Pule os anúncios e assista em tela cheia.
Recebi de uma amiga e reproduzo abaixo porque achei bacaninha.
Adeus 2021, bem-vindo seja 2022
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Recebi de uma amiga e reproduzo abaixo porque achei bacaninha.
Hoje, 31 de dezembro de 2021, estou completando 57 anos de casamento, com a mesma mulher.
Aliás que a esta hora (são 08:35h), no longínquo 1964, estava na pensão onde me hospedava, em Cachoeiro de Itapemirim, tomando o monástico café matinal (café com leite e pão com manteiga), e iria tomar banho para me paramentar para o casório.
Esta pensão tinha uma comodidade - ficava defronte a casa da noiva - e uma facilidade - a diária era barata, a altura de meu salário, na Cia. Fiat Lux.
Banho tomado, barba feita, vesti meu primeiro terno no dia. Explico. Casei em duas cerimônias distintas, uma civil e outra religiosa.
Precisamente às 10:00 horas, com as portas e janelas abertas (como previsto em lei), na casa de meus sogros, o Juiz de Paz formalizou nossa união civil.
Somente às 18:00 horas, na igreja, haveria o ato religioso e iria ver minha noiva vestida como tal, de buquê nas mão. Eu com outro terno, desta feita preto e gravata cinza claro, quase prateada. Pela manhã o terno era azul marinho.
De lá para cá, dois filhos e dois netos, muitas alegrias, várias apreensões (febre das crianças, orçamento apertado, coisas que tais), algumas privações e apertos e eis-nos aqui comemorando uma união bem-sucedida de 57 anos.
Se somados aos 57 anos de casamento os 4 em que éramos namorados e noivos, cada qual morando numa cidade, em Estados diferentes, perfazemos 61 anos de respeito, tolerância e parceria, contados do primeiro beijo.
Uma certeza nós temos: gostamos muito um do outro. Acho que é mais do que amor, é um somatório de trocas. A despeito das dificuldades iniciais, realizamos algumas conquistas.
Aos 81 eu e 80 minha mulher, não sabemos quando terminará esta sociedade aqui no planeta Terra, mas enquanto for possível estaremos juntos, firmes e fortes.
Até mesmo seu opoente direto, de direita, apressou-se em reconhecer a vitória de Boric, nas eleições chilenas.
O Jair, nosso obscurantista e negacionista presidente, até este momento não se dignou enviar-lhe cumprimentos pela vitória, desejando-lhe sucesso.
Boric, de 35 anos, agnóstico e tatuado deverá ser o primeiro presidente, de viés de esquerda, a não ter ódio da direita.
Precisamos de novos ares no continente.
A última pesquisa revela que a rejeição ao Bolsonaro já atinge 55% (cinquenta e cinco por cento).
Como já escrevi aqui no blog alhures, e em cartas para as redações de jornais, quando atingir 75% (setenta e cinco por centro) teremos alcançado a imunidade de rebanho: ficaremos livres de qualquer risco de reeleição.
E não deve demorar tendo em vista seus pronunciamentos em lives e no chiqueirinho.
Além da condenação do uso de vacina nas crianças a partir do 5 anos de idade, provocou a "nação" rubro-negra em recente encontro com sindicalistas em São Paulo.
A horas tantas disse "aqui não é Flamengo, que pretendia ganhar tudo e não ganhou nada".
Acho que pela primeira vez na vida, e provavelmente a última, estarei solidário com a massa dos mulambeiros, apoiando a rejeição ao Jair.
Imagino que os rubro-negros devem dar o troco a altura, além de vitupérios, impropérios, apupos e xingamentos em geral, devem castiga-lo nas urnas.
Torcedor do Flamengo que votar no Jair vai virar jacaré.
A cada fala ele perde 1% das intenções de voto. Nesta toada perderia para o Enéas. Ou até para o Cabo Daciolo.
Quando enviei, ontem, mensagem de Natal e Ano Novo para nosso clínico geral, ele respondeu agradecendo e desejando muita SAÚDE no próximo ano.
Fiquei na dúvida se foi uma resposta meramente protocolar ou se ele estaria fazendo uma ironia. Se eu tiver boa saúde não precisarei dos serviços dele 😄😄😄
Isto remete-me a um fato real, ocorrido há alguns anos, quando generosamente um amigo velho de guerra ofereceu-me espaço e mesa no escritório de advocacia dele.
Deu-se que um belo dia ele foi procurado por um amigo (que eu conhecia) que queria contrata-lo para providenciar o divórcio.
Meu amigo advogado (professor e poeta), preparou a procuração e recebeu um sinal para dar início a ação judicial (na época não era possível a separação extrajudicial).
Após a saída do tal amigo, agora cliente, o Santos (este o nome de família do meu amigo generoso), comentou comigo que estes honorários viriam em boa hora.
Acontece que no dia seguinte o amigo/cliente, telefona e informa estar desistindo da separação pois conversou com a mulher e se entenderam, jurando reciprocamente um futuro de paz e harmonia entre eles.
Prá quê? Só faltou o Santos subir na escrivaninha e bradar "NÃO FAÇA ISSO! VOCE NÃO PODE DESISTIR!!!
Mas controlou-se, reprimiu o ímpeto e apenas argumentou que eles deveriam refletir muito antes de mudar de ideia. Estava clara a falta de sintonia entre o casal, haja vista que chegaram ao ponto de decidir pelo divórcio.
Aduziu, em tom argumentativo, que se a relação estava no ponto de ruptura, como era caso, dificilmente as coisas voltariam ao normal e talvez estivessem apenas protelando a consumação do rompimento da união.
Na cabeça do meu amigo advogado o pensamento era um só: além de não receber o complemento dos honorários pactuados, teria que, por razões éticas, devolver o sinal já recebido, eis que não prestaria o serviço.
Bem, o sujeito desistiu mesmo do divórcio, a despeito do esforço do advogado em sentido contrário.
O caso dele, como já mencionei aqui neste espaço, é de
interdição.
Jair Messias perdeu por completo suas funções cognitivas (se
um dia teve). Já tangencia a idiotice total.
Ficou furioso com a Anvisa pelo fato da entidade liberar a vacinação das crianças entre 5 e 11
anos.
Já sabotou a compra das vacinas; já fez uma leviana insinuação
de que a vacina tem relação com HIV; que quem tomasse era mariquinha; que
corria o risco de virar jacaré.
Denominou de gripezinha uma doença que já vitimou pouco mais de 620.000 brasileiros.
Sua insanidade chega ao ponto de ser contra o passaporte vacinal.
Se e quando a Polícia Federal investigar com o rigor e isenção necessários o
ataque cibernético ao sistema do ministério da saúde, encontrará as digitais
dele no ato criminoso.
Não tenho dúvidas de que o ataque foi praticado pela milícia
digital a seu serviço.
Só um louco de pedra, débil mental, poderia ser contra a
proteção para as crianças.
Ainda bem, para ele diretor, que Rego Barros tem mandato garantido
até 2024. Vai sobrar para o Queiroga, o que convenhamos não será de todo ruim.
Assistam ao vídeo e leiam as matérias utilizando os links a
seguir.
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/bolsonaro-furioso-anvisa-2/
https://veja.abril.com.br/blog/radar/bolsonaro-detona-o-chefe-da-anvisa-mas-tera-que-engoli-lo/
Com a sandice de hoje, espero que tenha perdido uns 10% dos votos que ainda tem. Para o bem do país.
Nunca imaginei viver o suficiente para ver surgir uma "escola" portuguesa de técnicos de futebol. Os portugueses estão em alta em todos os quadrantes. Tem brasileiro indo para Portugal estudar.
Mal e porcamente li alguma coisa sobre escola filosófica. Entre outras Kant e Platão.
Em Portugal presumivelmente teríamos boa escola de fabricação de tamancos, rivalizando com a holandesa. Sim, sem dúvida de fabricação de Vinho do Porto também.
Tirante Eusébio e Cristiano Ronaldo, nunca aplaudi um jogador português. Figo? Só os secos no Natal. E os turcos são melhores neste item.
O Flamengo está atrás de técnico, de preferência português.
O Vasco já contratou técnico com anúncio em jornal.
Estou surpreso, também, com as cepas do Novo Corona Vírus. A mais recente batizada de Ômicron.
Até então conhecia as cepas relacionadas as vitivinícolas: Cabernet, Chardonnay, Merlot, Syrah, Pinot Noir, na opinião de alguns a melhor casta.
Os tipos de uvas, próprias para fabricação de vinhos (nem todas são), também são denominadas castas ou cepas.
Já o vírus tem variante ou cepa. Os tornados, furacões, são batizados com nomes femininos, as variantes do vírus com letras do alfabeto grego. Ainda bem que já estamos na Omicron.
Tem gente que confunde a omicron com a omega.
Eis o alfabeto grego, para avivar a memória:
Raciocinemos. Jair tem aproximadamente 20% dos votos válidos. Decorrem do rebanho pastoreado por um grupo que por uma razão ou outra acredita nele Jair.
No curso da campanha ele poderá conseguir, a depender do que aconteça na chamada terceira via, mais uns 10% de eleitores. Nada além disso. Aposto! Mas poderá perder, igualmente, uns 10%. Estes últimos estão entre os que não aceitam Lula pelo que ele e seu partido representam. Poucos esquecerem da corrupção. E o alinhamento com os bolivarianos. Havendo opção, fora de Lula, eleitores do Jair migrarão para o nome da terceira via. Eu inclusive.
Já me antecipo na conclusão desta reflexão escrita. Jair não irá ao segundo turno, podendo até mesmo perder para Lula, que se elegerá no primeiro turno. O que será uma vergonha.
Vejam a sinuca de bico na qual está metido. Não poderá atacar frontalmente o candidato que emergir das composições na terceira via.
Ele precisará preservar o candidato da terceira via, a fim de que este candidato, seja lá quem for, tendo alguma chance, atraia eventuais votos de protesto em Lula. Ou seja, o candidato da terceira via, sendo viável, irá atrair eleitores de Lula que só votarão nele, com seus narizes fechados, para derrotar o Jair.
Meu voto está decidido. Será no candidato distante dos polos hoje praticamente definidos. Situação ideal, nem Lula e nem Jair.
Mas se não cristalizar um nome na terceira via, vou de Lula, sem dó e sem sentimento de culpa. Jair seria o último homem na face da Terra em quem confiaria até para ser síndico de condomínio.
Teria a alternativa, que me confere a idade, de não me comprometer. Mas a omissão não é de meu feitio. Ademais não arriscaria coisa alguma que pudesse levar à vitória de Jair.
Assim como eu - Madalena arrependida - milhares de outros brasileiros serão levados a uma guinada para a esquerda: Ciro ou Lula. Como Ciro não tem chance, restaria sufragar Lula.
Se Lula vier acompanhado do Alckmin, o que dará um certo verniz a sua candidatura, dificilmente perderá a eleição para Jair.
Perderá, apenas, para o nome que aflorar, por consenso, na terceira via.
Quem viver verá.
Estão ameaçando servir um prato indigesto: Chuchu com Lula. Alckmin e Luiz Inácio.
XX Bienal do Livro 2021 |
Notícia que me surpreendeu. Na recém terminada Bienal do Livro, foi batido o recorde de vendas, em volume físico e faturamento. Foram vendidos mais de 2 milhões de livros.
👏👏👏👏👏👏👏
Cuca não é chamado de Mister. Não é homônimo do filho do Homem. Mas soube gerenciar o bom elenco do CAM. Com toda justiça está conquistando os títulos mais importantes da temporada e reforçando o caixa do clube.
Chegaram as minhas mãos, emprestados pelo primogênito: "Os três imperadores", de Miranda Cartes e "O enigma de Espinosa", se Irwin D. Yalom.
O recesso do Judiciário vai me propiciar um pouco mais de tempo e ...
Os três imperadores não pertencem à matemática, mas são primos entre si. E netos da lendária rainha Vitória.
A terceira via está muito diluída, muito fragmentada, além de não oferecer um nome animador: Moro, Ciro, Dória e Simone, por enquanto.
O problema com a Simone Tebet, é que fico me perguntando se ela poderia vir a ser uma Thatcher ou uma Merkel.
Uma vez mais o Vasco se transforma em pioneiro na aceitação da participação e ajuda das mulheres e sua consequente valorização, como personagens importantes, históricas.
Foi o primeiro clube de massa, no Brasil, a ter uma mulher como chefe de sua torcida : Dulce Rosalina.
Respeitada e admirada liderou durante anos a imensa torcida sempre colocada à direita das cabines de rádio (e das sociais) do Maracanã, lugar que o clube conquistou por ter sido o primeiro campeão carioca na era do estádio.
Dulce Rosalina |
Camila Farani |
Carol Paiffer |
https://oglobo.globo.com/esportes/futebol/1022241-empresaria-que-prometeu-ajudar-vasco-carol-paiffer-se-encontra-com-diretoria-em-sao-januario-25294111?utm_source=globo.com&utm_medium=oglobo
Na foto abaixo o antigo Mercado São Pedro, na Rua Visconde do Rio Branco, antes do aterramento efetuado, que deixou o mar mais distante.
Percebe-se uma pequena e estreita faixa de areia, onde ficavam os barcos dos pescadores e seus pequenos barracos de madeira onde guardavam seus apetrechos.
Já cometi a heresia de comparar este antigo mercado, que era constituído de boxes de uma lado e de outro do corredor que terminava mar adentro, com a famosa Ponte Vecchio, existente sobre o Rio Arno, em Florença, na Itália.
O local (em Firenze) é histórico acreditando-se que é da época do ápice do Império Romano, feita em madeira.
Também lá existem lojas pequenas que vendem joias, bijuterias e souvenires.
Observando-se as arquiteturas dá para comparar. Tanto os boxes do mercado quanto a lojas da ponte têm janelas sobre o mar e o rio, respectivamente.
Os peixeiros, depois de limpos e descamados os peixes, a pedido do fregueses, atiravam pelas janelas as vísceras, cabeças e barbatanas, o que atraia alguns pequenos peixes para os arredores.
Nesta mesma época, aqui em Niterói, existia uma organização comercial da família Fuscaldo, que vendia produtos importados e fabricava massas (se bem me lembro), e atendiam a classe média.
A seguir um anúncio da empresa, em uma das mídias da época, ao lado do rádio: jornais.
Havia um outro, o Instituto Abel, de orientação lassalista, que na sua origem era destinado aos meninos com vocação sacerdotal.
Os dois destinados as meninas eram o N.S. das Mercês, no Fonseca e o São Vicente de Paulo, em Icaraí.
Abaixo duas imagem do São Vicente, na Rua Miguel de Frias. Numa delas, vê-se ao lado da edificação alguns modelos de automóveis populares na época: Aero Willys, Volkswagen Fusca e Dodge Polara.
O bonde abaixo fazia o percurso até o Rodo de São Gonçalo. Lá fazia-se baldeação e pegava-se outro até Alcântara.
Neves já é bairro de São Gonçalo.
Pouco importa sua fé religiosa. Esta cerimônia mexe com nossas emoções. Trata-se da Missa do Peregrino, na catedral de Santiago de Compostela, na Galícia, na Espanha.
O templo sempre lotado nesta cerimônia, às 12 horas, cria uma atmosfera propícia para soltarmos nossas emoções, em razão do grande coral, composto pelos romeiros e conduzidos por religiosos com vozes treinadas de tenores e sopranos, entoando cânticos gregorianos; o botafumeiro (incensário) em seu percurso no alto da nave expelindo aroma de essências, é uma coisa indescritível.
Botafumeiro |
As
unidades do Tribunal de Justiça do Rio não funcionarão na próxima quarta-feira
(8/12), Dia da Justiça. A medida está prevista no art. 66, I, da Lei 6965/15,
que dispõe sobre a organização e divisão judiciárias fluminenses.
Na data também ficarão suspensos
os prazos processuais. O Aviso TJ nº 146/2021 foi publicado nesta sexta-feira
(3/12) no Diário da Justiça Eletrônico.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ)
regulamentou, nesta terça-feira (28/09), o Plantão Judiciário do recesso forense,
que acontecerá de 20 de dezembro de 2021 a 6 de janeiro de
2022.
https://www3.tjrj.jus.br/consultadje/consultaDJE.aspx?dtPub=28/09/2021&caderno=A&pagina=3
Lembram da mulambada, ou como eles preferem, da urubuzada sacaneando a torcida vascaína pelos vices campeonatos que acumulava ao longo de sua história um pouco mais recente?
Pois bem, agora os Apolinhos da vida, entendem que a campanha do time deles não foi um FRACASSO como rotularam alguns. Na verdade foi exitosa. Afinal foi vice-campeão do brasileirão 2021; foi segundo colocado na Libertadores e por pouco não conquistou a Copa do Brasil
KKKKKKKKK, rsrsrsrsrs, ha ha ha ha
Três vices, nas competições mais importantes da temporada. Com elenco milionário, de outro patamar.
De parabéns está o Botafogo que compreendeu que disputava a série "B". Montou um elenco de série "B", com um técnico afeito à segunda divisão, com padrão de jogo adequado àquela divisão.
Não só retornou, com sobras, à chamada elite, como levou mais um troféu.
E de parabéns mais efusivos está o Atlético Mineiro. Se organizou, contratou certo, jogou sem salto alto e levou o cobiçado título.
E está o CAM, popular Galo, se planejando melhor do que o rubro-negro carioca em busca do protagonismo, que a mulambada pretendia, no cenário internacional. Daqui a dois anos terá sua moderna Arena, coisa que a urubuzada não tem. Vai pagar aluguel o resto da vida ... e sendo vice-campeão disso e daquilo. VIVA!!!
Vou tentar situar no tempo e no espaço o que pretendo
comentar. Corriam os anos da década de 1940 e a II Guerra Mundial tinha acabado
oficialmente, com a rendição dos alemães. E chegada, na Baia da Guanabara, dos
pracinhas brasileiros que combateram ao lado dos Aliados, em campos da Itália.
O local era o bairro Ponta D’Areia, não muito distante do
Centro de Niterói. A rua na qual residíamos era a São Diogo,
Não lembro o nome do menino (de minha idade) porque não fomos
coleguinhas de escola, não jogamos peladas ou soltamos cafifas juntos. Episodicamente
nos encontrávamos.
Ele morava próximo. Na verdade a casa dele ficava na Vila
Pereira Carneiro, na divisa desta, murada, com o lado do bairro (Ponta D’Areia),
onde eu residia. Um pouco mais para a direita do morro e um pouco mais para baixo,
fica (ficava?) uma vila de casas geminadas, idênticas, estilo que lembrava vila
operária, onde minha família morava.
O acesso a esta vila se dava pela Rua São Diogo, no número 21
desta rua sem calçamento, de terra batida.
O que me atraia na casa dele, era o pombal. Sim, ele tinha um
pombal. Avistava-se desde longe, uma vara de bambu, na ponta da qual tremulava
uma pequena bandeira (um pedaço de pano branco). Orientação para os pombos.
Nesta época, nos meus 8 ou 9 anos de idade, esta ave me
atraia. As brancas, as cinzas, as rajadas de marrom, numa variedade grande de
matizes. Entretanto percebia-se a formação de alguns grupos de mesmos caracteres
hereditários.
Gostava e ir lá, pelo morro,para ver de perto ao pombos.
Na minha santa inocência, o pombo era a ave da paz. Era a
anunciadora de vida, com raminho de planta trazido no bico. Era um correio
confiável desde tempos imemoriais, medievais. E compunha pinturas sagradas,
religiosas, ao lado de anjos e santos.
Enfim, uma ave do bem. Até que cresci a comecei a conhecer
melhor suas facetas condenáveis: emporcalhavam estatuas e outros monumentos públicos,
peitoris das janelas e igrejas.
Ademais eram (são) transmissores de doenças. Considerados
ratos com asas. Puxa! Que decepção.
Assim, para mim, o pombo perdeu seu glamour, sua simpatia,
sua condição de portador de boas novas.
O mesmo se deu, no campo político, com certo parlamentar, que
embora contando já com alguns mandatos,
era desconhecido do grande público. Afinal transitava num pequeno gueto, um
feudo formado por militares e policiais. E agora, sabe-se, milicianos.
Jamais tive despertada minha atenção para a atuação parlamentar
dele. Nunca apresentara um projeto relevante, nunca presidiu uma Comissão,
nunca liderou uma bancada, em suma uma negação, uma nulidade.
Integrando o chamado “centrão”, grupo parasitário do
Congresso, incapaz de se manter fiel a uma sigla partidária, tendo transitado
por várias delas ao sabor de interesses pontuais, surpreendentemente sem vínculos
ideológicos, mas somente fisiológicos, jamais teve meu voto.
Mas deu-se que de repente, do nada, surgiu como o nome capaz
de derrotar o PT e o lulismo.
Meu horror ao governo petista, que combinava explosivamente
corrupção com incompetência, me assombrava. Eu estaria (se pudesse) no rol dos
brasileiros ansiosos por deixar o país por conta da possível permanência petista
no poder. Afinal eles tinham um projeto de poder, não de governo, bem articulado.
O tal obscuro parlamentar despontava como adversário do PT, capaz
de acabar com a corrupção, com a política populista, da prática do toma lá, da
cá, do é dando que recebemos, dos clãs, do viés socialista sindicalista.
Enfim tudo que eu execrava.
Embarquei na campanha e sufraguei seu nome nas urnas.
Quando ele se revelou, tirou a máscara, trouxe aos holofotes
sua família, exibiu seu negacionismo, sua vocação nazista, fiquei sem chão,
perdi a fé e o respeito por ele, e tudo que passou a representar no cenário político.
Assim como aos pombos, o desprezo como um ser nocivo, detestável, que precisamos apear do poder.
Tenho foto semelhante a esta abaixo, que fiz quando o "gênio aspone" da Prefeitura, ainda não implicara com o arbusto que brotou e se desenvolvia, espontaneamente, na Pedra de Itapuca, ex-cartão postal da cidade antes da construção do Museu (MAC).
Não é que o desocupado mandou arrancar, eliminar, o arbusto porque ele poderia causar danos à pedra.
Ora vejam só, entre um ser vivo, vegetal, e uma pedra inanimada, ele preferiu preservar a pedra. Para mim um idiota que contraria a natureza.
Há anos publiquei a foto da Itapuca (com o arbusto ainda vivo) questionando o absurdo a ser perpetrado pelo gênio da botânica e da geologia.
Eis os links, entre outros:
http://jorgecarrano.blogspot.com/2018/01/e-pau-e-pedra.html
http://jorgecarrano.blogspot.com/2021/10/at-last.html
Na segunda foto (acima), ambas publicadas em matéria d'O Globo, em sua edição de 21 de novembro último, no caderno NITERÓI, vê-se uma pedra (ilhota?) de dimensões e volume aproximados aos da Itapuca, inteiramente coberta por arbustos, convivendo em harmonia com a pedra onde cresceram.
Provavelmente longe dos olhares do especialista ou palpiteiro da prefeitura.