28 de fevereiro de 2018

Modernidades, Carrano, modernidades!

O Dr. Carlos Augusto Lopes Filho, está aposentado, depois de anos de militância no Judiciário, onde exerceu as nobres funções de Promotor de Justiça e Juiz de Direito.

Para mim é o amigo Carlinhos, com quem compartilhei bons momentos na gestão do Grêmio do Liceu Nilo Peçanha, e também jogando futebol-de-salão e/ou tomando umas portuguesinhas.


Aqui estamos os dois, no segundo time.
Estamos em órbitas distintas desde há muito tempo, mas ao longo dos últimos 50 anos vez ou outra nos aproximamos. 

Recebi esta semana uma mensagem eletrônica através da qual anunciava o lançamento de um de seus livros, no caso "Os Desbravadores", na versão e-book.


Respondi indagando se não se tratava da mesma obra com a qual me presenteou, juntamente com outras de sua lavra, há muitos anos, na versão impressa, e que recentemente publicou em capítulos em seu blog.

Ele retrucou afirmando tratar-se do mesmo livro só que no formato de e-book. E acrescentou: "modernidades, Carrano, modernidades."


Notas do autor:

1. No futebol de salão eramos do time reserva, ou segundo time. Somente esforçados (rsrsrs).

2. Portuguêsa era uma cerveja leve, fabricada pela Antárctica, que lamentavelmente saiu do mercado há muitos anos.

3. Carlinhos é botafoguense, mas gostava do Canto do Rio, clube aqui de nossa cidade.

4. Leia em qualquer lugar gratuitamente: baixe o Kindle para Android, iOS, PC, Mac e mais
http://amzn.to/1QXpzKK

23 de fevereiro de 2018

Minha estante 3

Amigos,

Não faz muito tempo publiquei o post "Minha estante 2", que está em: 

Nele trato basicamente de um livro de autoria de meu filho caçula. O primogênito também tem livro editado. 

Dele já publiquei peças esparsas, eis que se trata de livro de poesias.

Hoje destaco da minha estante três livros de um grande amigo, de mais de cinquenta anos. 

Mas esta amizade não é a razão que me motiva a sugerir a leitura. Leiam e confiram se não existem motivos  menos afetivos.

Estão disponíveis na forma de e-books. São eles:







Os interessados poderão adquiri-los no site da Amazon, clicando em: www.amazon.com


Dos livros do Carlinhos, o que me fala mais ao coração, alimenta o espírito e afaga a memória afetiva, intitula-se "Lembranças do meu Liceu".

A razão da preferência é a minha imensa vaidade: sou um personagem do livro.

22 de fevereiro de 2018

Rui, Diógenes e eu mesmo

Rui Barbosa, conhecido pelo epíteto "Águia de Haia", graças a sua atuação destacada, como delegado do Brasil na II Conferência da Paz, em Haia, na Holanda, em 1907.

Foi brilhante orador, político (deputado e senador), diplomata, escritor (membro da Academia Brasileira de Letras) e dos um mais importantes juristas brasileiros, festejado até hoje.

São dele as seguintes palavras, recorrentes para tantos quantos - escritores, advogados, jornalistas - abordam a degradação dos costumes e da moral no meio político:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Entretanto,  recomendo com ênfase (eis-me outorgando-me a capacidade de recomendar leitura) o discurso, editado e disponível em formato de livro ("Oração aos Moços"), escrito por Rui Barbosa, para  a solenidade de formatura da turma de 1920, da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (São Paulo).

Infelizmente os bacharelandos não puderam ouvir do próprio, que por motivos de saúde não pode comparecer. O discurso, peça antológica, foi lido por outro professor da celebrada Faculdade.

Utilizando o link abaixo, você terá acesso ao ao texto. Se já não o conhece acesse, vale a pena.

O último trecho, quando ele concita os jovens para que reivindiquem,  e dediquem-se ao trabalho porque poderão salvar-se, sem necessidade de um salvador.

Oportunissimo neste estágio da vida nacional quando andamos pelos cantos lamentando que não temos à vista um salvador, um nome íntegro, capaz e determinado a resolver os sérios problemas nacionais.

http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/rui_barbosa/FCRB_RuiBarbosa_Oracao_aos_mocos.pdf



Diógenes, cognominado "o Cínico", foi um filósofo grego (hoje proliferam filósofos, inclusive no Brasil), discípulo de Aristóteles, que por sua vez foi seguidor de Sócrates.


Em Atenas, para onde se mudou e viveu como um mendigo, fazendo da pobreza uma virtude, perambulava pelas ruas portando uma lanterna, isso durante o dia, sob alegação de que procurava um homem honesto.

Se fosse nos tempos atuais e a cidade fosse Brasília, e não Atenas, criaria muitos calos nos pés e gastaria todo o inflamável de sua lanterna numa busca infrutífera.

Por caridade, não procurem semelhanças entre Diógenes e o "Gentileza", tido como profeta, que perambulava pelas ruas de Niterói e Rio de Janeiro, maltrapilho, falando e escrevendo nos muros e paredes coisas nem sempre inteligíveis.

Ele era agressivo, mal-educado e respondia com pedradas às provocações das crianças. Nada a ver.

Já que me coloquei no título devo reservar um certo espaço para declarar, sem humildade, sem modéstia (que é sempre falsa), que poucos dos meus amigos mereceram minha amizade. 

Uma das mãos deixaria sem uso uns dois dedos se tivesse que nomeá-los contando.

Esta constatação, agora as vésperas dos 78 anos de idade, quando muitos deles (muitos mesmo) já não estão entre nós na vida terrena, faz-me sentir um perdedor. Não soube identificar, conquistar e manter amizades sólidas e leais.

Claro que excluindo aqueles que, sendo as exceções ressaltadas, agora são apenas uma boa e saudosa memória.

21 de fevereiro de 2018

Atropelado pela tecnologia

Houve uma época, lá nos primórdios, em que eu não era exatamente um beócio no tocante ao processamento de dados, a informatização e o ciberespaço.

Trabalhando no Grupo Matarazzo, conheci, e não apenas de nome, o "System/3" famoso computador da IBM, capaz de processar, em alta velocidade, um enorme número de tarefas.

Ele foi instalado em uma sala especial, climatizada, só para ele, que foi colocado sobre um tablado que cobria toda a área da sala. A entrada era proibida a quem não fosse da área de informática.

Eu conheci o barra três (/3), senão de nome, mas também pessoalmente. Era um monstrengo, lento como um cágado, barulhento e mimado, se comparado com o smartphone de meu filho, que além das múltiplas funções, nem sonhadas lá nas décadas de 60/70, tem muito mais memória. E cabe na palma da mão.

Ademais disto, com dois filhos adolescentes, um deles muito curioso e interessado no processamento eletrônico (hoje tem doutorado e  é professor universitário), comprei-lhe um TK 95.



Havia um televisor de 14" polegadas encostado lá em casa e passou a fazer as vezes de monitor.

O vocabulário era meio grego para mim, mas conseguia entender alguma coisa, como diferenciar hardware de software, e memória ROM de memória RAM. E os discos flexíveis do disco rígido dentro da máquina.

Fiz mais, num certo momento de minha vida, com a intenção de ampliar horizontes profissionais, e tendo em vista o potencial de desenvolvimento, aplicação e utilização do processamento eletrônico, matriculei-me num curso de programador. Fiz o Basic e ganhei diploma. Ia seguir com outras linguagens, como a Cobol, mas aí fui para São Paulo e minha vida profissional tomou outro rumo.

Meus conhecimentos da linguagem Basic me propiciaram uma enorme alegria quando consegui, sozinho, colocar meu nome percorrendo continuamente, da direita para a esquerda, toda a extensão da tela do monitor. Que feito!!!



No curso em questão utilizamos computadores  pessoais "CP500", muito em voga naquela época.

Fui usuário da internet discada. Quando criança também brincava de comunicação à distância (dois metros?) utilizando um barbante esticado preso ao fundo de duas latas de leite condensado.

Imagem obtida via Google

Toda esta digressão tem como justificativa pavimentar o caminho para as divagações que se seguirão.

Observem que ao contrário de meus pais, que não tinham referências, fontes de informação, senão nas revistas do "Flash Gordon" e livros de ficção científica, minha geração pode acompanhar pari passu o crescimento do processamento eletrônico de dados, das comunicações à distância e toda sorte de novas tecnologias.

Mas ainda assim, por não acompanhar de perto perdi-me por completo. É muita velocidade para um cérebro cansado e vocacionado, pelo hábito do uso, para outras ocupações.

Assusto-me quando leio sobre inteligência artificial, e que algorítimos não orgânicos serão capazes de executar ou até superar o que fazem os algorítimos orgânicos.

Algorítimos? Ainda estou na fase de aprender o que é chip. Sou, e cada vez mais, um boçal tecnológico.



Lembro bem de minha surpresa, no final da década de 1990, quando o computador  "Deep Blue", da IBM, ganhou uma partida de xadrez contra o então campeão mundia Garry Kasparov.

Lembro que torci pelo Kasparov, em suas partidas contra o antigo campeão Anatoly Karpov, por motivos triviais, não relacionados com a técnica de cada um, mas pelo espírito e estilo de vida.

Voltando ao jogo entre Kasparov e a máquina, é claro que a máquina foi abastecida, por humanos, com as regras básicas e as estratégias do jogo, mas ainda assim as decisões lógicas, acertadas, foram do computador. 

Leio agora que um programa desenvolvido pelo "Google DeepMind" aprendeu sozinho, com os elementos que possuía, 49 jogos.

O passo que falta, pelo andar da carruagem, será dado ainda neste século, o algorítimo não orgânico, do computador, vai decidir sobre a sorte dos algorítimos orgânicos dos humanos.

Assusta? Sem dúvida, porque a barreira que nós imaginávamos existir está ruindo. 


Notas do autor:
1) Estas elucubrações, tiveram origem na leitura de "Homo Deus", de Yuval Noah Harrari.

2) Imagens obtidas via Google.

19 de fevereiro de 2018

Câncer político-social

Lamento se ofendo gente decente e que por ignorância vota no PT. Tenho mesmo uma certa pena dessa gente que vive sendo manipulada por pseudo-socialistas que disfarçam seu fisiologismo com a máscara do idealismo.

O genial Millôr Fernandes, numa de suas inúmeras frases impregnadas de filosofia, decretou: "Desconfio de todo idealista que lucra com seu ideal."

Imagino que se inspirou em Ziraldo. Ou quem sabe Chico Buarque?

Num patamar intelectualmente mais baixo, Lula com seu triplex e sitio em Atibaia, é um bom exemplo dos que se locupletam a custa do povo crédulo.

Num nicho religioso, coloco várias das igrejas que vendem perdão dos pecados e lotes no reino dos céus a preços módicos, e cuja moeda aquisitiva chamam de dízimo ou óbulo ou oferenda ou outro apelido qualquer.

A esquerda tem os seguintes objetivos claramente identificáveis:
1. Manter o povo na ignorância, como única forma de mantê-lo como marionetes.
2. Nivelar por baixo, tirando dos mais ricos para dar aos pobres em forma de espórtula (chamam de bolsas), tomando o cuidado de antes retirar sua parte no butim. São corruptos.
3. Tem programa de poder e não de governo.
4. Os mais cultos e bem informados são intelectualmente desonestos, porque disseminam uma ideia inexequível. É impossível uma sociedade, um país, um continente, um planeta, onde todos seriam felizes, sendo brancos, negros ou amarelos, com casa própria, iate, conta em banco suíço, escola pública de alto nível, hospitais bem equipados, emprego para todos com igualdade de salários e vantagens.

Falta explicar quem arrecadaria os impostos que bancariam os serviços públicos, quem arbitraria as desavenças, os litígios. Não precisaria um órgão judiciário? Ah! Sei, todos seriam honestos, civilizados, corteses e sensatos.


Quem trabalharia no interior das minas de carvão? Quem lavaria as privadas, retiraria o lixo de sua porta, plantaria as verduras que comemos, transportaria os bens produzidos?

A desigualdade é condição original, natural. E não há como tratar, remunerar, premiar, afagar igualmente os desiguais.

A esquerda, levianamente, diz que pugna por esta igualdade. E que o povo é que deve estar no poder para viabilizar esta utopia.

Termino me socorrendo, um vez mais no Millôr, com um seu aforismo: "O problema da democracia é que quando o povo toma o palácio, não sabe puxar a descarga."


Nota do autor: li e achei interessante, um post que está em
http://falandodebrasil.com.br/?p=5208

Clica e dá uma lida.

17 de fevereiro de 2018

Generalidades, diversas e aleatórias

A história narrada na matéria encontrável através do link abaixo é  edificante. E merece repecursão, claro.

Mas convenhamos que é triste termos que valorizar, dar destaque e virar manchete o que deveria ser um comportamento normal, corriqueiro, ou seja, ser natural, intrínseco.


Ademais, além de moral o dever tem prescrição legal. O Código Civil regula a matéria em seu art. 1233, ipsis verbis: "Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.
Parágrafo único: Não o conhecendo, o descobridor fará por  encontra-lo, e, se não o encontrar, entregará coisa achada à autoridade competente."

Em síntese, a frase "achado não é roubado", não tem amparo nem no direito, nem na moral e nem na ética.


A história narrada tem, todavia, um outro viés, e este bastante curioso. Iemanjá devolveu o que não lhe foi dado como oferenda. 

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A intervenção federal na área de segurança no Estado do Rio de Janeiro, foi uma medida parcial, que pode solucionar.

Mas idealmente esta intervenção seria total, com afastamento urgente e necessário do governador Pezão.

Que figura este governador. Ridículo.

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Os Jogos de Inverno nos revelam duas coisas: alguns participantes não têm juízo e um festival de mulheres bonitas. Se quiseram acrescentem mais uma: as imagens deslumbrantes. Nos dois aspectos: tecnológico e natureza.



Com efeito algumas modalidades são de alto risco, haja vista alguns sérios acidentes já verificados como fratura de pescoço.

Quanto as mulheres, a americana da foto não me deixa mentir.


Lindsey Vonn

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Seja por pura inoperância da prefeitura, seja por ação deliberada dos órgãos municipais, o fato é que o arbusto que brotou e se desenvolveu na Pedra de Itapuca ainda está lá firme e forte.



Gostaria de acreditar que a administração municipal tomou conhecimento da denúncia feita por alguém que não tem o que fazer ou quer aparecer na mídia, mas não deu a mínima por se tratar de uma bobagem.

Vou recapitular. Um cidadão fotografou o arbusto, e fez publicar a foto em uma coluna de jornal, alertando as autoridades que o fato poderia provocar fratura na pedra que é frágil em sua composição.

Ora, faça-me o favor. Vá se roçar nas ostras.

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Por falar em natureza, viram que chuvarada devastadora, acompanhada de forte vento e trovões e relâmpagos? Parou o Rio de Janeiro no dia 15 de fevereiro último. Quanta destruição.




O Maju avisou? Claro que não. Meteorologistas  e seus arautos, são comentaristas de obras feitas. Depois do ocorrido, explicam o fenômeno.

Toda aquela verborragia, "área de convergência intertropical", "área de baixa pressão"  e outros dialetos utilizados e ilustrados em mapas que mais parecem o teste das Matrizes Progressivas Rorschach, tem valor relativo. 

E enchem o saco. 

Vez ou outra acertam alguma coisa, mas cá entre nós olhando pela janela também costumo acertar, pelo manos o básico: vai ou não chover?

A cor do céu, os urubus voando em círculo, a direção do vento que sopra, são pistas claras e simples. Um caseiro que tive em São José de Imbassai me dizia sobre possibilidade de chuva: "olha para o pico do morro, se ele estiver com peruca, vai chover na certa".

O que ele chamava de peruca, era uma densa nuvem que envolvia e encobria apenas o ápice, o pico no morro. 

Por que mesmo com recursos mais avançados, imagens de satélite, balões, etc. os fenômenos atmosféricos ainda são imprevisíveis, pelo menos no que concerne a sua intensidade e poder de destruição?

O Catrina, em Nova Orleans, nos EEUU; o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, provocado por terremoto; o vulcão de nome impronunciável, na Islândia, cuja erupção, em 2010, encobriu o céu de  parte da Europa com fumaça, que impedia o tráfego aéreo.


Vulcão Eyjafjallajokull
Poderia citar outras centenas de manifestações devastadoras da natureza, mas para quê?

O importante é termos em mente que a natureza deve ser respeitada. Precisamos rezar, precisamos é de fé. Adora-la como uma deusa.

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Hoje, à meia-noite, termina o horário de verão Alguém deve avisar ao galo.

Imagem obtida no Google


Nota do autor:
Leiam o bom texto sobre "achado não é roubado" através do link:
http://alessandrastrazzi.adv.br/direito-civil/achado-nao-e-roubado/

15 de fevereiro de 2018

Bom nome para a presidência da república

Os brasileiros estamos num beco sem saída. Ou por outra, a saída deste beco nos levará a um deserto de ideias, de propostas, de programas confiáveis.

Fala a verdade. Você tem um candidato palatável para o cargo de presidente da república? Olha que falta pouco, muito pouco mesmo, para a eleição.

Um bom candidato não brota espontaneamente, do nada, como um cogumelo. E se brotar há que verificar se não é um daqueles venenosos.

Há, na linha do horizonte, um bom nome para a presidência. Mas não para nós, somente para os americanos.

Falo de Joseph Patrick Kennedy III. O deputado tem pedigree. Ele é sobrinho-neto de John Kennedy, ex-presidente assassinado. Mas tem méritos próprios, conquistas pessoais.

Graduado em engenharia de gestão por Stanford, e em direito por Harvard, esteve por dois anos na República Dominicana, com o Corpo de Paz e prestando serviços comunitários.

De volta ao seu país, depois de exercer a advocacia por dois anos, candidatou-se e foi eleito deputado, com ampla margem. Já desponta como uma das lideranças democráticas. Mas com viés não liberal.

Temos, se não me engano, 513 deputados federais. É possível encontrar naquela casa parlamentar um candidato que reúna condições morais, intelectuais e políticas para o exercício da presidência?

Esta postagem, sem sentido, sem pé e sem cabeça, intempestiva, risível, bizarra, pífia, presta-se a uma reflexão: em quem votar em 7 de outubro, e depois - talvez - em 28 do mesmo mês?



14 de fevereiro de 2018

PyeongChang

É neste pequeno condado sul-coreano, com  uma população de menos de 50.000 habitantes, que estão sendo disputados os Jogos de Inverno - versão 2018.


Estes jogos não mobilizam os brasileiros senão por algumas belas imagens e algumas curiosidades.



Nossa participação é inexpressiva, embora esforçada. País tropical, o Brasil  tem mais chances em esportes praticados nas areias ou no mar.


Esta russa, do curling, poderá substituir sua conterrânea, do tênis, como musa do blog.
Anastasia no lugar da Sharapova
Não poderia deixar de registrar o evento, por duas razões básicas. A primeira é que gosto de assistir partidas de curling. Em especial as competições femininas. As suecas, as canadenses, as norueguesas e as russas, sim as russas, despertam emoções ... pela técnica, pela intensidade com que jogam. Ah! São bonitinhas, em geral.


Anastasia Bryzgalova
Se pensam que estou brincando, cliquem no link abaixo, que levará a um post de 2013, no qual falo deste esporte curioso denominado curling.
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/03/curling.html

Quando dos últimos Jogos de Inverno, realizados em Sochi, na Russia, demos uma pinceladas aqui. Basta clicar:
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2014/02/2014.html

A segunda razão, das duas que apontei como justificativa para abordar estes jogos é mais importante, registrar a aproximação das duas Coreias. Um passo tímido, mas significativo, em direção a paz, entre os do Norte e os do Sul.

Este conflito ideológico separa membros de uma mesma família. 


Jane Choo, norte-coreano, e Eun-Soon Chung, sul-coreano,
desfilam sob uma mesma bandeira


Se as Alemanhas acabaram por se reunificar, porque as Coreias também não poderão faze-lo?

Tinha treze anos de idade, em 1953, quando um armistício assinado em Panmunjom, colocou um ponto final na guerra que já durava três anos.

Todas as noites o "Repórter Esso", noticiário radiofônico, e depois televisivo, precursor do "Jornal Nacional", noticiava fatos relativos ao conflito, que tinha de uma lado a China, apoiando os do Norte, e de outro os EEUU apoiando os do Sul.

Se ninguém intervier, as conversas ficarem limitadas aos coreanos, acho que a paz será selada. Levará algum tempo, claro, mas o final poderá ser feliz.

Infelizmente sabemos que existem interesses escusos de outras nações por trás dos desentendimentos entre os coreanos.

Nota: mulheres bonitas na Russia.
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2014/02/anna-sidorova-e-maria-sharapova.html

13 de fevereiro de 2018

Restaurantes na Região Oceânica

Não faz muito tempo, convidados pelo casal Erika/Ricardo, respectivamente nora e filho caçula, pretendíamos almoçar no Seu Antônio.

Erika ao volante, já que sequer tenho automóvel desde 2010, quando do AVC.

Depois de enfrentarmos um trânsito absurdo para chegar até o restaurante, a frustração não poderia ser maior. Sem chance de comer nas próximas duas horas, pelo menos. Já eram 13 horas.

Desistimos, claro, e já nem sei para onde fomos muito mal-humorados, cansados e com fome.

Algum tempo antes desta incursão fracassada ao prestigiado restaurante, o amigo, cliente, e mais recentemente seguidor e colaborador do blog, Paulo March, havia enviado um e-mail relatando o desperdício de um domingo, sem sol e sem futebol em dezembro de 2009.

Que culminou com uma incursão ao Spicy, e a decepção de sua família. A ideia original deles era ir ao supramencionado e badalado restaurante Seu Antônio.

O relato entrou em minha caixa postal, em forma de e-mail.

Gostei tanto da história, de seu humor e seu aguçado senso crítico, que pedi licença para publicar à guisa de post aqui no blog, que estava ano ar há pouco mais de um mês. Autorização dada, está em

Bem, esta digressão tem relação com o assunto de ontem, segunda-feira de carnaval de 2018.

Uma vez mais Ricardo e Erika nos propuseram almoço, não no Seu Antônio, logo descartado das opções pelo óbvios motivos, mas igualmente num restaurante da Região Oceânica, mais precisamente em Piratininga, chamado Maria da Praia.

Seria minha primeira vez no restaurante, que eles já conheciam. Mencionaram que havia uma ambiente fechado e climatizado, circunstância fundamental em face do  extremo calor que fazia.

Muito ingênuo, imaginei que agora com o túnel Charitas/Cafubá, chegaríamos mais facilmente. Não cogitei a hipótese de outras três milhões* de pessoas terem a mesma ideia.

O túnel ajudou até a página três, porque estando do outro lado o caos se revelou. Tudo parado, ou se arrastando a passos de cágado. Inobstante o ar-condicionado do carro, o sol inclemente sobre o teto dificultava a manutenção de uma temperatura minimamente aceitável.

Como Erika conhece muito bem a região, pois eles moraram por lá um bom período, cortou por aqui, achou um atalho por lá e finalmente vimo-nos na praia e diante do restaurante.

No varandão algumas pessoas. Nossa opção, claro, mesa para quatro lá dentro no ambiente refrigerado.

Vieram os cardápios, escolhemos, pedimos e comemos razoavelmente bem. Comida bem elaborada e porções generosas. Preços palatáveis.

No varandão, um vocalista, afinado, empunhando uma guitarra, interpretava peças do cancioneiro popular, especialmente algumas do Eric Clapton.

Na saída, fizemos esta foto, tirada desde a varanda. Ao fundo a praia de Piratininga.


Confesso que esta postagem, meio forçada, tinha como objetivo poder mencionar o primeiro dos muitos posts de autoria do RIVA.

Como uma homenagem ao mais antigo e fiel dos acompanhantes/debatedores do blog, fora da família.

Paulo, Isa, um dos filhos e nora
Reitero que ele não escreveu pretendendo publicar. Era uma mensagem eletrônica que ele copiou para outras pessoas. Acabou por ser o primeiro de outros textos de sua lavra.

Acessem em:
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2009/12/um-domingo-spicy-e-sem-brasileirao.html


Basta clicar.

* Licença poética.

12 de fevereiro de 2018

Solução Bolsonaro

Acabo votando nele, juro!!!

Li na coluna do Lauro Jardim, que classificou de idiota a ideia. Estou propenso a achar que o jornalista está mais próximo da idiotice do que o tresloucado candidato.

Vejamos a solução do ex-militar, segundo nas pesquisas de intenção, atrás apenas de, com perdão da má palavra, Lula.

Como Lula não poderá se candidatar, e se candidatando, e ganhando,  não assume, temos diante de nós uma solução para a criminalidade na Rocinha e, por extensão, em todas as comunidades onde atuem marginais.

A ideia (dele Bolsonaro) seria utilizar um helicóptero e derramar milhares de folhetos sobre a Rocinha, avisando que daria um prazo de seis horas para os bandidos se entregarem.

Findo este prazo, se a bandidagem continuasse escondida metralharia a favela.

O Lauro Jardim taxou de idiota a ideia, mas não mencionou onde está a idiotice.

Vejamos minhas ressalvas, para uma ideia genial, na linha da tolerância zero pregada por tantos:
1) O derrame da panfletagem deveria ser no curso de uma semana.

2) O prazo dado para que os marginais se entregassem, antes depositando no chão as suas armas, seria também de uma semana.

3) Ao cabo deste tempo, os helicópteros da polícia metralhariam todos os bandidos, não toda a favela,  flagrados caminhando nas ruas portando armas como fazem de maneira ostensiva, segundo filmagens dos helicópteros da Globo e de outros órgãos da imprensa, e que assistimos diariamente nas telas da TV.

Onde está a idiotice anunciada pelo jornalista? Ele não aponta. 

Bem, alguns (quase todos) os advogados criminalistas seriam contrários. Afinal perderiam seu ganha pão. As quadrilhas são uma das principais fontes de renda de criminalistas.

Algumas ONGs fariam o barulho de sempre, ex officio. E parte da imprensa, hipócrita e esquerdista,  colocaria na boca no trombone.

Mas a sociedade ordeira, trabalhadora, que paga impostos e quer paz e sossego aplaudiria. Ou não?

As mães* que vertem lágrimas diante das câmeras de TV, afirmando que seus filhos eram trabalhadores e foram assassinados, deveriam durante o período concedido, por amor aos seus filhos, convence-los a deixar o caminho do crime.

A pergunta final que deixo é a seguinte: os bandidos que matam cruel e friamente mesmo àquele que não resistem aos assaltos, concedem aviso prévio ou deixam de atirar?

Os caminhoneiros transportadores de cargas e os bancos destruídos por explosão, são alertados com antecedência? Não?

Logo, a ação do governo seria mais humana. Ao invés de balas perdidas teríamos balas com endereço certo.

Se Bolsonaro está falando sério, talvez ganhe um eleitor. Como está a situação é que não pode ficar.

Se é guerra, vamos à guerra em sua plenitude.

Nota do autor:
* Refiro-me às mães, como a descrita pelo lulista Chico Buarque, na canção  "O meu guri". Leiam a letra em
https://www.letras.mus.br/chico-buarque/66513/

11 de fevereiro de 2018

Sambas de enredo - carnaval 2018

Começo por minha escola do coração - Portela - que fará um link entre Recife e Nova York, através dos judeus expulsos:

"La vem a portela é melhor se segurar
Coração aberto quem quiser pode 
Chegar
Vem irmanar a vida inteira 
Na campeã das campeãs em Madureira"

Em seguida um dos melhores em minha opinião -  da Mocidade Independente - que tratará da influência da cultura indiana:

"Bendita seja a santíssima trindade
Em Nova Deli ou no céu tuoiniqueim
Ronda na pele do tambor da eternidade 
O amor da Mocidade, sem início,
meio e fim!"

Por mera coincidências as duas campeãs do carnaval passado.

Mas tem mais. Por exemplo Mangueira, que dará uma sacaneada no prefeito que não prestigiou as escolas e nem o carnaval como um todo:

"Se faltar fantasia alegria há de sobrar
Bate na lata pro povo sambar
Eu sou Mangueira , meu senhor, 
não me leve e mal
Pecado é não brincar o carnaval!"

Grande Rio, que homenageará o Velho Guerreiro, o vascaíno Abelardo Barbosa:

"Oh Terezinha! Oh Terezinha
Vai começar mais um Cassino do
Chacrinha
Oh Terezinha! Oh Terezinha
A Grande Rio é o Cassino do Chacrinha"

Unidos da Tijuca, do presidente Fernando Horta, que gostaria de ver como presidente do Vasco, que prestará homenagem a um também vascaíno multitalentoso:

"O povo do samba chamou
E fez de você um poema de amor
Na minha bandeira azul e amarela 
Mais uma estrela, Miguel Falabella."

E a modesta Paraíso do Tuiuti, com um enredo crítico focado nos 130 anos da Lei Áurea. Também azul e amarela, como a anterior Unidos da Tijuca:

"Meu Deus! Mau Deus!
Se eu chorar não leve a mal
Pela luz do candeeiro
Liberte o cativeiro social"

E a Vila Isabel, do Martinho, de Noel, este ano com Paulo Barros, o criativo carnavalesco, usando e falando dos muitos recursos tecnológicos:

"O povo do samba é vanguarda popular
Mora nos Macacos e no Boul
Vem aqui aprender ,"minha Vila tá legal"
"O moderno e o tradicional"

São Clemente - falará sobre artes plástica. E da tradicional Escola de Belas Artes:


"A mais bela arte o samba me deu
Fiz da São Clemente o retrato fiel
Os traços mais finos, com as bençãos 
de Deus
Deslizam no meu papel."

Império Serrano, vizinha da minha Portela, de tantos maravilhosos sambas de enredo, que entrariam em qualquer antologia. Falará sobre sobre a  China. 

"Quando soar o gongo
Toca esse agogô
Roda a baiana, é festa, um ritual de amor
A tradição milenar aprendendo a sambar
Com o melhor professor"

A simpática União da Ilha virá com um enredo recorrente, que é a culinária, mas que sempre nos deixa com água na boca, como a própria letra ressalta:

"Vem provar o sabor desse meu carnaval
Eu sou a Ilha, sou o prato principal
Vou deixar água na boca
Provocar uma vontade louca"

Salgueiro - terá como enredo as mulheres heroínas. Nesta época de empoderamento feminino nada mais oportuno:

"Firma o tambor pra rainha
É negritude ... Salgueiro
Herança que vem de lá (ô)
Na ginga que faz este povo sambar"

Imperatriz Leopoldinense, abordará o mundo dos museus, num samba coerente com seu título de nobreza:

"Gira coroa da majestade
Samba de verdade, identidade cutural
Imperatriz é o relicário
No bicentenário do Museu Nacional"

And last but not least, a Beija-Flôr, focará problemas crônicos do país, tais como a corrupção e desigualdades sociais:

"Oh pátria amada, por onde andarás?
Seus filhos já não aguentam mais!
Você que não soube cuidar
Você que negou o amor
Vem aprender na Beija-Flôr".

Façam suas apostas. Joguem suas fichas na roleta. Quem ganhará este ano?

A ordem acima é aleatória, não guarda relação com a do desfile logo mais. 

De minha parte, não pretendo assistir. Está fora de cogitação. Na quarta-feira ficarei sabendo do resultado. 

Divirtam-se e torçam.

Notas de esclarecimento: antigamente, quando acompanhava os desfiles e até cheguei a comparecer a ensaio da Portela, os sambas tinham um autor, ou, quando muito, dois autores. 

Atualmente os sambas são feitos por um consórcio, uma ONG, uma sociedade coletiva.

Com raras exceções, os do passado eram muito melhores. Alguns são inesquwcíveis, antológicos.

Já tratei deste assunto em postagens específicas. Se for o caso, cliquem em
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2016/02/era-no-tempo-do-rei.html

Ou em:
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/02/carnaval-passado-e-presente.html


E sobre a Portela:
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2009/11/portela.html

Tu quoque, Moro !

Até tu, Moro!


Ele não pretende, segundo parece já haver afirmado, e ainda bem, pois minha opinião é de que não tem o perfil apropriado, se candidatar à presidência da República.

Mas não seria esta a razão pela qual não votaria em Sérgio Moro, numa eventual candidatura ao cargo de supremo mandatário, no pleito de outubro próximo.


E, sim, pela minha enorme decepção com sua conduta, criticável sob qualquer prisma, de receber - e até defender seu direito à percepção - o tal auxílio-moradia, uma excrecência no judiciário, que não passa de um rótulo falso, para camuflar uma inconstitucionalidade, uma imoralidade, uma iniquidade.

Aliás foi o próprio festejado magistrado que se justificou dizendo que o direito é discutível, mas "compensa a falta de reajuste dos vencimentos".

Menos mal, posto que outros juízes vendem sentença, para complementar renda ou compensar o falta de reajuste de seus vencimentos.

Outro não menos respeitado juiz de direito, responsável pelos processos da Lava-Jato aqui  no Rio de Janeiro, faz pior, estuprando o diminuto resíduo de legalidade que se poderia admitir para percepção deste indecente benefício.

O juiz em questão - Marcelo Brêtas - recebe o benefício concomitantemente com a esposa, também ela magistrada, com a qual vive.




Todavia, nenhum ousou um escárnio maior do que o desembargador Manoel Calças, que ora preside o TJSP, ao explicitar que o valor "ainda é pouco", que se trata mesmo de "salário indireto"  e arrematou com uma cara de pau de causar inveja ao Lula: "Eu recebo e tenho vários imóveis, não só um." É muita ironia para meu gosto.



Mas o autor intelectual desta imoralidade,  responsável maior por estender a todos os magistrados esse ultrajante auxílio-moradia, foi o ministro Luiz Fux, ora no STF, que enquanto juiz  de primeiro grau exerceu a magistratura aqui em Niterói, e é conhecido dos advogados mais antigos aqui nesta comarca interiorana.


Esta imoralidade coloca nos bolsos de cada magistrado R$ 4.300,00 reais por mês, e nos custa, como contribuintes, mais de R$ 800 milhões anuais.

Para entender bem a questão e avaliar se é justificável a minha indignação juntamente com a de milhares de outros brasileiros que estão a par da tramoia engendrada, da ilegalidade perpetrada por membros do poder que deveria ser o guardião da Lei Maior, sugiro a leitura da matéria assinada por Carol Proner (Doutorta em Direito) e Gustavo Fontana  Pedronno (Doutorando em Direito), publicada no website  #Carta, acessível através do primeiro dos links abaixo.

Se você é um brasileiro consciente, com um mínimo de formação política e defensor da legalidade, da moralidade no setor público, deveria ler. E tirar suas próprias conclusões sobre o que chamo de aberração jurídica, que provoca engulhos.

Nem o cão controlou o vômito



https://www.cartacapital.com.br/blogs/conjunturando/a-inconstitucionalidade-do-auxilio-moradia

https://www.conjur.com.br/2018-fev-07/deputado-stf-cnj-bretas-devolva-auxilio-moradia?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/341036/Fux-%C3%A9-respons%C3%A1vel-pelo-esc%C3%A2ndalo-do-aux%C3%ADlio-moradia-diz-Janio.htm

https://oglobo.globo.com/brasil/presidente-do-tj-sp-ironiza-auxilio-moradia-diz-que-muito-pouco-22366503