3 de janeiro de 2018

Ecos do réveillon

Ainda não eram 10 horas da amanhã do dia primeiro, do mês e do ano, e o calçadão já estava praticamente livre da sujeira da véspera.

Sem lixo e lavada não se viam na calçada vestígios do lixo gerado na comemoração pelas sei lá quantas milhares de pessoas que foram assistir à queima de fogos e o show programado.

Duas pás mecânicas foram utilizadas na limpeza da areia que também já estava livre dos detritos.

Parabéns a equipe da PMN.

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Já havia visto, em anos anteriores, a quantidade de latinhas de alumínio que são recolhidas pelos garis e também por particulares com o objetivo de fazerem uma graninha, vendendo-as para reciclagem.

Só que neste ano, eram muitos e enormes sacos plásticos com muitas centenas de latinhas. Fiquei impressionado.

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Alguns minutos antes da contagem regressiva, e do brinde com espumante, eu e minha mulher fomos clicados pelos anfitriões - Erika e Ricardo - que nos convidaram para o jantar.









No caso eram dois os eventos comemorados; a passagem de ano e os 53 anos de casamento.

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Assistimos à queima de fogos, em Copacabana, pela TV. Assim como o desfile das escolas de samba, também um belo espetáculo visual, é um  programa repetitivo.



Pouco ou nada muda de um ano para o outro. O desfile das escolas ficou inclusive pasteurizado, eis que todas apresentam enormes carros alegóricos, adereços e fantasias que deixaram de respeitar as cores de seus estandartes.

Fica uma profusão cores, deixando todas parecidas. Bonito sim, mas para assistir uma ou duas vezes e não se aguenta mais.

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A lamentar o comportamento de alguns menos educados que urinam nas ruas, bebem demais, começam a perturbar os demais transeuntes, e deixam na vias pública suas garrafas - algumas quebradas - e latas de cerveja.

Para muitos o objetivo do réveillon é encher a cara. Só.

Por estas razões abandonei, há alguns anos, o hábito que cultivei durante muito tempo, de ir para a areia assistir ao espetáculo pirotécnico, e em seguida molhar os pés nas águas do mar, fazendo minha prece.

Aqui em Niterói e na praia de Maricá quando morei por dois anos em São José de Imbassai.

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O primeiro dia do ano foi típico de verão. O sol escaldante, desde cedo, o céu azul. Muitos banhistas.


Depois da caminhada, uma água de coco gelada ajudou na reidratação e reposição de minerais.

5 comentários:

Riva disse...

Sim, testemunhamos na volta para casa o deprimente cenário de mulheres urinando abaixadas - que cena ..... broxante.

Fomos na passagem do ano na casa de amigos na M.César, com uma bela visão da queima dos nossos carnês de IPTU.

E na volta para casa, tipo 1:30h, cenas bizarras, punks .... Brasil de Merda, povo porco e mal educado. Escrotidão total nas ruas.

A passagem em si tranquila, embora triste pela primeira vez em que não iremos comemorar com Freddy seu aniversário. O tempo vai acalmar nossos corações.

No mais, aguardar o que 2018 nos reservará ...... imprevisível. Desejos de manutenção do emprego, pelo menos .... para conseguir pagar as contas. E ...quem sabe, conseguir uma viagem, que faz bem demais para a alma !!

Tim tim, galera !



Jorge Carrano disse...

Foram as mesmas cenas que presenciamos, eu e minha mulher, no retorno para nossa casa.

Sei não, mas vou começar a traçar um plano "B" para este ano, em acordo com a família.

Ir ou estar na rua, na noite/madrugada de 31 de dezembro, nem pensar.

Riva disse...

Amigos, acabei de chegar do enterro do filho de um grande amigo de 30 anos aki de Niterói .... seu filho foi assassinado numa tentativa de assalto ontem à noite no Centro de Niteroi.

Um desespero o velório ...... estou em choque ainda, triste demais ....

Sorry o termo, mas tá FODA !!

Jorge Carrano disse...

Os presídios são gerenciados por facções criminosas. Nas comunidades (morros e favelas) a administração é de facções criminosas. Porque são elas que mandam. Ou não?

Os cenários e os roteiros são de guerra civil. Governos incompetentes, em todos os níveis, acovardados, sem credibilidade e comprometidos de uma maneira ou outra. O que fazer?

Suspender por um ano os direitos e garantias individuais e fazer uma depuração. Matou? Vai morrer.

Não há saída fora de um regime de exceção. Filósofos, poetas, sociólogos, padres e pastores ficam no blá-blá-blá teórico e não se resolve coisa alguma.

Prender também não é solução, porque o Judiciário solta. Ou os detentos fogem, até com auxílio de agentes penitenciários.

"Tá tudo dominado", como dizem.

Quem dera pudéssemos voltar aos 7 homens de ouro da polícia civil, que os mais idosos lembrarão. Liquidavam o problema e desovavam no Rio da Guarda.

Um xerife bom, cabra macho e sério comandando a polícia. Um 007 tupiniquim, contra o crime organizado.

E amordaçar os que erguerem a voz contra as medidas duras, inclusive a imprensa. E a OAB também.

Sempre fui e serei a favor da pena de morte. Há pelo menos 50 anos manifesto esta opinião. Na imprensa, nas conversas. Fui interlocutor de Amaral Neto (nascido aqui em Niterói), voz solitária a favor da pena de morte, que me parabenizava por minhas manifestações em cartas publicadas em jornais de grande circulação.

Agora acho que seria um pouco mais radical. Tem bandido que não vale o custo de um processo de julgamento e da casa e comida que iríamos pagar para ele.

Quando a polícia mata um bandido a comunidade se revolta, queima ônibus, interdita ruas, bloqueia acessos aos morros. E a imprensa faz alarde.

Deste modo nunca sairemos desta situação. Antes pelo contrário irá se agravar.

É uma pena que autoridades tenham tanta proteção pessoal. Deveriam ser vulneráveis como nós pobres mortais. E sujeitos a assaltos e balas perdidas.

Minha fase é de catarse, retaliação, destilação de veneno, tudo isso misturado com ódio dos sergios cabrais (mero exemplo) que detêm poder e o utilizam em benefício pessoal.

Todos os canalhas, pulhas, que assumem função pública e não cumprem seu munus, deveriam morrer de uma maneira bem indigna, com sofrimento, dor.

Por isso sou agnóstico, ateu não praticante. Como pode um Deus todo poderoso permitir tanta crueldade, tanta atrocidade, tanta morte de inocentes. Não há justiça divina.

Não adiante pagar depois de morto, ardendo no fogo do inferno. Bandido tem que pagar aqui e agora. Já!

Uma função pública implica abnegação, respeito, responsabilidade. Não é o que se vê em todos os escalões, nas administrações municipais, estaduais e federal. No legislativo, no executivo e no judiciário.

Jorge Carrano disse...

Riva,

Achei uma receita nas Filipinas.

http://temas.folha.uol.com.br/licenca-para-matar/guerra-as-drogas/noite-apos-noite-37-novos-mortos-aparecem-nas-cidades-filipinas.shtml