25 de fevereiro de 2024

VERÃO de 2024

 


Quem, amante de música e/ou cinema, não assistiu ao filme ou ouviu o tema de Summer of '42?

Quem, morando em Niterói, não comentou e/ou se queixou do verão de 2024? 


No caso do filme, acrescento, por justiça, a beleza estonteante de Jennifer O'Neill, atriz pouco reconhecida como das mais bonitas do cinema.


Seriam três os apelos: a história (roteiro) interessante, a música envolvente e a beleza da protagonista.

Leia ouvindo o tema de Michel Legrand. Clique sobre a imagem a seguir:


Certamente tive em minha infância/adolescência verões maravilhosos.

Inocentes verões. Meu imaginário não ia além  de conjecturas sobre o corpo da vizinha, discreta, sóbria e pudica,  de presumíveis 35 anos, ao lado de minha casa, à esquerda de quem da rua olhasse as edificações.

Não lembro, sequer, de seu nome. Mas lembro de seu rosto bonito, e principalmente da sobriedade de seus trajes. Longos, cobrindo por inteiro suas pernas, que eram longas e eu as imaginava roliças e firmes como rochas.

Sem nenhuma experiência sexual consumada, limitava-me à masturbação, sempre homenageando a atriz  Ana Gardner e, na vida real, claro, a vizinha do lado, casada e sem filhos.

Minha inocência, se assim podemos chamar, era revelada pela crença de que desenhando na calçada um sol, com giz ou carvão, a chuva que interrompera o prazer de empinar minha cafifa, faria a chuva cessar e o sol voltar a brilhar.

Sim, muitas das vezes a chuva parava, e além do sol voltar a reinar, aparecia um belo Arco Iris. Causa e efeito comuns, naturais, nas chuvas de verão.

Mas eu acreditava no meu poder de alterar as condições de tempo desenhando no chão o nosso astro rei. 

Foi a fase ingênua, de pouca malícia e muita imaginação. Será que a vizinha me notava?

Essa postagem tem como objetivo deixar registrado que este verão, deste ano de 2024, está sendo um dos mais severos de que tenho lembrança.

Jennifer O'Neill


8 comentários:

Jorge Carrano disse...


Já antecipo, para quem está curioso, que o fato relevante me fez voltar a postar é o CALOR.

Jorge Carrano disse...


Frank Sinatra nunca soube de minhas intenções juvenis em relação a paixão da vida dele em forma de mulher.

Ainda bem, talvez usasse as ligações dele coma Máfia para me pegar KKKKKKKK.

RIVA disse...

Rapaz ..... !! " Minha inocência, se assim podemos chamar, era revelada pela crença de que desenhando na calçada um sol, com giz ou carvão, a chuva que interrompera o prazer de empinar minha cafifa, faria a chuva cessar e o sol voltar a brilhar."

Botou Gabriel G. Marquez no bolso !! rsrsrsrs

Mas e Zéfiro ? Nenhuma influência ?
Comigo era total, e dependia dos empréstimos das edições, porque não tinha grana pra comprar kkkkkkk.
E ainda, sendo de 2ª ou 15ª mão literalmente, tinha que desgrudar algumas páginas, digamos, muito usadas kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

Não, não tenho nenhum filme que me marcou algum verão ou verões. Minha memória afetiva dos verões são as centenas de idas e vindas da Praia de Icaraí com a tchurma do Pé Pequeno, indo a pé descendo a rua Presidente Backer. E o pitstop na farmácia para a compra de trouxinhas de óleo de bronzear para alisar as costas das meninas ... e vice versa hehehe.

Ainda guardo o cheiro do óleo em alguma parte do meu cérebro...boas lembranças.

Aki em casa, apesar dos toldos arriados e da cortina da sala fechada para impedir a entrada do mormaço, ficamos diariamente com 2 grandes ventiladores arejando o ambiente para assistirmos a TV e conversarmos. Está muito brabo, insuportável.

Ano passado foi muito ruim também, mas não cumpri meu projeto de AC para a sala .... despesas estão me assustanto. Talvez um ventilador de teto .....

Nossa cozinha hoje está com 30.3º .....

Pensando em voltar pra Friburgo, mas lá tenho despesas maiores com alimentação. Em compensação tem o bem estar, pelo menos menos punk.



Jorge Carrano disse...


O filme, Riva, está mais associado aos meus delírios juvenis, manifestações oníricas com a vizinha e com a atraente atriz Ava Gardner, do que aos verões das décadas de 1940 e 1950 (até a metade).
Lembro das revistinhas do Alcides Aguiar Caminha, que as publicava sob o pseudônimo de Carlos Zéfiro, mas isto foi na etapa seguinte de minha adolescência.
Acho que nossa diferença de idade explica.
Frequentava, vez ou outra, o Grill Room, anexo do Cine Casino, antigo Cassino Icaraí, atualmente sede da UFF. Exibia os célebres filmes franceses.
Na postagem com link abaixo imagens do citado cine Grill. (selecione e cole na barra do seu navegador)
https://jorgecarrano.blogspot.com/2016/05/cinemas-em-niteroi-no-passado.html
Este verão de 2024, que me lembre, está sendo o mais severo. Repito, entre os registrados na memória.
Ah! Sim, teve um que a guisa de registro da alta temperatura a garotada fritou um ovo na tampa do bueiro.
No mais, graças ao sol, o duas peças foi superado pelo biquíni, e em seguida este pelo fio dental que pouco durou pelo aparecimento do asa delta.
Também participava de rodinha defronte a Otávio Carneiro, embora não residisse em Icaraí. Era bem acolhido porque estudava no Liceu.

RIVA disse...

Tenho muita saudade desses tempos tão felizes (apesar da doença da minha mãe) com meu amigos do Pé Pequeno, da segurança que vivenciamos no dia a dia para fazer LUAL nas praias no verão, com fogueira, violão, bebidas, até a madrugada.

Não lembro de um incidente sequer referente a assalto ou qualquer outra coisa .... fazíamos essas rodas noturnas em Icaraí, Charitas, São Francisco e até em Camboinhas.

Eram verões quentes mas suportáveis, que nos inspiravam ao "calor humano", digamos assim. Conheci a MV numa dessas, num dezembro de 1970.

Well, that´s it !

Amanhã tem um fato relevante, pelo menos para mim ,,,,,,, LDU no Maracanã !!

Vc viu o HAALAND ontem ? Uma máquina !! Explosão, colocação, movimentação inteligente, um matador como poucos vimos jogar.

Jorge Carrano disse...


Começando pelo fim, o HAALAND é um fora de série. Tem a explosão do Cristiano Ronaldo, o senso de colocação do Romário (sim o baixinho), uma dose da habilidade do Messi e uma coisa que é documento, sim: tamanho.

Uma blague de tempos idos: sugeriram tentar cruzar o pai do Pelé com mãe do Garrincha, porque haveria a chance de surgir um fenômeno incomparável.

Claro que mesmo como piada era meio desrespeitosa.

Piada simplesmente era a ideia de cruzar uma cabra com um periscópio para encontrar um bode expiatório rsrsrsrs.

Encontrei minha namorada, hoje esposa (em dezembro serão 60 anos de casados), numa excursão a cidade de Cachoeiro de Itapemirim, para disputar uma olimpíada estudantil.

RIVA disse...

Fechamos mais uma ferida aberta há anos ! Grande vitória, uma torcida maravilhosa, e a exibição de um craque de bola : JHON ARIAS. Fenomenal ! Incansável, joga em todos os lugares do campo, e uma pessoa super humilde.

FLU é AMERICA TOTAL

Jorge Carrano disse...


Endosso, com poucas reservas, sua opinião sobre o JHON ARIAS.

Trata-se de um dos jogadores mais importantes do atual elenco tricolor.

A propósito receba meus cumprimentos. PARABÉNS!!!