BURRICE NÃO TEM CURA

 

A frase/título não é minha, uso-a sem dar o crédito pois não sei a quem atribuir.

Tem digitais do Nelson Rodrigues, DNA do Millôr, viés do João Ubaldo, jeitão do Stanislaw, a criatividade de Jô Soares,  Chico Anysio, Juca Chaves, e  cara do  egípcio Leon Eliachar, que viveu no Brasil.

Leon Eliachar

Sabem, recorri ao livro de médicos credenciados de alguns planos de saúde e não encontrei, entre as clínicas especializadas, alguma dedicada à cura da burrice.

Encontrei cardiologia, pediatria, ginecologia, dermatologia, e não sei quantas mais "logias", e não encontrei alguma voltada para o estudo, tratamento e cura dos menos inteligentes.

Já contei aqui neste espaço, uma história real, ocorrida durante uma aula do Comandante Paulo Pessoa, em que ele comentou sobre um aluno menos dotado de inteligência, que não conseguia resolver uma questão de aritmética: "o problema, FULANO (omissis por ética), é que nesta sala não existe um outro que possa formar uma boa parelha com você". 

Saio em defesa do colega, até porque ele tinha outros talentos, que não raciocínios matemáticos. O futuro provou isso.

Mas os que ao contrário, não têm talento, vocação, ou mesmo  um mero  cacoete para coisa alguma, não têm cura.

O burro e o idiota não têm salvação.

Conto-lhes, de novo, uma velha história ocorrida com um burro, no caso o quadrúpede.

Havia um bem conservado, e cercado,  canteiro de hortaliças.

De passagem pelo local, com o apetite atiçado, o equino avançou contra a cerca derrubando-a; já dentro do canteiro, enquanto comia as couves, pisoteava as alfaces. Dirigindo-se aos pés de tomates, ia esmagando, com as quatro patas ferradas, as bertalhas e couves-flores.

Mediram o prejuízo que causou ao cultivador?

Ah! Acrescente, ainda, o prejuízo causado na saída do canteiro: não saiu pela cerca derrubada para entrar, e sim por outro trecho, derrubando-o igualmente.

Burrice causa prejuízo, e não tem cura.