Era quarta-feira, dia 9 de abril, e o Flamengo enfrentava o
Leon, do México, no Maracanã, diante de 60.000 pessoas.
Já antecipo duas coisas. A primeira é que ao contrário da
piada, este leão não era manso. A segunda é que a maior torcida a que me refiro
não era a do Flamengo, inobstante as 60.000 pessoas que levou ao estádio.
Constatei naquela noite o que já suspeitava. Explico. A cada gol de
empate do Flamengo, que ficou em desvantagem duas vezes no marcador, ouvia-se
ao redor do prédio onde resido, uns dois ou três gritos de “Mengo”, Mengo”.
E isto ocorreu duas vezes.
Entretanto, quando o Leon fez o terceiro gol, o que se ouviu
foi uma enorme gritaria, em quase todos os prédios vizinhos. Uma ovação indescritível, com vozes
isoladas aos berros de “eliminado”, “eliminado”.
Quando o juiz apitou o final do jogo que desclassificou o
Flamengo, o foguetório parecia o de final de Copa do Mundo com o Brasil
hexacampeão.
Indescritível a algazarra a alegria dos torcedores
contrários ao rubro-negro.
Já suspeitava, mas agora tenho certeza de que maior torcida do Brasil é aquela que torce
contra o Flamengo. Em qualquer circunstância. Até jogando contra mexicanos. E, sacrilégio inominável, penso que até em jogo contra time argentino a torcida seria a favor dos portenhos.
O time da Gávea não desperta nos torcedores das outras
equipes, Brasil afora, sentimento de nacionalismo, de patriotismo. Prefere ver
um clube estrangeiro vencendo do que torcer para o “mais querido”.
Em suma, o Flamengo é o mais querido de 30 milhões, todavia
é desprezado e hostilizado pelo restante da população aficionada por futebol. Que no somatório constitui a maioria.
Que fenômeno é este? Onde está o problema? Na sua torcida?
Nas cores do clube? Na escolha do símbolo – o urubu? Na imagem de bonde sem
freio?
Foram centenas de blogs e sites, e vários portais de empresas
de comunicação que registraram a tragédia rubro-negra.
O Flamengo alcançou o topo do ranking de equipes brasileiras
eliminadas da Libertadores. E na fase de grupos o que não tem perdão.
A maior torcida do
Brasil não é a favor. É contra.
Nota do blogueiro/editor:
1)resolvi publicar este post antes do jogo de logo mais, decisão do campeonato carioca versão 2014, por motivos óbvios. Como vascaíno posso experimentar o dissabor de uma derrota para o mais odiado time do Brasil, quiçá do mundo.
2)
Caso a foto aqui inserida esteja em
desacordo com os direitos de propriedade
intelectual e/ou artística, sem a fonte e legenda correta, peço ao interessado que avise que faremos a correção devida de imediato, ou retiraremos aimagem, como preferir. Pinçada no Google.
6 comentários:
Convoco toda a imensa torcida antiflamenguista, para fazermos uma corrente forte logo mais, às 16 horas, para abatermos o urubu de uma vez.
Ele está meio grogue, com a paulada que levou do Leon e o eliminou precocemente da Libertadores.
Se você é anti-flamenguista também está convocado.
Erre na grafia, mas acerte no objetivo.
Tô dentro.
Já vi este filme algumas vezes. Afinal são 67 anos (estou com 74) acompanhando futebol no Rio de Janeiro.
Gol no final, em impedimento, no momento em que nosso zagueiro, o xerife da área (Rodrigo) sai contundido.
Torcer eu torci. Contra. Mas a reza deles é + forte.
Anônimo
Acessem e vejam as imagens, com brincadeiras sobre o erro do juiz, e do bandeirinha, não marcando o impedimento, claro.
Assim como a bola que entrou meio metro num jogo anterior e o gol não foi marcado.
http://globoesporte.globo.com/platb/meiodecampo/2014/04/13/internautas-criam-linhas-imaginarias-para-justificar-erro-do-auxiliar/
Segundo soube, o juiz foi mais esperto e anotou como autor um jogador que não estava impedido!
Verdade?
=8-/
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