30 de outubro de 2018

Joaquim Barbosa "baixou" Raul Seixas

O ex-ministro baixou o espírito do Raul Seixas.

Preferiu ser uma metamorfose ambulante do que ter a velha opinião formada.

Como observou uma seguidora em comentário no post anterior, quem sabe ele estava de olho no ministério do Haddad?

Enquanto Barbosa nos deixa a todos perplexos, por optar pela metamorfose, numa cela em Curitiba:


Encerro esta postagem endossando o texto da imagem abaixo, porque expressa meu pensamento e poupa-me o esforço intelectual para escrever algo parecido.


NOTA:
Recebi via e-mail as imagens publicadas, sem indicação de autoria. Identificados os autores darei os créditos devidos, ou deletarei se os autores assim preferirem.

29 de outubro de 2018

Hibernação


Disse que iria hibernar alguns poucos dias, para curar a ressaca das eleições. Durante as campanhas de primeiro e segundo turno empenhei-me bastante, envolvi-me ao máximo colocando-me como o beija-flor da história de viés filosófico ou se preferirem do aforismo. Ou história da carochinha.

E vou, pelo menos até o final desta semana.

Mas o texto que publico abaixo se encaixou, como uma luva, na minha perplexidade diante da decisão do ex-ministro Joaquim Barbosa de não só apoiar como sufragar o nome de um proeminente membro da quadrilha que ele condenou com pompa e circunstância.

Inacreditável e inaceitável! Algo está errado; algo está podre no reino da Dinamarca.

O testo é de Luciano Meni*.

"Enquanto o candidato Jair Bolsonaro lhe inspira medo, o que me causa estarrecimento é ver um Ex-Ministro da mais alta Corte brasileira, um dos responsáveis pelo julgamento da Ação Penal que condenou diversos membros da facção criminosa (vulgo PT) pela estratégia mais podre deste país, chamada de “mensalão”, consegue, anos depois, declarar publicamente seu voto neste sórdido partido.

Confesso que sempre tive um “pé atrás” com “Vossa Excelência”, talvez em razão de seus pífios “pitis” durante os julgamentos, creio que derivado de seu amor mal resolvido, incubado, por Gilmar Mendes.

Suas liturgias verborrágicas nada mais eram que encenações na busca de holofotes. Hoje se vê que seu brado era dissimulado.

Por fim, manifesto que, em minha acatada opinião,  de “Excelentíssimo” nada o senhor possui. Ademais, o senhor me envergonha como cidadão, como advogado e como eterno estudante de Direito. 

Como atual Presidente da Comissão de Ética da 23 subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, me sinto na liberdade de me manifestar afirmando que um magistrado que avaliza a perpetuação da corrupção não merece nenhum respeito, nem pessoal nem profissional. 

Sou capaz de garantir que as instituições serão mantidas e se fortalecerão, que a Constituição e as leis criminais serão mais respeitadas, e que, com esperança, a impunidade será um capítulo de páginas viradas da história deste país!

Que sua toga descanse em paz...pelo bem do futuro da nova pátria que se iniciará HOJE!

(Luciano Meni)"

*Advogado atuante na seara Cível Empresarial, abrangendo as áreas de Propriedade Intelectual (Marcas e Patentes), Direito do Consumidor e Direito Contratual.

Pós graduado Mestre em Direito (2012), especialista em Contratos pela Fundação Getúlio Vargas (2009) atuou como assessor jurídico de marcas (trademark) e patentes do Núcleo de Inovação, Transferência de Tecnologia e Empreendedorismo (NITTE) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) no período de 2009 até 2013.

Atualmente exerce suas atividades como Advogado gestor do escritório Advocacia & Assessoria Me. Luciano Meni e Asssociados, e também como assessor e consultor da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá- INOVAI, desenvolvendo atividades relacionadas à Propriedade Intelectual (Marcas, Direito Autoral & Patentes), Termos de Confidencialidade, análise e desenvolvimento de contratos; análise, execução e rescisão de negócios jurídicos; direito societário, elaboração de Estatutos e Regimentos, além de ministrar palestras aos incubados e sociedade em geral.

28 de outubro de 2018

UFA !!!

Confesso que estou aliviado, estive apreensivo neste últimos dias, porque a minoria ruidosa é proativa e muito agressiva.

Manifestei esta preocupação nas últimas postagens.


E há, no país, um enorme contingente de pessoas que vivem de assistencialismo, em especial no nordeste, mantidos em estado de pobreza, sem oportunidades  de saírem da miséria, porque esta é a estratégia da esquerda.

Sim, tem também os artistas que mamam nas tetas da Lei Rouanet, e pseudos intelectuais de meia tigela, que apoiam a esquerda por motivos óbvios.

Desde o impeachment de Dilma, resolvi me engajar no esforço de apear o PT do poder, como jamais fiz, nem nos dias de minha  juventude.


Sinto-me recompensado. Participei de "panelaços", passeatas com camisetas, soprando pitos, e gritando palavras de ordem. Fora PT! Lula na cadeia!

🐵📅📅📅📅📅📅📅



Agora falta:
1) Gilmar Mendes se aposentar; afinal ele prometeu na hipótese  do Bolsonaro sair vitorioso do pleito.
2) O Vasco não ser rebaixado para a série "B", do brasileirão.

Agora vou hibernar por alguns dias, meditando e relaxando para retomar a rotina de trabalho.




26 de outubro de 2018

Onde estavam a PGR, o STF, a Folha de São Paulo et caterva, quando ...

Não frequento o Facebook. Não conheço Layla Amorim Roxo. Nem de nome conhecia até ontem, quando entrou um comentário que reproduz o que seria um depoimento da Layla na mencionada rede social.

Como a pessoa que postou o comentário é minha conhecida - muito - é idônea e está no Facebook, presumo que a origem do texto a seguir está claramente comprovada.

O texto não contém uma inverdade sequer. Tudo aconteceu e da forma relatada.


"Lula convocou o exército de Stedile, e ninguém disse nada; o Vice Reitor da UFSC disse que tinha uma boa espingarda, uma boa bala e uma boa cova para a burguesia, ninguém disse nada; Benedita da Silva disse que vai correr sangue; ninguém disse nada; Gleisi disse que vai ter guerra, ninguém disse nada; presidente da CUT, nas dependências do Palácio do Planalto, disse que vai pegar em armas, ninguém disse nada; Zé Dirceu disse que o PT vai tomar o poder, ninguém disse nada; o Mesmo Zé disse que tem que tirar o poder do STF e do Ministério Público, ninguém disse nada; disse também que nem sabe porque o Supremo chama-se Supremo, por que de Supremo nada tem, e que nem poder é, não vi nem ouvi nenhum manifestação de qualquer dos Ministros daquela Corte; Wadi Damous, ex-presidente da OAB/RJ, disse que tem que acabar com os poderes do STF, Ministros quietos; deram uma facada em um candidato à Presidente da República, o que ouvi foram apenas declarações cínicas e formais. Agora um deputado, respondendo uma pergunta, diz uma bobagem que só da desinformação ou da cretinice pode-se extrair alguma ameaça, e o mundo vem abaixo. 
Pergunto: - Que país é esse?" 

25 de outubro de 2018

Apreensão

Estou apreensivo.  Das urnas e da cabeça de juízes  pode-se esperar qualquer resultado.

Uma das piadas mais antigas e surradas, no ambiente forense, é a do advogado que afirma jamais haver perdido um causa. E explica que quem perde é o cliente pois ele cobra os honorários adiantadamente.

Poderia aduzir que em alguns casos quem perde não é o advogado e tampouco o cliente. Perde a Justiça.

Fiz esta digressão para chegar ao ponto que pretendo fixar. Fiz minha parte, segundo minha compreensão nesta fase de campanha.

Atuei, como cidadão/eleitor nos limites de minha opinião, defendendo a candidatura do Bolsonaro.

Menos por ele, mas pela minha posição anti-petista. Gostaria que pudéssemos colocar  o lulopetismo fora do cenário político, como já aconteceu com o getulismo, com o peronismo e outros movimentos liderados por populistas, que se esgarçaram, desidrataram por uma razão ou outra.

Então encerro com a seguinte assertiva: se Haddad vencer o perdedor não serei eu, será o Brasil.

Pinçada via Google

24 de outubro de 2018

Literatura de cordel


(Autor desconhecido)



"Meu amigo, minha amiga 
Meu prezado cidadão 
Vou mandar o meu recado 
Preste muita atenção 
Não precisa tanta briga 
Por causa de eleição.

Neste tempo eleitoral 
Há quem perca a razão 
Há quem brigue com amigos 
Faz intriga e confusão 
Eleição é passageira 
Amizade não é não. 

Cada um tem liberdade
Cada um tem o direito 
De votar onde quiser 
E merece o respeito 
Cidadão que é cidadão 
Tem que agir é desse jeito.

Tenho minha posição
E já sei onde votar 
Nem por isso com os outros 
Necessário é brigar 
Quem não vota como eu voto 
Só precisa respeitar. 

Se você é eleitor 
Consciente e tem noção
Compartilhe essa ideia 
Com toda população 
Não discuta com ninguém 
Por causa de eleição.

E em 28 de outubro
Com cabeça ou coração
Vote em quem quiser
*Mas, por favor.!*

*#13Não!* "

😄😄😄

23 de outubro de 2018

PIADAS DO FACEBOOK

Como já sabem aqueles que me privilegiam com suas visitas virtuais e aqueles amigos próximos, além dos familiares, não participo de nenhuma rede social.

Essa coqueluche do momento - WhatsApp - nem sei como funciona, mas recebo, dos mesmos amigos próximos e parentes, as boas piadas, as boas charges e as boas fotos que aparecem no Facebook.

Como exemplo republico a seguir algumas boas piadas que acabam de chegar em meu notebook via e-mail:

"Gente doida!!! Perguntaram se eu tinha 

militar na família p/votar noBolsonaro, 

disse, NÃO, perguntei, VC TEM LADRÃO

 na sua p/ votar no PT? 

me bloqueou!!! 😟😟"

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

"Milhões de robôs.
Melhor do que
Robô milhões,
né  Lula e CIA?"

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


"Lula gritou lá dentro da cela:
- Qual a senha do Ai-Fai?
O carcereiro respondeu:
- *bolsonaro17* tudo junto!"


😟😟😟😟😟😟😟😟😟

Participação espontânea

Não foram necessárias providências tais como fornecimento de transporte, oferta de sanduíche de mortadela, diária de R$ 50,00, nada em troca da participação.

Fomos todos espontaneamente, apenas avisados do local, dia e hora. E fomos porque nosso partido também é o Brasil.

Em todo o território nacional. Alguns exemplos a seguir:

Icarai - Niterói

Niterói - outra imagem











A Folha de São Paulo, jornal oficial do lulopetismo, não sabe o que é isso.

22 de outubro de 2018

Peixe morre pela boca

O filho do Bolsonaro - Eduardo - e seu vice - Hamilton Mourão - precisam ficar de boca calada.

Não é momento para arroubos juvenis e muito menos bravatas de caserna.

Devem seguir o conselho originário da sabedoria popular: em boca fechada não entra mosca.

O próprio candidato também é um destemperado verbal e deve pesar e medir suas palavras. 

Aconselho uma lidinha n' O Príncipe, do mestre da ciência politica Maquiavel.


21 de outubro de 2018

UTILIDADE PÚBLICA

Em razão do conteúdo do post anterior e com a finalidade de facilitar para nossos poucos mas bravos e valorosos leitores informo:


Se você pretende fazer uma depuração completa, uma assepsia definitiva que o livrará de todos bacilos, vermes e micróbios da imprensa use os contatos a seguir:


Para conhecimento desta imprensa vendida aos vermelhos, em especial a Folha de São Paulo.




NOTAS:
1) Morei em São Paulo alguns anos e fui assinante do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO. Era respeitado e respeitável.
2) Ultimamente tenho lido criticas a postura do jornal que estaria comprometido com o lulopetismo.
3) Este vídeo que teria um editorial do Estadão colocou-me em dúvida. Fica a ressalva.




Folha ... de papel higiênico

Tem um jornal editado em São Paulo que não serve nem para limpar a bunda. Ele é tão sujo que ao invés de limpar iria te sujar mais.

Minha indignação é tão grande que tenho dificuldade de expressar em palavras o que sinto pelo tal  pasquim. Em uma palavra: NOJO.

Forjou uma matéria, um factoide, em conluio com a quadrilha que se escuda na sigla partidária PT (partido de trambiqueiros), com o objetivo de difamar o candidato que o povo está elegendo.

O PT e seu house organ não sabem o que é militância espontânea. Adesão a uma causa. Os militantes vermelhos sempre são remunerados.



Os paulistanos já reprovaram Haddad. Não se reelegeu prefeitos e teve índices baixíssimos de aprovação. Se não serviu para prefeito servirá para conduzir os destinos do país?



Mas o pior é que este Haddad é um poste do presidiário, um boneco de ventríloquo. Quem governaria, vejam só, numa indesejável e felizmente improvável administração petista seria o molusco.



A campanha dele tenta da tudo: muda as cores deixando o vermelho substituindo-o pelo verde e amarelo; elimina a imagem do Lula de suas peças publicitárias, e deixa de visita-lo na cadeia; deleta a  estrela simbolo do partido; só falta agora fazer o que a imagem abaixo sugere:



Ficamos nós outros, eleitores do Bolsonaro, sem condições de criar fake news. Haja imaginação.




Já que falei do eleitorado paulista e paulistano, acho que eles deveriam julgar e condenar esta Folha que toma emprestado o nome da cidade e do estado.

Aliás deveriam fazer melhor, um strike pondo no chão o bando composto por Folha de São Paulo, Datafolha e UOL.

Cancelar assinaturas ou deixar os jornais amarelando nas bancas seria uma boa maneira de mostrar a repulsa com a mentira, a manipulação, a distorção da verdade, a instigação da desordem, do pânico, a semeada do terrorismo.

Esse instituto datafolha (assim mesmo uma coisa menor) que se vende, trás ao debate e coloca na mídia uma hipótese que sequer tangencia a preocupação do brasileiro, da parte ordeira e trabalhadora da sociedade, que é a ditadura.

Isso se chama terrorismo, oportunismo, coisa de gente de mal intencionada. 

Você está preocupado com a ditadura? Eu não !!!

Há risco evidente de vir a ser implantada? Só se esta canalha vermelha insistir em sua tese bolivariana para nos transformar em Cuba ou Venezuela. 

Isso seria rechaçado por todo brasileiro não beneficiário de um regime totalitário, de viés sindicalista, manipulado por pseudos intelectuais e artistas.

19 de outubro de 2018

ALÔ, CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA FEDERAL


Todos já devem ter visto este vídeo. Este juiz ensina, com sorriso nos lábios, fazendo chiste, como fez uma engenharia fraudulenta para    se locupletar com R$ 4.000,00 mensais.

Se isso não é vigarice não sei o que é fraude contra o erário.

E é coisa de ladrão de galinha, se enlamear por R$ 4.000,00  E ainda envolve um colega, o substituto, no estelionato. Quem seria este co-autor?

Pergunto a Corregedoria-Geral ou ao Conselho da Magistratura, ou a quem de direito, se esta absurda confissão vai ficar impune, vai ficar por isso mesmo?

Além de outras sanções aplicáveis ele deveria ser compelido a devolver aos cofres públicos o dinheiro que recebeu através de "engenharia" que concebeu como um marginal qualquer.

Não estou sugerindo que votem no Eduardo Paes, o que NÃO farei em hipótese alguma será sufragar este bandido de toga.


A imagem do Judiciário já está tisnada em face de decisões absurdas, favorecimentos, venda de sentenças. Mesmo na mais alta corte algumas decisões deixam estarrecidos os cidadãos de bem.

Quem quiser cobrar da Corregedoria ou do Conselho da Magistratura, acesse:


ou

Conselho da Magistratura


ou escreva para os jornais; sei que está difícil encontrar imprensa descomprometida mas não podemos nos calar.

Ademais disto ele precisa explicar suas relações amistosas com advogados de traficantes:



Volto a repetir, não gostaria de votar em branco, mas está difícil porque por outro lado o Eduardo Paes fez  afagos no Lula e manchou seu curriculum.

Não sei se Paes é corrupto, faltam provas e condenação. Mas foi/é amiguinho do presidiário.

18 de outubro de 2018

Já foi assim ... nos esportes

Homem jogava futebol. Se era mais alto, acima da média, talvez jogasse basquete. Voleibol era para as mulheres e alguns poucos meninos que eram então chamados de viados. Agora seriam homossexuais (homoafetivos).

Tinha exceções, como por exemplo na equipe do Liceu Nilo Peçanha. Vide foto abaixo, na década de 1950.



Até  o treinador da equipe secundarista da FESN* era uma mulher, portanto no caso treinadora. Chamava-se Nelize Tortelli (com perdão se grafia está equivocada). Os professores de educação física não valorizavam o voleibol feminino. Com raríssimas exceções.

Nos últimos anos a prática do voleibol disseminou pelo país, atraindo jovens altos e fortes, melhorando muito o desempenho das seleções nacionais, que têm obtidos resultados internacionais importantes, em Olimpíadas e campeonatos mundiais.

O jogo das mulheres também evoluiu muito, quando as jogadores deixaram de ser apenas bonitinhas, cm shortinhos justos (nada contra) e passaram a desenvolver força e impulsão.


Voleibol feminino, do Liceu Nilo Peçanha
Futebol era jogado em qualquer espaço plano. Nas ruas, com os gols improvisados entre sandálias ou pedras. Nas praias, com balizas onde existiam, ou gols improvisados com a colocação de camisas emboladas ou calçados: tamancos, sandálias ou tênis.



Isso porque em geral, nas peladas*,  uma equipe jogava com as camisas vestidas a outra tirava a camisa. Camisa comum, não a de um clube. Era raro a petizada ter dinheiro para comprar a bola de jogo, imaginem comprar camisa de clubes. Impensável!!!

Se não havia bola de capotão - a número 3 - pois a 5 era a profissional, jogávamos com bola de borracha, ou de meia*, ou qualquer coisa que deslizasse se chutada.

Mesmo os meninos sem habilidade (é coisa inata), podiam jogar as peladas desde que fossem os donos da bola. Nem que fosse como goleiro eles tinham lugar garantido.

Jogar no gol era a condenação para os inabilidosos ou os donos da bola (quando sem talento, vocação para o jogo). Daí que no Brasil levamos anos até que fossem criados treinamentos para formação de goleiros.

Como mencionei, havia dificuldade para comprar as bolas; então os meninos de famílias com mais posses, que ganhavam bolas no Natal ou em seus aniversários, garantiam presença nas peladas ... no gol.

Dando um salto adiante comento que as partidas oficiais hoje em dia são interrompidas no verão para hidratação dos jogadores. Isso ocorre em meados de cada tempo de jogo.

Pois saibam, os mais jovens, que no passado os jogos oficiais tinham início às 15 horas. E vale frisar que havia sempre uma preliminar de aspirantes que tinha início às 13 horas. Refiro-me ao "Campeonato Carioca", seguramente o torneio regional mais importante do país. Mas nos outros Estados era a mesma coisa.

Ninguém morria de insolação ou desidratação. E olha que durante anos eram proibidas as substituições. Muito tempo depois passou a ser permitida a substituição do goleiro, em caso de contusão durante a parida; somente muito depois passaram a ser permitidas as substituições de quaisquer jogadores, inicialmente limitadas a uma e posteriormente , como hoje, a três alterações.

Niterói tinha um campeonato tido como amador disputado por clubes como Manufatura, Fonseca, Fluminense, Sepetiba, Byron, Ipiranga e outros que não recordo. Em São Gonçalo havia igualmente um campeonato muito disputado, por equipes como Mauá, Tamoio, Carioca, Vidreira, Metalúrgico e outros.*

Percebe-se pelos nomes dos clubes, que muitos deles eram patrocinados (ou mesmo mantidos) por empresas locais. O Manufatura era de uma fábrica de tecidos, o Metalúrgico pertencia a Siderúrgica Hime, o Vidreira à fabrica de vidros, no Barro Vermelho, em São Gonçalo.

O caso de maior visibilidade e importância era o Bangu, patrocinado e dirigido pela família Silveira, donos da fábrica de tecidos que tinha também o nome do clube.

Alguns dos jogadores consagrados profissionalmente deram seus primeiros chutes nas citadas equipes amadoras de Niterói e São Gonçalo.

Assim como os chamados clubes pequenos do Rio de Janeiro, que disputavam o "Carioca", como Olaria, Bonsucesso, Madureira, São Cristóvão, Campo Grande e Canto do Rio*, que também foram celeiros de grandes jogadores pois ao despontarem nestas equipes financeiramente menores eram contratados pelos grandes como Vasco, Botafogo, Fluminense, Flamengo, América e Bangu.

Sim, América e Bangu figuravam no rol dos clubes grandes. E conquistavam títulos.

Pasmem, mas salvo uma ou outra briguinha limitada a tapas e empurrões, as peladas eram realizadas sem juiz e os próprios participantes gritavam marcando a irregularidade: SAIU, FORA, HANDS (mão), quando a bola saia dos limites imaginários convencionados da área de jogo, quando realizado nas ruas, ou se havia toque de mão na bola. E o jogo parava.

Parava, também, quando nas ruas e passava um veículo.  E havia respeito às senhoras que tinham que transitar pelo local onde jogávamos: "para, para, olha dona fulana passando". Alguém alertava. E o jogo era interrompido, recomeçando de onde estava a bola.

As partidas não eram controladas por tempo de jogo (cronometradas), ma sim pelo número de gols marcados. Por exemplo, a partida seria encerrada quando uma equipe atingisse dez gols. Era necessário trocar o lado do campo, para dar igualdade de condições às equipes; por isso se a parida era de 10, quando atingidos 5 gols os times mudavam de lado. Dizia-se "a partida será de 10 virando em 5".

Em muitos terrenos baldios na cidade eram improvisados campos de futebol. Nos bairros ou trechos que abrangiam algumas ruas, havia sempre quem organizasse um time formado por moradores locais*. Políticos doavam séries de camisas e as bolas eram adquiridas mediante listas de doações dos familiares. A chamada "vaquinha".

Eram comuns as olimpíadas estudantis, fossem internas, no âmbito de cada escola, fossem intercolegiais. 

Atualmente os meninos, assim como as meninas, ficaram viciados nos smartphones, nos joguinhos eletrônicos e no WhatsApp. Brincadeiras ao ar livre, nas ruas e praças ficaram muito raras.




NOTAS:

1) FESN = Federação do Estudantes Scundartistaa de Niterói. Ganhamos uma edição das Olimpíada estadual da classe, realizada em Volta redonda, com o time masculino dirigido pela Nelize, que era professora de educação física.

2) Peladas = eram assim chamadas as partidas em que os participantes jogavam descalços, fosse nas ruas, fosse em terrenos baldios.

3) Bola de meia = as meias utilizadas para fazer bolas eram geralmente as de nylon, femininas, então enchidas com panos velhos ou jornais. No processo vira e revira até atingirem um diametro aceitável. Estas meias "corriam fio" e ficavam impróprias para uso. As mulheres então descartavam-nas.

4) Canto do Rio = o clube era, como é, localizado em Niterói, mas excepcionalmente era admitido a disputar o campeonato do outro lado da Baia da Guanabara, desde do tempo em que o Rio de Janeiro era a capital da República. Os nascidos no Rio de Janeiro eram chamados "cariocas". Os nascidos deste outro lado da baia eram chamados "fluminenses". 

5) Pequenos e informais times locais (de bairro ou parte dele) =  no meu caso, criado no bairro Ponta d'Areia, foi formado pelo colega  Toninho Caravela o "Palmeirinha". Quando era possível jogava-se no campo do Vianense (gramado, demarcado e com balizas) que ficava no bairro. Ou no campo do Diário Oficial, órgão oficial de divulgação do Estado, que ficava na Av. Jansem de Melo. Ou no campo da Polícia Militar na Av. Feliciano Sodré.

6) Alguns colegas do Liceu jogavam voleibol. Não me consta que fossem gays.

7) Imagens do Google e acervo pessoal.