Por
ANA MARIA CARRANO
Eu também estou cansada de tudo o
que vem ocorrendo no Brasil. E perplexa, vejo as pessoas se deixarem levar ao
desespero, disparando acusações e falsos conceitos. Ninguém mais raciocina
coerentemente e o bombardeamento de informações divergentes e controversas tem
objetivos escusos, justificando cerceamento de liberdade, censura e isolamento
social.
Após 10 meses de convívio com o
vírus (se quisermos), poderemos chegar a algumas conclusões com base nos dados
oficiais.
A forma de contato é sempre por contato
direto com o agente. A contaminação através de embalagens é questionada.
A penetração do vírus é
exclusivamente por orifícios na face. Nenhum médico faz alerta quanto a
cuidados com ferimentos abertos ou genitália .
O tratamento precoce impede a necessidade
de internação em pessoas sem comorbidades.
Pessoas dos grupos de risco têm
chances de ir a óbito por quase todas as doenças ou acidentes.
O vírus não seleciona classe social
ou local para infectar.
Locais fechados e mal arejados
dificultam a dispersão dos aerossóis.
Se entendermos isso reduziremos as
chances de entrar nas estatísticas e sendo assim, uma das medidas mais eficazes
de prevenir é através da informação sem pânico.
Assim como aprendemos a atravessar a
rua, conservar alimentos sob refrigeração ou não consumir medicamentos e comida
fora da validade.
O pânico leva as pessoas a uma
negação prejudicial. E a explicação sistemática que medidas simples, que
deveriam fazer parte de nossos hábitos de higiene, resolvem, simplifica o processo
de prevenção .
O pânico unido às ações arbitrárias,
levam a desobediência civil ou ao isolamento neurótico.
A justificativa para lockdown é
evitar aglomeração para diminuir número de contaminados que possam
necessitar da rede hospitalar. Assim reprimem o saudável banho de mar ou
o chopinho com os amigos que vc não pretende beijar na boca, mas permitem
transportes superlotados e aglomeração nas plataformas de metrô.
Querem evitar internações porque
sabem que o sistema de saúde é deficitário em UTIs há muitos anos.
Em 2009 vimos minha irmã agonizando
com insuficiência respiratória, ambulância na porta para remoção,
enquanto tentávamos, eu, minha sobrinha, o atendimento do Plano de saúde e o
médico socorrista, conseguir uma vaga em UTI. Perguntem a qualquer trabalhador
da área.
Passamos anos construindo estádios
de futebol, aeroportos e usinas em outros países, sem aparelhar saúde,
educação, segurança, saneamento e habitação.
Passamos anos assistindo a corrupção
se tornar endêmica e institucional e acatando como zumbis.
Com o vírus da hora, mais de 13
bilhões foram enviados para estados e municípios.
Houve superfaturamento em construção
de hospitais de campanha e compra de equipamento.
Equipamentos entregues com defeito
(quando entregues) e hospitais que, em alguns lugares nem chegar em a
serem utilizados.
Depois, mesmo com a mídia alardeando
segunda e terceira onda, esses nosocômios foram desativados, desmontados, e
jogando no lixo os milhões gastos com eles.
Daí fico lendo as críticas ao
cidadão que reuniu os parentes próximos no Natal. O filho que passou uma tarde
visitando a mãe ou as famílias que aproveitam o domingo na praia.
Guardadas as medidas profiláticas
essas coisas são possíveis.
Lembremos que a maioria da população que usa transporte público e enfrenta o trabalho nas atividades essenciais, vive numa casa de 4 cômodos com cônjuge, sogra, 3 filhos e 2 gatos.
Se é pra cobrar consciência e
respeito com a saúde do povo vamos cobrar dos gestores que superfaturaram,
usaram a pandemia para fins políticos ( especificamente derrubar o
presidente) ou simplesmente satisfazer seus desejos ditatoriais.
Gestores que aumentam verba
publicitária, aumentam ICMS de hortigranjeiros e os próprios salários e
mordomias.
Vamos exigir que a midia faça
propaganda do bem. Do otimismo. Do simples assim.
Você usa sua máscara, evita
ficar aglomerado, lave as mãos ou use álcool e viva
normalmente.
No caso de idosos, pessoas com baixa
imunidade ou outras novidades os cuidados precisam ser maiores. Mesmo assim,
caminhem na Praça, saiam em horários com menor circulação e vivam.
Não esqueçamos que nos tratam como
peões num jogo de poder.
Faça sua parte, e cobre do poder
público a construção de hospitais com vagas suficientes para atendimento da
população.
Cobre campanhas de esclarecimento
sobre prevenção.
Ah! Se alguém souber me
explicar, porque o vírus na China só levou à óbito 4 mil e poucas
pessoas?
Por que as medidas de combate deram certo lá, mas não funcionaram nos países onde eles enviaram o know how?
Por que o brasileiro prefere ser
roubado do que prosperar em um país conservador?
Bem. Estou cansada de tudo e por
isso vou sair em férias virtuais e evitar a aglomeração do Pub.
Quem sabe um dia nossos
caminhos e opiniões coincidam.
Tudo de bom para vocês e para o
Brasil.
Fui.
5 comentários:
Ana Maria atem andado no banco de reservas, não por deficiência técnica, bem se vê, e tampouco por opção tática do manager, mas por falta de condições físicas.
Bem-vinda, sempre!
Gostei muito do título, muito sugestivo.
Concordo com cada parágrafo seu, Ana Maria. Também pretendo férias virtuais, não sei se no Pub da Berê. Em relação a escrever posts, sim, com certeza, por um tempo.
Estamos chegando ao nosso limite emocional. Tenho amigos pirando e amigos falecendo.
Quero ultrapassar são essa fase.
Bj
Realmente estou passando por problemas de saúde que interferem na minha disposição.
Quanto ao Pub, continuarei olhando pela janela para saber o que vocês andam aprontando.
Repito aqui publicamente o que tenho dito in off: take care.
Ana Maria, inicialmente melhoras pra vc.
Se os vidros da janela do PUB estiverem embaçados, sugiro não desembaçar ... rsrsrs. Siga em frente e volte outro dia.
Confesso minha confusão em decisões. Continuamos eu e a MV trancados, só desso (isca para a Prfª Rachel) para pegar compras, e a MV não sai.
Isso é ruim ? Não sei, o que sei é que estamos muito grilados, aquela em que qualquer aproximação é inimiga.
Como moramos em cima da piscina, nossos dias são preenchidos com muitas pessoas e amigos com crianças se divertindo lá, fazendo barulho, o que transforma nosso apartamento quase em uma casa, como se fosse nosso quintal. Aliás esse foi um dos motivos da compra, há 39 anos. Mais jovem, mergulhei várias vezes da minha varanda para a piscina. Não de cabeça, claro.
Mas estou naquela estranha fase de precisar ir na rua, ver gente ... acho que o 5x0 foi também uma espécie de gatilho emocional.... estamos pensando em de tarde ir ver o pôr do Sol em São Francisco, pois sabemos que tem pouca gente no calçadão, que é mais largo que o de Icaraí.
Vamos em frente.
Bom FDS a todos !
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