Nathaniel Adams Cole |
Ray Charles Robinson |
Quais são os pontos em comum entre estes dois astros da música popular?
São americanos, pianistas, negros, famosos e multifacetados. Estão entre meus pianistas preferidos. Nos CDs que exibo abaixo, eles não cantam. Não há uma só faixa com vocalização. Apenas o piano, com muita técnica e, principalmente, sensibilidade.
Ah! Sim, quase esqueço, foram cantores festejados também.
Ah! Sim, quase esqueço, foram cantores festejados também.
Trio (piano, guitarra e contrabaixo) |
CD duplo |
Nat “King” Cole, pianista e cantor nasceu em 17.03.1917. Seu impacto
sobre o jazz é imensamente subestimado devido ao grande sucesso comercial como
cantor.
Ainda como cantor, Cole também não deve ser encarado levianamente.
Embora em geral se ativesse a melodia, seu estilo rítmico é único e inovador.
Não obstante ser lembrado e conhecido no mundo todo como cantor de
grande sucesso popular, em especial de baladas americanas, foi também de uma
maneira bem menos comercial um fino e importante pianista de jazz, na década de
1940.
Criou um trio sem baterista, apenas com guitarrista e contrabaixista, fugindo ao
padrão habitual na época, formação esta, sem baterista, adotada mais tarde por
outros pianistas, inclusive Ray Charles.
Ray Charles iniciou a carreira imitando Cole. Não só na voz
(timbre e estilo), senão também ao piano.
Nascido em 1932, ficou cego aos 6 anos de idade, por motivo controverso.
Assim como aconteceu com Nat King Cole, também Ray Charles ficou mais conhecido e famoso como cantor.
Ultrapassou todos os cantores pela liberdade de sua migração pelos vários estilos. Num campo sonoro incorporou ao velho domínio profundamente vivo do blues e do gospel song, também as baladas.
Com sua voz meio grave, que passa do lamento mais sussurrado e rouco aos agudos mais impudicos e ao falsete, gravou algumas das mais plangentes canções americanas.
Certamente um músico da estatura de Ray Charles, não pode ser aprisionado num simples rótulo e seu trabalho é a prova definitiva da importância e vitalidade da música negra. Chama-la de jazz, blues, rhythm-and-blues, soul, gospel ou de qualquer outro nome, até mesmo rock e twist, que namorou por um momento, quando se trata de Ray Charles é ignorar o que ele passou a vida fazendo, ou seja, cruzando fronteiras, apagando os limites entre estas diversas manifestações musicais.
É indiscutível que Ray Charles baseou sua música nas fontes primárias e fecundas do blues e do gospel, mas não se limitando a elas alcançou um nível artístico que o coloca entre os gênios musicais do século XX, não só, mas particularmente como cantor.
Fundador de um trio semelhante ao de Nat King Cole (piano, guitarra e contrabaixo), foi depois acompanhador da cantora Ruth Brown, até que começou a definir sua personalidade a partir de 1955.
Contou com o auxílio luxuoso de arranjadores do quilate de Quincy Jones em seus discos.
A primeira faixa do CD 2, acima exibido em foto, é o tema "The man I love". É de chorar com sentimento, a emoção, que nos passa, quase que apenas roçando o teclado do piano, numa execução arrastada arrebatadora.
Estes dois pianistas, que também foram cantores, devem sim figurar entre os gigantes do jazz, ao lado dos consagrados e reverenciados Earl Hines, Teddy Wilson e Art Tatum.
Assim como aconteceu com Nat King Cole, também Ray Charles ficou mais conhecido e famoso como cantor.
Ultrapassou todos os cantores pela liberdade de sua migração pelos vários estilos. Num campo sonoro incorporou ao velho domínio profundamente vivo do blues e do gospel song, também as baladas.
Com sua voz meio grave, que passa do lamento mais sussurrado e rouco aos agudos mais impudicos e ao falsete, gravou algumas das mais plangentes canções americanas.
Certamente um músico da estatura de Ray Charles, não pode ser aprisionado num simples rótulo e seu trabalho é a prova definitiva da importância e vitalidade da música negra. Chama-la de jazz, blues, rhythm-and-blues, soul, gospel ou de qualquer outro nome, até mesmo rock e twist, que namorou por um momento, quando se trata de Ray Charles é ignorar o que ele passou a vida fazendo, ou seja, cruzando fronteiras, apagando os limites entre estas diversas manifestações musicais.
É indiscutível que Ray Charles baseou sua música nas fontes primárias e fecundas do blues e do gospel, mas não se limitando a elas alcançou um nível artístico que o coloca entre os gênios musicais do século XX, não só, mas particularmente como cantor.
Fundador de um trio semelhante ao de Nat King Cole (piano, guitarra e contrabaixo), foi depois acompanhador da cantora Ruth Brown, até que começou a definir sua personalidade a partir de 1955.
Contou com o auxílio luxuoso de arranjadores do quilate de Quincy Jones em seus discos.
A primeira faixa do CD 2, acima exibido em foto, é o tema "The man I love". É de chorar com sentimento, a emoção, que nos passa, quase que apenas roçando o teclado do piano, numa execução arrastada arrebatadora.
Estes dois pianistas, que também foram cantores, devem sim figurar entre os gigantes do jazz, ao lado dos consagrados e reverenciados Earl Hines, Teddy Wilson e Art Tatum.
2 comentários:
No dia em que encontrei, no El Dorado, em São Paulo, este CD do Nat 'King' Cole, fiquei todo pimpão.
Afinal teria um dos bons pianistas do jazz, com seu estilo comedido, sensível, delicado.
Na época fazia muito sucesso uma música interpretada por ele, juntamente com a filha Natalie, fruto de truque técnico na edição.
Pois bem, deu-se que ao chegar ao caixa para pagar, a menina solícita me informa, "olha moço nesse disco não tem Unforgettable".
Ao que respondi é por isso que o estou comprando,
Provavelmente até hoje, já grisalha e avó, ainda não entendeu.
Estão citados aqui:
http://jorgecarrano.blogspot.com/2011/01/double-version.html
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