Marginais de todos os matizes tinham vida pregressa.
Por isso precisávamos de dois documentos para pleitear até
vaga em escola/universidade pública: atestado de bons antecedentes e folha corrida.
O primeiro era obtido com alguém de reputação ilibada, respeitado
na sociedade, enfim alguém confiável. Geralmente eu pedia ao médico da família.
Teria a opção de vereadores e deputados amigos de meu pai. Mas sempre evitei, embora tenha conhecido políticos realmente voltados para o interesse coletivo, merecedores de respeito e reconhecimento.
Já a folha corrida era obtida na Polícia mesmo. Eles tinham o
histórico delituoso do requerente. Punguistas de menor poder ofensivo,
apontadores de jogo do bicho, desocupados em geral, apanhados na rua sem carteira
profissional eram considerados vadios. Já pensou nos dias de hoje alguém ser
preso por vadiagem, com o alto índice de desemprego?
Volto à vida pregressa do título. E pego a folha corrida do
presidente. Não a policial, mas a política.
Ele foi deputado federal por 28 longos anos. Ao fim e ao cabo
das sete legislaturas, jamais apresentou um projeto, transformado em lei, que
fosse de interesse de toda a sociedade. Algo relevante.
Nunca foi líder de oposição ou situação. Em tempo algum
presidiu uma comissão.
Esgotados os meus adjetivos correlatos: nunca, jamais, em
tempo algum, simplifico objetivamente: pertencia ao baixo clero, hoje intitulado "Centrão", com eleitorado cativo, tipo rebanho,
Bem, ter seguidores não é tarefa difícil. Maradona virou
religião; Hitler ainda tem fanáticos seguidores de sua filosofia; Peron ainda é
lenda para alguns poucos, mas fieis seguidores; e assim por diante. Vou direto
ao reverendo Moon, para deixar claro o
meu parecer.
Quando se está praticamente desenganado pela medicina
(ciência), somos capazes de atos impensados, inconsequentes, tresloucados, tais
como comer crista de galo macerada com vinagre balsâmico; ir ao banho de mar de
madrugada; procurar João de Deus; ou o “Pai de Santo” da moda.
Tudo vira fé para salvar nossa vida ou de entes queridos.
Mas o que se imaginava
ser um remédio amargo, na verdade era um veneno.
Assim como topei trocar Dilma pelo Temer, topo trocar o
capitão pelo general Mourão.
E se Mourão for candidato em 2022 já conta com meu voto,
mesmo sendo rubro-negro. Talvez vire a bola da vez, mas tentativa e erro não deixa
de ser um método de aprendizado.
Vice do capitão não será de novo, porque já foi descartada esta hipótese. Deverá ser algum nome do “Centrão”.
O "mito" (gosto não se discute) pensa que Dória é seu maior adversário; mas o inimigo pode estra mais próximo do que ele imagina.