Boas e más recordações:
Ilha e Praia da BOA VIAGEM ? |
Na sequência a seguir, cenas de triste episódio ocorrido na década de 50, do século passado, envolvendo depredação e incêndio no prédio da estação das barcas e lanchas de travessia Rio-Niterói.
Mais deprimente o vandalismo na residência da família Carreteiro, no Fonseca, que controlava a empresa que tinha a concessão do serviço, sob o nome de "Frota Barreto".
Acima inauguração da piscina do Caio Martins, em março de 1945, considerada na época a mais moderna da América do Sul, com padrão olímpico: 50 metros de comprimento, 25 de largura e 2, 25 de profundidade. Tinha, inclusive, iluminação submersa.
Neste cinema acima, do qual se vê parte do letreiro (Cine Central), anunciando o filme "O mundo é da Mulher" (1954), homens só entravam de paletó.
Quem vive ou viveu em Niterói nesta fase há de lembrar, ainda: Banco Lotérico e Padaria Modelo Pão Quente.
E duas curiosidades: o bonde e o ônibus elétrico (trolley bus ligado na rede elétrica aérea).
Abaixo o tradicional (até os anos 1950), "Banho de Mar" à fantasia. Na Praia das Flechas, em 1921.
A venda de um conjunto masculino composto de paletó e duas calças, foi uma boa tacada de marketing/vendas da "Ducal".
Seguindo as pegadas deixadas por meu pai, minhas roupas eram compradas na "Casa José Silva": camisas Epson e ternos Renner.
A foto abaixo não enfatiza este fato das duas calças, que estavam na origem do nome comercial Ducal.
Cá para nós, com todo respeito, eram trajes populares.
A rede de lojas não estava limitada à cidade de Niterói, entra aqui como retrato da época.
4 comentários:
Passei a infância no bairro da Ponta D'Areia.
Havia um trecho de praia curta estreita, na Rua Visconde do Rio Branco, entre as ruas Silva Jardim e São Diogo, no qual, com maré baixa, jogavam futebol aos domingos com equipes uniformizadas (camisas de clubes cariocas) e onde também, nos sábados de carnaval havia o banho de mar a fantasia.
Este trecho de praia sumiu com o aterro e deslocamento do "mercado de peixe" para o local onde está.
Em 1961 aconteceu uma das maiores tragédias na cidade: o incêndio do Gran Circus Norte-Americano.
No link abaixo fotos do que restou.
https://www.google.com/search?q=incendio+do+circo+em+niter%C3%B3i&sxsrf=ALiCzsZ_jXHsM_a6rAAfYrKj9DY-GtSCAw:1658232504600&tbm=isch&source=iu&ictx=1&vet=1&fir=Zba5zbQ3TgcnSM%252CcQYDCxJz6JaJ6M%252C%252Fm%252F05z_024%253BlptTHyPNDi3pZM%252CUhGqKhOzv5hVEM%252C_%253BceCRQxzhqpxX3M%252CcQYDCxJz6JaJ6M%252C_%253Bu5jH3bFYgb9NoM%252CUWJ0mc2eF9f-sM%252C_%253BOlQVcQSu-0rRwM%252CrJcPABEbYHDT_M%252C_%253B5sm_GcQSCmSWpM%252CCvWP6nZ8AZ7z_M%252C_%253BLUYD78og0gg3gM%252CNZ133t9hlaMJgM%252C_&usg=AI4_-kRzrmZ8OE8qGtmHXr3SG77XlTXPTQ&sa=X&ved=2ahUKEwjv4ZC79YT5AhXgKLkGHYmtCxgQ_B16BAhaEAE
O Quebra-quebra na estação das barcas ocorreu em 1959.
Sobre a revolta de 22 de maio de 1959 em Niterói :
"Apesar de conseguir diminuir o tempo de travessia entre as duas cidades com a modernização dos serviços, o Grupo Carreteiro passou a cobrar um valor cada vez maior pela tarifa do transporte. Também eram constantes os atrasos e a superlotação nas barcas. Ao mesmo tempo, o Grupo Carreteiro pedia constantemente o aumento de subsídios por parte das instituições estatais para poder manter viável economicamente a prestação do serviço de transporte coletivo. Porém, para a população era visível o enriquecimento da família Carreteiro através da exploração do transporte na Baía da Guanabara. A construção de uma mansão em Niterói, a posse de fazendas na região, além da ostentação da riqueza, deixaram a população com uma crescente indignação."
Veja mais em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolta-das-barcas-niteroi-1959.htm
Alguma semelhança com o que se vê hoje com a CCR ?
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