Se você tem um QI de dois dígitos, tem a oportunidade de estar dirigindo um país, numa época de pandemia, às voltas com uma doença para a qual não há um remédio comprovadamente eficaz, provocada por um vírus que ainda não é inteiramente conhecido, capaz de mutações rápidas, mas sabe que o programa de vacinação deste seu país é referência mundial - se não é o melhor está certamente entre os melhores do planeta - o que você faria?
Iria ser chamado de obscurantista, negacionista, genericamente rotulado de terraplanista, ou iria aproveitar as circunstâncias e se revelar um estadista de porte mundial, invejado pelos demais povos?
Já mencionei a expertise que temos em matéria de vacinação, a abrangência, a cobertura que só um sistema como o SUS, com sua infraestrutura e a capilaridade criada por este serviço seria capaz.
Agora menciono que a afora isto você, com o leme do país nas mãos, e não sendo um energúmeno, o que faria tendo pelo menos dois grandes institutos (Butantan e Fiocruz), com larga experiência em produção de vacinas, com equipes técnicas altamente qualificadas faria?
Daria as costas para a ciência, qualificaria a doença como uma gripezinha, de forma leviana posto que você não teria a qualificação para tal diagnóstico, ou acataria a recomendação acadêmica e aproveitaria a experiência de vacinação em massa adquirida há nos em programas (poliomielite, gripes, sarampo, tétano e muitas outras) exitosos e envidaria esforços, a serem somados aos de vacinação, para que os institutos citados com a experiência que têm pudessem fabricar tantas vacinas quantas fossem as desenvolvidas mundo afora, independentemente da ideologia política do país de origem?
Você poderia, preste atenção, virar referência mundial, ocupando as primeiras páginas dos maiores veículos de comunicação no mundo, por liderar o país com o mais rápido, abrangente e eficaz programa de vacinação. Seu país seria espelho.
Você daria as costas para ciência e como um jumento empacado bateria pé de que o que importa é a reeleição? E o que não poderia acontecer seria um governador ganhar vantagem por sua ação mais imediata ?Então você estaria de antolhos.
Agora veja a sinuca de bico na qual de meteu o Jair. Ofendeu o Biden. porque endossou e disse até que teria provas de que a eleição americana foi fraudada. E agora? Precisamos dos americanos.
Ofendeu fazendo graves acusações aos chineses de haverem produzido o vírus deliberadamente. E aludindo a vacina que desenvolveram como sendo "aquela vacina chinesa", que não compraria. Não só teve que comprá-la como depende da importação dos insumos da própria China para podermos fabricar vacinas no Brasil.
Dependemos dos chineses e agora precisamos paparicar seu embaixador no Brasil para conseguirmos insumos básicos para produção da vacina.
E se comportou como um mal-agradecido, um troglodita, deselegante, grosseiro, perante o Nicolas Maduro, que a despeito de toda a crítica feita pelo Jair ao seu governo, atendeu nossa necessidade de oxigênio, sem levar em conta ideologia.
Deus dá nozes a quem não tem dentes.
A vacina está sendo aplaudida, elevou o ânimo, o astral da população. Há um clima de euforia, que poderia, melhor deveria, ter sido suscitado pela ação do jumento no poder. Ser jumento nem é o pior, pois está aí um animal trabalhador, o que atrapalha são os antolhos.
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