5 de fevereiro de 2022

Até relógio parado pode acertar

 

Com efeito, num só dia um relógio parado poderá estar certo. Duas vezes.

Ocorre-me um misto de piada, com provérbio popular de duplo sentido usado  a rodo* na minha infância, que resta muito longe: "relógio parado não adianta".

Se até mesmo um instrumento mecânico  sem corda, ou eletromecânico sem pilha, pode estar certo, por que Jair Messias não poderia estar certo em alguma coisa, mesmo que no caso dele deva se acrescentar um outro problema: um parafuso a menos?

Algumas coisas que ele apregoou que faria e fez, mesmo por vias tortas, sem disciplinar e estabelecer meios e modos claros e isentos de ranço ideológico e viés político paleolítico.

Por exemplo? Demarcação de terras indígenas. Com efeito os índios já têm terras demais.

Precisamos agora é de fiscalização de seu uso sustentável, e preservação racional.

E não me refiro ao controle das invasões de madeireiros, garimpeiros, ruralistas e do grupo que se escuda no agnome "sem terra" que invade propriedade privada (ou demarcada no caso indígena), depreda e vandaliza.

Refiro-me, também, a fiscalização dos próprios índios, que vendem ou concedem a exploração de parte de suas terras para madeireiros e mineradores delas disporem como  lhes aprouver, no caso devastando e degradando áreas que deveriam - eles indígenas -  ajudar a conservar.

Outro acerto, a meu juízo, mas de forma pirotécnica, agressiva e desrespeitosa, foi a vigência e aplicação da Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991, chamada de lei de incentivo à cultura.

Ora, vamos combinar que artistas famosos e consagrados que aparecem com frequência em grandes vitrines, como são os programas de TV, e que já têm legiões de admiradores, fãs fieis que os acompanham onde se apresentarem, não carecem de auxílio governamental para montagem de seus espetáculos.

Até porque pelo prestígio que têm não lhes falta patrocínio privado, a guisa de merchandising.

Quem precisa de apoio, de auxílio em dinheiro, são os grupos de maracatu, vaquejada, bumba-meu-boi, jongo, catira e outras manifestações culturais populares históricas que sobrevivem sem incentivo público, vivendo apenas da abnegação e dos parcos recursos de seus praticantes.

Tem o circo mambembe, tem bibliotecas em áreas carentes (comunidades periféricas ou morros), tem muito artista com potencial para desenvolver, crescer e aparecer, mas que por enquanto precisa de ajuda para se manter.

Não Jô, Chico, Betânia (que me perdoem se jamais mamaram nas tetas da Lei Rouanet), que seguramente - e por seus méritos - independem de auxílio.

E, por fim, aqui e agora, para não ficar mais maçante do que está, faço alusão à liberação de recursos do BNDES, a juros privilegiados e garantias pouco ortodoxas em países considerados aliados na luta pela implantação de governos socialistas populistas nos quais a corrupção ultrapassa os já insuportáveis níveis nacionais.

O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - tem muito o que fazer no Brasil, em especial no terreno social.

Espero que o sucessor do Jair Messias, a partir do próximo ano, mantenha, aperfeiçoando, o sentido destas políticas públicas alinhadas no texto.

Consulte: https://duvidas.dicio.com.br/expressoes-que-se-escrevem-com-e-sem-crase/


3 comentários:

Jorge Carrano disse...

Fui corrigido quanto ao que se dizia ao tempo de minha infância, a guisa de chiste e aforismo popular: "relógio que atrasa não adianta"

RIVA disse...

... e o Fundão Eleitoral ? Nada a comentar ?

Jorge Carrano disse...


Este é um blog familiar que não aborda indecências como a suscitada pelo nobre amigo.