Rui Barbosa, conhecido pelo epíteto "Águia de Haia", graças a sua atuação destacada, como delegado do Brasil na II Conferência da Paz, em Haia, na Holanda, em 1907.
Foi brilhante orador, político (deputado e senador), diplomata, escritor (membro da Academia Brasileira de Letras) e dos um mais importantes juristas brasileiros, festejado até hoje.
São dele as seguintes palavras, recorrentes para tantos quantos - escritores, advogados, jornalistas - abordam a degradação dos costumes e da moral no meio político:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."
Entretanto, recomendo com ênfase (eis-me outorgando-me a capacidade de recomendar leitura) o discurso, editado e disponível em formato de livro ("Oração aos Moços"), escrito por Rui Barbosa, para a solenidade de formatura da turma de 1920, da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (São Paulo).
Infelizmente os bacharelandos não puderam ouvir do próprio, que por motivos de saúde não pode comparecer. O discurso, peça antológica, foi lido por outro professor da celebrada Faculdade.
Utilizando o link abaixo, você terá acesso ao ao texto. Se já não o conhece acesse, vale a pena.
O último trecho, quando ele concita os jovens para que reivindiquem, e dediquem-se ao trabalho porque poderão salvar-se, sem necessidade de um salvador.
Oportunissimo neste estágio da vida nacional quando andamos pelos cantos lamentando que não temos à vista um salvador, um nome íntegro, capaz e determinado a resolver os sérios problemas nacionais.
http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/rui_barbosa/FCRB_RuiBarbosa_Oracao_aos_mocos.pdf
Diógenes, cognominado "o Cínico", foi um filósofo grego (hoje proliferam filósofos, inclusive no Brasil), discípulo de Aristóteles, que por sua vez foi seguidor de Sócrates.
Em Atenas, para onde se mudou e viveu como um mendigo, fazendo da pobreza uma virtude, perambulava pelas ruas portando uma lanterna, isso durante o dia, sob alegação de que procurava um homem honesto.
Se fosse nos tempos atuais e a cidade fosse Brasília, e não Atenas, criaria muitos calos nos pés e gastaria todo o inflamável de sua lanterna numa busca infrutífera.
Por caridade, não procurem semelhanças entre Diógenes e o "Gentileza", tido como profeta, que perambulava pelas ruas de Niterói e Rio de Janeiro, maltrapilho, falando e escrevendo nos muros e paredes coisas nem sempre inteligíveis.
Ele era agressivo, mal-educado e respondia com pedradas às provocações das crianças. Nada a ver.
Já que me coloquei no título devo reservar um certo espaço para declarar, sem humildade, sem modéstia (que é sempre falsa), que poucos dos meus amigos mereceram minha amizade.
Uma das mãos deixaria sem uso uns dois dedos se tivesse que nomeá-los contando.
Esta constatação, agora as vésperas dos 78 anos de idade, quando muitos deles (muitos mesmo) já não estão entre nós na vida terrena, faz-me sentir um perdedor. Não soube identificar, conquistar e manter amizades sólidas e leais.
Claro que excluindo aqueles que, sendo as exceções ressaltadas, agora são apenas uma boa e saudosa memória.
Foi brilhante orador, político (deputado e senador), diplomata, escritor (membro da Academia Brasileira de Letras) e dos um mais importantes juristas brasileiros, festejado até hoje.
São dele as seguintes palavras, recorrentes para tantos quantos - escritores, advogados, jornalistas - abordam a degradação dos costumes e da moral no meio político:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."
Entretanto, recomendo com ênfase (eis-me outorgando-me a capacidade de recomendar leitura) o discurso, editado e disponível em formato de livro ("Oração aos Moços"), escrito por Rui Barbosa, para a solenidade de formatura da turma de 1920, da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (São Paulo).
Infelizmente os bacharelandos não puderam ouvir do próprio, que por motivos de saúde não pode comparecer. O discurso, peça antológica, foi lido por outro professor da celebrada Faculdade.
Utilizando o link abaixo, você terá acesso ao ao texto. Se já não o conhece acesse, vale a pena.
O último trecho, quando ele concita os jovens para que reivindiquem, e dediquem-se ao trabalho porque poderão salvar-se, sem necessidade de um salvador.
Oportunissimo neste estágio da vida nacional quando andamos pelos cantos lamentando que não temos à vista um salvador, um nome íntegro, capaz e determinado a resolver os sérios problemas nacionais.
http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/rui_barbosa/FCRB_RuiBarbosa_Oracao_aos_mocos.pdf
Diógenes, cognominado "o Cínico", foi um filósofo grego (hoje proliferam filósofos, inclusive no Brasil), discípulo de Aristóteles, que por sua vez foi seguidor de Sócrates.
Em Atenas, para onde se mudou e viveu como um mendigo, fazendo da pobreza uma virtude, perambulava pelas ruas portando uma lanterna, isso durante o dia, sob alegação de que procurava um homem honesto.
Se fosse nos tempos atuais e a cidade fosse Brasília, e não Atenas, criaria muitos calos nos pés e gastaria todo o inflamável de sua lanterna numa busca infrutífera.
Por caridade, não procurem semelhanças entre Diógenes e o "Gentileza", tido como profeta, que perambulava pelas ruas de Niterói e Rio de Janeiro, maltrapilho, falando e escrevendo nos muros e paredes coisas nem sempre inteligíveis.
Ele era agressivo, mal-educado e respondia com pedradas às provocações das crianças. Nada a ver.
Já que me coloquei no título devo reservar um certo espaço para declarar, sem humildade, sem modéstia (que é sempre falsa), que poucos dos meus amigos mereceram minha amizade.
Uma das mãos deixaria sem uso uns dois dedos se tivesse que nomeá-los contando.
Esta constatação, agora as vésperas dos 78 anos de idade, quando muitos deles (muitos mesmo) já não estão entre nós na vida terrena, faz-me sentir um perdedor. Não soube identificar, conquistar e manter amizades sólidas e leais.
Claro que excluindo aqueles que, sendo as exceções ressaltadas, agora são apenas uma boa e saudosa memória.
14 comentários:
Carlos Lopes e Irapuam Assumpção foram amigos sinceros e leais no tempo do Liceu.
Depois nos perdemos nos atalhos da vida. Mas continuamos amigos bissextos, com encontros ocasionais.
A única restrição que faço ao Carlos Lopes (Carlinhos) é que ele me escalava no time reserva de futebol de salão.
Mário Castelar e João Jorge Bazhuni, ambos falecidos, foram amigos leais. O Castelar foi o irmão que não tive. Nos bons e maus momentos.
E o Bazhuni um bom amigo dos tempos das atividades estudantis, na FESN. E depois adultos e casados frequentavamos-nos para almoço/jantar e partidas de buraco.
Minha mulher (há 53 anos), em seus momentos de bruxa Memea, diz que eu não gosto de ninguém.
Bem, ela tem razão, realmente não gosto de "ninguém". Ou gosto de "alguém" com seu conjunto de virtudes e defeitos ou não gosto mesmo.
Falsidades e mentiras são intoleráveis. # simplesassim
É que, desde aquela época, eu já tinha uma excelente visão de futebol...
KKKKKKKK
Boa!
Jorge, o que "proliferam" mesmo(espiei no Google) são os cínicos. Ashuashuashua
Claro, Kayla. Os cínicos se bem me lembro de minhas leituras sobre e de filósofos.
Entretanto, como estou em meu ocaso, e sou traído pela memória com uma certa regularidade, também, fui a Wikipédia e lá encontrei, alusão aos honestos:
"Diógenes de Sinope foi exilado de sua cidade natal e se mudou para Atenas, onde teria se tornado um discípulo de Antístenes, antigo pupilo de Sócrates. Tornou-se um mendigo que habitava as ruas de Atenas, fazendo da pobreza extrema uma virtude; diz-se que teria vivido num grande barril, no lugar de uma casa, e perambulava pelas ruas carregando uma lamparina, durante o dia, alegando estar procurando por um homem honesto."
Obrigado pelo comentário.
Ai, querido. Não precisa ir tão longe Tipo Grécia antiga. Ashuashuashua
Aqui no Brasil a gente encontra sem precisar de lanterna. Ashuashuashua
Carrano e demais do Pub .... primeiro temos que definir qual o conceito de AMIZADE.
O que é AMIZADE, como rotular uma pessoa de AMIGO >
Baseado em que ?
No dia a dia a definição de AMIGO foi vulgarizada, no Facebook, Twitter, Instagram e tantos outros sites midiáticos. Colega = amigo = conhecido ...todos são amigos !?!
O mesmo digo sobre ÍDOLOS ....no futebol só tenho um único : CARLOS CASTILHO. Meu conceito de ídolo é bem rigoroso.
Então, e AMIGOS ?
Encontra o quê, cara Kayla?
Corruptos, corruptores, fraudadores, sonegadores, meliantes de vários calibres, traficantes, receptadores, contrabandistas, mal-educados, porcalhões, pedófilos, estupradores ...
Telespectadores do BBB, trans jogando voleibol feminino, juízes que vendem sentenças e alvarás de soltura, médicos que concedem falsos atestados, milícias formadas até por bombeiros ...
Isso sem lanterna. Com lanterna, não sobraria ninguém honesto.
Falo de honestidade intelectual, de ética e de respeito as leis.
Quem não sonega, podendo, o imposto de renda? Quem não ultrapassa, sem radares, os limites de velocidade? Quem não trafega no acostamento para ganhar tempo? Quem não compra mercadoria contrabandeada ou furtada em camelôs? Quem não trouxe muamba camuflada do exterior? Quem não deu caixinha ao fiscal na vistoria anual do veículo? Quem não adulterou idade na caderneta escolar para entrar em filme impróprio?
A lista, que não esgota a matéria, seria infindável, com base em minha própria experiência (cometendo algumas das ilegalidades mencionadas) e no que vi e ouvi ao longo e meus 78 anos de idade.
Quem nunca pecou atire a primeira pedra. É mais ou menos isso.
Quem nunca teve um desvio de conduta igual ou semelhante aos mencionados, nenhum mesmo, parabéns! Quem sabe com um holofote possante você seja encontrado.
Riv4,
Não me furtarei a responder, na minha ótica, seu desafio para conceituar amizade e/ou amigo.
É complexo, é mesmo hermético. Palavras precisariam ter seus pesos e significados muito bem entendidos.
Quem sabe ousamos um post sobre o tema?
Logo de saída faria uma observação. Para mim, filho não é amigo, filho é filho e ponto. Um nicho especial e acima.
Em seguida viria o irmão (que não tive). Perdão Ana Maria, falo de irmão com quem pudesse sair na porrada.
Amigo pode, ou não, ser irmão. Um amigo poderia ser equiparado a irmão. E colocado logo abaixo do filho.
Tem o amigo, simples, sem outros adjetivos.
Tem os conhecidos, os colegas de trabalho, os que exercem o mesmo ofício (advogados, médicos, engenheiros, etc)
A distinção entre filhos, irmãos e amigos/irmãos é relativamente fácil de estabelecer.
Escolha uma bateria de fatores, podere-os e avalie. Estabeleça fatores mensuráveis.
Depois é só definir as faixas de classificação, pela ponderação alcançada.
Quer saber em nicho eu o coloco? Posso responde aqui mesmo ou prefere uma mensagem eletrônica específica?
Os fatores para nossas baterias certamente variariam.
Para você alguns seriam mais relevantes e teriam uma ponderação maior na escala de logaritimos/sublogaritimos.
Vejamos alguns por mero exemplo:
1. afinidade/empatia
2. cumplicidade
3. lealdade
4. disponibilidade
5. frequentaria sua (your) casa?
6. compraria um carro usado dele?
7. seria seu sócio num empreendimento?
8. ele racharia com você o último biscoito do pacote?
9. ele faria sua declaração do IR?
10. seria seu confidente?
11. outros que você valorize. Substitua.
AMIZADE
Êta assunto complicado, hein .... pra que fui tocar nesse assunto ... rsrs
Acho que vc colocou bem alguns conceitos, e talvez até poderíamos classificar como Amigo 1, Amigo 2 e Amigo 3, dependendo dos quesitos acima mencionados.
Eu, particularmente, por tudo que existe entre nós aki em casa, considero minha esposa e meus 3 filhos amigos do peito 1000%, sem dúvida. Tipo então Amigo 1. E não tenho mais nenhum tipo 1. Nenhum !
Outros amigos então ....
- por afinidade, empatia - sim
- cumplicidade - não
- lealdade - existem limites
- disponibilidade - sim
- frequentar a casa - sim
- comprar carro usado - sim
- sócio - de jeito nenhum
- rachar o último biscoito - sim
- fazer o IR - não deixo
- confidente - não acredito em Papai Noel
Complicado, hein
PS: entendeu agora o porque do Riv4 ? hehehehehe
Atletas trans no voleibol:
https://globoesporte.globo.com/volei-de-praia/noticia/proibida-de-atuar-no-feminino-atleta-trans-joga-etapa-de-volei-de-praia-no-masculino.ghtml
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