12 de junho de 2024

O que foi mais fácil? Ou melhor?

 

Tenho, claro, com ajuda de minha mulher, que acompanhou on line and real time, o desenvolvimento de nossos filhos, lembranças sobre as dificuldades e facilidades deles dois no aprendizado das coisas primárias, secundárias e suplementares.

Mas sobre mim mesmo, objeto de mera curiosidade, não guardo lembranças e não tenho a quem consultar.

Falo de coisas assim: o que foi mais difícil? Deixar de engatinhar e andar ereto, ainda que trôpego; ou ir sozinho às instalações sanitárias para defecar e urinar, com autonomia, sem ter que gritar: - mãe, acabei!!!

Aprender a falar foi demorado? Quais foram as primeiras palavras pronunciadas de forma inteligível? Papai ou mamãe? 

E aprender a ler, foi difícil? Quanto tempo levei para apreender a escrever meu nome, de forma legível?

Foi mais fácil me vestir ou amarrar o cadarço do sapato?

Na escola qual a matéria mais fácil? Ou melhor, qual a mais interessante? Matemática ou língua portuguesa?

Que idioma foi mais difícil o aprendizado? Latim ou inglês? Esta me lembro muito bem: as duas. Uma nunca aprendi, mas faço citações decoradas; a outra aprendi o suficiente para não morrer de fome ou frio. I'm hungry - Cogito ergo sum.

René Descarte

Veio a fase adulta e ficaram dúvidas e algumas convicções: comédia ou drama? Depende da comédia e depende do drama. Charlie Chaplin, nos dois.

Whisky ou vinho? Primeiro o destilado, mas migrei para o fermentado, com vantagens. Melhores os da Bourgogne.

Música? Sim ao pagode, mas sim ao jazz também. Só não suporto o bate-estaca chamado punk.

Aprendi a pegar bonde em movimento, sem quedas; mas andar de bicicleta foi complicado durante um período.

Aprendi a fumar aos 14 anos, e na mesma idade a dirigir o Buick 1938, de meu pai na época, que era quase um tanque de guerra.

Buick 38

Ele, meu pai, não sabia do cigarro, mas me ajudou, com muita precaução, a aprender a guiar automóvel.

Filmes franceses exibidos no Cine Grill (onde foi o Grill Room), que funcionava no Casino Icaraí (atualmente sede da UFF), ajudaram a aprender como fazer "bobices", como diz minha cunhada a guisa e chiste.

Não foi difícil; foi mais fácil do que namorar. Levei tempo até me encorajar a roubar um beijo.

Tabuada foi fácil, mas caligrafia até hoje faz falta. Escrever de carreirinha (como dizia o prefeito Odorico) é impossível para mim. A partir da segunda frase, a leitura fica ininteligível. Horas depois é cuneiforme.

Aprendi, com certa facilidade, a jogar futebol de botão e bola-de-gude. Mas xadrez... sei movimentar as peças e lamba.

Aprendi e por isso ganhei prendas em parques e stands, a atirar com espingarda de ar comprimido. Assim como aprendi com o mosquetão no Exército. Nos tiros, nas três posições: de pé, ditado de bruços e ajoelhado, em alvo distante, para apurar agrupamento, com o uso de escantilhão, deixei o sargento gaguejando: - quem é o anormal do cinco?

Exemplo de tiros mais ou menos agrupados

Foi difícil aprender a dominar o website (e o sistema) que hospeda este blog. Errei! Mas já me corrijo, ainda não aprendi.

20 comentários:

RIVA disse...

PARTE 1

Não tenho a maioria desses registros, e quem tinha já partiu, sem eu perguntar para registrar.

Não me lembro de nada de quando era bem pequeno, apenas raras cenas dos quadros pendurados nas paredes da minha memória (by Alessandra Tappes), e mesmo assim sem saber com que idade, apenas suposições de quando foi.

Uma pena ....

Andar de bicicleta sem rodinha não sei a idade, mas lembro da bike, branca Aro 14. Nosso quintal de casa permitia realizar meus testes. Até me aventurar pelas calçadas da rua no Pé Pequeno.

Na escola a dificuldade era dupla :
- a 1ª era tentar ser melhor que meu irmão Freddy, um CDF como chamavam na época (rsrsrs). Minha mãe estimulava uma competição que eu simplemente odiava. E não conseguia sequer chegar perto das notas dele, altíssimas.
- a 2ª era o Português ... no máximo um 6,5 nas provas. Não suportava a nossa gramática, dificílima, complicada. E olha hoje como é maltratada !

Meu pai foi um grande mestre para mim em Matemática, e me ensinando técnicas para decorar muitas coisas, por exemplo, a Taboada, afluentes dos rios principais (Tocantins e Amazonas). Também "tomava as lições" em vésperas de provas, tipo História, Geografia, Ciências.

Lembro bem da minha mãe, cega, na cama, também me ensinando algumas coisas. Uma que devo a ela foi finalmente me livrar, nos ditados, de falar vírgula, ponto, exclamação kkkkkkk. Também me lembro dela, não sei como, com minhas lições rigorosas de caliugrafia.

Aprendi a dirigir observando meu pai dirigi seu Ford 41. Ficava atrás dele o tempo todo, e às vezes perguntava alguma coisa. Ele nunca sentou ao meu lado para me ensinar. Só pedi a chave um dia, com 14 anos, e ele deu.
Minha 1ª batida foi, claro, aos 14 anos, me exibindo para as meninas nas ruas do bairro Pé Pequeno.

Tinha coleções de bolas de gude (800), maços de cigarros americanos e ingleses, modelos da Revell (aviões), canetas e lapiseiras (até hoje).

Namorar ? Ninguém ensina, ensina ? Foi automático, e claro, pela vizinha. Era muito novo, 13 ou 14 anos.





RIVA disse...

PARTE 2

Engatinhar, falar, esquece, não tenho a mínima ideia (agora sem acento).

Amarrar sapato ? não sei também....mas acho que meu pai teve alguma coisa a ver com meu aprendizado. Nó de gravata com certeza fui eu, sozinho rsrsrs.

Fumar (Souza Cruz) foi na rua com amigos, aos 15 anos. Comecei com CAPRI com filtro. Fumei até meus 35 anos, quando parei de repente, numa gripe. Não fumava na frente do meu pai, tampouco falava "porra" ou "sacanagem", eram palavrões.

Línguas estrangeiras ? Inglês da Inglaterra com uma professora particular no meu bairro. Não aprendi nada em anos. Era só gramática !! Só evoluí com as músicas e letras dos Beatles e Stones, e com minha viagem aos EUA em 1969.

Espingarda de ar comprimido foi traumático. Mau pai me deu uma aos 14 anos, e preferi treinar a pontaria nas lâmpadas da iluminação da rua. Fui flagrado por um vizinho, e o sonho acabou, rápidamente !!

Aguardem a PARTE 3







Jorge Carrano disse...

Você, Riva, pegou o espírito da coisa.

Não tenho referências da primeira infância, senão poucas coisas, como por exemplo o primeiro corte de cabelo. Foi aos três anos de idade.

Penei com o latim, apregoada na época como língua morta. Quase perdi ano letivo, ficando reprovado.

Mas dos filhos guardo muitas lembranças. Sejam as artes, as peraltices, as reprimendas, sejam os sucessos.

Em alguns encontros familiares, hoje em dia, comentamos erros e acertos dos filhos, gracinhas, façanhas, dificuldades ...

Um deles, aos sete anos de idade "fugiu" de casa. Sem nada levar. A mãe pediu à secretária doméstica para ir atrás dele. Ela voltou rindo, informando que ele estava sentado no meio-fio (em São Paulo chamam de guia), na esquina. Morávamos então no Brooklin Novo, na capital paulista, numa pequena rua chamada Domingos D'Arco. Ela liga as ruas Michigan e Pensilvânia. Foi fácil ir busca-lo, alguns minutos passados.

Este mesmo pescou, na "pescaria" da festa junina da escola, um novelo de lã que, claro, deu para a mãe todo feliz. Acontece que a cada caso de castigo que pegava por fugir dos padrões impostos, tomava o novelo de volta.

Estas histórias, fatos e acontecimentos com os filhos, foram rememorados nos almoços nos anos que se seguiram, de sorte que eles têm informações que não tenho sobre mim mesmo.

São inúmeros os casos, inclusive constrangedores como ser chamado ao colégio, por indisciplina, briga, estas coisas de criança.

Para encerrar, comento a assinatura do boletim escolar, com as notas obtidas. Para manter elevado o aproveitamento, só assinava se as notas fossem acima de oito. O orgulho pesou positivamente.

RIVA disse...

PARTE 3 da Colcha de Retalhos da memória

Aprendi a nadar apenas aos 14 anos, da pior maneira possível.

Íamos em turma a pé do Pé Pequeno até nosso "point" em frente à R. Presidente Backer em Icaraí. Um dia, levamos uma grande bóia feita com a câmara de ar de pneu de caminhão, e lá estava eu na bóia onde "não dava pé", como diziam quando era fundo. Um sacana veio e virou a bóia ..... aprendi a nadar ! Por sobrevivência.

Minha afeição por futebol surgiu cedo, aos 7 anos. Mas era quase somente eu, nem meu pai nem meu irmão nem meu avô ligavam para jogos.

Minha mãe era fanática pelo Vasco e pela seleção por causa do Belini kkkkkk ... eu jogava bola sozinho no quintal, chutando tabelando com as paredes, em jogos imaginários. A balisa era, para desespero da minha avó (que morava conosco), um vão no quintal com cortina (minha pseudo rêde) da máquina de lavar roupas da nossa casa kkkkkkkkkkk.

Lembro de quando pequeno, não sei que idade, talvez uns 3 ou 4 anos, ter muito medo de helicóptero. Toda vez que um sobrevoava o bairro eu corria pra dentro de casa .... não sei porque.

Amo cachorros. Sempre tivemos algum em casa desde que nasci. Mau melhor amigo e companheiro por mais de 10 anos foi nosso vira-lata BOY. Dormia comigo na cama, com suas pulgas.

Ah, sim, a Primeira Comunhão. Família católica (eu não sou), lembro perfeitamente da cerimônia, quando todas as crianças seguravam uma vela acesa na mão por algum tempo. A minha vela estava derretendo e queimando a minha mão, não lembro como esse episódio terminou, mas não deve ter sido bacana kkkkkkkkkkkkk.

Mais depois ....






Jorge Carrano disse...


Riva,
Você, como memorialista, presta bons serviços ao seu biógrafo, se um dia você tiver um.

Sugiro, pelo sim e pelo não, você fazer uma autobiografia, romanceando onde couber e ficar bem e, não esqueça, escamoteando o que tisnar sua imagem, como ter medo de helicóptero rsrsrsrs.

Não causam surpresa algumas semelhanças entre nossas infâncias. Nossa geração, com perdão pelo exagero, foi (é para os que ainda vivem) nota 1000.

Meu pai flamenguista, minha mãe tricolor e eu vascaíno desde sempre. Já contei aqui, ad nauseam, desde os sete anos de idade.

Por pouco teria conhecido o Zeppelin rsrsrs.

Também aprendi a nadar na marra. Quando fiz aula, no Caio Martins, o instrutor só queria nos mandar bater os pés, segurando na borda da piscina. Um saco rsrsrs.

Jorge Carrano disse...


Sim, sobre cachorros. Amo demais, e por isso desaprovo manter em apartamento.

Quando tive sob custódia, morava em casa com quintal e tinha canil.

Já me ofereci para trabalhar pro bono em casos de latidos perturbadores, urina em áreas comuns, etc. Claro que contra os donos.

Tive um fantástico, de nome Bill para os íntimos, mas em seu registro constava William Longhall. O veterinário adorava, mas me pedia para ficar perto da mesa onde o examinava. Era um manto negro de impor respeito até em machões de colhão roxo. Tem algumas fotos dele no blog.

Jorge Carrano disse...


Por fim, uma frustação. Nunca aprendi a rodar pião.

Na verdade tenho uma outra: não sei plantar bananeira, ficar de ponta cabeça como dizem os paulistas.

Tive um amigo que ficava ereto, com o corpo sem oscilar, que me dava enorme inveja.

RIVA disse...

PARTE 4 - fora de qualquer ordem cronológica

Nessa época de JUNHO, quando as estações do ano eram realmente as estações do ano bem definidas, não dá para esquecer o cheiro que pairava no ar, sei lá, de pólvora dos estalinhos, vulcões, buscapés, as festas juninas no terreno baldio da Rua Itaperuna, ou as quermesses do Instituto ABEL, onde além das guloseimas e brincadeiras de balcão, íamos azarar os brotinhos. Inesquecível também devorar um salsichão na brasa e um caldo verde.

Já devo ter escrito como foi marcante o asfaltamento da nossa rua, que era originalmente de terra, e por ser de terra, nas chuvaradas de verão, fazíamos imensas barragens de terra da largura da rua, que era destruída pelos carros que raramente passavam.

Aliás CHUVA era uma festa pra ir brincar "lá fora", tipo jogar sabão em pó nas calçadas para deslizar de peito. No quintal da nossa casa também ...

Um fato marcante em nossa casa era o maldito limoeiro da vizinha, que era encostado em nosso muro, e deixava cair os espetos no nosso corredor/quintal, exatamente onde jogávamos um "gol a gol" quase todo dia.

Já espetou a sola do pé com espeto de limoeiro ? PQP !!!! E pra tirar os espetos ????

Também marcante minha época dos heróis voadores de capa, tipo Super Homem, National Kid.
Amarrava uma toalha velha no pescoço, subia nos telhados da nossa casa e pulava de lá nos pedaços mais baixos, para desespero da minha avó. Meu amigo BO me acompanhava às vezes kkkkk.

Num desses "voos" tipo destronquei os 2 pés, que até hoje, mais de 60 anos depois, ainda estalam.

E os cinturões de cowboy ? As brincadeiras de bandido e mocinho, com revólveres de espoleta !! Sinto o cheiro delas até hoje ....

Precisava aparecer alguma amiga pra falar também do lado feminino das lembranças, tá tudo 100% masculino hahahaha.

Mais depois.





Jorge Carrano disse...


O pé de fruta, da casa contígua onde morei na primeira infância, era abacateiro.
E também rente ao muro, para nossa alegria. Tinha um galho projetado para nosso quintal, que era o mais carregado. Comíamos muito abacate na época.
O tal galho só não arrastava no chão porque o muro divisório dava sustentação parcial.

Acidentes infantis: cai do tanque, onde subiam para simular cabine de caminhão. Saldo: o polegar da mão esquerda saiu do lugar. Foi reposto na posição num Pronto Socorro Municipal, na rua Visconde de Uruguai, na altura do Jardim de São João.

Neste mesmo posto, repito municipal, costurei o queixo, com 5 ou 6 pontos (a cicatriz não aparece por causa da barba), na véspera da "primeira comunhão". Escorreguei numa pedreira bem íngreme, e deslizando rumo ao chão, rocei o queixo na dita pedra.

Quando pisei no fundo de um litro quebrado, virado para cima, mas escondido no capim e abri um talho grande, advinha onde fui atendido para costurar?

Se bem me lembro era o que constava no meu prontuário no supramencionado ambulatório de pronto socorro.

As chuvas eram execradas. Impediam de empinar cafifa; deixavam a rua São Diogo com muitas poças atrapalhando as peladas, assim como atrapalha jogar bola-de-gude: bola ou búlica!!!

Mas as chuvas de verão eram fortes e de pouca duração. Vez ou outra geravam arco-iris.

Jorge Carrano disse...


Se minha irmã - Ana Maria - que escafedeu-se, ainda frequentasse o pub (proativamente), poderia referendar os pequenos acidentes que sofri, brincando na rua e no Morro da Penha (lado virado para as ruas São Diogo, Santa Clara, etc., na direção do Centro.)

Por razões políticas afastou-se do blog, onde foi colaboradora (com boas postagens) e debatedora. E com o afastamento dela perdemos outras participantes ativas. Clube da Luluzinha?

Jorge Carrano disse...


Françoise Hardy, cantora, atriz e modelo francesa, faleceu no dia 11 último, aos 80 anos de idade.

Registro aqui porque ela foi muito "homenageada", ou como diria o poeta popular: me possui em sua intenção nos anos 1950.

Veio no rastro da Brigitte Bardot. Mas hein?!

RIVA disse...

PARTE 5

Antes de mais nada, não sei de onde tirei "espetos de limoeiro". Quis dizer ESPINHOS. Deve ser pq estou sempre comprando espetos deliciosos de carne e frango da carrocinha do Ceará, ali na esquina da Tavares com Lopes kkkkkkkkkkkkk.

Engraçado demais quando ele desloca a carrocinha, os cachorros de rua seguindo ele kkkkkkkkkkkkkk.

Nunca fui ou fomos aficcionados por filmes lá em casa. A gente sempre segue o que nossos pais fazem, e com a cegueira de mamãe, nossa vida ficou muito restrita, quase sempre dentro de casa.

Mas música entrou na veia desde cedo, pois mamãe ouvia demais seus discos 78 na vitrola, e mais tarde, surgiu Beatles, Jovem Guarda, que virou minha cabeça musical, depois de 5 anos estudando piano e 3 de acordeão. Uma revolução, que mais tarde me custou 2 violões quebrados por ela, revoltada com meu gosto musical.

Acidentes caseiros ou não caseiros, só lembro de 2 .... um quando tinha 10 anos e cortei meu pulso numa briga com meu irmão Freddy, numa maldita porta de vidro que tínhamos em casa. Varios pontos e uma cicatriz eterna.

O pior veio depois, na mesma porta de vidro, que numa briga com Freddy, fechei atrás de mim pois ele vinha furioso pra me pegar, e o resultado foi catastrófico, pois o corte no braço dele foi inimaginável, que afetou sua vida para sempre. Freddy escreveu sobre tudo isso em detalhes aqui no GE, teria que achar quando.

Carrano, vc falou de jogar pião ... eu também era horrível nisso, mas acho que mais pelo fato de não curtir a brincadeira, mas também não querer ficar atrás dos amigos que sabiam jogar.

Cafifa nunca curti. E na verdade não era bom no manuseio nem de morcegos, piões, arraias ou estilões. Freddy era fanático por cafifas e balões. No máximo eu ajudava a passar cerol nas linhas esticadas entre 2 postes na rua .....

PS : o que esse time da Escócia foi fazer na EUROCOPA ? Um vexame .... vibraram como campeões quando fizeram um gol na goleada que tomaram.



















Jorge Carrano disse...


Para início de conversa a liga escocesa é risível.

São 12 times na elite, a Scottish Premiership. O campeonato tem 33 rodadas, porque as 12 equipes partipantes se enfrentam 3 vezes. Os seis primeiros disputam em mais 5 rodadas quem será o campeão.

O treinador, Steve Clarke, poderia ser o dublê do ator Sean Connery, e seria melhor para ele.

Admira é que alguns de seus jogadores jogam em equipes da Premier League.

Jorge Carrano disse...


Narrativa do Freddy sobre o acidente.

"O ACIDENTE

O acidente com minha mão direita em março/1968 foi um marco em minha vida, verdadeiro divisor de águas. Foram seccionados 11 tendões, 2 nervos, 1 artéria. 10 tendões foram religados e 1 dos nervos voltou a funcionar.

Tenho limitações de movimento e sensibilidade, com as quais aprendi a conviver. Toco piano e teclados, mas com adaptação das partituras no caso de clássicos. Violão de nylon também é confortável de dedilhar, mas o uso de palheta para violão de aço ou guitarra elétrica é impossível pela insensibilidade da ponta dos dedos: ela me escapa.

Foi esse acidente que me levou a perceber que precisava mudar e me libertar do jugo materno. Antes eu estava tranquilo, achando que a vida duraria 200 anos (força de expressão) e que eu teria todo o tempo do mundo para vir a ser eu mesmo. Ficar quase aleijado me jogou na cara que o amanhã era inesperado, para o bem ou para o mal.

Para minha mãe, foi um baque duplo. Sentiu morrer (eu ia escrever “viu morrer”, mas como, se era cega?) a esperança de me formar pianista clássico, concertista. Abro parêntesis para confessar que eu mesmo não queria isso para mim, mas não conseguia me desvencilhar da teia montada à minha volta.

Quanto ao cotidiano, dizia-me ela que havia “perdido um filho”, na esperança de me ter de volta à barra de sua saia. Mas eu já estava irremediavelmente mudado. Minha verdadeira adolescência começara, talvez tarde demais (1968, 17 anos).

Com essa nova consciência adquirida através de uma fatalidade, minha vida seguiu. Vieram o vestibular, a faculdade (PUC-RJ), a Embratel (meu único emprego), o casamento (também único), a experiência de 7 meses na Alemanha, as filhas..."

Riva disse...

Era pequeno mas acompanhava os campeonatos da Europa e lembro que o Celtic da Escócia era uma das forças e respeitado.

Jorge Carrano disse...


Íntegra da postagem do Freddy, em:
https://jorgecarrano.blogspot.com/2015/04/no-diva-com-freud-march.html

Jorge Carrano disse...

O Celtic tem uma liga dos campeões no curriculum, é verdade.

Jorge Carrano disse...


Os torcedores cantam e bebem o tempo todo, como os irlandeses.

Ontem durante a transmissão do jogo, alguém sugeriu que irlandeses e escoceses fossem convidados permanentes para as copas.

Pela alegria que trazem (ou levam). Tudo é festa.

Jorge Carrano disse...


Meu caçula esteve na Irlanda, há uns bons cinco anos e voltou encantado.

Eles adoram contar piadas, cantar e ... beber.

Riva disse...

Polícia alemã sugere que torcedores ingleses não bebam álcool, fumem maconha lá que é permitido, para ficarem felizes ao invés de agressivos.