29 de maio de 2024

Dai a César o que é de César

Assim como na piada tamanduá come formiga e elefante leva a fama, no caso da "Lei da  Conservação das Massas", o enunciado é de Mikhail Lomonossov e não de Antoine Lavoisier.

Lavoisier
Lomonossov



Para quem não lembra, porque é muito antiga e a memória já não funciona bem; ou para quem é muito novo e nunca ouviu a piada, faço uma síntese:

O elefante prestou um favor a uma formiguinha, esta agradeceu, mas o elefante não se deu por satisfeito e perguntou: "e na bunada não vai dinha?"

Aprendi que o enunciado da Lei de Conservação das Massas era de Lavoisier: "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".

Ontem, refletindo sobre um possível fim do mundo, mais precisamente sobre o que é atribuído ao homem, sobre o aquecimento global, que tornaria impossível a vida no planeta Terra, pensei em Lavoisier, e pesquisando me decepcionei.

Não é dele, pelo menos o enunciado, a Lei de Conservação das Massas. E sim do russo Mikhail Lomonossov, que a enunciou quatorze anos antes do francês: "Na natureza, a matéria não é criada e nem destruída, apenas sofre transformações".

Lavoisier, adotando a teoria da galinha - que cacareja quando põe o ovo - divulgou mais e ficou com os méritos, dando nome à lei.

Não que o francês não tenha valor enquanto químico, ciência a qual se dedicou.

Se esta lei não comporta exceções, o planeta sofrerá transformações, como quando aconteceu após os dilúvios.

Dilúvios admitidos pela comunidade científica, e não a teoria bíblica da Arca de Noé.

E as transformações poderão até melhorar as condições de vida humana, hoje sujeitas a tsunamis, ciclones, terremotos, inundações, deslizamento de encostas, etc.

Situações agravadas por pandemias - como a da Covid-19 - e outras endemias, surtos, etc.

Pela lei das probabilidades, quando o vida terrena for absolutamente inviável, no contexto climático que se avizinha, e com conflitos regionais, ou bilaterais (Rússia X Ucrânia; Israel X Palestinos),  levando à consequências imprevisíveis, já serei pó.

E na reencarnação - tema para nova postagem - se ocorrer na Terra, quem sabe viveremos melhor?

Crédito da autoria na própria charge


3 comentários:

Jorge Carrano disse...


Pesquisei sobre o Dilúvio. Muito relevantes as conclusões.

Jorge Carrano disse...

Algumas coisas que aprendi estavam equivocadas, como por exemplo as calmarias na descoberta; a face ocultada da lua ser ovalada.

E a teoria da evolução das espécies, é um equívoco?

Estamos tentando prever "o fim do mundo", sem sabermos como surgiu o Universo, sem um mínimo de dúvida razoável.

Jorge Carrano disse...


Numa eventual reencarnação, estando no poleiro das almas, se for possível, vou querer voltar a vida terrena como uma Baleia-da-Groenlândia.


"1. Baleia-da-groenlândia (Balaena mysticetus) Este mamífero marinho pode viver mais de 200 anos. Sua longevidade é atribuída à sua grande massa corporal, metabolismo lento e a capacidade de armazenar energia em camadas de gordura, permitindo resistir a longos períodos sem comida."

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