18 de agosto de 2021

XÓGUN



 

Acabei de assistir a série da Netflix  sobre Marco Polo e não sei porque cargas d’água lembrei de livro  que narra a saga de outro ocidental em terras asiáticas.

Não se trata de comparação, até porque um ocidental, o veneziano Marco Polo, existiu e narrou parte de suas experiências na China e ao lado de mongóis, em especial de Cublai Cã, o grande líder, cã do império mongol, nos anos 1200.

O outro aventureiro, Blackthorne, criado por James Clavell, ficcional, era piloto (de navio), que aportou na costa japonesa onde conheceu e se aproximou do poderoso senhor feudal, chamado Toronaga, um postulante a posição de Xógun, a mais alta autoridade militar na época, nos anos 1600.

Em ambas as narrativas (visual e gráfica) os forasteiros, em meio a disputas que envolvem amor, poder, virtude e honra, conseguem conquistar e estabelecer estranha relação de confiança com grandes chefes guerreiros locais.

Despertam iras e ciúmes de familiares e respectivas  entourage.

Marco (chamado latino)  e Blackthorne (chamado piloto), vão aos poucos aceitando e se envolvendo,  e passam a participar do intrincado jogo de poder entre forças conflitantes, em regiões (China e Japão) e épocas onde vida e morte, desejo e repressão, coragem e submissão andavam lado a lado.

Numa e noutra narrativa, os cenários são de interesses opostos, inclusive o poder político, a supremacia militar e dominação religiosa.

O livro é, no gênero, dos melhores que li. O seriado é bem interessante, rico em costumes e tradições fora de nossa realidade ocidental.

Nota: post sobre a série Marco Polo, em:

https://jorgecarrano.blogspot.com/2021/08/sexo-e-violencia.html


4 comentários:

Jorge Carrano disse...


Xógum é uma fascinante saga sobre o universo mítico dos samurais e das gueixas, numa trama ágil que une política, religião, guerra e romance, escrita por James Clavell.

Reitero que li com vivo interesse e satisfação.

A filosofia oriental tem conceitos muito interessantes sobre honra, fidelidade, amizade e respeito aos idosos.

RIVA disse...

Pergunto ... não seriam esses conceitos oriundos de uma rigorosa educação militar, como é até hoje no Japão ?

Jorge Carrano disse...




Veja, Riva, a narrativa da aventura de Blackthorne, tem início com o piloto (de navio), aportando na costa japonesa, na época dos samurais, onde conheceu e se aproximou de um poderoso senhor feudal - Toronaga - postulante a posição de Xógun, a mais alta autoridade militar na época, nos anos 1600.

Não conheço suficientemente a filosofia de Confúcio (na verdade nada rsrsrs), nascido entre 552 a.c e 489 a.c, vale frisar, antes de Cristo, que foi um pensador e filósofo chinês. A filosofia de Confúcio sublinhava uma moralidade pessoal e governamental, os procedimentos corretos nas relações sociais, a justiça e a sinceridade, tudo segundo a Wikipédia.

Milenar cultura. Muita sabedoria acumulada.

Jorge Carrano disse...


Cultura oriental;

Pincei alguns ensinamentos de Confúcio, o grande filósofo chinês:
PENSE POR CONTA PRÓPRIA, MAS SE ESFORCE PARA APRENDER COM OS OUTROS.
HONRE E PRESERVE SEUS PAIS.
BUSQUE O SUCESSO.
NÃO SE PREOCUPE PORQUE AS SUAS QUALIDADES NÃO SÃO APRECIADAS.
EM UMA POSIÇÃO DE LIDERANÇA, DÊ O EXEMPLO.
COMBINE A EDUCAÇÃO À NATUREZA.