27 de maio de 2011

O blog

Alguém já disse que no Brasil até o passado é incerto. Neste blog tanto o passado quanto o presente e, mais ainda, quanto ao futuro só há incertezas.

O primeiro que criei e teve vida efêmera, era muito ambicioso no objetivo. A proposta era debater temas importantes, colhendo pontos de vista plurais, para que todos os participantes pudéssemos consolidar nossas opiniões e formar juízo de valor. Isto foi há 4 anos.

Assim, com o intuito de ser um “forum de debates” ou “um tribunal filosófico/ideológico”, lancei o blog “Discutindo Direito”, onde a palavra direito não tinha a conotação, apenas, da ciência, mas também de ser uma coisa correta, educada, civilizada, com respeito a opinião divergente. Quanta pretensão não é mesmo?

Enviei e.mails para parentes e amigos informando sobre o blog e convidando para o debate. Lembro que os primeiros temas que propus foram: o primeiro, eutanásia; o segundo, utilização de células tronco embrionárias ( o STF não havia, ainda, julgado o caso, estava em fase de audiências públicas), depois as cotas raciais e outras ações afirmativas, em seguida a liberação dos jogos em cassinos, por fim, antes de desistir por falta absoluta de participantes, o tema foi pena de morte.
Bem, como já antecipei não houve respostas. Abandonei e encerrei o blog. Hoje, tentando resgatar na rede alguma coisa do blog que abandonei, verifiquei que existem vários com aquele nome, no Espirito Santo, em São Paulo e na Bahia. São de data mais recente.

Mas fiquei fascinado pelo veículo, pela abrangência, pela simplicidade da operação, pela facilidade de edição e, melhor de tudo, poder prescindir de suporte técnico, diferentemente do website (conteúdo jurídico) que tenho e para o qual dependo de suporte técnico da nora Erika.

Precisava de um objetivo para o novo blog a ser lançado e isto surgiu naturalmente de conversas com meus filhos que manifestavam, agora na fase adultos, curiosidade sobre o avô (paterno) que não conheceram. Então brinquei que no blog eu me daria a conhecer melhor, falando da minha vida, minhas posições polícicas/ideológicas, religião, opções futebolísticas e culturais a fim de que meus netos, futuramente, tivessem fonte de informação, se vierem a ter algum interesse, e para que pudessem fazer uma boa “biografia” minha.

Neste sentido, em todos os textos publicados, eu me coloco; mesmo quando estou falando do noticiário semanal (Atualidades), não me limitando a repercutir o fato, senão dando minha opinião.

Mas me dei conta de que se estou falando de uma época, outras visões são importantes para formação de cenários, sem contar que durante minha vida interagi com várias pessoas - na escola, no trabalho, na sociedade - cujas ações e opiniões tiveram influência na minha vida.

Daí para falar de pessoas e fatos foi um pulo.

Fui além, abrindo espaço para que parentes e amigos pudessem enriquecer o blog, com seus conhecimentos, experiências e produções artísticas e culturais. Pensei numa coletânea de crônicas de costumes.

Surgiram alguns poucos seguidores e foi preciso tirar deste espaço o caráter de diário, porque neste caso não poderia ser tão público.

Eis o ponto em que estamos.

Já publiquei, sempre com autorização prévia dos autores, textos de terceiros, parentes ou não, e agora já me permito convidar seguidores e amigos para que colaborem escrevendo sobre assuntos os mais diversos, fazendo jus ao nome do blog: generalidades especializadas.

Daqui a um ano, vai saber. O futuro é incerto.

2 comentários:

Carlos Frederico disse...

Blog é uma atividade entre prazerosa e frustrante. A gente fica feliz por disseminar nossas idéias, opiniões, procurando fomentar debates. Depois triste porque quase ninguém comenta. Dá impressão de estarmos falando com as paredes.
Eu faço "quase-blogs" via e-mail para um número limitado de contatos, que parecem cair num vazio...
Imagino sua encruzilhada.

Jorge Carrano disse...

Caro Carlos Frederico,
Confesso que no início, quando lancei meu primeiro blog, já abandonado, alimentava a expectativa de que teria retorno em forma de comentários, com sugestões, críticas e elogios(porque não?)
Todavia, mais tarde, alertado por meu filho mais velho, que é profissional da área de comunicação, ele mesmo autor/titular de um blog e diretor de uma firma que atua no ramo das coisas relacionadas a web e audio-visuais em geral, me dei conta de que não ocorreria o que eu esperava. As razões dele se confirmaram.
Mas você observou como abri um leque de fundamentos e motivos para manter o blog?
A propósito, continuo contando com suas colaborações, para me ajudar a manter algum interesse dos eventuais leitores atuais (muitos lêem mas não comentam) e também os pósteros.
Obrigado pela fidelidade e, quando achar oportuno, mande sua colaboração.
Abraço forte.