17 de outubro de 2024

Economia porca


 

Tem um caso clássico. Indústria de massas fabricava um talharim com ovos. O produto estava bem classificado no mercado, até que a alta administração, focada no aumento do lucro, teve uma brilhante ideia, que levou a marca ao desprestígio e perda significativa no volume de vendas.

Partindo do falso sentimento de que se reduzissem de, digamos, cinquenta dúzias de ovos, para 30 dúzias, em cada partida, o consumidor não perceberia e baixariam o custo de produção.

Ledo engano, a redução dos ovos na receita padrão de cada processo de produção foi percebida pelos consumidores (alguns deles) e em pouco tempo perdeu mercado.



Existem economias, possíveis sem perda de qualidade, que são importantes sob vários aspectos além dos ganhos da empresa.

Influem no meio ambiente, e de tabela beneficiam a sociedade. Exemplo foi a redução de um milímetro no cumprimento dos fósforos, levado a acabo pela indústria do ramo.

Pinus Elliottii

Em face do enorme volume de fósforos fabricados e vendidos na época, a economia da matéria prima pinus elliottii foi bastante significativa. Sem gerar problema para o consumidor.

Uma decisão de redução de custos, nada oportuna, está sendo verificada na fabricação de embalagens plásticas e outros produtos feitos com tal matéria prima, como copos descartáveis.

Estive recentemente internado e os copos utilizados no hospital eram de plástico tão fino, tão sem resistência, que eram necessários pelo menos dois (um dentro do outro) para que conseguíssemos tomar água, sem derramar. Será que não acaba saindo mais caro?

Outro exemplo, na mesma linha de plástico sem resistência, acontece com tradicional marca de óleo de soja. Minha mulher está resolvida a mudar de marca porque segundo ela basta pegar o frasco do produto e ele jorra pelo bocal.

Mas o pior é quando as “operações economia”, dos fabricantes, refletem na composição do produto.

Tem uma marca de adoçante que agora são necessárias dez gotas para adoçar o café, quando há anos eram necessárias apenas cinco ou seis.

Ou seja, nós consumidores, suportamos aumento nos preços, e ainda somos iludidos com a quantidade menor do produto em cada embalagem. E degradação na qualidade.

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