13 de novembro de 2018

Deus, biografia não autorizada

Nada sei sobre sua infância. E não existem - que eu saiba - fontes fidedignas a consultar.

Portanto irei especular sem intenções e o rigor acadêmicos. Sua infância foi meio sem graça. Foi uma criança comum, a não ser pelo fato de ter poderes sobrenaturais, cuja origem é absolutamente desconhecida, ao contrário dos do Superman que todos sabem que vem de Kypton, do sol de lá.

Alguns biógrafos autorizados inventaram muita coisa. Primeiro Moisés, e depois mais adiante Mateus, Marcos, Lucas e outros. 

Eram fake news incorporadas ao imaginário; histórias que se repetiam e acabaram por se tornar verdades. Adiante abordarei algumas. Adianto apenas o caso do dilúvio. Lembra? Noé, arca, estas coisas.

O que seria um fenômeno natural, decorrente de uma das eras glaciais, acabou por ganhar uma versão adaptada, com viés religioso. 

Quem se deu bem nesta livre interpretação de fatos alheios a vontade divina, inocente no caso, foi a pomba branca. Conquistou uma imagem e reputação que não representam a realidade.

Ela transmite doenças, emporcalha monumentos e quando em bandos ao ficarem rulhando à noite perturbam o sono da gente.

Bem, se o planeta Terra tem cerca de 4,54 bilhões de anos, imaginem minha dificuldade para achar alguém que pudesse me ajudar com informações preciosas sobre a criação do universo que, presumo, precede a do planeta que habitamos.

Habitamos neste estágio, eis que existem projetos para que possamos mudar de mala e cuia para outro planeta ou mesmo uma lua abandonada, tendo em vista a destruição que promovemos por aqui.

Aos 15 ou 16 anos - preciso confirmar depois -  com os hormônios explodindo, deu um vontade danada de "brincar de anel" ou "pera, uva ou maçã". Mas era uma criança que vivia isolada, sem umas menininhas para compartilhar as brincadeiras.

Não tinha grupo de WhatsApp, não tinha a "patotinha" do Jardim de Infância. Era só mesmo, sem que se pudesse qualificar se era bem ou mal acompanhado.

Um de seus botões, com os quais confabulava nos momentos de maior solidão, soprou-lhe que com os poderes que possuía poderia criar quantas menininhas quisesse.

Abro uma parêntesis para informar que ao sussurrar sobre os poderes que o biografado possuía, o tal botão ia acrescentar "com a graça de deus", mas lembrou a tempo que Deus era ele mesmo.

Passou então, o dito botão, a conjecturar sobre a hipótese dele ao invés de criar uma menininha, criar logo um mulherão pois já estava na idade dele "brincar de médico" e não mais das brincadeirinhas salientes, mas inocentes, tipo "passar o anel".

O biografado gostou da ideia e pensou em uma Magda Cotrofe, ou uma Luma de Oliveira. Para quem não sabe quem são estas citadas, porque chegou agora neste mundo do biografado, explico que seria pouco mais ou menos uma Paola Oliveira.





Paola Oliveira
As imagens acima explicam o que o biografado estava cogitando.

Mas surgiu um imprevisto.  Ele jamais havia tentado construir e dar vida a uma mulher. Não havia um desenho, um projeto. Um exemplo.

Partiu para a tentativa e erro. Na enésima tentativa, na prancheta surgiu um jacaré. Já cansado e entendiado porque não havia com quem trocar ideias sobre o projeto, senão seu botões, cá para nós com inteligência como a das amebas ainda por serem criadas, resolveu que poderia começar mesmo com o jacaré e aguardar até que Darwin explicasse alguns bilhões de anos depois, como aquele réptil virou um homo sapiens para ninguém botar defeito.

Você caro leitor, que não é amigo do Paulo, está dando tratos a bola para entender porque citei um réptil e não um primata.

Ele - Paulo - me alertou que os primatas são originários dos répteis. Deu como exemplo  a existência do apêndice, que não chega a ser um órgão essencial para o corpo humano atual, mas sim para seres que vivem na água. O apêndice seria prova de que evoluímos de répteis, que vivem na água.

Outro parêntesis. Nas notas ao final, explicarei as brincadeiras do "anel', da "pera, uva ou maçã"Explicarei também, se ele permitir, quem é o Paulo mencionado.

Há, há, há há. O que o Criador não contava era que inicialmente o jacaré evoluiu para um homem. Gostou, mas sabiamente verificou que para "brincar de médico" que era a ideia inicial, seria inadequado.

Esse tipo de brincadeira envolvendo dois serem masculinos só seria normal alguns milênios adiante. A graça estava em brincar de médico com seres com pequenas mas fundamentais diferenças.

Decepcionado o meu personagem resolveu fazer uma derradeira tentativa voltando à prancheta. 

Foi quando teve um insight, uma inspiração divina, com perdão da licença poética, e resolveu criar a menininha, melhor, a mulher, a partir do Adão, nome atribuído ao ser evoluído do jacaré.

Ora, porque começar tudo de novo? Mutilou Adão tirando-lhe uma costela. Hoje a experiência conduziria à utilização de célula tronco embrionária.

Resumindo, Eva, nome usado para a fêmea (eu preferia Mônica, Débora ou Úrsula), ficou pronta e sua aparência não era de se jogar fora. Ficou jeitosinha.

Mas o biografado vacilou e antes de começar a brincar de médico com Eva, esqueceu de descartar Adão, e este  que não era bobo nem nada - tanto que não acreditou na história da maçã  - teve um contato carnal com  Eva. E vieram Abel e Caim até você chegar. A "bricadeira de médico" tinha virado coisa séria e não só prazerosa.

Claro que não podendo tolerar o comportamento de Adão  e de saber que Eva era destas mulheres que só dizem sim, acabou por expulsá-los do Paraíso.

Adão é Eva tiveram que deixar o local e mudaram para a Terra, atraídos pelo azul do planeta. Realmente a Terra era azul como atestou, anos mais tarde, em abril de 1961, o astronauta Yuri Gagarin.

Já adulto, mais longevo do que Matusalém, pois já contava mais de 969 anos, deu-se o direito de julgar a todas as criaturas que criou ou que permitiu que evoluíssem.

Algumas espécies por razões ignoradas porque seus desígnios são vedados à compreensão humana, desapareceram: como os dinossauros.

E não só algumas espécies, também cidades foram sumariamente eliminadas do mapa, como Sodoma e Gomorra.

Tem uma passagem muito controvertida e que não ousarei aprofundar em respeito a privacidade do personagem biografado.

Trata-se do nascimento de seu filho dileto a partir de uma relação mal explicada com uma virgem.

No próximo capítulo, dependendo do quanto o biografado é tolerante e piedoso, irei citar algumas maldades que praticou através de personagens que  permitiu que surgissem  no universo.

Pecou por omissão, como no caso Sergio Cabral, por exemplo.

Se a cronologia estiver confusa, inconsistente, perdão.

Assim como na pintura e no desenho artístico os efeitos de luz e sombra são fundamentais, também na criação do Universo* (marca registrada) foi essencial criar noite e dia.

Este será o próximo capítulo. Surgimento do Universo, primeira das obras de Deus, o que ocorreu antes de ter a ideia de criar a mulher.




Este tema -  "Deus criou a mulher" - deu um belo filme, estrelado por Brigitte Bardot. Assistam a um trechinho:




NOTAS:
1) Todas as imagens foram obtidas via Google ou YouTube.
2) Bibliografia, ainda não encontrei obras de referência. 
3) Sobre o Paulo citado, acessem
https://jorgecarrano.blogspot.com/2018/11/filosofia-caseira.html 
4) Sobre as brincadeiras, pergunte a sua avó. Ela provavelmente terá boas lembranças a respeito.

2 comentários:

Paulo Bouhid disse...

Bom dia, Jorge. Autorização desnecessária, já que remeteu os leitores para comentários meus.

Vc sabe que mexeu num vespeiro, não sabe? E logo nessa época, maifrêndi? Vivemos num país laico (vivemos?), mas não tão laico assim...

Dias atrás, pelo zap, ao ficar sabendo que eu era ateu, a reação de uma amiga foi idêntica à que teria se eu tivesse dito que era um estuprador!! Chegou até mesmo a perguntar o que eu via quando olhava pro meu neto. Não se satisfez com a resposta: "meu neto"!

Vida que segue...
Abs.

Jorge Carrano disse...

Pois é, Paulo. Juro que a intenção, enquanto escrevia o texto, era obter a sua permissão.

Ao final, nas notas, acabei por esquecer da intenção.

Perdão se pisei na bola.

Aproveito o ensejo para informar aos incautos leitores que a biografia terá sequência, só Deus sabe até quando (rsrsrs).

Estou amparado por decisão do STF, que em sua composição plena entendeu inexigível autorização prévia parta publicação de biografias.

Se houver uma ação aqui na Terra, ganho fácil. Se for um julgamento divino irei perder. Mas terei a oportunidade de ficar frente a frente com Ele. E pedir explicações.

Vejam em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=293336