Quarta- feira, 8 de
julho de 2020, fui caminhar um pouco mais tarde.
Enorme movimento no
calçadão. Pudera, fazia talvez o mais belo dia do verão que irá iniciar em 22
de dezembro, uma terça-feira.
O mar, absolutamente
tranquilo, como um lago. Nem mesmo no trecho entre as pedras de Itapuca e do
Índio, onde por vezes surfistas encontram algumas marolas surfáveis, havia
ondas que pudessem ser consideradas como tais.
Elas vinham serenas,
sem provocar a espuma característica, e se entregavam submissas à areia, ou se
chocavam levemente nas pedras naquele arremedo de praia ali existente.
As tartarugas que
estranha e inexplicavelmente elegeram aquele ponto como seu habitat, marcaram presença,
sem serem molestadas por surfistas e catadores de mexilhões.
O Nahuel Huapi, na região dos Lagos Andinos, costuma ter sua superfície mais agitada, pela ação dos ventos, do
que a Guanabara hoje aparentava.
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| Lago Nahuel Huapi e seu ondulado produzido pelo vento |
Do outro lado da baia a
natureza em todo o seu esplendor, à luz do sol que reinava, iluminando e
aquecendo como lhe compete.
À distância o recorte
dos morros na Cidade Maravilhosa. De um lado, à esquerda, o Pão de Açúcar e do
outro o Cristo Redentor, resultam num dos postais mais charmosos aqui do
planeta.
Os cães, em grande
número, levados a caminhar já não aguentam tanto exercício. Como as pessoas
estão impedidas de trabalhar, obrigadas ao ócio, aproveitam a desculpa de levar
o cãozinho para dar uma escapulida até a rua.
O dia estava realmente
lindo de viver porque morrer num dia assim tão radiante seria um crime, um
desperdício.
Nota: imagens do sol, do lago Nahuel Huapi e da orla do Rio de Janeiro, obtidas na rede mundial.
8 comentários:
A Alessandra abriu algum curso de texto ?
Quero me inscrever também ....
(pano rápido)
PS: acreditem, ontem vi um ......... vagalume !!!!! Sim, juro que vi !!!!!! Essa pandemia está mudando os hábitos no planeta em geral.
Está sem título.
O título é a data, caro Riva.
Oi Riva, tudo bem?
Contagiante escrever né? Adorei tbm a forma como Jorge desenhou essa quarta-feira. Fez com que um dia simples não fosse tão simples assim na visão dele.
Mas, como sempre vcs lustram meu ego e eu fico aqui observando tudo da torre, feito Ismália.
Quando Ismália enlouqueceu
Pôs-se na torre a sonhar
Viu uma lua no céu
Viu outra lua no mar
No sonho em que se perdeu
Banhou-se toda em luar
Queria subir ao céu
Queria descer ao mar
Em meio as crises pessoais, familiares, as crises das famílias que ajudo com meu trabalho, em meio ao caos que o mundo se encontra, eu te pergunto: quem não está feito Ismália, enlouquecendo?
Pois é caro Riva. Fico sim só observando e como não gosto de discussão (não discuto política, não defendo time de futebol e raros pitacos sobre religião eu dou...), eu evito determinados assuntos aqui e em outras mídias sociais. Embora tendo minha opinião, eu realmente não discuto.
O que me atrai a leitura, são linhas cheias de letrinhas que me trazem paz e aquecimento ao coração. De notícias e posts ácidos e agressivos, eu me dou o luxo de selecionar o que me encanta e aquece meu coração.
Volto a dizer, já estamos mundialmente num caos, porque então ficar regurgitando o mal ruminado?
Sou adepta ao romantismo, acredito sim no pote de ouro que se encontra no fim do arco íris e sei que dias melhores virão. Se não vierem eu os farei chegar a mim.
Novamente, agradeço seus elogios.
Ainda preciso crescer mto para abrir o curso...hehehe.
Bjs
Pois é, Alessandra. Vou ter que ler seu comentário umas 15x pra tentar responder ....
Mas olha, qual Ismália, estava eu na varanda ontem à noite, e acredite, vi um vagalume ....
Um bichinho, pequenino,
Acesinho, na bundinha,
Vagalume ...
Voando só à noite
Lua e Sol, à noite
Estava ele solitário, quem sabe procurando o que aki em Icaraí no meio desses prédios ... e aí pensei, antes do jogo claro, porque estava eu preocupado com o jogo, quando aquele vagalume estava procurando uma vagalume àquela hora da noite no meio dessa montanha de concreto.
Preciso me desapegar, como você, desse mal das mídias, religião, política, futebol, e me entreter como aquele vagalume, com coisas mais ricas que alimentem a nossa alma, que nos impulsionem sempre para a frente, ser Lua e Sol à noite e de dia também.
Riva.
Lindo como vc descreveu seu momento de "desapego"...
Estou devendo um comentário sobre seu vagalume. Esse menino/a merece estar aqui sim..quem sabe a luz dele ilumina o caminho dos perdidos? Quem sabe... Ou quem sabe faz luz para toda essa escuridão?
Adorei sua alma poética. É esse lado que me faz sair da torre...
Enquanto seu lobo não vem.
Alessandra
Esse vagalume foi criado para meu filho Rodrigo, em 1980 ou 81. Fiz a música para ele, e tenho uma gravação junto com ele, que hoje está com 41 anos de idade rsrs.
E para minha grande surpresa, me apareceu do nada essa semana em plena selva de concreto, piscando. Provavelmente, como vc disse, iluminando caminhos para nós.
Vou dar um jeito de te mandar a música, que gravei numa craviola de 12 cordas.
Bjs
Riva!
Que legal!!!
Mais curiosa fiquei agora....rsrs
Manda sim, faço gosto em escutar.
Bjs
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