G.G. Marquez |
Em seu bom romance “Crônica de uma morte anunciada”, o premiado escritor Gabriel Garcia Márquez, que honra as letras latino-americanas, conta a história de uma morte anunciada com antecedência, daí o nome da obra.
O interessante é que todos, no lugarejo, sabiam, mas ninguém moveu um dedo, tomou
qualquer iniciativa, adotou alguma providência para evitar a morte, por
assassinato.
Assim aconteceu com o Vasco este ano. Desde o início da
temporada o time era apontado por todos os críticos como fraco, era mesmo, é só
consultar os arquivos, tido e havido como
sério candidato ao rebaixamento.
Bem, também no Vasco, a diretoria, a exemplo da população do
lugar onde transcorre a história narrada por Gabo, como é conhecido o grande
escritor colombiano, detentor do Nobel de Literatura, sabia, ou devia saber,
que a queda era iminente. Era só ler os jornais e acompanhar as criticas.
Não poupo ninguém da atual administração. Do presidente, que
sempre achei um palerma, à administração “profissional” contratada.
Não livro a cara nem mesmo, como fazem alguns, do Ricardo
Gomes. Também fiz um AVC - va lá,
felizmente para mim não tão grave – mas nem por isso me omiti ou descuidei de
minhas obrigações profissionais. Se ficou no cargo de diretor de esportes é
porque se julgava capaz.
Alguém é responsável por colocar em campo, com a camisa do
Vasco, para disputar uma partida da importância desta da última rodada,
jogadores tais como Wendel, Alessandro e Renato Silva.
Deus do céu! Nas peladas do campo do Diário Oficial, quando
na Av. Jansem de Mello, tínhamos jogadores muito mais habilidosos, criativos e
inteligentes. Provavelmente nas disputas do Instituto Abel também deverá ter
pai de aluno que joga muito mais do que estes citados.
Francismar. O famoso Francismar, foi contratado por
quem? E os que não queriam nada com
bola, apenas morar no Rio às custas de um contrato com o Vasco? Tipo André e
outros que nem irei mencionar porque seus nomes deverão ser esquecidos para
todo o sempre. Faziam parte do elenco, mas sem nenhum comprometimento com o
clube.
Pois é, o Ricardo Gomes, por ação ou omissão, tem muita culpa
sim. Eu já tinha algumas restrições a ele como técnico de uma seleção sub-23,
com Diego, Robinho, Elano, Maicon, Alex
(zagueiro), Daniel Carvalho, Nilmar e Dagoberto, entre outros excelentes
jogadores, que conseguiu a proeza de não se classificar nas eliminatórias
sul-americanas para disputar os Jogos Olímpicos em 2004, numa edição em que a Argentina ficou com o
ouro disputando a final com (acreditem) o Paraguai.
Ricardo Gomes em 2004 |
Foi uma vergonha não ter ido disputar as Olimpíadas, com um
timaço daquele. E o Ricardo Gomes era o treinador. Não estou falando de ganhar
a medalha de ouro, estou falando de sequer não se classificar nas
eliminatórias.
Leiam a matéria no link a seguir:
Voltando ao vexame de agora, no Vasco, temos uma
administração que não conseguiu negociar débitos, fazer acordos trabalhistas,
pagar em dia as contas de água, ter um centro de treinamento em condições
mínimas de higiene e conforto para as categorias de base do clube, entre outras
claras situações de má gestão, tem mais é que receber carta de demissão.
O paspalho, como diria meu pai, usando uma expressão de que
gostava muito, mas hoje em desuso, do presidente, por vaidade e ciúme, criou
uma crise com o Romário, sob todos os aspectos prejudicial ao Vasco.
O Roberto foi um bom jogador? Foi. Mas entre ele e Romário,
não tenho a menor dúvida em apontar o baixinho como mais jogador, mais importante, mais vencedor. Foi
campeão mundial e artilheiro no Brasil e no exterior. É, até hoje, lembrado no
Barcelona, onde fez história, e o tal Dinamite foi um fracasso lá, um blefe.
E a pinimba do Roberto com o Romário custou-nos dissabores e
dividas que estão aí para serem pagas. Ameaçou, até, a retirada da estátua do
baixinho de São Januário. É um sem noção.
O elenco do Vasco é muito fraco e a falta de dinheiro não pode
ser apontada como única causa. Outros clubes também viveram e vivem em crise
financeira, e contrataram melhor.
O Vasco deixou escorrer para o ralo muito dinheiro ,
contratando pernas-de-pau, sem futebol e sem brio.
E quem contrata, quem decide, é mais responsável.
Parece que haverá, hoje, uma reunião com a cúpula do clube, para convencer o presidente a se licenciar. E também sobre a permanência dos demais integrantes da administração e comissão técnica de futebol.
ResponderExcluirEu acho que o presidente tinha é que renunciar. A licença implica em que ficarão no poder os mesmos personagens que até agora não ajudaram em nada.
Eurico já se movimenta.
ResponderExcluir<:o)
Freddy
Quem pode acreditar na competência de um treinador (Dorival Junior) que indica a contratação de Francismar ? Para um time em sérias dificuldades como o Vasco?
ResponderExcluirPensar em Francismar como solução é de uma miopia (ou má-fé) sem limites.
Roberto, o estalinho, se recusa a renunciar. Sabem aquele provérbio chinês:
ResponderExcluir"O burro nunca aprende, o inteligente aprende com sua própria experiência e o sábio aprende com a experiência dos outros."
O panaca está manchando de vez a biografia dele. Não demora até seus feitos dentro de campo serão esquecidos.
Dois pensamentos respeitáveis se aplicam ao Roberto, chamado Dinamite:
ResponderExcluir"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta."
Albert Einstein
"Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam."
Confúcio
Para a história:
ResponderExcluirhttp://espn.uol.com.br/noticia/464735_um-idolo-enfraquecido-apos-seis-anos-na-presidencia-dinamite-se-despede-do-vasco-pela-porta-dos-fundos