A rapidez de uma aurora
Era
a manhã do dia 10 de novembro de 2010 e eu, por algum motivo qualquer, acordei
cedo. Já estava aposentado, mas depois de determinada idade a gente acorda uma
ou mais vezes durante uma noite de sono... Como é hábito, olhei pela janela e
pasmei!
Peguei
a máquina compacta mais próxima de mim
(Panasonic Lumix TZ3, com lente zoom Leica de 10x) pois não daria tempo de ficar
escolhendo equipamento, e corri ao terraço para observar melhor o espetáculo e
fotografá-lo.
Hora: 05h 16min 16s |
A
coisa prometia ser rápida, o sol já estava nascendo. É importante que observem
a hora em que cada foto foi batida, para testemunhar a rapidez da coisa.
Em
pouco mais de 3 minutos todo o padrão de nuvens já havia se modificado, criando
detalhados reflexos em tons de laranja e amarelo, além de uma brilhante risca
por onde já se vislumbrava o céu azulado.
Hora: 05h 19min 48s |
Hora: 5h 22min 31s |
O
Sol já começava a despontar no leste. O arco-íris enfraqueceu, mas ainda dá
para ver a segunda seção do mesmo.
Hora: 05h 23min 36 s |
Finalmente,
o Sol nasceu! Bem baixo ainda, jogando sua luz avermelhada sobre os prédios
mais altos e esmaecendo de vez o arco-íris. E assim o espetáculo terminava,
exatos 11 minutos depois de eu ter tirado a primeira fotografia.
Hora: 05h 27min 16s |
Créditos:
Fotos do acervo do autor.
8 comentários:
Espera aí, Freddy. O espetáculo é bonito, você conseguiu belas fotos, mas falar em piscar de olhos para um acontecimento que leva exatos 11 minutos para ocorrer, já é licença poética.
Isso seria rápido na Bahia, para os baianos, no ritmo de Dorival Caymmi (rsrsrs).
Imagine este sunrise num cenário rural e não urbano.
As montanhas ao fundo, um lago em primeiro plano.
Helga
Na verdade Helga, lato sensu, a estrela é o sol. Embora seja, também, no sentido restrito.
Mas admito que o cenário compõe muito a apresentação da vedete (o sol).
O português é uma língua engraçada, assim como o alemão também tem suas extravagâncias, misturando masculino e feminino.
O Sol é uma estrela.
A Lua é um satélite.
A Terra é um planeta.
Um asteroide é uma rocha espacial.
Um portão é uma entrada.
Um bebê é uma criança.
=8-) Freddy
Creio que deve ser muito difícil transmitir em palavras o sentimento experimentado pelo autor do Blog. A sequência de fotos é quase poesia.
Em tempo. Refiro-me ao autor do post.
Obrigado, Ana. De fato há sequências que me emocionam muito. Apesar de auroras e crepúsculos serem os bais banais temas fotográficos, quando a gente testemunha um especial é enlevante.
Enquanto morador de uma cobertura em Icaraí (acabei de vendê-la) era hábito ficar no terraço olhando os crepúsculos, quando flagrava um mais especial. Fotografei dezenas deles.
Auroras foram mais raras. Questão de probabilidade: estar acordado e estar acontecendo a aurora adequada. Essa foi uma delas.
Abraço
Freddy
Quanto ao tema do post é mais difícil de explicar em poucas palavras, apesar da gozação do Carrano.
Fotografia é luz. Fotografar o mesmo tema dezenas de vezes em situações variadas de iluminação significa fazer dezenas de fotos diferentes.
Li sobre um cara que todo dia fotografava a árvore em frente à sua loja. O lugar era daqueles em que as folhas caíam no outono, nevava no inverno, chovia de vez em quando... Bateu 7.000 fotos dela. Ocorreu-lhe então fazer um livro com as melhores imagens de sua árvore. A mesma árvore!
Onde quero chegar? Que você olha uma cena e lhe parece bonita. Vai pegar sua câmera para fotografá-la e quando olha de novo... nada! Mudou a luz, uma nuvem se interpôs ao sol, a cena teve os personagens alterados... Quem fotografa animais e bebês sabe muito bem do que estou falando!Quantas vezes perderam aquela cara linda ou aquela pose especial entre percebê-la e pegar a câmera?
Com relação a auroras e crepúsculos, nas dezenas de vezes que os flagrei espetaculares, deixei metade escapar porque o minuto ou dois que perdi correndo para pegar a câmera mudou tudo!
Talvez, para agradar ao Carrano, "Piscou, perdeu!" possa se referir melhor às fotos de pets e bebês do que a crepúsculos e auroras, mas deu para entender o cerne da coisa, não?
Abraço
Freddy
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