9 de outubro de 2025

Happy end - House of Guinness

Assim como muita gente, assisti aos 8 episódios da série televisiva "House of Guinness".

Assisti porque gosto de séries bem produzidas e porque gosto da Guinness.


Apesar da própria série, em seus créditos, alertar de que se trata de ficção apoiada em fato reais, por curiosidade de aferir os limites entre realidade e ficção nesta história, fui também ao Google/IA.

Eis a informação no sitio de consulta, que no frigir dos ovos sintetiza o que registrado em outros sites:

""House of Guinness" é baseada em fatos reais, a série retrata a verdadeira família Guinness, que criou a famosa cervejaria irlandesa, mas com elementos de ficção que servem como inspiração para a trama. A série aborda a ascensão da família, o sucesso da cerveja e também as tragédias e conflitos internos que marcaram seus membros, como as questões de herança e as pressões familiares, que são reais, mas com detalhes ficcionalizados para o drama."

Questões de herança é um tema que conheço. Trabalhava em grande grupo econômico quando ocorreu a morte de seu líder.

A sucessão se deu por testamento e também de certa forma causou surpresas e decepções, como já ocorrera quando o citado obituado assumiu o império com o falecimento de seu pai, de forma nada ortodoxa, contrariando usos e costumes.

Ademais disso atuei profissionalmente em alguns poucos processos de inventários e partilhas, e execuções testamentárias.

Geralmente o testador, em suas disposições finais de vontade sabe o quê e porque está fazendo. Tem lá suas razões.

Em "House of Guinness" o testamento não surpreende tanto. São 4 filhos herdeiros, e daqui para frente se eu antecipar vai virar spoiler (se é que ainda tenha quem não assistiu).



A par dos problemas sucessórios a série tem como ingredientes os conflitos religiosos e luta pela independência. Durante anos ouvi falar do IRA, do ETA, da OLP e do FATAH. Grupos guerrilheiros armados, capazes até de ações violentas nas lutas por seus ideais.

Se não assistiu, pare aqui a leitura deste post.

Quem pensa que atuação de marqueteiro, fraude eleitoral e ações sociais interferindo em eleições é coisa recente, em repúblicas de bananas, está enganado. Ledo engano como se pode verificar no curso da série.

Outra coisa que fica evidente é a importância de cadeira no parlamento para sustntação de negócios.

Em resumo gostei, ressalvando a falta de um happy end. 

Salvo engano deixaram um gancho para uma segunda temporada, justificável pela grande aceitação, pelo menos no Brasil.

NOTAS (pinçadas na rede mundial):

"IRA" refere-se ao Exército Republicano Irlandês, um grupo paramilitar que lutou pela independência da Irlanda do domínio britânico e pela unificação das duas Irlandas, utilizando táticas armadas como o terrorismo. 

"ETA" (Euskadi Ta Askatasuna) foi um grupo político e armado revolucionário basco que buscou a independência do País Basco, considerado um grupo terrorista por muitos países. Fundado em 1959 em meio à repressão da ditadura espanhola, o grupo foi responsável por centenas de mortes ao longo de décadas de atividade armada, que cessou em 2011. Em 2018, a ETA declarou sua dissolução completa. 

OLP  (Organização para a Libertação da Palestina),  é uma organização política e militar da Palestina que defende a formação de um Estado nacional para os palestinos. Essa organização surgiu em 1964 como esforço dos palestinos para centralizar a sua luta pela fundação do seu Estado.

FATAH Al-Fatah, é uma organização política e militar, fundada em 1959 pelo engenheiro Yasser Arafat e Khalil al-Wazir, e outros membros da diáspora palestina. É a maior facção da Organização para a Libertação da Palestina, uma confederação multipartidária.

2 comentários:

Jorge Carrano disse...

Milhares de fãs, mundo afora, pudemos dar adeus aos Crawley. A icônica série "Downton Abbey" termina em grande estilo, com o longa metragem "Downton Abbey: O Grande Final."
Não creio que "House of Guinness" tenha vida e sucesso idêntico, mas a história tem conteúdos.

Jorge Carrano disse...

Quem imaginava que fraudes em eleições, atuação de marqueteiros, ações sociais demagógicas e outras ações condenáveis eram coisas deste século, em repúblicas de bananas, ficará escandalizado com estas práticas relatadas na série.