHEIRO !! Se tivesse aceito, estaria com o boi na sombra há pelo menos 15 anos !!

Então .... as contas estão aí para serem pagas ... ainda não virei caloteiro como o Governo e os petralhas. Só me resta trabalhar até o último dia no planeta Azul.

Ana Maria disse...

Realmente, Carlos Frederico, nem sempre aliamos o trabalho ao prazer. Eu tive essa sorte em grande parte de minha vida laborativa. Por isso sempre fui "Caxias".
O ideal para saúde mental é o equilíbrio das atividades. Ter um tempo destinado ao lazer é imprescindível. Logo, quem leva 4 a 5 horas para ir e voltar do local de trabalho, está sendo privado de 1 ou 2 horas diárias de relax.
Minha bacia de cerejas está quase vazia.
http://dharmalog.com/2013/01/29/ja-nao-tenho-tempo-para-discutir-assuntos-inuteis-de-vidas-alheias-o-tempo-do-pastor-herege-ricardo-gondim/

Riva disse...

São Paulo hoje ...

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/11/1542047-ato-em-sao-paulo-pede-impeachment-de-dilma-e-intervencao-militar.shtml

#sócomeçando

Riva disse...

Existe um ponto importante nesse contexto, que ninguém mencionou ... o que você faz durante o dia todo ?

Eu trabalho das 9 às 16 mais ou menos, mas de forma prazeirosa, porque gosto muito do que faço, e estou com uma turma muito legal em minha volta.

Até quando ? Não sei .......

Jorge Carrano disse...

Recebi link com o comentário abaixo. É coisa séria, gente:
"Parabéns para aqueles que votaram na Dilma, vocês abriram as porteiras para o comunismo, não foi por falta de aviso.
Confira este vídeo no YouTube:
http://youtu.be/cRSbTwE_t58

É um pronunciamento do Maduro."

Riva Derretendo disse...

Continuando a comentar sobre o post, vamos ao futebol.

Amigo Carrano, o AMERICA de Natal, sim, aquele America mesmo, que meteu 5 azeitonas nas redes do FLU e o desclassificou vergonhosamente em pleno Maracanã na Copa do Brasil, está indo para a Série C !!

Tenho certeza absoluta que esse time do Vasco, ruim mesmo, é páreo duro para 90% dos times da Série A.

Nosso futebol está nivelado por baixo ; o 7x1 foi o melhor exemplo disso, embora os dirigentes e a mídia estejam fugindo do assunto, e com isso adiando a solução dos nossos problemas, que passa inclusive pelo bastão da Rede Globo.

Mas vão acordar, pode esperar. Assim como os jovens não pensam que podem morrer a qualquer momento, e os velhos só pensem em $$ da aposentadoria quando não conseguem mais emprego, os caras do futebol vão acordar quando os privilégios com a imensa dívida acabar. Poucos sobreviverão.

O pior disso tudo vai ser ... o que fazer com os gigantescos estádios construídos, quando o público médio nacional no futebol é de 20.000 pagantes !

Eu estou na FLUsofá há muitos anos.

E vocês ?

Jorge Carrano disse...

Estamos, todos, derretendo, caro Riva.
Tive que sair de casa às 11:00 e só retornei às 14:30 estava. O calor que fazia não era senegalesco, era infernal.

Alias, segundo Jorge Coli, colunista do jornal Folha de São Paulo:
"Não é senegalesco. É etíope. Mas que delícia pôr no título essa expressão suculenta, condenada por tantos manuais de Redação sabidos e desmancha-prazeres, danados para pasteurizar qualquer coisa.
Essa história de calor e de Etiópia surge por causa de um livro que a Cosac Naify publicou no ano passado, "Cadernos Etíopes".

Riva disse...

Eu já diria de outra maneira, como disse pra Isa, hoje na rua Presidente Backer .... está me lembrando aquelas garages de Las Vegas ! rsrsrs

Quando fomos a LV ano passado, a temperatura variou de 38 a 42º.

Aliás, o empadão de camarão da Porção Mágica na Presidente Backer é bom. R$ 9,50 a fatia.

Vendo FLU x Goiás ...

Jorge Carrano disse...

A propósito da agente de trânsito que multou um juiz e ele a processou:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-aconteceria-na-suecia-com-o-juiz-parado-numa-blitz-no-rio/