Tentarei responder ao caro amigo/cliente/seguidor do blog e colaborador bissexto do mesmo; and last but not least, o último dos frequentadores do Pub virtual em que idealizamos transformar este espaço onde trocamos ideias como se estivéssemos entre amigos bebericando num local agradável.
A pergunta do Riva está em meio a um de seus últimos comentários: "Confesso que tenho comentado pouco, embora leia os posts diariamente. Será que o mesmo ocorre com todos os frequentadores do PUB ? "
Pois é caro Riva, para responder terei que remontar às origens, as motivações que resultaram no Generalidades especializadas. Em 2009.
Estávamos, meus filhos e eu, empenhados em resgatar nossos vínculos com ancestrais italianos, com propósito de obtermos cidadania italiana.
Dei-me conta de que pouco ou nada sabia sobre os mesmos. Nas décadas em que nasci e me tornei adulto, não havia o hábito de nossos pais e avós fazerem alusão aos seus próprios pais e avós. Não para crianças e adolescentes.
As informações mais remotas que tinha, eram do ramo materno - português - pois minha avó Ana fazia vez ou outra referência a sua cidade natal (Lamego), ao seu pai, construtor de casas em pedra, que era usual na época, e aos castanheiros que possuíam em sua propriedade.
Dos italianos, ascendentes de meu pai nada sabia. Isso dificultava em muito nossa empreitada, que era ter passaporte da União Europeia, em face da cidadania italiana, que estava, teoricamente, garantida dada à proximidade dos vínculos.
Já se torna clara uma das razões para o blog. Deixar registrado para os pósteros, da família, informações a nosso respeito. Nossa história - hábitos e costumes - de forma absolutamente informal e pontual.
Os primeiros post tinham este propósito fundamental, e atingiram a meta. Parentes (irmã, filhos, sobrinhas, cunhadas e até neta), liam e comentavam.
O nome Generalidades, indicava que abordaria temas de ordem geral, e seriam especializadas (as generalidades) posto que seriam referentes à família. Esta seria a especialização.
Em face deste viés, pouco ou nada importava ter comentário de terceiros. Nunca houve esta preocupação. Os comentários de outros leitores fora do ambiente familiar, vieram com a abertura do espaço para postagens de terceiros.
Neste meio tempo um primo - Pedro Wilson Carrano - publicou um livro intitulado "Encontro com os ancestrais", um precioso trabalho de pesquisa sobre os Carrano.
Achei bobagem continuar falando exclusivamente da família. O assunto se esgotou. Não seria conveniente entrar em detalhes. Poderia, esporadicamente, ao tratar de determinado assunto, fazer um link com alguém da família.
As contribuições de terceiros enriqueceram o conteúdo do blog. Foi aberto um enorme leque de assuntos, alguns até novidades na época em que publicados, como por exemplo drones e agricultura orgânica.
Esportes, até mesmo o curling, pouco conhecido no Brasil país tropical onde não praticamos esporte de inverno; teatro, cinema, música, política, religião, literatura, gastronomia, são alguns dos assuntos sobre os quais conversamos aqui, em mais de 2.400 postagens.
É muita coisa, se considerarmos o amadorismo do blogueiro e da maior parte dos colaboradores.
Nunca tivemos uma legião de seguidores (são 70 fieis e bravos) e tampouco uma enxurrada de comentários. Mas tivemos bons momentos de debates, e participações esporádicas de internautas pesquisando por assunto na rede.
Bem, Riva, vamos aos fatos reais e conjecturais que afugentaram outros participante:
- Redes sociais : Facebook, Twitter e demais catalizaram as atenções na rede.
- WhatsApp faz com que as pessoas fiquem de olho na telinha o tempo todo.
- Já foi o tempo em um blog senão raro, poderia ser interessante. Atualmente todo mundo tem amigos que têm blogs de variados temas e não há tempo e paciência para visitar todos eles.
- Já foi o tempo em um blog senão raro, poderia ser interessante. Atualmente todo mundo tem amigos que têm blogs de variados temas e não há tempo e paciência para visitar todos eles.
- Algumas críticas (procedentes), nos acusam de sermos machistas, anti-petistas, e anti-flamenguistas. Graças a Deus!!! Já emendo.
- Muita gente deixou de nos visitar por que o blogueiro é um herege não praticante (sou agnóstico). Amigos católicos fervorosos sentem-se desconfortáveis aqui.
- Somente um flamenguista (excepcionalmente) foi admitido no blog como colaborador e debatedor, e por nepotismo: foi meu primo Rick Carrano.
- Somente um petista, ou melhor, um amigo que tinha um amigo petista, foi aceito aqui. Foi seu irmão Freddy.
Por falar em Freddy, o blog tem uma grande dívida com o Carlos Frederico e por isso é um capítulo a parte. Ele foi dos poucos que tiveram a coragem, o desprendimento e dignidade para encarar os debates em assuntos os mais sensíveis e polêmicos. Colocava-se e defendia com galhardia seus pontos de vista. Saudades!
Esposa e uma das filhas, no Quitandinha |
As intervenções dele incentivavam a participação de outras pessoas, em especial mulheres. Ele foi uma voz dissonante aqui, defendendo sempre as mulheres. Fazendo reverências especiais a sua esposa e as duas filhas.
Por derradeiro acho que os blogs, que brotaram como cogumelos nos últimos anos, estão condenados. Assim como a imprensa. Não me vejo lendo jornal dentro em breve.
Em apertada síntese é isso aí, Riva.
Sobre o título é uma pista para eventual desaparecimento do blog, em função da carga de trabalho que se avizinha.
Significa que não direi nunca mais voltarei.
Significa que não direi nunca mais voltarei.
8 comentários:
Um grande amigo, irmão de alma, certa feita comentou em seu blog, que cada postagem era como uma garrafinha atirada ao mar.
Se uma retornasse já teria valido a pena. Recebeu muitas garrafas de volta.
Castelar faleceu em 26 de julho de 2014.
É por aí mesmo. Mas gostaria de acrescentar um comportamento que tenho sentido em muitas pessoas, amigos ou não, em conversas, etc.
Muitos estão realmente ou abandonando ou participando pouco das redes sociais em virtude da avalanche de assuntos ruins, deprimentes ... estou falando do inevitável desabafo coletivo sobre corrupção, segurança pública, desemprego, políticos, etc.
No Twitter que frequento há 9 anos está um desespero em função da atual situação político-econômica do meu Fluminense. Não dá mais para acessar como antes, só notícias e debates ruins.
Muitas pessoas, como eu, estão se afastando para se sentirem melhor. Evitam telejornais e programas voltados para política, economia, segurança.
Eu na TV só vejo filmes, shows, futebol da Inglaterra e programas da NatGeo ou do History Channel. No mais, meu trabalho, meus livros, minhas músicas e um drink. Restaurantes poucos - scorpions in the pocket !
Tenho curtido mais o INSTAGRAM, mídia social para fotografias. Já tenho lá mais de 700 fotos. Bem agradável.
Jornais ? Não tenho passarinhos em gaiolas ......
Atual leitura : Crer ou não crer ...Pde. Fábio de Melo e Leandro Karnal.
Boa semana a todos !
Por falar em futebol na Inglaterra, você assistiu, ontem, ao jogo Liverpool x Manchester City? Jogo de 7 gols, intenso, emocionante até o último segundo.
Caiu a invencibilidade do City, mas foi por pouco, pois no finalzinho quase obtém o empate.
Que jogão !!! principalmente o 2º tempo.
Como ter tesão para assistir ao Carioca 2018 ? Não dá .....
Ana Maria, minha irmã, em desabafo através de e-mail, cujo teor publico com autorização, embora tenha encontrado resistência da parte dela, que considerou muito coloquial. Eis a mensagem:
"Era pra ser um comentário, mas me estendi demais e por isso vai só para você.
Assim como o Riva, mesmo não comentando, tenho o hábito de ler as postagens.
Concordo também com ele, quando se refere ao afastamento das mídias em geral.
Eu já fui assídua telespectadora dos jornais televisivos. Hj só por comodismo e preguiça de mudar de canal. Mesmo assim não faz diferença pois fico lendo ou jogando no celular e nem sei o que estão transmitindo.
Cancelei revistas e jornais, mas ainda conservo o facebook que funciona como ponto de encontro. Alguém posta, outro comenta e posso com um deslizar de dedo, selecionar o que vou ver.
O whatsapp me cansou. A obrigatoriedade de dar retorno, visto que é uma mensagem direta e pessoal, me irrita.
Estava achando que o problema fosse meu. Uma depressão típica dos idosos entediados com a futilidade, a desonestidade, a impunidade e a falta de perspectiva para o país que amo.
Sou tão problemática que me sinto corresponsável pelo futuro da nação. Loucura, loucura, loucura. Diz o bordão do pré candidato Luciano Hulk. Acho que a eleição do João Dória abriu o horizonte para os bem sucedidos apresentadores milionários.
Sabemos que o povo brasileiro tem sido mantido na ignorância de seus direitos, suas potencialidades e de seu poder de mudança.
Não sei precisar historicamente, mas o que posso garantir é que a situação era um pouco melhor até os anos 50/60. Naquela época as famílias se voltavam para educação da prole, desejando que tivessem futuro melhor. A cada geração a escolaridade, o poder aquisitivo e as condições de moradia, apresentavam uma melhoria.
Hoje em dia isso não se repete. O ensino nas escolas públicas (pagamos impostos para manter qualidade) é absurdamente deficitário.
Este assunto já foi abordado pela Alessandra tempos atrás.
Digo isso para justificar o porquê da minha responsabilidade citada. A mim foi dada uma oportunidade que está sendo negada, e, embora me doa, não sou formadora de opinião e pouco posso fazer para ajudar meus compatriotas.
Por isso a "depressão". Essa sensação de impotência que me impele a, fugir das informações que só me fazem mal.
No blog falamos temas variados, mas, devido a essa indisposição emocional, poucos suscitam comentários tendo em vista o assunto abordado.
Corrupção, ganância e incompetência nos esportes, política, nos veículos da mídia; falta de condiçoes físicas e financeiras para viajar além de 70 km; predominância de homens com sua visão peculiar, fazem com que me faltem palavras e disposição para polemizar.
A par disso, gosto de ler as postagens e opiniões e, a sua ausência certamente deixará uma lacuna.
Quanta generosidade, mana.
Comentários inteligentes, oportunos e pertinentes, que acontecem com frequência, irão deixar um lacuna no blog.
Tomara que continuem participando e, para minha alegria, enviando colaborações em forma de postagem. Serão publicadas.
A generosidade é pela "lacuna", cá para nós, um cerro exagero (rsrsrs).
Perfeito o posicionamento da Ana Maria ... essa horrível sensação de impotência que nos impele a nos afastarmos das notícias que nos fazem muito mal. Diariamente, um massacre.
Esse sentimento, aliado aos fatos e dados, foi que determinou o projeto Tolerância Zero em NY, comandado pelo Giuliani. Ninguém mais saía de casa para restaurantes, shows da Broadway, passeios em geral, consumo, etc.
Mas aqui esbarramos na ausência de unidade política em torno de um assunto que afeta a todos, simplesmente todos ...menos aos vagabundos, que aumentam a cada dia que passa.
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