Trabalhei, em momentos e
locais diferentes, com os irmãos Fernando e Aristóteles Palma. Aristóteles, o
filho. Com o pai apenas participei de um torneio de “buraco” na casa do
Professor Carlinhos, também tratado com Mascarenhas, e que será mencionado a
seguir.
O Fernando foi casado com
uma das filhas do Professor Mascarenhas,
assim como outro amigo meu, José Carlos Ferreira Sena, com outra.
Na casa do professor, no
quintal, havia uma pelada aos domingos. Chão de terra batida e balizas
improvisadas, feitas com bambu. Jogávamos 5 contra 5. Lá conheci o Helio Cury,
casado com Marly, que fora minha aluna no Colégio Oliveira Viana, por um breve
espaço de tempo, quando substitui, a pedido de outro amigo, João Bazhuni, a
professora titular que estava afastada por problemas de saúde. Minha credencial
para dar as aulas de português, era o fato de ter estudado bastante para o
vestibular da Faculdade de Direito.
O pai do Fernando e do
Aristóteles também frequentava a casa do Mascarenhas, e com ele formava dupla
nos torneios de biriba. Eu jogava em parceria com o Hermes.
O Hermes trabalhou no
Departamento de Pessoal da Fiat Lux, e me indicou para uma vaga na empresa. Já
havíamos trabalhado juntos, por breve período, no Banco Metropolitano. Fui
contratado para substitui-lo, no banco, porque ele havia sido contratado pela Fiat
Lux, para, como integrante do setor de pessoal, aplicar testes psicotécnicos
tão em moda naquela época. O Hermes estudou e se formou em psicologia e
direito.
Fui para na casa do
professor Mascarenhas levado pelo Mario Castelar, que era um amigo mais ou
menos recente, desde que fizemos juntos uma viagem a Juiz de Fora, convidados
pelo João Jorge Bazhuni. O José Carlos Senna também foi a esta viagem, de
recreação para uns e de trabalho para outro. O Bazhuni foi fazer compras para
abastecer a loja da família “Ao Leão de Ouro”, que ficava no prédio ao lado da
Prefeitura de Niterói.
Numa das idas à casa do
professor Mascarenhas, encontrei um primo (José Carlos), que era irmão do pai
do Rick Carrano (meu primo distante), que frequenta este espaço virtual. O José
Carlos Macedo Carrano é, portanto, tio do Rick, ora residindo em Greenville, na
Carolina do Sul
Como eu disse o José
Carlos, não o primo, mas o Ferreira Senna, com quem o Mario Castelar trabalhou
alguns anos na Marplan, firma de pesquisa de mercado, era casado (o Senna), com
outra filha do Mascarenhas, de nome Hermínia. Esta Hermínia não gosta nem um
pouquinho de mim, por causa de um episódio ocorrido numa festa de fim de ano do
Colégio Oliveira Viana, onde eu lecionara por dois ou três meses.
Deu-se que fui com Wanda,
então minha namorada, que estava em Niterói a passeio, por alguns poucos dias, com um grupo de amigas do Liceu, de Cachoeiro
de Itapemirim, trazidas para Niterói, a convite da FESN e com acomodações
garantidas no Ginásio do Caio Martins. Dona Julieta, mãe de Tereza, que foi
namorada do Salvatore, era a chefe da delegação das meninas capixabas.
Salvatore estudou no Oliveira Viana. Atualmente presto assessoria jurídica a
firma que ele constituiu e é uma das maiores em seu ramo de atividade em
Niterói. Falo da NOCE - Administração de Condomínios.
O Paulo March, ou Riva, seguidor
deste blog e colaborador bissexto, conhece esta firma porque quando síndico do
condomínio onde reside, tinha a NOCE como contratada. Salvatore faleceu há
treze anos. Assim como o Bazhuni, há três anos e o Fernando Palma há mais tempo.
Mas eu estava no motivo
que fez a Hermínia, mulher do Senna, não gostar de mim. Falei da festa no
Oliveira Viana. Pois então, cheguei com Wanda e apresentei para a Hermínia,
como “esta é Wanda, meu passatempo de verão” (rindo). Hermínia levou a sério e
me censura pela vida afora, até hoje, embora já não nos encontremos há pelo
menos cinco anos, desde que o casal (Senna/Hermínia) nos convidou, a mim e a
Wanda, para um jantar no desaparecido “Sagrada Família”, para comemorar nossa vitória
num processo que patrocinei para o Senna. Observem que embora estejamos casados
há 49 anos, que somados aos 4 que tivemos entre namoro e noivado, perfazem 53
anos, o “passatempo de verão” não foi deglutido pela Hermínia. A Wanda acha
muita graça.
Mas não andamos as turras,
eu e Hermínia, antes pelo contrário, foi a mim que ela confiou a direção de seu
recém-comprado Fusca, zero quilômetros, para irmos a uma boate da moda na
estrada Amaral Paixoto, onde ela, depois de umas três doses de cuba-libre, tantas quanto todos nós, pedia
insistentemente ao crooner da
bandinha que cantasse “Rock’n Roll
Lullaby”, grande sucesso daquele tempo. Anos 1960. Ouçam, se
quiserem, utilizando o link a seguir:
Castelar e Senna, além de
trabalharem juntos na Marplan por um período, moraram no mesmo prédio na Mariz
e Barros aqui em Niterói. Prédio onde no salão de festas, há muitos anos (1972),
fizeram uma festa de despedida para mim e Wanda, que estávamos de mudança para
São Paulo.
Fui para São Paulo, levado
pelo Mário Castelar, já então um amigo de fé, irmão camarada, desde a viagem a
Juiz de Fora e as peladas na casa do Mascarenhas, pai da Hermínia e sogro do
Senna. O Castelar, hoje morando em São Paulo, me honra com sua amizade até
hoje, embora nossos contatos sejam mais virtuais do que presenciais. É autor do livro ao lado. Depois de ocupar uma vice-presidência na Nestlé, se aposentou. Mas ainda é um prestigiado e solicitado profissional de marketing, especialista em inovações.
Mas, dizia eu, ele me levou para São Paulo, tendo me
indicado ao Banco Português do Brasil, mais tarde absorvido pelo Itaú, quando
fui demitido por conflito funcional. Haveria sobreposição de funções a partir
da incorporação, pois o Itau já tinha uma boa estrutura na área de recursos
humanos, que era a minha.
Anos mais tarde, indiquei
o Castelar para a empresa textil do Grupo Matarazo, fato que provavelmente ele
não me perdoa até hoje, embora não mencione.
Antes de mudar para São
Paulo, por razões profissionais, o Castelar foi sócio do Hermes num estabelecimento
de ensino, o “Colégio São Paulo”, em São Gonçalo. Com estrutura muito pobre e
deficitário, o colégio não se aguentava e eles passaram adiante, lamentando muito. A grana deles
era curta. Alias de todos nós.
Na foto estão 3 personagens aqui citados, além do blogueiro. De pé, a partir da esquerda, o Senna (primeiro), Bazhuni (terceiro) e Hermes (o quarto). O blogueiro está agachado, último à direita de quem está olhando a foto.
Estou hoje aqui com estas
lembranças, reminiscências de uma época muito boa, quando as amizades eram
sólidas, havia segurança e paz na cidade de Niterói, onde todo mundo conhecia
todo mundo.
Teria outras
interligações, mas vou poupa-los, por enquanto, da cansativa leitura. E esta
foi apenas uma das tribos que frequentei. Mas houve outras.
Notas explicativas:
1) A foto foi tirada muito mais recentemente do que a ocorrência da maior parte dos fatos narrados, na sede campestre do Clube Libano Fluminense, presidido pelo Bazhuni. Houve outros destes encontros, lá mesmo, com os mesmos e outros participantes que não os daquela vez.
2) Mario Castelar, José Carlos Senna, Hermes Santos e Fernando Palma se bacharelaram em Direito. Nenhum advogou efetivamente porque tiveram melhor sorte em outras atividades.
3) O Aristóteles Palma Filho, hoje aposentado, chegou à presidência da Cia. Fiat Lux.
4) Sagrada Família era um restaurante localizado na Rua Domingues de Sá, em Niterói.